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Linear profiling in Lusitano horses: genetic parameters and plans for further development
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Avaliação morfo-funcional linear do cavalo Puro Sangue Lusitano com recurso à Tabela Padrão: Em que consiste e para que serve
O Regulamento do Livro Genealógico do cavalo Lusitano determina que qualquer candidato a reprodutor tem que ser avaliado por uma grelha de pontuação e por uma avaliação morfo-funcional linear (AML), através duma Tabela Padrão (TP). Esta TP inclui 63 características lineares, 45 morfológicas e 18 de andamentos e uma secção para assinalar imperfeições do animal, com 23 defeitos. A AML pressupõe uma linearidade entre a característica avaliada e a pontuação obtida, em que cada característica é definida entre dois extremos biológicos. Este trabalho tem como objetivo apresentar resultados preliminares das estatísticas descritivas da AML do cavalo Lusitano. Utilizaram-se registos disponibilizados pela APSL de 3200 animais da raça Lusitana, avaliados através da TP, entre janeiro de 2017 e abril de 2021. As características linearessão pontuadas entre 0 e 40 pontos correspondem aos extremos, e 20 corresponde, teoricamente, à média de cada característica na população. As avaliações (intervalo de 5 pontos), que foram realizadas por 15 juízes credenciados pela APSL, perfazendo um total de 63 combinações diferentes de juízes. Para cada animal, foram analisadas 63 características (de modelo e andamentos) e 23 defeitos, através do SAS, obtendo-se as respetivas estatísticas descritivas. A escala disponível (0-40) não foi totalmente utilizada nas características analisadas, em que o 5 foi a menor pontuação atribuída e 40 a maior. No geral, a média das pontuações foi 20,40±3,19 pontos e o coeficiente de variação oscilou entre 7,482 (Comprimento da quartela dos membros posteriores) e 21,91% (Elasticidade e Suspensão no Trote). Globalmente, é possível afirmar que, na raça Lusitana, todas as características analisadas apresentam variabilidade fenotípica. A AML apresenta vantagensm face ao método tradicional, devido à sua menor subjetividade, possibilitando uma discriminação mais clara entre indivíduos, onde a informação é mais detalhada e relevante para a realização de emparelhamentos dirigidos para correção de desvios nos descendentes
Selection for morphology, gaits and functional traits in Lusitano horses: I. Genetic parameter estimates.
Genetic parameters were estimated for morphology, gaits and functional traits in Lusitano horses by uni- and multivariate animal models. Morphological traits considered in the analyses were partial scores attributed to up to 18,076 horses at the time of registration in the studbook and included head and neck, shoulder and withers, chest and thorax, back and loin, croup, legs and overall impression, plus a final score computed by summing the partial morphological scores and the gaits score. The functional traits considered were the scores obtained in the dressage and maneability trials of working equitation (WE, about 1500 records by 200 horses), and classical dressage (12,131 records by 759 horses). The heritability (h2) estimates for all partial morphological scores ranged between 0.12 and 0.18, except for legs (0.07). The h2 for final score, height at withers and gaits was 0.18, 0.61 and 0.17, respectively, while for WE dressage trial and classical dressage it was 0.32 and for WE maneability trial it was 0.18. The genetic correlations (rG) of final score with the different partial scores were generally high (0.56–0.95), while among partial components of morphology they were positive but widely different (0.08–0.77). With the exception of legs, rG between morphology/gaits and functional traits were positive, with a stronger relationship between morphological traits and performance in WE dressage trial (rG between 0.36 and 0.56) when compared with performance in maneability trial or classical dressage. Height at withers had a rG of 0.40 with performance in classical dressage, but lower rG(0.06 and −0.10) with WE trials. Final score and overall impression had moderate to strong genetic relationships with functional traits, especially with WE dressage trial, while gaits had a strong rG with performance in all the disciplines (0.60–0.72). Indirect selection for morphology/gaits to improve functionality was assessed, by selecting for final score or a combined index of partial scores. Compared to direct selection for functionality, selection for final score or an index combining partial morphological scores would be less effective, resulting in accuracies of, respectively, 0.28 and 0.37 for WE dressage trial, 0.14 and 0.38 for WE maneability trial and 0.22 and 0.39 for classical dressage. Thus, an index combining all partial morphological scores would be better than selection for overall final score, but its relative efficiency compared to direct selection would be about 0.7 in WE dressage trial and classical dressage, and 0.9 in WE maneability trial. Lusitano horses maintain considerable levels of genetic variability, and selection for both morphology and functionality should be effective. The favorable genetic relationships existing between morphology and performance indicate that morphology/gaits traits can play an important role in a two-stage selection program, contributing to enhance selection response when the genetic improvement of working equitation or classical dressage is intended
Selection for morphology, gaits and functional traits in Lusitano horses: II. Fixed effects, genetic trends and selection in retrospect
