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    Efeitos terapêuticos da suplementação de Ômega 3 em pacientes com Endometriose / Therapeutic effects of Omega-3 supplementation in patients with Endometriosis

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    Avanços feitos nas últimas décadas revelam que o estreitamento entre as ciências nutrológicas e a endometriose tem se tornado um foco de grande interesse entre pesquisadores, sobretudo ao se evidenciar que muitos dos processos fisiológicos e patológicos da doença podem ser controlados pela dieta. Acredita-se que o ômega 3, por suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, anti-angiogênicas e antiproliferativas possa atuar na contramão desses eventos e ajudar no controle desta enfermidade. Por esta razão propusemos uma revisão de literatura para avaliar os efeitos da suplementação deste nutracêutico na endometriose. Trata-se, pois, de uma revisão sistemática de literatura, com análise dos principais artigos publicados nos últimos doze anos (2010-2022), com versão completa, em inglês, e gratuitamente acessados nas bases eletrônicas Pubmed, Lilacs e Scielo, através dos descritores “endometriosis” and “ômega-3”. Foram identificados 21 artigos, sendo excluídos os que não satisfizeram a metodologia e o espectro temático definido. Após revisão minuciosa dos textos e de suas referências bibliográficas, foram incluídos mais 3 artigos pela relevância e coerência com o tema proposto, resultando num total de 13 artigos revisados. Parte dos estudos foram experimentais, com ensaios clínicos controlados em animais. Outra parte foi realizada em humanos, sendo quatro deles observacionais do tipo coorte ou caso-controle, e um ensaio clínico randomizado e controlado por placebo. Outras 3 revisões sobre fatores dietéticos e endometriose também foram incluídas. Todos os artigos revisados apontaram para os efeitos supressores do ômega-3, com diminuição significativa das lesões endometrióticas, ou redução do risco da doença ou escore de dor em mulheres. De acordo com os trabalhos pesquisados, concluímos que o ômega-3 se mostrou eficaz no controle da doença. No entanto, apesar da plausibilidade da utilização deste nutracêutico na endometriose, precisamos de mais dados clínicos que sustentem essa evidência em humanos, necessitando de mais estudos acerca do tema, para que se valide definitivamente o seu uso clínico.

    Perfil epidemiológico da mortalidade materna por doenças hipertensivas gestacionais no Brasil e em Sergipe, de 2010-2020 / Epidemiological profile of maternal mortality from gestational hypertensive diseases in Brazil and Sergipe, 2010-2020

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    Introdução: As síndromes hipertensivas gestacionais (SHG) são uma das maiores causas de morbimortalidade materna. Dentre essas síndromes estão: Pré-Eclâmpsia, Eclâmpsia, Hipertensão Crônica e Síndrome HELLP. Devido à alta prevalência de óbitos por estas condições, atualizações sobre os dados clínicos e epidemiológicos são importantes para o adequado manejo destas Síndromes. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico das pacientes que apresentaram óbito por SHG entre 2010 e 2020, no Brasil e no estado de Sergipe, destacando as características socioeconômicas maternas e local e momento de ocorrência das mortes, a fim de salientar os pontos de entrave no pré-natal, periparto e puerpério. Método: Trata-se de um estudo observacional e descritivo, com informações coletadas no banco de dados TabNet-DataSUS, com análise do perfil de mortes maternas por SHG, no Brasil e em Sergipe, no período de 2010-2020, usando os seguintes códigos da CID-10: O10-Hipertensão pré-existente com complicação grave no parto e puerpério; O11-Distúrbio hipertensivo pré-existente + proteinúria superposta; O14-Hipertensão gestacional sem proteinúria significativa; O15-Eclâmpsia. Os critérios avaliados foram: prevalência, etnia/raça, escolaridade, período e local da morte. Resultados: Foram registrados 3.395 óbitos no Brasil entre 2010-2020, sendo 1,65%(56 óbitos) em Sergipe, e a maioria decorrente da eclâmpsia 50,81%. As mulheres pardas representam a maioria dos óbitos por SHG(53,91%), e também em Sergipe(60,71%). Sobre o nível de escolaridade, 1.244 mortes(36,64%) ocorreram em mulheres com 8-11 anos de estudos e, em Sergipe, a maior prevalência também se apresentou nessa categoria, com 23 mortes(41,07%). Além disso, no Brasil, a mortalidade materna foi maior no puerpério (60,41%), como também  em Sergipe, onde 1,90% dos óbitos ocorreram no período puerperal. Conclusão: A prevalência de morte materna por SHG é alta no Brasil e no Estado de Sergipe. O perfil epidemiológico destas pacientes é formado por mulheres de média escolaridade, pardas e nordestinas, sendo o momento de maior prevalência os 45 dias pós-parto, e a maior frequência de óbitos em ambiente hospitalar. Em Sergipe, o perfil se assemelha ao padrão do país
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