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    Correlações entre o fenótipo na síndrome de Williams e os genes deletados / Correlations between the phenotype in Williams syndrome and the deleted genes

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    A síndrome de Williams-Beuren (SWB) apresenta padrão de herança autossômico dominante, decorrente de uma microdeleção no braço longo do cromossomo 7, na região 7q11.23, que engloba de 26 a 43 genes. Os principais sinais da síndrome são características faciais dismórficas, alterações cognitivas, constipação, estenose aórtica e da artéria pulmonar. O diagnóstico genético é confirmado pela hibridização fluorescente in situ (FISH), análise cromossômica por microarray (CMA) ou por hibridização genômica comparativa (CGH-array). O objetivo desta pesquisa foi realizar uma revisão bibliográfica, para descrever as associações já registradas entre o quadro fenotípico apresentado pelos portadores da síndrome e a exclusão de genes decorrente da microdeleção. Para a revisão sistemática foram pesquisados e analisados artigos científicos obtidos a partir de busca nas bases de dados PubMed, LILACS e Bireme, além de livros e sites específicos. Aproximadamente 96% dos indivíduos com SWB apresentam exclusão do gene da elastina que codifica uma proteína presente no tecido conjuntivo, justificando os comprometimentos cardiovasculares, elasticidade da pele, voz rouca, frouxidão articular, clinodactilia, hérnia inguinal, envelhecimento prematuro, diverticulose vesical e de cólon, características faciais dismórficas (abundância de tecido adiposo periorbitário, bochechas e lábios proeminentes e má oclusão dentária) e perda auditiva. Outros genes deletados relacionados ao sistema cardiovascular são BCL7B, TBL2, MLXIPL, EIF4H, LAT2 e NCF1. Em relação às alterações de comunicação e comportamento verificada nos pacientes, sugere-se que estejam relacionadas à deleção dos genes: GTF2I, NFXL1, BAZ1B, CLIP2, DNAJC30, GTF2I, GTF2IRD1 e GTF2IRD2. Quanto à hiper sociabilidade, atenção focada, estímulos emocionais, sugere-se uma relação com a ocitocina e vasopressina, devido a uma desregulação do sistema hipotálamo-hipofisário, causado por modificações epigenéticas (metilação de DNA do gene OXTR) relacionados aos genes WBSCR22, BUD23 e NSUN5. Os problemas auditivos e hipersensibilidade aos sons podem estar relacionados à deleção dos genes GTF21, LIMK1 e STX1A. A baixa massa óssea, está relacionada com a deleção dos genes LIMK1 e FZD9, que atuam no remodelamento ósseo. A hipercalcemia e a sensibilidade aumentada à vitamina D estão associadas com a falta do produto do gene BAZI1b. A falta da proteína codificada pelo gene STX1A, que atua na liberação de insulina, justifica alguns casos em que o paciente apresenta diabete melito. Além disso, o quadro fenotípico também resulta de efeitos genéticos aditivos e por interações com elementos adjacentes, como por exemplo, o silenciamento de genes localizados em outros cromossomos. As manifestações clínicas da SWB associam-se diretamente aos tipos de genes deletados, tendo um notável valor preditivo no prognóstico da doença permitindo sua aplicação na prática clínica e acompanhamentos adequados com uma equipe multidisciplinar

    Síndrome de Burnout em estudantes de fisioterapia: revisão sistemática com meta-análise / Burnout syndrome in physiotherapy students: systematic review with meta-analysis

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    A síndrome de burnout é um fenômeno de estresse que tem crescido entre profissionais da área da saúde já atuantes no mercado de trabalho e, também, em estudantes de graduação dessa área. Apesar da relevância do tema, o fenômeno no âmbito educacional da Fisioterapia ainda carece de maior detalhamento e divulgação. Sendo assim, o presente estudo teve por objetivo realizar uma revisão sistemática com meta-análise a respeito da síndrome de burnout em estudantes de Fisioterapia. A busca de artigos foi realizada nas bases de dados Scielo, Google Acadêmico, Lilacs e Medline. Foram incluídas na meta-análise seis publicações datadas do período de 1990 a 2019 e que utilizaram o Maslach Burnout Inventory para caracterizar as três dimensões de burnout, a saber “exaustão emocional”, “despersonalização” e “realização pessoal”, em amostras de estudantes de Fisioterapia, e que apresentavam registros dos níveis de intensidade de burnout (baixo, médio e alto). A “exaustão emocional” foi a dimensão cujas distribuições percentuais dos níveis de intensidade se mostraram mais homogêneas na comparação entre os diferentes estudos. Acredita-se, pois, que os parâmetros de “exaustão emocional” tenham captado da melhor forma um perfil de burnout para estudantes de Fisioterapia em diferentes contextos, enquanto a heterogeneidade associada à “despersonalização” e “realização pessoal” possivelmente reflita fenômenos de estresse associados a particularidades de cada âmbito acadêmico. Atributos como carga horária semanal, a incerteza frente ao futuro e o receio de cometer algum erro e prejudicar o paciente estão entre os principais estressores. A implementação de atividades mitigadoras desse estresse acadêmico é discutida
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