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    A musicalização infantil e o desenvolvimento social da criança de 0 a 1 ano

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    Compreender o processo de musicalização e sua importância para o desenvolvimento de 0 a 1 ano é o principal objetivo deste trabalho, que também tem o intuito de mostrar, por meio de revisão de literatura, o valor da música no desenvolvimento social da criança, como um instrumento lúdico e facilitador do processo de aquisição de conhecimentos, instigando sobre suas contribuições para o universo pessoal infantil, como elemento de transposição de barreiras na comunicação. Para tanto, buscamos autores que são referências na área, a saber: Piaget (1970), Jeandot (1996; 1997), Brito (2003), La Taille (2003) e Ilari (2015). Além disso, adotamos como referencial os documentos do Ministério da Educação: Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte (BRASIL, 1998a) e o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998b). Deste modo, verificamos que o estímulo musical na primeira infância tem papel fundamental no desenvolvimento infantil, apresentando resultados, como o aporte da aprendizagem na linguagem oral, o auxílio na interação com outras crianças e adultos a sua volta, como também, momentos de lazer e relaxamento, os quais são fundamentais para um desenvolvimento integral da criança

    Memory and discourse in \"Palavra Cantada\": aenses about child and childhood

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    O presente trabalho tem como objetivo analisar os processos de constituição, formulação e circulação de discursos produzidos pela Palavra Cantada, uma dupla de cantores/compositores que se dedicaram desde o início da carreira, em 1994, ao mundo infantil brasileiro. Ou seja, a partir das composições e do amplo mercado musical conquistado, retomamos os sentidos do que é ser criança e da definição de infância, gerados pela dupla. Ao pensarmos na Palavra Cantada, lidamos com uma dupla que faz músicas para (e sobre) sujeitos-criança no decorrer de 26 anos de carreira, mas quais dizeres/sentidos se inscrevem nessas canções? De que sujeitos-criança eles falam? Qual o imaginário do que o sujeito-criança gosta? Ou qual é o imaginário de criança discursivizado pela dupla? Para observar a desnaturalização desses dizeres, é necessário compreender o modo como o sujeito está relacionado com a formação discursiva (FD), pois, dependendo da FD na qual o sujeito está inscrito, uma mesma palavra pode significar o oposto ou emergir na história diferentes gestos de interpretações. Assim, dentre os diferentes saberes que poderiam embasar a feitura desta pesquisa, é a análise de discurso (AD) de matriz francesa, sobretudo as reflexões de Michel Pêcheux promovidas na terceira fase, que comporá nossa empreitada teórico-metodológica; tal teoria nos proporcionou grandes reflexões na esteira da construção de nossos objetivos, pois, por meio de sua heurística, foi possível problematizar e lançar um olhar crítico acerca de tais processos de constituição, formulação e circulação nos discursos sobre/para a criança e a infância nas músicas infantis. Nesse sentido, é a partir do referencial teórico, na perspectiva discursiva, que buscamos compreender e analisar o discurso criado pela dupla brasileira acerca do universo da infância, analisando os efeitos de sentido gerados sobre o que pode e deve ser dito a respeito da e para a criança. Como corpus analítico, mobilizamos um conjunto de canções gravadas que refletem sentidos sobre esse cenário infantil. Por conseguinte, temos como finalidade mostrar como os efeitos de sentidos construídos pelos discursos produzidos pela Palavra Cantada, no interior do interdiscurso, permitem revisitar a história da composição musical infantil reconstruindo-a a partir de novas memórias que se instauram no e pelo discurso, isto é, observamos na sua produção discursiva traços que retomam certos imaginários socialmente construídos do que é ser criança e da infância por meio do processo de circulação, que ressignifica, assim, a sua história e os seus sentidos na contemporaneidade. O imaginário e o ideológico nas canções endereçadas aos sujeitos-criança são discursivizados nas produções da Palavra Cantada a respeito da infância e do brincar, reafirmando o tido como politicamente correto, isto é, identificada aos sentidos da ideologia dominante concernente a uma formação discursiva capitalista. Apesar dessa novidade com a tecnologia, a Palavra Cantada não rompe com as fronteiras de gênero e classe social, mas, sim, reafirma os sentidos já inscritos na memória da sua formação ideológica (capitalista).This work aims to analyze the processes of constitution, formulation and circulation of discourses produced by Palavra Cantada, a duo of singers / composers who have dedicated themselves since the beginning of their career, in 1994, to the Brazilian child world. Therefore, from the compositions and the broad musical market conquered, we return to the senses of what it is to be a child and the definition of childhood, generated by the duo. When we think of Palavra Cantada, we deal with a duo that makes music for (and about) children during a 26-year career, but what sayings / meanings are inscribed in these songs? What kind of child do they talk about? What imagery does the child like? Or what is the child\'s imagination discursivized by the duo? To observe the denaturalization of these sayings, it is necessary to understand how the subject is related to the discursive formation, because depending on the discursive formation in which the subject is inscribed, a single word can mean the opposite or different interpretation gestures may emerge in history. Thus, among the different types of knowledge that could support this research, it is the French discourse analysis, especially the thoughts of Michel Pêcheux promoted in the third phase, that will compose our theoretical and methodological endeavor; such theory provided us with great reflections in the path of the construction of our goals, because, through its heuristics, it was possible to problematize and cast a critical eye on such processes of constitution, formulation and circulation in the speeches about / for the child and childhood in children\'s songs. In this sense, it is from the theoretical framework, in the discursive perspective, that we seek to understand and analyze the discourse created by the Brazilian duo about the universe of childhood, analyzing the effects of meaning generated on what can and should be said about and for the child. As an analytical corpus, we mobilized a set of recorded songs that reflect meanings on this children\'s scenario. Therefore, we aim to show how the effects of meanings constructed by the discourses produced by Palavra Cantada, within the interdiscourse, allow us to revisit the history of children\'s musical composition by reconstructing it from new memories that are established in and through the discourse, that is, we observe in their discursive production traces that retake certain socially constructed imaginary of what it is to be a child and childhood through the process of circulation, which thus re-signifies its history and its meanings in contemporary times. The imaginary and the ideological in the songs addressed to children are discursivized in the Palavra Cantada productions regarding the childhood and the action of playing, reaffirming what was considered politically correct, that is, identified with the meanings of the dominant ideology concerning a capitalist discursive formation. Despite this newness with technology, Palavra Cantada does not break the boundaries of gender and social class, but rather reaffirms the meanings already inscribed in the memory of its ideological formation (capitalist)

