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    Causative eventive chains and selection of affixes in Portuguese nominalisations

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    In Portuguese, different suffixes are used to construct event deverbal nouns from the same base verb. In this paper, we focus on deverbal nouns constructed from causative verbs. Being event nouns, the meanings of the derivatives of these suffixes differ slightly. We aim to contribute to the understanding of the mechanisms involved in semantic rivalry between affixes, specifically with regard to the knowledge of the semantic features of the verbal base that are sensitive to the semantics of each affix. We propose that the semantic features of the affix must be semantically compatible with semantic features of the lexical-semantic structure of the base verb. Because of a coindexation mechanism (Lieber 2004), the semantic features of the affix will coindex with the semantic features of the verb that are most compatible with its own features (Rodrigues & Rio-Torto 2013; Rodrigues 2008). Our hypothesis permits us to explain why there are so many verbs with different deverbal nouns, with different affixes. The affixes in those situations are not acting as rivals, since they are not competing with each other to exclude each other

    Correlação entre o grau de complexidade e o grau de regularidade e de saturação de paradigmas derivacionais

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    Este trabalho analisa a correlação entre o grau de complexidade e o grau de regularidade e de saturação de paradigmas derivacionais do português, através da análise de corpora. Na morfologia, o conceito de paradigma tem sido tradicionalmente usado no estudo da flexão e não no da derivação. Esta visão tem sido contrariada por estudos como Štekauer (2014) e Antoniová & Štekauer (2015). Antoniová & Štekauer (2015) aplicam o conceito de saturação aos paradigmas derivacionais para quantificação da regularidade dos paradigmas. Saturação (Körtvélyessy 2015) consiste no grau de completude dos paradigmas com lexemas existentes. Partindo destes pressupostos, este trabalho visa avaliar o grau de saturação nos paradigmas derivacionais do português contemporâneo. Os resultados do estudo evidenciam uma correlação entre o grau de complexidade do paradigma (número de operações derivacionais envolvidas no paradigma, compreendendo-se nestas operações os processos fonológicos-morfológicos-sintáticos-semânticos) e o grau de regularidade e saturação do paradigma. O estudo determina que quanto mais complexa for a constituição do paradigma, maior a sua regularidade e saturação. Assim, paradigmas com maior grau de complexidade, i.e., com maior número de operações derivacionais envolvidas, como aqueles que envolvem as operações derivacionais pressupostas em amarelecimento (verbalização em -ec- e nominalização em -ment(o)) ou sustentabilidade (adjetivalização em -vel e nominalização em -idad(e)), apresentam maior regularidade e saturação do que paradigmas menos complexos, i.e., com menor número de operações derivacionais envolvidas, exemplificados por lexemas como varrimento (nominalização em -ment(o)) ou claridade (nominalização em -idad(e)).info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Correlación entre los nombres de enfermedades en el Livro de Alveitaria de Mestre Giraldo y en sus fuentes (el Liber de Medicina Equorum de Giordano Rufo y el Mulomedicina de Teodorico Borgognoni)

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    Nuestra investigación sobre los nombres de enfermedades de los caballos presentados en el Livro de Alveitaria de Mestre Giraldo, publicado en 1318, nos ha anteriormente conducido al estudio de los procesos lexicológicos/morfológicos utilizados para su formación (Rodrigues 2012) y a su comparación diacrónica con las voces utilizadas en otros manuales de albeitería hasta el siglo XVIII (Rodrigues 2016; Soares Rodrigues & Sá Morais 2015). En el presente trabajo trataremos de comparar los términos de enfermedades de Mestre Giraldo con sus correspondientes en latín utilizados en las dos fuentes que Giraldo explícitamente apunta en su tratado (el Liber Medicina Equorum (circa 1250), de Giordano Ruffo, y el Mulomedicina (circa 1266), de Teodorico Borgognoni. Nuestros objetivos consisten en determinar si los términos utilizados por Giraldo se radican en la tradición latina de los tratados que le sirvieron como fuente, o bien si demuestran autonomía léxica y morfológica relativamente a aquellos. Así, se plantean las siguientes cuestiones principales: i) ¿Los términos de Giraldo clasificados como construidos (Rodrigues 2012) manifiestan una influencia de los propios procesos de formación de palabras que produjeron los términos latinos? ii) ¿Los términos de Giraldo clasificados como no construidos (Rodrigues 2012) resultan ser correlatos de los correspondientes latinos?info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    O processamento de lexemas com combinação afixal múltipla no português europeu

