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    BNCC e Ensino de História: horizontes possíveis

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    A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem suscitado importantes debates sobre a constituição de um currículo escolar. Neste artigo, desenvolvemos uma reflexão sobre como essa proposta curricular tem mobilizado discussões sobre as possibilidades de constituição e de desenvolvimento do ensino de História. Enquanto dispositivo regulador da educação, que tipo de poder esse documento exerce sobre aquilo que é praticado nas escolas? Para além dos constrangimentos e amarras que o currículo gera no ensino, poderíamos também enxergar potencialidades para um ensino de História que dialogue com as realidades vividas por nossos alunos e alunas e compartilhadas no espaço escolar? A partir dessas questões norteadoras, desenvolvemos este artigo em três partes: em um primeiro momento, apresentamos a trajetória de publicação da BNCC e os embates em torno do ensino de História, bem como os conceitos de currículo e de Ensino de História com os quais trabalhamos. Em um segundo momento, apresentamos como a comunidade disciplinar (GOODSON, 1997) tem debatido sobre os sentidos de História presentes na BNCC, a partir de um levantamento de artigos científicos que têm apresentado este currículo como tema de pesquisa. E em um terceiro momento, apresentamos algumas chaves de leitura do documento a partir dos conceitos de “competências gerais” e da “atitude historiadora”. Por fim, teremos condição de responder à questão: que possibilidades a BNCC pode proporcionar para um ensino significativo no ensino de História

    Livros didáticos: autoria em questão

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    A autoria de livros didáticos tem ocupado, em nossa sociedade, um lugar secundarizado em parte decorrente da desvalorização dos conhecimentos e materiais produzidos na/para a instituição escolar. Reconhecendo a relevância de pesquisas que buscam compreender a especificidade e complexidade dessa produção, discutimos, em diálogo com as teorizações foucaultianas sobre “o que é um autor”, a autoria de livros didáticos em perspectiva de investigação que a considera uma função discursiva, constituinte de sujeitos em contextos nos quais saberes e poderes são disputados, negociados, validados. Essa questão é discutida no âmbito das políticas públicas e do mercado editorial brasileiro, no qual profundas transformações têm afetado as condições e possibilidades do exercício desta função, reposicionando sujeitos e suas produções

    AUTOR DE LIVRO DIDÁTICO: SENTIDOS EM CONSTRUÇÃO

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    Os livros didáticos têm se destacado nas pesquisas acadêmicas devido ao seu papel de grande importância e complexidade na produção do conhecimento histórico escolar e no processo de ensino-aprendizagem. Em meio a esses estudos, destaca-se a investigação sobre a produção deste. Este artigo tem como objetivo discutir as concepções de autoria de livros didáticos entendendo a complexidade do processo de produção de uma obra e os sujeitos que estão nele envolvidos. Para isso, o conceito de “autor” passa a ser problematizado, entendendo que diversos sentidos lhe podem ser atribuído de acordo com o contexto sócio histórico ao qual está submetido. Além do sentido do que é o autor propriamente dito, foi realizado um esforço teórico de compreender como se constitui a especificidade de autoria de livros didáticos, considerando que existem semelhanças e diferenças da produção de obras científicas e literárias. Essa discussão foi estabelecida através de um diálogo teórico com pesquisadores do campo da filosofia, linguagem, história cultural e das representações, currículo e didática. Defendendo a valorização dos sujeitos como produtores de conhecimento, busca-se compreender a atuação do autor do livro didático em um lugar de trocas e negociações que envolvem demandas externas e internas e relações de poder que participam da produção do conhecimento histórico escolar
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