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O impacto da pandemia do covid-19 na saúde infanto-juvenil: um estudo transversal / The impact of the covid-19 pandemic on child-youth health: a cross-sectional study
Introdução: A doença COVID-19 vem despertando atenção mundial desde o seu aparecimento, graças a sua rápida disseminação. Diante disso, estratégias foram tomadas para conter o avanço dessa doença, como o distanciamento e o isolamento social, porém tais iniciativas têm causado consequências psicológicas para boa parte da população, destacando-se as crianças e adolescentes, os quais tiveram sua rotina totalmente modificada. Objetivo: Analisar o impacto da pandemia da COVID-19 na saúde infanto-juvenil. Metodologia: Estudo transversal, exploratório e descritivo de caráter quanti/qualitativo realizado através de um questionário desenvolvido pelo Google Forms e disponibilizado nas redes sociais com indagações acerca do impacto da pandemia na saúde das crianças e adolescentes. Resultados e discussão: Dos 200 responsáveis que participaram 94,5% eram do sexo feminino e 92% mães, a maioria era casada (87,5%) e idade maior que 40 anos (61,5%). Quanto às crianças e adolescentes a maioria se encontrava na faixa etária entre 8 e 12 anos (38,5%), 50% eram do sexo feminino, 78% não apresentavam comorbidades que favorecessem a gravidade da COVID-19. Em relação ao contexto da pandemia, 75,5% relataram ter um diálogo honesto com a criança/adolescente sobre a situação vivida e os principais sentimentos relatados foram: preocupação, medo, tristeza, ansiedade, irritabilidade e saudades da rotina. Em relação às alterações comportamentais da criança ou adolescente desde o início da pandemia, 73% dos responsáveis afirmaram observar diferenças, em que o principal foi o aumento do tempo no celular (77%). Além disso, outras mudanças comportamentais identificadas no questionário foram bastante relevantes como: dificuldade de dormir (43%), queda no rendimento escolar (42,5%) e agitação/irritação (42%). No que diz respeito à prática de atividade física, 63% das crianças praticavam antes da pandemia, mas apenas 27,7% continuaram, além disso o banho de sol também foi prejudicado, pois apenas 43,2% estão tomando regularmente. Considerações finais: Desta forma, percebe-se que a pandemia afetou diretamente o comportamento de crianças e adolescentes, sendo necessária atenção orientada para as famílias no que tange a saúde física e mental, bem como, a ampliação do debate e da produção científica sobre a temática
Dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência intelectual em relação à sexualidade: uma revisão integrativa da literatura / Difficulties faced by people with intellectual disabilities in relation to sexuality: an integrative literature review
A deficiência intelectual (DI) é um transtorno caracterizado por déficits relacionados à cognição que impactam diretamente em vários aspectos como: dificuldades na aprendizagem, resolução de problemas e raciocínio, limitações na interação social e falta de independência individual para determinadas atividades. Diante desses acometimentos, as pessoas com DI encontram dificuldades perante a sexualidade, tanto em relação ao preconceito e repressão por parte da sociedade, quanto em relação às limitações intrínsecas à realidade desses indivíduos. Assim, é notável a necessidade de aprofundar o conhecimento sobre esse tema, visto que ainda é um assunto pouco abordado e que impacta bastante na realidade das pessoas com DI. Nesse designo, o objetivo do presente estudo é conhecer as adversidades vivenciadas por pessoas com DI em relação à sexualidade. Quanto à metodologia, trata-se de uma revisão integrativa da literatura que buscou artigos na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) com os seguintes descritores: "Deficiência intelectual" AND "Sexualidade" e os filtros: "texto completo", "inglês", "português" e no recorte temporal de 2011 à 2020. Dos 42 artigos encontrados, 12 foram excluídos por fuga ao tema, duplicidade ou ausência de texto completo disponível, sendo o corpus final do texto constituído por 30 estudos, os quais foram categorizados em dois eixos: (I) Visão errônea da sexualidade nas pessoas com Deficiência Intelectual e (II) Limitações para a abordagem da sexualidade na pessoa com Deficiência Intelectual. A maioria da sociedade tem uma visão distorcida sobre a sexualidade das pessoas com DI, considerando-as assexuadas ou até mesmo perigosas sexualmente e esse preconceito acarreta em experiências negativas para eles, como: abuso sexual, impedimento da sua expressão sexual, falta de orientação para contracepção e até esterilização desses indivíduos. Além disso, existem limitações na abordagem dessa temática, deixando déficits na educação sexual e nas estratégias de apoio a esse grupo, fato que se torna ainda mais evidente na população de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queers, intersexuais e assexuais (LGBTQIA+) com DI. Portanto, é de extrema importância que propostas de educação sexual e estratégias de apoio sejam tomadas para permitir o pleno exercício dos direitos sexuais por parte desses indivíduos de forma saudável e sem experiências negativas
A relação entre a Deficiência Intelectual (DI) e o suicídio: uma revisão integrativa da literatura / The relationship between Intellectual Disability (ID) and suicide: an integrative literature review
Objetivo: Compreender a relação dos indivíduos com deficiência intelectual (DI) e o risco ao suicídio. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que buscou artigos no banco de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando como descritores: suicídio AND deficiência intelectual, com o filtro “texto completo”. Dos 24 artigos selecionados, 4 foram excluídos por fuga temática, constituindo um corpus amostral de 20 artigos. Resultados: Estudos demonstraram que pensamentos suicidas bem como comportamentos suicidas são mais comuns em pessoas com DI leve por terem maior compreensão intelectual quando comparados às pessoas com DI moderada e grave. Associado a isso, são fatores de risco: o isolamento social, fatores socioeconômicos, genéticos, relacionamento familiar fragilizado, estresse, abusos, entre outros. Adicionalmente, foi visto que há uma necessidade de um instrumento de triagem objetivando uma melhor avaliação do risco de suicídio em pacientes com DI. Considerações Finais: Conclui-se que há necessidade de novos estudos sobre o tema, bem como novas ferramentas de triagem que avaliem de forma eficaz a relação entre DI e suicídio