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    Este trabalho visa compreender os limites da extensão sintagmática da afixação derivacional em português que envolve sufixos operantes em padrões produtivos do português europeu contemporâneo (Rio-Torto et al. 2016). Para o entendimento do processamento dos lexemas morfologicamente complexos, o trabalho encontra suporte no modelo multiple-route de Kuperman et al. (2010). O trabalho baseia-se na análise de corpora (Corpus de Referência do Português Contemporâneo e Linguateca) e de experimentações (tarefas de decisão lexical e de recordação) realizadas com falantes nativos do português europeu. O fenómeno empírico de afixação múltipla sob foco é constituído por lexemas que contêm a série sufixal -bil/-al-iz(a)-bil-idade, observável em lexemas com baixa frequência, tais como comercializabilidade e materializabilidade. Sob a perspetiva dos constrangimentos estruturais (Gaeta 2015; autor), a afixação múltipla deveria ser possível, enquanto esse tipo de constrangimento, verificável entre afixos, não é desobedecido. Contudo, a baixa frequência de lexemas constituídos pela combinação afixal em causa faz levantar a hipótese de que condicionamentos processuais influem sobre os limites da afixação múltipla. As tarefas de decisão lexical e de recordação realizadas no âmbito deste trabalho visam compreender quais são as condicionantes psicolinguísticas intervenientes na limitação da afixação múltipla, através da comparação entre o processamento de lexemas contendo a série afixal em foco, pouco frequentes, e lexemas constituídos por combinações afixais heterocategoriais frequentes. As produções expectáveis da tarefa de recordação são categorizadas nos seguintes tipos: acerto lexical completo, mutação fonológica parcial, acerto semântico completo, acerto semântico parcial, desacerto da categoria lexical, outro lexema e nenhuma resposta. As experimentações realizadas permitem compreender a inadequabilidade de modelos como o parallel dual-route (Schreuder & Baayen 1997). As principais conclusões deste estudo são as seguintes: variáveis como frequência da combinação afixal, transparência semântica, saliência afixal e previsibilidade (Bell and Schäfer 2016) são importantes para a capacidade de construção de padrão da combinação afixal, ou seja, para a capacidade de uma determinada combinação afixal funcionar como um padrão mental que permita ao falante a produção e a análise de lexemas (autor). A capacidade de construção de padrão está dependente da experiência do falante face à combinação afixal. Bell, M. J., & Schäfer, M. (2016). Modelling semantic transparency. Morphology Gaeta, L. (2015). Restrictions in word-formation. In P. Müller et al. (Eds.), Word-formation. An international handbook of the languages of Europe. Vol. 2 (pp. 859-875). Berlin: Mouton de Gruyter. Kuperman, V. et al. (2010). Processing trade-offs in the reading of Dutch derived words. Journal of Memory and Language, 62, 83-97. Rio-Torto, G. et al. (2016). Gramática derivacional do português. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra. Schreuder, R., & Baayen, H. (1997). How complex simplex words can be. Journal of Memory and Language, 37, 118-139.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Da norma da língua sob a perspectiva da linguística

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    O tema que é anunciado no título – “Da norma da língua sob a perspectiva da linguística” – suscita dois problemas. O primeiro está enunciado no próprio título: sendo a linguística uma ciência, está fora do seu escopo uma perspectiva normativa sobre as línguas. Por isso, o tema anunciado é uma falsa questão. Para a linguística não existe um “bom português” e um “mau português”. Quando utilizamos as designações de “bom português” e de “mau português”, referimo-nos às classificações que, numa determinada época, não só a gramática tradicional, mas também os próprios falantes fazem dos usos da sua língua em “correcto”/ “incorrecto”, não de acordo com os parâmetros que regem internamente a arquitectura da língua, mas de acordo com a ideia de estado puro ou impuro da mesma. Estamos a fazer referência, por exemplo, à tentativa de correcção de falantes que não fazem a distinção entre /b/ e /v/, e por isso dizem vala e bala como [bal ], por parte de falantes que fazem a distinção entre /b/ e /v/ e por isso dizem [val ] e [bal ]. Mas estamos a incluir também nesta temática a oscilação entre, por exemplo, hão-de e hadem, entre tu leste e tu lestes, entre lê-lo-ei e lerei-o, etc. Por parte da linguística, ciência que estuda as línguas e a linguagem, estas formas são encaradas com a mesma objectividade. Não há formas boas e formas más. A linguística analisa as formas que existem em cada língua; não apenas as que numa determinada época e numa determinada comunidade são encaradas como correctas; assim como também não tem como objectivo fazer desaparecer as que nessa mesma época e nessa mesma comunidade são tidas como incorrectas. Assim sendo, como já dissemos, esta é uma falsa questão, o que significa que podemos dar a sessão por encerrada.Porto Editor