    NECROPOLÍTICA, MEMÓRIA E PODER: FACES DE UMA POLÍTICA DE OPRESSÃO SOB UM OLHAR DISCURSIVO

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    Filiados à Análise do discurso de linha francesa (AD-Pêcheux), buscamos, neste trabalho, uma reflexão a fim de melhor compreender o modo funcionamento da ideologia na regularização de sobre tais práticas institucionais, tomadas aqui como traços marcantes do necropoder no âmago social. Para tanto, tomamos os estudos de Achille Mbembe acerca de Necropolítica, assim como os pressupostos aos pressupostos teórico-analíticos da AD, em especial no que concerne as noções de discurso e sujeito, ideologia e memória. Uma política macabra que visa à derrocada dos inimigos do Estado que vem desde o imperialismo colonial e perdura aos dias atuais, em suas diferentes facetas. Nessa perspectiva, Mbembe se mostra profícuo para a compreensão de como as fronteiras entre martírio e liberdade; sacrifício e resistência são ilusórias face à racionalidade desses “mecanismos” de (e para a) morte. Essas contribuições nos permitiram tecer uma reflexão acerca da lógica de produção e reprodução capitalista e, em particular, do neoliberalismo como a chave da contemporaneidade como uma reconfiguração da razão biopolítica do capitalismo. Dessa forma, a partir do nosso gesto de análise, podemos melhor compreender o modo de funcionamento da ideologia dominante, capitalista, que não apenas promove a exclusão de uma parcela da sociedade, como também nega a estes o direito à dignidade e, sobretudo à vida
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