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I-PARQUE - PARQUE CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO DA UNESC: A PERCEPÇÃO DOS GESTORES PERANTE OS FATORES DE SUCESSO DE UM PARQUE TECNOLÓGICO
INTRODUÇÃO A Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) inaugurou oficialmente no ano de 2011 o I-PARQUE – Parque Científico e Tecnológico com o principal objetivo de fornecer um ambiente inovador para os membros da comunidade empresarial e acadêmica. Como o I-PARQUE é um projeto bastante recente e inovador, torna-se necessário verificar a direção para onde o parque está caminhando. Desta forma, este trabalho teve como objetivo identificar a percepção dos gestores do I-PARQUE da UNESC perante os fatores de sucesso de um parque científico e tecnológico. Estes fatores de sucesso foram definidos por Zammar et al (2009) com base nos dados do portfólio da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC) de 2008, sendo: foco do parque, setores presentes, localização, incubação, critérios de admissão, posse do terreno e gestão. METODOLOGIA Em relação aos fins de investigação a pesquisa foi classificada como exploratória e descritiva e quanto aos meios de investigação enquadrou-se como bibliográfica e de campo. Esta pesquisa foi considerada censitária, pois sua população foi composta por todos os gerentes do Parque Científico e Tecnológico da UNESC – I-PARQUE. Para a identificação destes gerentes realizou-se uma visita ao I-PARQUE no dia 26 de abril de 2012 onde o gestor da Incubadora Tecnológica de Idéias e Negócios identificou cada um dos sete gerentes que participaram da pesquisa. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se de um questionário com abordagem quantitativa, composto por dez perguntas fechadas. As alternativas de cada questão possuíram um grau de importância que variou de 1 à 5, onde o número 1 era o menos importante e o número 5 o mais importante. O questionário foi aplicado pessoalmente junto aos sete gerentes do I-PARQUE RESULTADOS E DISCUSSÃO A pesquisa identificou que o foco principal do I-PARQUE da UNESC é obter relevância tecnológica, concentrando suas atividades no desenvolvimento e aprimoramento de produtos e processos. Também foi constatado que o foco do parque deve estar direcionado para atender as necessidades da região sul catarinense. Os setores de atuação elencados como de importante presença foram os setores de Tecnologia Ambiental, Química, Novos Materiais, Tecnologia de Energia e Agro-alimentos/Agricultura. O ponto de maior importância em relação à localização foi à proximidade a uma universidade, estando de acordo com atual localização do I-PARQUE, uma vez que o mesmo está à apenas 4,4 quilômetros da UNESC. A presença da incubadora é primordial para o sucesso do parque e o critério de admissão de empresas na incubadora deve levar em consideração se as empresas são de base tecnológica e se suas atividades estão ligadas ao setor industrial. Referente à concessão de espaço para implantação de empresas no território do parque foi definido como melhor alternativa a locação do terreno para que as empresas possam se instalar na área. Na percepção dos gestores do I-PARQUE a natureza jurídica do mesmo deve ser uma fundação, indo de encontro com a sua gestão, uma vez que pertence a Fundação Educacional de Criciúma (FUCRI). CONCLUSÃO Percebe-se que o foco do I-PARQUE diverge dos fatores de sucesso para parques tecnológicos elencados por Zammar et al (2009), onde os autores afirmam que um parque tecnológico deve focar em no máximo três setores de atuação para atingir um alto nível de especialização. O resultado da pesquisa demonstrou que a maior parte dos gestores do I-PARQUE prioriza cinco setores de atuação e defende o direcionamento do foco do parque para as necessidades da região. Os resultados relacionados a localização, incubação, critérios de admissão, posse do terreno e gestão estão em total consonância com os estudos de Zammar et al (2009). Conclui-se que é importante o parque estar localizado próximo a uma universidade, a incubadora e as incubadas são essenciais para o sucesso do parque, pois permitem que idéias geradas na universidade amadureçam e sejam colocadas em pratica. Também o critério de admissão de empresas deve levar em consideração se as mesmas são de base tecnológica, diferenciando desta forma um parque tecnológico de um distrito industrial e a posse do terreno seja por locação, permitindo que os terrenos cedidos sejam recuperados com facilidade e evitam a possibilidade de especulação imobiliária. A gestão sendo efetuada por uma fundação permite que o parque tenha uma administração ágil e menos burocrática. REFERÊNCIAS ZAMMAR, Gilberto. Infraestrutura para implantação de empresas de base tecnológica: Parque Tecnológico de Ponta Grossa. 2010. 105 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Engenharia de Produção, Universidade Federal Tecnológica do Paraná, Paraná, 2010. ZAMMAR, Gilberto; KOVALESKI, João Luiz; PILATTI, Luiz Alberto; FRASSON, Antonio Carlos. Parques tecnológicos: fatores importantes na implantação. Disponível em: <http://pg.utfpr.edu.br/dirppg/ppgep/ebook/2009/congressos/internacionais/2009%20-%20adm/55.doc>. Acesso em: 05 mar. 201