    The importance of prefixes in the identification of postverbal nouns

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    In Portuguese, besides suffixed deverbal nouns, there are deverbal nominal products with no derivational suffixes, which we will call ‘postverbal nouns’. One of the problems concerned with postverbal nouns is that there are some difficulties in distinguishing them from nouns that function as base words to verbs constructed with no derivational suffixes

    Morphology and meaning in Portuguese deverbal adjectives

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    The aim of this paper is to study the relation between morphology and meaning in Portuguese deverbal adjectives. In Portuguese, there are many suffixes that may generate adjectives from verbs.CELGA, Universidade de Coimbr

    Semantic rivalry between affixes: the case of Portuguese nominalisers

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    In Portuguese there are different suffixes that permit us to construct event deverbal nouns. Those affixes may adjoin the same verbal base.Albeit deriving event nouns, the meanings of the derivatives of these suffixes are slightly different. We intend to contribute to the understanding of the mechanisms that are involved in affix semantic rivalry, specifically to the knowledge of the semantic features of the verbal base that are sensitive to the semantics of each affix

    Portuguese converted deverbal nouns: constraints on their bases

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    Conversion is one of the mechanisms which are responsible for the formation of deverbal nouns in Portuguese. Portuguese converted deverbal nouns are morphologically characterised by a stem, inherited from the base verb, and a theme vowel (1). (1) corte ‘cut’-CONVERTED DEVERBAL NOUN cort ‘to cut’-VERBAL STEM e- NOMINAL THEME VOWEL voo ‘flight’-CONVERTED DEVERBAL NOUN vo- ‘to fly’- VERBAL STEM o- NOMINAL THEME VOWE

    Semantic affix rivalry: the case of Portuguese nominalisers

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    In Portuguese there are different suffixes that permit to construct event deverbal nouns (EDN) from the same base verb. Albeit deriving event nouns, the meanings of the derivatives of these suffixes are slightly different. We intend to contribute to the understanding of the mechanisms that are involved in affix semantic rivalry, specifically to the knowledge of the semantic features of the verbal base that are sensitive to the semantics of each affix. In a Lexicalist framework (e.g. Halle (1973) and Scalise (1984)), each base has idiosyncratic information on the affix(es) it may select. Other descriptions have challenged that traditional account, searching for systematic features that may relate classes of bases with certain affixes. One of those descriptions is, for instance, Fábregas (2010), according to which the affix selection depends on the internal argument of the verb (verbs with rheme path objects choose -da/-do and verbs with undergoers select -miento). The analysis of Portuguese data does not corroborate Fábregas’ hypothesis. Verbs with a rheme path object (descer ‘to lower, to take down’) present deverbal nouns with the suffix -mento (descimento ‘event of lowering, taking something down’). Verbs with an undergoer as internal argument (esfriar ‘to cool’, engordar ‘to fatten’) originate deverbal nouns in -da (esfriada ‘event of cooling’, engordada ‘event of fattening’). This suffix is specially productive in Brazilian Portuguese, giving rise to many deverbal nouns that, in context, occur with a light verb (dar ‘to give’, fazer ‘to do’, ter ‘to have’), as in dar uma pensada ‘literally: to give a thought: to think’, dar uma processada ‘literally: to give a processing; to process’. As Portuguese data evidence, affix selection is not sensitive to the distinction between rheme path objects and undergoers. In earlier works (XXX and XXX), we have already proposed that affix selection is dependent on the semantic compatibility between affixes and bases. We propose that the point is not that the verb selects one affix if the verb has a certain feature and blocks the selection of that affix if it has another one. It is not a question of all or nothing. Data show that the same verb may select ‘rival’ affixes. We propose that the semantic features of the affix must be semantically compatible with semantic features of the event structure and of the lexical-semantic structure of the base verb. Due to a co-indexation mechanism (Lieber 2004), the semantic feature of the affix will co-index with the semantic feature of the verb that is the most compatible one with its own feature. For instance, -da has as semantic features [+sudden event; +point of arrival]. If there is a verb whose event structure has a point of arrival (e.g. tosquiar ‘to shear’), then -da may co-index with it, forming tosquiada, whose meaning will be ‘sudden event focused on the point of arrival of shearing’. At the same time, the same verb has a [course of the process] feature. The suffix -mento is compatible with that feature. Thus, there is the deverbal noun tosquiamento, meaning ‘the course of the process of shearing’. Each suffix, because of its own semantic feature(s), highlights the feature of the verb it co-indexes with. Our hypothesis permits us to explain why there are so many verbs with different deverbal nouns, with different affixes. The affixes in those situations are not acting as rivals, since each one co-indexes with the feature of the base that is the most compatible one with its own feature
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