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ESTUDO PRELIMINAR DE VIABILIDADE ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DE BIOGÁS, ß-MANANASE E AÇÚCARES A PARTIR DO CAROÇO DE AÇAÍ (Euterpe oleracea)
O objetivo do presente estudo foi verificar, de forma preliminar, a viabilidade
econômica de três rotas de bioprocessos para o aproveitamento da semente de açaí,
propostas no trabalho de LIMA (2020), sendo: Digestão Anaeróbia (DA) para produção
de biogás, a Fermentação em Estado Sólido (FES) para produção de ß-mananase e
a Hidrólise Enzimática (HE) para produção de manose e mano-oligossacarídeos. Os
custos operacionais e de instalação das plantas produtivas foram levantados na
literatura, buscando processos similares em etapas e substratos. Os dados de
equipamentos e instalação foram corrigidos em tempo e nacionalização, quando
necessário. As receitas foram definidas com base em pesquisas de mercado, para
produtos iguais ou similares aos produzidos no presente estudo. Para a DA da fração
líquida do pré-tratamento termoquímico da semente, o custo de instalação e operação
de uma planta de 25 anos de vida útil, foi de R 31,64 por
tonelada. A planta de DA foi limitada à capacidade de 450 kWh pela disponibilidade
de matéria prima, mas o custo da energia produzida (0,0831 R 191.871,50 por tonelada de material
tratado, enquanto a receita foi de R 875.520,30 por tonelada.
A receita foi de R$1.680.000,00 por tonelada, que apesar de ser um valor bastante
elevado gerou o menor retorno relativo em relação aos gastos necessários para sua
realização dentre os três processos. No geral, os três processos se mostraram
economicamente viáveis, e apesar de diferenças em seu potencial de mercado e
lucro, foi reforçado que existe margem para explorar economicamente a semente de
açaí
Proposta para Ensino de Segurança de Processos em Cursos de Graduação de Engenharia Química no Brasil / Proposal for Teaching Process Safety in Undergraduate Chemical Engineering Courses in Brazil
seja, aquele profissional que dominava as tecnologias e as aplicava na construção de edificações, navios, máquinas e equipamentos, etc. No caso do engenheiro químico, seu foco estaria na maximização da produção de agentes químicos. Contudo, o foco exclusivo na tecnologia e na produção rapidamente se mostraram insuficientes para atender as demandas sociais mais recentes, especialmente aquelas relacionadas à sustentabilidade ambiental e social. Dentro desse novo contexto, a prevenção de acidentes passou a ser uma prioridade na indústria química, e a segurança de processos um valor dentro dessas organizações. Embora a segurança de processos tenha apresentado forte evolução a partir das décadas de 80 e 90 do século passado, tal comportamento não se refletiu nas grades curriculares de diversos cursos de graduação em engenharia química no Brasil e no exterior. Ainda hoje são poucas as grades que contemplam de forma abrangente e explícita os conceitos da segurança de processos químicos. Diante do papel social do engenheiro, dispor de uma disciplina exclusiva para tratar do tema revela-se uma necessidade. O presente artigo detalha uma opção de ementa de disciplina, com carga horária de 45 horas teóricas distribuídas ao longo de um semestre. Nessa estratégia, adotada pela Escola de Química da UFRJ (EQ/UFRJ), a disciplina é dividida em três fases: i. introdução e análise de riscos; ii. modelagem e simulação; e iii. princípios básicos de incêndio e toxicologia. O presente texto detalha cada uma dessas fases, considerando as diferentes opções de sequenciamento do conteúdo ao longo do período. Critérios de avaliação utilizados, inclusive com a incorporação do uso, por parte dos alunos, de ferramentas computacionais de simulação, também são foco do artigo. A abordagem aqui descrita não é única, mas atende de forma adequada e simples a demanda crescente do mercado por engenheiros recém-formados capazes de transitar com algum conforto na área de segurança de processos, tema já tão estabelecido na indústria, mas ainda pouco falado na academia.