A VIVÊNCIA DO PLANTÃO PSICOLÓGICO COM ADOLESCENTES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

O Plantão Psicológico é uma modalidade de atendimento caracterizada por uma intervenção voltada para situações emergentes e pontuais, tendo assim a finalidade de oferecer uma escuta qualificada e uma postura ética e empática ao sujeito atendido. Dessa forma, através de um aporte com embasamento científico e ético, visa-se prestar uma ação que possa ser benéfica ao ambiente escolar, uma vez que o atendimento em plantão busca ofertar um alívio sintomático, reabilitando recursos de enfrentamento frente ao sofrimento. Assim, o objetivo do presente trabalho é relatar a vivência em um plantão psicológico voltado ao público adolescente. Trata-se de um relato de experiência decorrente da vivência na disciplina de Estágio Básico, do curso de Psicologia, do Centro Universitário Católica de Quixadá. O estágio iniciou-se em 02 de agosto de 2021 e ainda está em curso. A inserção dos discentes estagiários se deu no Serviço de Psicologia Aplicada, clínica escola da instituição, que abriu atendimento para os estudantes de um colégio particular da cidade de Quixadá. Desse modo, o público-alvo dos atendimentos tornou-se os alunos do Ensino Médio da escola, sendo, portanto, um público adolescente. Frente a isso, os estagiários desenvolvem a escuta focal no Plantão Psicológico, possibilitando, assim, a realização de atendimentos em situações de crises e triagens. Sob esse viés, os resultados obtidos se deram por meio da prática do Plantão Psicológico, em que se percebeu que a escuta qualificada e o acolhimento podem promover ao indivíduo o reconhecimento dos seus recursos pessoais e o seu reposicionamento frente a sua queixa. Além disso, observou-se que as queixas trazidas pelos jovens, podem ser tanto educacionais, como também, podem perpassar por experiências características da fase do desenvolvimento ao qual estão vivenciando. Destacou-se também como ponto fundamental que, com a diversidade de demandas que podem chegar ao serviço, a experiência prática proporciona o treino da escuta e a ampliação do repertório dos estagiários, futuros profissionais psicólogos. Ademais, é de grande relevância a supervisão ao que tange o processo de estágio, principalmente por corroborar com o processo de teoria-prática e com a formação pessoal e profissional. A partir das informações supracitadas, pode-se concluir que o Plantão Psicológico se configura como uma forma de intervenção aplicável em diferentes faixas etárias, sendo a adolescência, período de consideráveis mudanças no campo físico e psíquico, uma dessas. Com isso, a promoção do autoconhecimento, com base em intervenções focais, vem a contribuir para a resolução de problemáticas pontuais, em que há a destacada necessidade da escuta autêntica como principal estratégia terapêutica

(IN)VISIBILIDADE TRANS FRENTE À SOCIEDADE BRASILEIRA

O presente trabalho aborda a (in)visibilidade da comunidade trans perante a sociedade,visto que a ascensão da temática referente a determinada comunidade é sonegada nasabordagens sociais. Logo, objetiva-se evidenciar os principais fatores relacionados àinvisibilização trans frente à sociedade, apontando obstáculos enfrentados diariamente.Ademais, possui a finalidade de identificar possíveis fatores que disseminam atransfobia. Foram realizadas entrevistas com seis pessoas transexuais, priorizando aprotagonização dos discursos dos participantes, sendo dois homens e quatro mulheres.As questões tratadas abrangeram desafios, entendimento da invisibilidade, fatorescontribuintes para transfobia, formas de discriminação e possibilidades interventivas.Em resultância, aspectos constantemente presentes nos relatos são sobre dificuldadespara adentrar no mercado de trabalho, frequentes configurações inferiorizantes, falhasna segurança pública e privada, desrespeito ao nome social, preconceito dentro dasreligiões, envolto ao uso de banheiros, prostituição como escapatória financeira parasobreviver e a falta de profissionais de saúde com manejo adequado para demandas dapopulação trans, e a negligência do sistema de saúde. Com a elucidação de formasdiscriminatórias sofridas, medidas interventivas foram supracitadas, tendo educação eacesso à informação como primordiais na luta contra a transfobia. Portanto, uma cartilhafoi elaborada como intervenção de cunho educativo e informativo, buscando trazerconteúdo em combate ao preconceito. Tal cartilha com definições básicas acerca da(in)visibilidade trans; comentários transfóbicos e como fazer para evitar e/ousubstituí-los e dados estatísticos relacionados ao público, com intuito de disseminar ainformação e o conhecimento que, em conjunto, possuem poder de transformaçãopessoal e social