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Relação entre autoavaliação vocal e dados da avaliação clínica em indivíduos disfônicos
OBJETIVO: associar os índices de autoavaliação vocal aos dados da avaliação clínica de indivíduos disfônicos. MÉTODOS: estudo observacional, analítico, retrospectivo. Foram analisados os prontuários de pacientes disfônicos atendidos em uma Clínica-Escola de Fonoaudiologia no período de 2007 a 2011. Foram levantados os dados referentes à autoavaliação vocal (índices de qualidade de vida em voz, desvantagem vocal e atribuição de nota referente ao impacto vocal), à anamnese (sexo, idade, profissão, tipo de queixa, tempo de queixa, tratamentos anteriores para a disfonia), à avaliação perceptivo-auditiva (qualidade vocal, grau de alteração, pitch, loudness, ressonância, articulação e coordenação pneumofonoarticulatória) e aos dados objetivos (tempos máximos fonatórios e relação s/z). Os dados foram tabulados e analisados estatisticamente. RESULTADOS: não houve diferença na comparação dos escores do protocolo de qualidade de vida em voz e índice de desvantagem vocal com as variáveis referentes a sexo, qualidade vocal, grau de alteração, pitch, ressonância, articulação, velocidade de fala e tipo de disfonia. Indivíduos que utilizam a voz profissionalmente e que já fizeram tratamentos anteriores para a disfonia apresentaram piores índices na autoavaliação vocal. Quanto à avaliação clínica, a incoordenação penumofonoarticulatória foi o único parâmetro que interferiu negativamente na autoavaliação. Não houve correlações entre os índices de autoavaliação vocal e as demais variáveis contínuas (idade, tempo de queixa, tempos máximos fonatórios e relação s/z). CONCLUSÃO: a autoavaliação vocal é uma impressão bastante subjetiva, e independe da maior parte dos dados coletados na avaliação clínica. Ser profissional da voz, já ter buscado outros tratamentos para a disfonia e apresentar incoordenação penumofonoarticulatória parece influenciar negativamente na autoavaliação do indivíduo acerca do impacto do distúrbio vocal em sua vida diária
Influência do sexo, idade, profissão e diagnóstico fonoaudiológico na qualidade de vida em voz
OBJETIVO: investigar e correlacionar as respostas aos questionários de Qualidade de Vida em Voz e Índice de Desvantagem Vocal, conforme idade, sexo, uso profissional ou não da voz e diagnóstico fonoaudiológico. MÉTODOS: análise das respostas aos questionários Qualidade de Vida em Voz e Índice de Desvantagem Vocal dos registros de 48 sujeitos, sendo 41 mulheres e sete homens; com idades entre 18 e 63 anos; seis profissionais da voz e 42 não profissionais; 39 sujeitos com disfonia funcional, seis com disfonia orgânica e três com disfonia organofuncional. Teste Qui-quadrado e coeficiente de correlação de Spearman (p=0,05). RESULTADOS: quanto ao questionário de Qualidade de Vida em Voz, houve associação significante entre sexo e escore emocional; faixa etária e escore emocional; profissão e escore total, emocional e físico. Quanto ao Índice de Desvantagem Vocal, houve associação significante entre sexo e escore emocional; faixa etária e escore físico e emocional; diagnóstico fonoaudiológico e escore emocional; profissão e escore funcional. Houve correlação positiva entre os aspectos de cada protocolo separadamente e correlação negativa entre as pontuações dos questionários. CONCLUSÃO: no grupo estudado, verificou-se maior qualidade de vida no sexo feminino; decréscimo da qualidade de vida e aumento da desvantagem vocal com o aumento da idade; a presença de disfonia organofuncional gerou maior desvantagem vocal; os profissionais da voz apresentaram pior qualidade de vida e maior desvantagem vocal. Os protocolos utilizados mostraram resultados complementares e úteis para mensurar o impacto de uma disfonia na qualidade de vida dos sujeitos