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A falha na prevenção, subnotificação e conhecimento da sífilis congênita
A sífilis congênita corresponde à infecção do feto pelo Treponema pallidum, sendo transmitida via placentária durante o parto ou em qualquer momento da gestação. É uma doença de notificação compulsória, que apresenta até 40% de taxa de mortalidade. Estudos da Organização Mundial de Saúde evidenciam altos índices de SC na população mundial, em que na incidência de 12 milhões de casos de sífilis anualmente no mundo, 1 milhão ocorre em gestantes. O objetivo desta revisão é compreender os motivos do crescimento da taxa de transmissão vertical da sífilis, relacionando os pontos vulneráveis das instituições de saúde que englobam subnotificação, falha nas estratégias de prevenção e falta de conhecimento dos profissionais dos diversos níveis de atenção. Trata-se de um resumo expandido a partir de 5 artigos mais recentes (2016 a 2018) selecionados na base de dados Scielo e Medline, com uso dos descritores em ciências da saúde (DeCS): “Syphillis”, “Congenital”, “Primary Prevention”. Conclui-se com essa revisão que o controle da sífilis peca nos três pilares básicos: prevenção, notificação e conhecimento. É inegável que esses fatores estão interligados e a falha de um deles leva a ineficácia de todos
A influência da obesidade no desenvolvimento do câncer de mama e em seu prognóstico em mulheres no estado de Goiás
O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres. Entende- se a gênese do câncer de mama como sendo multifatorial, e sabe-se que diversos aspectos genéticos, ambientais e relacionados ao estilo de vida estão implicados em sua etiologia (CÂNDIDO, et al; 2016). A obesidade pode contribuir para o aumento da incidência do câncer de mama em todo o mundo. Contudo, as neoplasias mamárias do tipo hereditário correspondem de 5% a 10% dentre os casos de câncer de mama, sendo este grupo muito relacionado a alterações de genes supressores de tumor (SARTORI, BASSO, 2019). A influência da obesidade no câncer de mama está diretamente relacionada a possíveis desfechos insatisfatórios, possuindo riscos significativamente maiores de recorrência (PAPA, et al; 2013). Objetiva-se com esse estudo analisar a relação da obesidade com surgimento e prognóstico do câncer de mama através da análise de prontuário das pacientes do Hospital Alberto Rassi (HGG) com intuito de observar altura e peso das participantes para cálculo de IMC e entender a diferença do prognóstico de pacientes obesas e não obesas. Espera-se, com isso, identificar a relação entre o fator de risco obesidade na maior incidência do câncer de mama, além da influência do sobrepeso na piora progressiva no prognóstico e tratamento dos pacientes
Principais desafios do paciente LGBT na atenção primária de saúde
Introdução: A saúde lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais (LGBT) é apontada como vulnerável mesmo com a criação de algumas políticas públicas que garantem o acesso e a inclusão desse grupo na saúde. Assim, apesar de um aumento da conscientização sobre a homossexualidade e as necessidades de saúde desses pacientes é frequente um atendimento discriminatório e heteronormativo prestado pelos profissionais de saúde. Objetivo: Descrever os principais desafios encontrados em paciente LGBT na atenção primária de saúde. Material e Método: Este trabalho trata-se de uma revisão integrativa da literatura nos bancos de dados Public Medline (PubMed), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e Scientific Eletronic Library Online (Scielo), com a pesquisa dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): "Homosexuality", "Primary Health Care", "Public Policies" e "Homophobia". Foram utilizados 15 artigos originais, escritos em língua inglesa e língua portuguesa, com os anos de publicação entre 2012 e 2019. Resultados: A prática de saúde de acordo com conceitos heteronormativos acarreta efeitos negativos sobre a qualidade dos cuidados prestados as minorias sexuais, contribuindo para um maior distanciamento dessa população com a saúde primária. A falta de informações sobre as necessidades da população LGBT por parte dos profissionais faz com que esses não se sintam capazes para prestar serviços efetivos a esta população. Desse modo, a fragilidade do profissional durante atendimento gera cada vez menos confiança por parte do paciente LGBT, possibilitando uma maior exclusão e violência simbólica, diferente daquilo que é pregado pelas políticas públicas de saúde. Assim, eles atrasam ou evitam procurar assistência médica quando precisam por causa da discriminação percebida dentro dos cuidados de saúde. Com isso, construir uma política de atenção integral à saúde continua sendo um desafio, já que necessita que se amplie a percepção do que se compreende por direitos sociais, reprodutivos e o reconhecimento das diversas possibilidades de constituição humana e do exercício da sexualidade. Dessa forma, as diretrizes das políticas de saúde propostas pelo Ministério da Saúde para a população LGBT estão voltadas para mudanças na determinação social da saúde, com vistas à redução das desigualdades relacionadas à saúde desses grupos. Em suma, as diretrizes do SUS reafirmam o compromisso com a universalidade, com a integralidade, com a efetiva participação da comunidade e maior visibilidade e acolhimento da comunidade LGBT. Conclusão: Evidencia-se que a barreira da discriminação dificulta ou até impede que pessoas de minoria sexual procure o atendimento de saúde. Dessa forma, essa comunidade carece de profissionais de saúde mais bem preparados, que conheçam melhor as problemáticas específicas enfrentadas por LGBT, o que implica numa aprendizagem continuada que inclua pautas sobre as políticas públicas de orientação sexual, sexualidade humana e identidade de gênero. Faz-se também necessário uma atenção específica, de acordo com as singularidades dos sujeitos que buscam assistência, já que orientação sexual e a identidade de gênero são importantes determinantes do processo saúde-doença. Ademais, há uma escassez de pesquisas a respeito desse tema, o que impossibilita um conhecimento avançado sobre o real estado de saúde de pacientes LGBT, além de acarretar uma maior dificuldade para melhoria das diretrizes das políticas públicas já existentes
O impacto do exercício físico e do transplante de células tronco na regeneração cardíaca
RESUMO: Os cardiomiócitos são células do coração que se multiplicam no início da vida, mas com o tempo apenas hipertrofiam, apresentando uma capacidade inata de regeneração do coração humano insuficiente para compensar a perda de músculo cardíaco após um dano isquêmico. Desse modo, pacientes com insuficiência cardíaca recorrem a várias terapias e formas preventivas com o intuito de dirimir as lesões do miocárdio. O objetivo deste trabalho foi compreender a importância do exercício físico e do transplante de células tronco no tratamento de doenças cardíacas. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura a partir de 20 artigos originais, escritos em língua inglesa e língua portuguesa, publicados entre 2012 e 2019, selecionados nas bases de dados Scielo, Medline e Google Acadêmico, com o uso dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Cardiac Regeneration”,“Myocytes Cardiac”,“Exercise Therapy” e “Stem Cells”. Concluiu-se com essa revisão que o exercício físico possui uma ampla importância na prevenção de doenças cardiovasculares e que a aplicação de células tronco em enfermos com isquemia cardíaca apresenta impactos positivos no tratamento, acarretando longevidade e uma melhor qualidade de vida aos pacientes.