10 research outputs found

    Cateter venoso profundo recoberto com antibiótico para reduzir infecção: estudo piloto Antibiotic coated catheter to decrease infection: pilot study

    No full text
    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A bacteremia associada a cateter venoso central (CVC) aumenta a morbidade e mortalidade hospitalar em pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI). Os cateteres recobertos com rifampicina e minociclina (RM) reduzem a freqüência de colonização e bacteremia. No entanto, resultados de estudos recentes questionaram o seu impacto clínico. O objetivo deste estudo foi comparar a incidência de colonização e bacteremia associada à CVC recobertos com RM e não recobertos numa coorte de pacientes admitidos em UTI. METODO: Estudo prospectivo, controlado em UTI mista clínico-cirúrgica. Os pacientes receberam um CVC recobertos com RM ou não recoberto. Após remoção do CVC, foi feita cultura de ponta do cateter e hemoculturas foram coletadas. Avaliou-se a freqüência de colonização e bacteremia. RESULTADOS: Cento e vinte CVC foram inseridos e 100 puderam ser avaliados, 49 no grupo não recobertos e 51 no grupo recoberto. As características clínicas foram similares nos 2 grupos. Dois casos de bacteremia associada ao cateter (BAC) (3,9%) ocorreram em pacientes que receberam CVC recobertos com RM comparado a 5 (10,2%) casos de BAC no grupo não recobertos (p = 0,26). Seis (11,8%) cateteres recobertos foram colonizados, comparados a 14 (28,6%) no grupo não recoberto (p = 0,036). A análise de Kaplan-Meier não demonstrou diferença no risco de colonização ou BAC entre os dois grupos estudados. A taxa de BAC foi de 4,7 por 1000 cateteres-dia no grupo com CVC recobertos e 11,4 por 1000 cateteres-dia no grupo que recebeu cateteres não recobertos (p = 0,45). CONCLUSÕES: Neste estudo piloto, demonstrou-se menor freqüência de colonização em cateteres recobertos com RM, quando comparados a cateteres não recobertos. A freqüência de BAC não foi diferente entre os dois grupos.<br>BACKGROUND AND OBJECTIVES: Nosocomial catheter related bloodstream infections (CR-BSI) increase morbidity and mortality in critically ill patients. Central venous catheters (CVC) coated with rifampin and minocycline (RM) decrease rates of colonization and CR-BSI. However, recent trials challenged the clinical impact of such catheters. We designed this trial to compare rates of colonization and CR-BSI in RM catheters and controls in a cohort of critically ill patients in Brazil. METHODS: Prospective, controlled trial conducted in one medico-surgical ICU. Patients were assigned to receive a control or RM CVC. After removal, tips were cultured in association with blood cultures. Rates of colonization and CR-BSI were recorded. RESULTS: Among 120 catheters inserted, 100 could be evaluated, 49 in the uncoated and 51 in the coated group. Clinical characteristics of patients were similar in the two groups. Two cases of CR-BSI (3.9%) occurred in patients who received RM catheters compared with 5 (10.2%) in the uncoated group (p = 0.26). Six RM catheters (11.8%) were colonized compared with 14 (28.6%) control catheters (p = 0.036). Kaplan-Meier analysis showed no significant differences in the risk of colonization or CR-BSI. Rates of CR-BSI were 4.7 per 1000 catheter-days in the RM coated group compared to 11.4 per 1000 catheter days in the uncoated group (p = 0.45). CONCLUSIONS: In this pilot study, we showed lower rates of colonization in RM coated when compared with uncoated catheters. Incidence and rates of CR-BSI were similar in the two groups

    Comparação entre as variações respiratórias da amplitude de onda pletismográfica da oximetria de pulso e do pulso arterial em pacientes com e sem uso de norepinefrina Comparison between respiratory pulse oximetry plethysmographic waveform amplitude and arterial pulse pressure variations among patients with and without norepinephrine use

