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    Tudo começa aqui? A anulação da presença dos povos indígenas no Rn e a vitória do invasor branco retratadas pelas escolhas lexicais em canais de comunicação do destino rio grande do Norte / It all starts here? The nullification of the presence of indigenous peoples in rn and the victory of the white invader portrayed by lexical choices in communication channels of the destination rio grande do Norte

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    Este trabalho versa sobre a relação do turismo com a comunicação, a partir da análise crítica do discurso, de marcas discursivas de racismo em peças publicitárias de uma campanha institucional da Secretaria de Turismo do Estado do Rio Grande do Norte, disponibilizada em seu site e redes sociais, intitulada “Tudo começa aqui”. A metodologia empregada é a qualitativa, fundamentada na ACD, análise crítica do discurso, e parte da compreensão conceitual dos efeitos da constituição colonialista de raça, para justificação de um projeto de retirada da humanidade de não-brancos, e construção de um racismo estrutural que permeia os discursos e constrói relações de desvantagens e privilégios pelo uso das instituições hegemonizadas por grupos sociais que impõem seus interesses econômicos e sociais, o que contribui para que as relações sociais sejam coletivamente estruturadas para reproduzir a prática da negação da existência do outro não-branco sem, no entanto, reconhecê-la, ao contrário, propagando o mito da democracia racial. O racismo contra indígenas se evidencia em várias práticas e violências, desde o uso de armas, a assimilação, a aculturação, pelo apelo à unidade nacional, mas especialmente ao apagamento historiográfico do protagonismo da resistência indígena à colonização europeia. Os preceitos aqui trabalhados sobre raça e racismo estão baseados em Almeida (2019) e Nascimento (1978; 2016). Em seguida, aborda-se mais especificamente como se dá a relação da comunicação em turismo, do marketing de destinos enquanto informador das características dos lugares, reconhecendo que as escolha lexicais do discurso pensado para produzir o imaginário através dos signos, na maioria das vezes de forma institucional, refletindo as relações sociais regidas por relações de poder; nesse sentido, utilizou-se como referências Coriolano (2005), Tomazzoni (2006), Falcoo (2011), Ladeiro (2012), entre outros. A ideia de publicização na internet e em redes sociais de amplo alcance, das campanhas publicitárias institucionais, ao mesmo tempo que reflete uma ampliação do acesso a informação dos destinos turísticos, gerando uma democratização da informação para o público, também concentra por parte dos emissores, desenvolvendo assim o marketing turístico, entendendo o destino como um produto. Diante dessa contextualização dos marcos pressupostos, passou-se a apresentar a metodologia da Análise crítica de discurso enquanto ferramenta que se interessa por identificar a reprodução discursiva de situações abuso de poder, que resultam em desigualdade e injustiça social partindo do conceito de poder em sua concepção linguística, discursiva e comunicacional (Van Dijk, 2015) partindo de um contexto concreto, entendida como prática social situada, são explicitadas as perspectivas da análise crítica do discurso, passando então à análise do corpos, a começar pela escolha do nome “Tudo Começa Aqui”, na página da Secretaria de Turismo do Rio Grande do Norte
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