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    Estudo dos efeitos farmacológicos do celecoxibe no parkinsonismo e no comportamento depressivo induzidos por rotenona em camundongos

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    Orientador: Maria Aparecida Barbato Frazão VitalCoorientadora: Janaína Kohl BarbieroMonografia (Bacharelado) - Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Curso de Graduação em Ciências BiológicasResumo : Considerada uma das desordens neurológicas progressivas crônicas mais comuns, a Doença de Parkinson (DP) acomete 3% da população com mais de 65 anos de idade. É caracterizada pela degeneração progressiva dos neurônios dopaminérgicos da substância negra mesencefálica, resultando em disfunção motora. Além dos sintomas motores que caracterizam a DP, cerca de 90% dos pacientes sofrem com os sintomas não motores, que envolvem vários sistemas funcionais, como déficits cognitivos e neuropsiquiátricos, distúrbios do sono e disfunção autonômica e sensorial. A depressão, principal comorbidade associada à DP, ocorre em aproximadamente 40% dos pacientes, e antecede os sintomas motores em cerca de 25% dos parkinsonianos deprimidos. Fatores ambientais, sociais e psicológicos aliados a fatores genéticos e neuroquímicos são capazes de desencadear esse transtorno de humor. Estudos da DP com modelos animais são de grande importância para compreensão da sua etiologia e para busca de novos tratamentos. Agentes neurotóxicos, tal como rotenona, são utilizados para induzir o animal ao parkinsonismo. A rotenona é um rotenóide extraído de raízes, sementes e folhas de algumas plantas como Derris elliptica e Lonchocarpus urucu. Inicialmente utilizada como pesticida foi relacionada ao parkinsonismo quando observadas características clínicas e patológicas semelhantes à DP nos animais expostos a ela. Dados epidemiológicos indicam que agentes anti-inflamatórios, tais como drogas anti-inflamatórias não esteroidais, podem ter um efeito protetor sobre a DP. O presente estudo investigou os efeitos farmacológicos do celecoxibe diante do parkinsonismo e do comportamento depressivo induzidos pela rotenona, administrada via i.p. na dose 2,5 mg/kg por 10 dias consecutivos em camundongos. Os animais receberam celecoxibe, na dose 5 mg/kg via i.p., por 21 dias consecutivos após a administração da última dose de rotenona. Nossos resultados mostram que o celecoxibe foi capaz de reverter a hipolocomoção observada nos animais 14 dias após o inicio do tratamento. Além disto, foi eficaz em aumentar o tempo de natação e reduzir o tempo de imobilidade no teste de natação forçada modificado, parâmetros estes que avaliam o comportamento depressivo. Por fim, pela primeira vez observamos que o celecoxibe foi capaz de reduzir significativamente o tempo de imobilidade no teste de suspensão pela cauda. Os resultados sugerem que o celecoxibe possui efeito neuroprotetor, sendo capaz de reverter os sinais de depressão e a hipolocomoção induzidos pela rotenona
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