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    Melatonina e endometriose: bases bioquímicas de uma relação potencialmente terapêutica

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    A endometriose, doença inflamatória crônica dependente de estrogênio na presença de tecido endometrial ectópico associado a dor e infertilidade, tem sido referida pelo comprometimento da qualidade de vida de mulheres em idade reprodutiva. Trata-se de um tecido com características semelhantes às de malignidades, de etiologia multifatorial e que se manifesta de forma heterogênea. Seu tratamento, baseado no uso de análogos do hormônio liberador de gonadotrofina, supressão da ovulação, uso de anti-inflamatórios não esteroides e intervenções cirúrgicas, ainda constitui um desafio. O hormônio melatonina, por sua vez, secretado, principalmente, pela glândula pineal, tem sido estudado por seu potencial terapêutico mediado por suas funções antioxidantes, anti-inflamatórias e analgésicas para o tratamento dessas lesões. Esta revisão objetiva discorrer sobre potencial terapêutico da melatonina no tratamento da endometriose e expor os principais mecanismos bioquímicos descritos. Nossos resultados incluíram 16 artigos experimentais realizados em roedores, humanos e em cultura de células humanas e elucidaram redução no volume das lesões, melhorias nos escores histopatológicos, modulações de enzimas envolvidas na eliminação de espécies reativas de oxigênio, como superóxido dismutase e catalase, além da regulação de metaloproteinases da matriz, cicloxigenase-2 e fator de crescimento vascular derivado do endotélio, como principais efeitos terapêutico da melatonina. Seu uso ainda foi associado à modulação de vias apoptóticas, marcadores de transição epitélio mesenquimal, senescência celular, fator neurotrófico derivado do cérebro e redução nos escores de dor. Concluímos haver um potencial terapêutico no uso de melatonina para o tratamento dessas lesões, o que demanda maiores investigações

    CIRURGIA MÉDICA E ODONTOLÓGICA

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