18 research outputs found

    Lideranças indígenas, indigenismo oficial e destruição florestal: o caso de Ibirama

    Get PDF
    Área Indígena de Ibirama (SC) está localizada no alto vale do Itajaí, nos municípios de José Boiteux e Victor Meirelles, ambos desmembrados do município de Ibirama, nos anos 80. Cerca de 1600 pessoas vivem ali. Esta população se identifica como Xokleng, Kaingang ou Guarani. Uma parte expressiva é mestiça, em conseqüência de uniões conjugais interétnicas. Henry, Santos, Müller, Wemer e Namen foram alguns dos autores que estudaram estes indígenas. Originalmente (1926), esta AI foi criada para abrigar sobreviventes do grupo indígena Xokleng, alvo de uma violenta campanha de extermínio promovida pelas companhias de colonização. Quando foi definitivamente demarcada, em 1965, esta área já abrigava indígenas Guarani e Kaingang, estes últimos descendentes de duas famílias que foram envolvidas na atração dos Xokleng. A área total da reserva é de cerca de 14500 ha, cobertos originalmente pela mata Atlântica

    A infecção hospitalar na produção científica da enfermagem brasileira:: um estudo bibliométrico

    Get PDF
    Trata-se de um estudo bibliométrico que objetivou refletir sobre a IH como objeto de conhecimento da enfermagem brasileira, a partir das teses e dissertações publicadas sobre a temática no período de 2001 a 2010. A fonte de pesquisa foi o Banco de Teses e Dissertações da Associação Brasileira de Enfermagem aonde foram identificados 68 estudos. Na avaliação dos dados realizou-se uma organização do material baseada nas informações coletadas, originando as categorias temáticas: Infecção hospitalar e enfermagem; Biossegurança: um item primordial para enfermagem; Ética e bioética na infecção hospitalar. Nos estudos verificou-se a importância da assistência prestada ao cliente no controle da infecção hospitalar, juntamente com o cuidado do profissional com sua própria saúde e a aplicação de uma conduta ética em todos os procedimentos, sendo necessário um olhar mais atento à prática assistencial conferida ao paciente mais suscetível a IH nos serviços de saúde do Brasil

    Notas sobre a construção da antropologia no Brasil

    No full text
    Resumo A antropologia brasileira tem diferentes marcos e, também, diversos heróis fundadores. Destaco a fundação da Universidade de São Paulo, em 1934, por ter possibilitado a contratação, entre outros, dos professores Claude Lévi-Strauss, Radcliffe-Brown, Donald Pierson e Emílio Willems, que foram, junto com Herbert Baldus, responsáveis pela inspiração e formação de profissionais como Darcy Ribeiro, Egon Schaden, Florestan Fernandes e Roberto Cardoso de Oliveira. Fora deste contexto, lembramos Curt Nimuendajú, o maior de nossos etnógrafos, e Gilberto Freyre e Eduardo Galvão, este último o primeiro brasileiro a obter o PhD em Antropologia. A Antropologia Social como entendemos hoje, cresce e se afirma como campo de conhecimento, a partir da Reforma Universitária de 1970, com a generalização dos programas de Pós-Graduação. Roberto Cardoso de Oliveira teve, antes deste momento, a iniciativa de implantar no Museu Nacional (RJ), um extenso Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, cuja primeira experiência ocorreu ainda como especialização, em I960. Na Região Sul, o desenvolvimento da Antropologia, a partir dos anos cinqüenta, teve suas especificidades. Dois médicos e um padre foram os primeiros catedráticos da disciplina

    Notas sobre a construção da antropologia no Brasil

    No full text
    Resumo A antropologia brasileira tem diferentes marcos e, também, diversos heróis fundadores. Destaco a fundação da Universidade de São Paulo, em 1934, por ter possibilitado a contratação, entre outros, dos professores Claude Lévi-Strauss, Radcliffe-Brown, Donald Pierson e Emílio Willems, que foram, junto com Herbert Baldus, responsáveis pela inspiração e formação de profissionais como Darcy Ribeiro, Egon Schaden, Florestan Fernandes e Roberto Cardoso de Oliveira. Fora deste contexto, lembramos Curt Nimuendajú, o maior de nossos etnógrafos, e Gilberto Freyre e Eduardo Galvão, este último o primeiro brasileiro a obter o PhD em Antropologia. A Antropologia Social como entendemos hoje, cresce e se afirma como campo de conhecimento, a partir da Reforma Universitária de 1970, com a generalização dos programas de Pós-Graduação. Roberto Cardoso de Oliveira teve, antes deste momento, a iniciativa de implantar no Museu Nacional (RJ), um extenso Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, cuja primeira experiência ocorreu ainda como especialização, em I960. Na Região Sul, o desenvolvimento da Antropologia, a partir dos anos cinqüenta, teve suas especificidades. Dois médicos e um padre foram os primeiros catedráticos da disciplina

    [Correspondência entre Universidade e FUNAI]