    No full text
    OBJETIVOS: A variação respiratória da pressão arterial é um bom preditor da resposta a fluidos em pacientes ventilados. Foi recentemente demonstrado que a variação respiratória na pressão arterial de pulso se correlaciona com a variação da amplitude da onda pletismográfica da oximetria de pulso. Nossa intenção foi avaliar a correlação entre a variação respiratória da pressão arterial de pulso e a variação respiratória na amplitude da onda pletismográfica da oximetria de pulso, e determinar se esta correlação foi influenciada pela administração de norepinefrina. MÉTODOS: Estudo prospectivo de sessenta pacientes com ritmo sinusal normal sob ventilação mecânica, profundamente sedados e hemodinamicamente estáveis. Foram monitorados o índice de oxigenação e pressão arterial invasiva. A variação respiratória da pressão do pulso e a variação respiratória da amplitude da onda pletismográfica na oximetria de pulso foram registradas simultaneamente batimento a batimento, e foram comparadas utilizando o coeficiente de concordância de Pearson e regressão linear. RESULTADOS: Trinta pacientes (50%) necessitaram de norepinefrina. Ocorreu uma correlação significante (K=0,66; p<0,001) entre a variação respiratória na pressão arterial de pulso e a variação respiratória na amplitude de onda pletismográfica na oximetria de pulso. A área sob a curva ROC foi de 0,88 (variando de 0,79-0,97) com melhor valor de corte de 14% para prever uma variação respiratória na pressão arterial de pulso de 13. O uso de norepinefrina não influenciou esta correlação (K=0,63; p=0,001, respectivamente). CONCLUSÕES: Uma variação respiratória na pressão do pulso arterial acima de 13% pode ser prevista com precisão por meio de uma variação respiratória da amplitude de onda pletismográfica na oximetria de pulso de 14%. O uso de norepinefrina não modifica este relacionamento.<br>OBJECTIVES: Arterial pulse pressure respiratory variation is a good predictor of fluid response in ventilated patients. Recently, it was shown that respiratory variation in arterial pulse pressure correlates with variation in pulse oximetry plethysmographic waveform amplitude. We wanted to evaluate the correlation between respiratory variation in arterial pulse pressure and respiratory variation in pulse oximetry plethysmographic waveform amplitude, and to determine whether this correlation was influenced by norepinephrine administration. METHODS: Prospective study of sixty patients with normal sinus rhythm on mechanical ventilation, profoundly sedated and with stable hemodynamics. Oxygenation index and invasive arterial pressure were monitored. Respiratory variation in arterial pulse pressure and respiratory variation in pulse oximetry plethysmographic waveform amplitude were recorded simultaneously in a beat-to-beat evaluation, and were compared using the Pearson coefficient of agreement and linear regression. RESULTS: Thirty patients (50%) required norepinephrine. There was a significant correlation (K = 0.66; p < 0.001) between respiratory variation in arterial pulse pressure and respiratory variation in pulse oximetry plethysmographic waveform amplitude. Area under the ROC curve was 0.88 (range, 0.79 - 0.97), with a best cutoff value of 14% to predict a respiratory variation in arterial pulse pressure of 13. The use of norepinephrine did not influence the correlation (K = 0.63, p = 0.001, respectively). CONCLUSIONS: Respiratory variation in arterial pulse pressure above 13% can be accurately predicted by a respiratory variation in pulse oximetry plethysmographic waveform amplitude of 14%. The use of norepinephrine does not alter this relationship

    Fatores preditores precoces de reinternação em unidade de terapia intensiva

    No full text
    OBJETIVOS: Prever reinternação na unidade de terapia intensiva, analisando as primeiras 24 horas de pacientes após admissão em unidade de terapia intensiva. MÉTODOS: A primeira internação de pacientes de janeiro a maio de 2009 em UTI geral foi estudada. Considerou-se reinternação em unidade de terapia intensiva na mesma permanência hospitalar ou retorno em até 3 meses após alta da unidade. Pacientes que faleceram na 1ª admissão foram excluídos. Fatores demográficos, uso de assistência ventilatória e permanência na unidade de terapia intensiva por mais de 3 dias foram analisadas de forma uni e multivariada de acordo com desfecho reinternação. RESULTADOS: Quinhentos e setenta e sete pacientes foram incluídos (33 óbitos excluídos). O grupo de reinternação foi 59 pacientes, e 518 não reinternados. O tempo entre admissão índice e reinternação foi 9 (3-28) dias (18 foram readmitidos com menos de 3 dias) e 10 faleceram. Os pacientes reinternados pelo menos 1 vez na unidade de terapia intensiva apresentaram as seguintes diferenças em relação ao grupo controle: maior idade: 75 (67-81) versus 67 (56-78) anos, p<0,01; admissão por insuficiência respiratória e/ou sepse: 33 versus 13%, p<0,01; admissão clínica: 49 versus 32%, p<0,05; maior SAPS II: 27 (21-35) versus 23 (18-29) pontos, p<0,01; Charlson: 2 (1-2) versus 1 (0-2) pontos, p<0,01 e permanência maior que 3 dias na unidade de terapia intensiva na 1ª admissão (35 versus 23%, p<0,01). Após regressão logística, idade, índice de Charlson e admissão por causas respiratórias ou sepse foram independentemente associados às reinternações em unidade de terapia intensiva. CONCLUSÃO: Idade, comorbidades e admissão por insuficiência respiratória e/ou sepse estão precocemente associadas a maior risco de reinternações na unidade de terapia intensiva estudada
    corecore