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    Conduta expectante (não cirúrgica) em pacientes pediátricos vítimas de trauma abdominal contuso com lesão de baço e/ou fígado / Observational (non-surgical) management in pediatric patients with blunt abdominal trauma and spleen and/or liver injury

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    INTRODUÇÃO: O trauma abdominal contuso e seu impacto na morbidade e mortalidade de pacientes pediátricos exige condutas eficazes para reduzir riscos e aumentar as taxas de sobrevida com qualidade. Nesse contexto, as condutas não-cirúrgicas têm grande relevância nos cenários de trauma, com menores índices de complicações associadas aos atos cirúrgicos. OBJETIVO: Analisar o perfil de pacientes e os fatores relacionados a falha do tratamento não cirúrgico em pacientes com lesão esplênica e/ou hepática após trauma abdominal fechado, internados em um hospital de referência para trauma no DF.METODOLOGIA:Estudo quantitativo, descritivo e retrospectivo com análise de prontuários de crianças entre 0 e 16 anos atendidas em hospital terciário pela equipe de cirurgia pediátrica, entre os anos de 2012 e 2016, vítimas de trauma abdominal contuso com lesão hepática e/ou esplênica e que foram submetidos a tratamento expectante(CE) ou não cirúrgico. As complicações, tempo de permanência hospitalar e o índice de trauma (RTS, ISS e TRISS) foram analisados. Critérios de exclusão: óbito nas primeiras 6 horas de internação, alta hospitalar em menos de 24 horas, paciente com lesão de vísceras ocas associadas e prontuários incompletos.RESULTADOS:Foram analisados inicialmente 312 prontuários; 65 entraram nos critérios de inclusão, dentre os quais 13,8% foram submetidos a conduta cirúrgica inicial e 86,1% a CE. Com relação ao ano de atendimento: 2012=20%; 2013=21%, 2014=37%, 2015=11% e 2016=11%. Quanto a víscera lesada, 50% dos pacientes apresentaram lesão hepática, 42% esplênica e 8%(N=5) de ambas as vísceras. As lesões hepáticas foram relacionadas com estadiamento de gravidade mais leve e lesões esplênicas com lesões mais graves (p-valor=0,048). Foram a óbito 6%(N=4) dos pacientes.Predomínio de pacientes do sexo masculino 65%(N=42) e pacientes entre 6 e 10 anos, 48,4%.Escolares apresentaram maior proporção de lesão esplênica e pré escolares lesões hepáticas (p-valor=0,002). As principais causas de lesão foram colisão automobilística 40%; atropelamento 21%, queda de bicicleta 11% e 10% vítimas de acidentes domésticos. O transporte do local do acidente para o local de atendimento foi por ambulância comum em 32%(N=21), SAMU 27,7%(N=18) e 28% dos prontuários não possuía essa informação. Foram internados em UTI 60% dos pacientes, por períodos variáveis entre 1 e 211 dias, com média de 15,9 dias. Comorbidades associadas como TCE e lesão pulmonar apresentaram maior gravidade e foram internados em UTI (p-valor=0,0022).Houve maior frequência de cirurgia antes de 12 horas da admissão naqueles pacientes com hematócrito baixo (p-valor=0,015). Relação forte entre pacientes que necessitaram de transfusão sanguínea e internação na UTI, 85% dos pacientes (p-valor = 0,012).Dos pacientes submetidos a conduta expectante, 53,57% foram internados na UTI, com percentual de óbitos de 0%, entre os que não foram acompanhados na UTI, o percentual de óbitos foi de 7,7%. CONCLUSÃO:A mudança da terapêutica operatória para a não-operatória (TNO), é uma opção segura, no trauma abdominal contuso de pacientes pediátricos com lesões de vísceras parenquimatosas (fígado e baço), desde que seja indicado mediante critérios técnicos explicitados. Oferece grandes vantagens, incluindo menor número de óbitos, menor riscos de infecções associados à conduta cirúrgica e menos gastos com cuidados de saúde

    Síndrome de Cimitarra: Scimitar Syndrome

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    INTRODUÇÃO: A síndrome de Cimitarra é uma condição rara na qual ocorre o retorno venoso de forma anômala do pulmão direito para a veia cava inferior (VCI), podendo estar associada a outras malformações. APRESENTAÇÃO DO CASO: Paciente do sexo masculino, 2 anos, acompanhado da genitora, proveniente do interior do Amapá, relata que o menor há 1 ano começou a apresentar cansaço, fadiga, dificuldade para realizar pequenas atividades do dia, tontura e pneumonias repetidas. Relata, também,  que procurou atendimento na Unidade básica de saúde do seu bairro, e que o menor apresentou, ao exame físico, sopro sistólico ejetivo na borda esternal direita alta e B2 desdobrada constante e fixa com P2 normal. DISCUSSÃO: A forma infantil da síndrome de Cimitarra tem pior prognóstico e sintomas mais graves associados à hipertensão pulmonar e a cardiopatias congênitas. O diagnóstico é feito inicialmente a partir de uma radiografia de tórax que evidencia a veia pulmonar anômala, de configuração curva e paralela a borda direita do coração, que forma uma imagem hipotransparente e remete a espada turca (cimitarra). O tratamento em pacientes assintomáticos, com pressão arterial pulmonar normal e com pequeno shunt esquerda-direita, pode ser conservador. Já em pacientes sintomáticos, é indicada cirurgia de acordo com os dados hemodinâmicos. CONCLUSÃO: Esta síndrome é considerada rara e com diferentes graus de acometimentos, mas, de forma ampla, a sobrevida dos pacientes permanece boa, após correção cirúrgica. Dessa forma, fica clara a necessidade do diagnóstico precoce, ainda intra útero, para um parto e suporte ao recém-nascido adequados

    Síndrome de Gerstmann: Gerstmann's syndrome

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    Introdução: A Síndrome de Gerstmann (SG) foi primeiramente descrita pelo neurologista austríaco Joseph Gerstmann, no ano de 1924, descrevendo o caso de um paciente de 53 anos, com a tétrade de sintomas: agrafia, acalculia, desorientação direita e esquerda, agnosia. Apresentação do caso: Paciente do sexo masculino, 60 anos de idade, branco, hipertenso, com histórico de fibrilação atrial em acompanhamento irregular, foi admitido na enfermaria de neurologia com alteração de linguagem e hemiparesia sensório-motora de início súbito. Apresentava-se hemodinamicamente estável. Discussão: A SG não possui cura, sendo necessária a investigação plena para tratar e intervir em qualquer intercorrência que possa se assemelhar com o quadro apresentado, a  conduta terapêutica irá se aplicar focalizando no alívio dos sintomas, fornecendo apoio multidisciplinar, a fim de se obter uma melhora na qualidade de vida do paciente, obtendo uma melhora nos sintomas e diminuição nas limitações trazidas pela síndrome. Conclusão: Percebe-se a importância de novos estudos a respeito da mesma, em busca de um diagnóstico precoce e acompanhamento eficaz. &nbsp
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