    No full text
    Após o ofício da Funai há em anexo uma réplica do relatório do Professor Sílvio Coelho dos Santos, há portanto dois documentos.O ofício de Vladinei Tadeu da Silva ao professor Sílvio Coelho confirma o recebimento do relatório do mesmo sobre os Índios avá-guarani da região do Ocoí e o reconhecimento que a questão Guarani não recebeu toda a atenção que deveria. O autor comenta que a FUNAI fez o que estava ao seu alcance assim com a Itaipu, assim como outras organizações e que todas estão de acordo hoje com a necessidade de uma terra maior para essa comunidade. Segundo o ofício, a Funai, em conjunto com a Itaipu, criou um Protocolo de Intenções cujo o trabalho deve começar em abril de 1994. Alerta também que o principal fator para a falta de projetos é a falta de recursos. Para o autor do ofício, é função do estado o fornecimento de novas terras, apesar de considerar certas medidas de ajuda do governo paternalistas e que acabaram por causar dependência dos indígenas ao estado. No que se refere à demarcação Tadeu da Silva considera que a FUNAI já vem fazendo um trabalho de demarcação até antes da constituição de 1988, apesar das dificuldades encontradas pelo fato da população guarani estar bastante dispersa. O autor ainda apresenta preocupação em relação à inércia em relação de demarcação de novas áreas mais adequadas aos avá-guarani. Na segunda parte do documento primeiramente a FUNAI apresenta as mudanças de curto prazo que pretende realizar com base do levantamento do professor Sílvio Coelho dos Santos, como o levantamento de localização de água potável na região, o treinamento de uma atendente de enfermagem contratada pela prefeitura de São Miguel do Iguaçu, entrega de cestas básicas para os assentados na região do Rio das Cobras e a realização de diversas reuniões com o governo municipal e estadual e lideranças indígenas para tratar do problema. O relatório de Coelho constante em anexo inicia apresentando quem são os índios avá-guarani da região do Ocoi, sua reivindicação por terras mais adequadas, as dificuldades que essa comunidade enfrentou por estar dispersa, e como essa dispersão foi causada pela violência efetuada pelo estado e a população branca local. Coelho também abarca em seu levantamento quais são as principais reivindicações dos avá-guarani, as principais ações da FUNAI, além de outros pontos relevantes que têm que ser levados em conta para entender a situação dos indígenas da região do Ocoi, como a perda de até 20 ha para movimentações do rio, bem como a dependência destes com a entrega de leite de soja por parte do estado. O antropólogo também leva em conta a questão legal, denotando que o reassentamento dessa comunidade está previsto na constituição, e o autor também faz um levantamento antropológico dos povos Guarani dando enfoque à importância da “Tekohá” (Aldeia) para esse povo. Coelho encerra seu levantamento afirmando que está acima de dúvidas que os avá-guarani foram muito prejudicados pelo projeto da Usina Hidrelétrica de Itaipu e faz propostas de medidas que podem ser feitas para iniciar a reparação do problema como considerar as especificidades sócio culturais e econômicas desse povo além de sua atual dispersão entre diversos países.CEVBo

    [Correspondência entre Universidade e FUNAI]

    No full text
    Após o ofício da Funai há em anexo uma réplica do relatório do Professor Sílvio Coelho dos Santos, há portanto dois documentos.O ofício de Vladinei Tadeu da Silva ao professor Sílvio Coelho confirma o recebimento do relatório do mesmo sobre os Índios avá-guarani da região do Ocoí e o reconhecimento que a questão Guarani não recebeu toda a atenção que deveria. O autor comenta que a FUNAI fez o que estava ao seu alcance assim com a Itaipu, assim como outras organizações e que todas estão de acordo hoje com a necessidade de uma terra maior para essa comunidade. Segundo o ofício, a Funai, em conjunto com a Itaipu, criou um Protocolo de Intenções cujo o trabalho deve começar em abril de 1994. Alerta também que o principal fator para a falta de projetos é a falta de recursos. Para o autor do ofício, é função do estado o fornecimento de novas terras, apesar de considerar certas medidas de ajuda do governo paternalistas e que acabaram por causar dependência dos indígenas ao estado. No que se refere à demarcação Tadeu da Silva considera que a FUNAI já vem fazendo um trabalho de demarcação até antes da constituição de 1988, apesar das dificuldades encontradas pelo fato da população guarani estar bastante dispersa. O autor ainda apresenta preocupação em relação à inércia em relação de demarcação de novas áreas mais adequadas aos avá-guarani. Na segunda parte do documento primeiramente a FUNAI apresenta as mudanças de curto prazo que pretende realizar com base do levantamento do professor Sílvio Coelho dos Santos, como o levantamento de localização de água potável na região, o treinamento de uma atendente de enfermagem contratada pela prefeitura de São Miguel do Iguaçu, entrega de cestas básicas para os assentados na região do Rio das Cobras e a realização de diversas reuniões com o governo municipal e estadual e lideranças indígenas para tratar do problema. O relatório de Coelho constante em anexo inicia apresentando quem são os índios avá-guarani da região do Ocoi, sua reivindicação por terras mais adequadas, as dificuldades que essa comunidade enfrentou por estar dispersa, e como essa dispersão foi causada pela violência efetuada pelo estado e a população branca local. Coelho também abarca em seu levantamento quais são as principais reivindicações dos avá-guarani, as principais ações da FUNAI, além de outros pontos relevantes que têm que ser levados em conta para entender a situação dos indígenas da região do Ocoi, como a perda de até 20 ha para movimentações do rio, bem como a dependência destes com a entrega de leite de soja por parte do estado. O antropólogo também leva em conta a questão legal, denotando que o reassentamento dessa comunidade está previsto na constituição, e o autor também faz um levantamento antropológico dos povos Guarani dando enfoque à importância da “Tekohá” (Aldeia) para esse povo. Coelho encerra seu levantamento afirmando que está acima de dúvidas que os avá-guarani foram muito prejudicados pelo projeto da Usina Hidrelétrica de Itaipu e faz propostas de medidas que podem ser feitas para iniciar a reparação do problema como considerar as especificidades sócio culturais e econômicas desse povo além de sua atual dispersão entre diversos países.CEVBo
    corecore