Mixed model procedures were used to analyze morphology and gaits records collected in about 18,000 Lusitano horses from 900 studs, over a period of 43 years, and functional records collected since 1998, to carry-out a critical assessment of the fixed effects and selection practices followed in this breed. Fixed effects considered in the analysis of morphology (head/neck, shoulder/withers, chest/thorax, back/loin, croup, legs and overall impression), gaits and final score (computed by summing partial morphological and gaits scores) were stud, year, sex, inbreeding and age. Functional traits analyzed were the scores obtained in working equitation dressage (WEDT) and maneability (WEMT) trials and in classical dressage (CD), where fixed effects were event, level of competition, sex, inbreeding and age. Phenotypic trends were moderate over the period analyzed, with a slight increase in height at withers, and a decline in final score. Nevertheless, differences among years were mostly environmental. Males received lower scores for almost all morphological and gaits traits except croup, with a difference of about −1.7 points for final score relative to females. Sex differences were small for functional traits, with general advantage of males in WEMT and CD, and a disadvantage in WEDT. Considerable differences were detected among studs, especially in their environmental effects but also in mean estimated breeding value (EBV), for morphology, gaits and functionality. The environmental effect of competition level in CD resulted in a progressively lower scoring as the competition became more difficult, while for WEMT the pattern was opposite and differences were minor for WEDT. Inbreeding depression was observed for all morphological and gait traits, but the magnitude of its impact was very small for all traits analyzed, never exceeding −0.1% of the mean per 1% inbreeding. Still, for functional traits the effect of inbreeding was negligible. The EBV for morphology, gaits, WEMT and WEDT show considerable variability, indicating that selection can be effective. For CD, however, the distribution of EBV was narrower. The genetic trend was positive but moderate for all traits, and it was slightly higher for head and neck, overall impression, gaits and final score. As a percentage of the mean, these traits and working equitation trials showed the highest responses, which in the best cases did not exceed 0.2% of the mean per year. Genetic selection differentials and the corresponding selection intensities were very modest for all traits analyzed, with a slightly higher intensity in sires when compared to dams
Evolução da altura ao garrote, pontuação total e pelagens na raça Lusitana
Comunicação em painelO cavalo Lusitano (PSL) é a principal raça equina portuguesa, dispondo de um aprofundado conhecimento de nascimentos durante várias décadas. Os criadores de cavalos apresentam bastante interesse em saber a evolução do tamanho médio dos animais por si criados, bem como a sua classificação morfológica e aspetos do exterior de enorme relevância como são o conhecimento da coloração da pelagem. Pretendeu-se avaliar a evolução da altura ao garrote (AG), pontuação total (PT) ao Livro de Adultos (LA) e pelagens na raça ao longo do tempo.
Analisaram-se os PSL nascidos entre 1990 e 2021 e classificados para o LA, no que diz respeito à evolução da AG, PT ao LA e pelagem, num total de 24693 animais (19288 fêmeas e 5405 machos) através dos PROC’s MEANS, FREQ e CORR do programa SAS.
A média global de AG foi de 1,59±0,045m (M: 1,61±0,043, min 1,47 e max 1,80; F: 1,59±0,043, min 1,40 e max 1,85), indicando algum dimorfismo sexual na raça, com uma superioridade média de 2 cm na altura ao garrote para os machos. A tendência da AG ao longo dos anos indica que as fêmeas, em média, aumentaram 1,57±0,036mm e os machos 1,91±0,067mm. A PT aquando da inscrição no LA apresentou uma média global de 71,22±3,92 pontos (M: 69,75±3,84, min 56 e max 84; F: 71,63±3,84, min 53,5 e max 87,5), com superioridade nas notas obtidas para as fêmeas em ~2 pontos. A tendência fenotípica da PT ao longo dos últimos 30 anos de classificação dos reprodutores foi de +0,035±0,0034pts para as fêmeas, com uma diminuição muito ligeira para os machos (-0,0057±0,0063pts).
Globalmente, a distribuição das pelagens dos reprodutores classificados e nascidos desde 1990 apresenta uma incidência de 51,92% de ruços, 24,38% de castanhos, 8,05% de baios, 5,99% de pretos, 3,64% de lazões, 3,60% de isabéis, 1,90% de palominos, 0,35% de rucilhos, 0,09% de rosilhos e 0,08% de ratos. As diferenças entre sexos demonstram que, no total, existem mais 3,8% e 1,73% de fêmeas das pelagens ruça e castanha, respetivamente, mas uma superioridade de machos de pelagens menos frequentes, como são a preta (+2,3%), isabel (+1,31%) ou baia (+1,22%). A evolução da incidência das pelagens ao longo das últimas décadas de nascimento (de 1990 a 2020) revela uma redução na proporção de animais ruços (F5,8%; M>7,2%), castanhos (F>6%; M>6%), isabéis (F>3,3%; M>4,5%), lazões (F>1,5%; M>1,8%), palominos (F>1,4%; M>3%) e pretos (F>4,6%; M>1,9%). Estes resultados sugerem uma seleção por parte dos criadores para garanhões e éguas reprodutoras não ruços (pelagem mais depreciada), aumentando assim a proporção de outras pelagens menos comuns.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Parâmetros genéticos e ambientais de características lineares relativas aos membros do cavalo Puro Sangue Lusitano
Comunicação oralO presente estudo tem como objetivo estimar os parâmetros genéticos e ambientais de 12 características lineares referentes aos membros do cavalo Puro Sangue Lusitano, com o intuito de poderem vir a ser incluídos na avaliação genética da raça e permitir uma maior objetividade na seleção de futuros reprodutores. As características lineares utilizadas foram: comprimento dos membros anteriores (CompMAnt), comprimento da canela nos membros anteriores (CanelaMAnt), comprimento da quartela nos membros anteriores (CompQuartMA), orientação da quartela nos membros anteriores (OrienQuartMA), comprimento dos membros posteriores (CompMPos), comprimento da canela nos membros posteriores (CanelaMpos), comprimento da quartela nos membros posteriores (CompQuartMP), orientação da quartela nos membros posteriores (OrienQuartMP), substância, definição das articulações (DefArticGen), amplitude dos cascos (AmplCascos) e comprimento dos talões (CompTaloes). Foram utilizados registos de 7062 animais, pontuados através do sistema deinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio