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PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL DO PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: UM FATOR DIFERENCIADOR DO TRATAMENTO.
Autores: Pâmela de Paula Vicente, Fabiana de Abreu, Ana Carla Cavalcanti, Elaine Cortez. Descritores: Insuficiência cardíaca; Saúde mental; Enfermagem INTRODUÇÃO A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma doença crônica que acomete cerca de 2% da população mundial, e em 2007 no Brasil, foi responsável pelo maior número de casos de internação no Sistema Único de Saúde (SUS) no total de internados por doença cardiovascular. Assim, a IC é hoje um dos maiores problemas em saúde pública, e um dos seus principais desafios é o de reduzir o número de pacientes portadores de IC que são internados sucessivas vezes por descompensação da doença, o que tem gerado elevados custos financeiros ao Sistema de Saúde, visto que o alto índice de reinternações pode ser causado por uma dificuldade do paciente em aderir corretamente à terapêutica implementada. Em vista disso, além do tratamento farmacológico, que a cada dia tem evoluído, o tratamento não-farmacológico tem demonstrado possuir uma importância cada vez maior, sendo comprovada a necessidade do enfermeiro atuando nesse cenário, já que o mesmo é quem detém o manejo das intervenções não-farmacológicas. Partindo do ponto de que o perfeito bem estar físico e mental de qualquer indivíduo depende de uma manutenção eficaz de sua saúde mental, esta última é um aspecto importante a ser considerado nos pacientes com IC, pois em muitos casos nos pacientes, está debilitada, desgastada e precisando de um suporte, pelo fato de serem pessoas que devem adquir hábitos novos, os quais muitas vezes são indesejáveis. Destaca-se que, a promoção da saúde mental tem como objetivo reestruturar uma condição mental e pessoal visando uma composição íntegra do paciente em entender o que se passa e o porquê, transpondo mais calma, tranqüilidade e segurança a quem se encontra em condições que não gostaria. OBJETIVO Sabendo que a promoção à saúde mental dos portadores de Insuficiência cardíaca crônica ainda é um aspecto do tratamento que tem sido negligenciado, percebendo a importância e um papel diferenciador desta promoção, este trabalho tem o objetivo de discutir a saúde mental do paciente com IC e refletir sobre a formação e o cuidado de enfermagem na perspectiva da promoção da saúde mental. METODOLOGIA A pesquisa foi exploratória, com abordagem qualitativa e realizada na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) nas bases de dados do BDENF e do LILACS. Realizou-se após a coleta dos dados a pré-leitura e a leitura seletiva seguindo os critérios estabelecidos de inclusão que foram: publicações nacionais, publicadas entre os anos 2000 e 2010 e que e que expressassem em seu conteúdo o tema abordado no objetivo deste trabalho. Desta feita, elegeu-se como bibliografia potencial dez(10) produções científicas. Após a seleção, realizou-se a análise temática, e emergiram duas categorias, são elas: o impacto biopsicossocial das mudanças no estilo de vida do paciente com insuficiência cardíaca; e reflexão sobre a formação e o cuidado de enfermagem tendo como foco a promoção da saúde mental. RESULTADOS Pode-se observar através dos resultados que a saúde mental tem um papel relevante na qualidade de vida das pessoas durante o processo saúde-doença, além de ser um fator crucial na avaliação do prognóstico do paciente, sendo um impacto importante que deve ser considerado. Constituem um desafio real não só para a formação, mas para a implementação do cuidado de enfermagem, a melhor compreensão e avaliação não só da qualidade de vida, como também, das variáveis psicossociais, como por exemplo, nos transtornos mentais que acometem esses pacientes e na indicação de um suporte social que tem se tornado um significativo determinante na evolução dos portadores de IC. CONCLUSÃO Conclui-se que há necessidade de mais estudos e medidas onde se possa avaliar no paciente com IC, o nível de sua saúde mental no qual abrange diversas variáveis tais como, qualidade de vida, ansiedade, depressão, medo, insegurança, dentre outros e incorporá-los na avaliação do paciente, na definição de tratamento, no cuidado prestado, e na avaliação da eficácia da terapêutica, a fim de interferir de forma positiva e eficaz na adaptação do paciente a sua nova condição de vida, e contribuir para a sua saúde de forma humanizada e integral, de forma a considerar a saúde mental como aspecto imprescindível para o sucesso do cuidado interal ao paciente com IC. REFERÊNCIAS 1 Rocha LA, Silva LF: Adaptação psicossocial de pessoas portadoras de insuficiência cardíaca: diagnósticos e intervenções de enfermagem. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2009;11(3):484-93.20092 Figueiredo NMA, (org). Método e metodologia na pesquisa científica. São Caetano do Sul (SP); Yendis; 20073 Figueiredo NMA, (org). Método e metodologia na pesquisa científica. 2ª edição São Paulo: Difusão; 20074 Polit DF, Beck CT, HUngler BP, Fundamentos de pesquisa em enfermagem: Métodos, avaliação e utilização. Porto Alegre: Artmed; 20045 Costa MAF, Costa MFB. Metodologia da pesquisa: conceitos e técnicas. Rio de Janeiro (RJ): Interciência; 20016 Ferreira MCS; