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    O papel do ácido fólico na prevenção das fissuras labiopalatinas não sindrômicas: uma revisão integrativa / The role of folic acid in the prevention of non-syndromic cleft lip and palate: an integrative review

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    A fissura labiopalatina é a anomalia craniofacial congênita mais comum e, por isso, é considerada um problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde. Existem evidências de que o consumo de ácido fólico suplementar poderia reduzir os riscos de fissuras labiopalatinas não sindrômicas (FLPNS), entretanto, alguns estudos apresentam controvérsias em relação ao possível efeito protetor dessa suplementação, principalmente no que se refere à dose e ao tempo de uso do suplemento. Sendo assim, esta revisão de literatura teve como principal objetivo verificar o possível efeito protetor do ácido fólico na prevenção da ocorrência das FLPNS. Para tal, foi realizada uma busca em bases de dados internacionais indexadas, por meio das quais foram selecionados 9 artigos relacionados ao tema. Seis estudos constataram diminuição na ocorrência de FLPNS após o uso de ácido fólico ou multivitamínicos contendo o composto durante o período periconcepcional. Os três estudos restantes não encontraram relação entre a suplementação com ácido fólico e a redução no número de casos de FLPNS, porém esses resultados podem estar relacionados ao período de utilização do composto, fora do período ideal. Na presente revisão, foi possível constatar que o ácido fólico mostrou um potencial efeito protetor na prevenção das fissuras labiopalatinas não sindrômicas. No entanto, deve-se considerar que novas pesquisas são necessárias para uma melhor compreensão dos mecanismos de ação do ácido fólico, especificamente para a ocorrência de fissuras labiopalatinas. Além disso, estes achados a respeito do uso do ácido fólico na prevenção das fissuras orais deveriam alcançar não apenas a comunidade acadêmica e científica, mas também a população em geral, especialmente profissionais da saúde que trabalham no atendimento a mulheres em idade reprodutiva

    O acompanhamento pré-natal entre mães de crianças com fissuras labiopalatinas não sindrômicas

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    As fissuras labiopalatinas (FLP) são consideradas pela Organização Mundial da Saúde um problema de saúde pública, e o defeito congênito craniofacial mais comum. A formação do lábio e do palato acontece em épocas distintas do desenvolvimento embrionário e fetal, entre a 4ª semana e a 12ª semana de vida intrauterina. As FLP podem ser sindrômicas, quando estão associadas a alguma síndrome; ou não sindrômicas (FLPNS) quando se apresentam como um fenótipo isolado, o que corresponde a cerca de 70% dos casos, cuja a etiologia é multifatorial, envolvendo fatores genéticos e ambientais. O acompanhamento pré-natal é muito importante para as mulheres durante o período gestacional, pois por meio dele é possível orientá-las a respeito de possíveis agentes teratogênicos aos quais estão expostas ou fatores protetores que podem minimizar o risco de malformações. Estudos brasileiros mostram algumas falhas durante esse processo que podem comprometer a qualidade do serviço, como dificuldades em seu acesso, início tardio e o número de consultas inferior ao considerado necessário. O objetivo deste trabalho foi conhecer e discutir a respeito do acesso ao acompanhamento pré-natal entre mães que tiveram filhos com FLPNS, bem como descrever a idade materna na época da concepção e o período em que o pré-natal foi realizado por essas mulheres. A realização deste estudo torna-se relevante para conscientizar e sensibilizar a respeito da importância da atuação precoce da equipe de saúde na orientação das mulheres que pretendem engravidar ou estão gestantes, através da orientação de medidas preventivas, a fim de prevenir a ocorrência dessa anomalia. Foram entrevistadas 198 mães de crianças de 0 a 12 anos, independentemente do sexo, com diagnóstico confirmado de fissura labiopalatina unilateral não sindrômica, matriculadas e ativas no HRAC/USP. Foram excluídas mães de crianças com diagnóstico de síndrome e mães não biológicas. As participantes foram entrevistadas individualmente, utilizando um questionário estruturado elaborado especificamente para este estudo. A média da idade materna na concepção da criança com fissura labiopalatina foi de 26,94 anos, com variação de 14 a 39 anos. Das mulheres entrevistadas, 197 (99,49%) realizaram o acompanhamento pré-natal, e apenas 1 mulher informou que não realizou. Do total de mulheres que realizaram o pré-natal, 181 (91,41%) iniciaram ainda no primeiro trimestre da gestação. Entretanto, apenas 7 (3,53%) das mulheres iniciaram o acompanhamento antes da gestação.  Em relação a medidas preventivas das anomalias craniofaciais, o pré-natal idealmente deve ser realizado antes da formação da face e do palato, ou seja, o mais precocemente possível, já que essas estruturas começam a se formar já nas primeiras semanas de vida intrauterina. O pré-natal é bem difundido no Brasil, mas realizado em muitos casos, tardiamente. Quando se objetiva a prevenção de anomalias craniofaciais, ele deve ser realizado o mais precocemente possível. Para isso, é necessário um trabalho de conscientização quanto a sua importância, que alcance as mulheres e as famílias. Pensando na etiologia multifatorial da FLPNS, é viável a atuação sobre os fatores ambientais envolvidos na fissura, que estão intimamente relacionados aos hábitos e ao estilo de vida materno, já que os fatores genéticos não são passíveis de modificações. Para isso, é necessário que o acesso às informações ocorra por meio dos serviços de saúde aos quais essas mulheres e familiares estão inseridos

    O impacto da pandemia de COVID-19 na população indígena: uma análise científica

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    A pandemia de COVID-19, desencadeada pelo coronavírus SARS-CoV-2, tem sido um desafio global, afetando diversas comunidades, com destaque para as populações indígenas, historicamente marginalizadas e vulneráveis devido a desigualdades estruturais. O presente artigo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, através de uma revisão integrativa da literatura. A análise epidemiológica revela que fatores como superlotação em moradias, falta de acesso a água potável e saneamento básico, além de altas taxas de comorbidades, contribuem para a propagação e impactos severos da doença nessas comunidades. A falta de acesso a serviços de saúde adequados é agravada pela escassez de infraestrutura e profissionais de saúde em áreas remotas, somada a barreiras linguísticas e culturais. Apesar dos desafios, as populações indígenas têm demonstrado resiliência, implementando medidas proativas de prevenção, promovendo solidariedade comunitária e preservando práticas tradicionais de cura. Estratégias de longo prazo incluem a diversificação econômica e o fortalecimento dos sistemas de saúde indígenas. A conclusão ressalta a importância de reconhecer e valorizar os conhecimentos e direitos das comunidades indígenas, promovendo ações colaborativas para construir sociedades mais inclusivas e resilientes
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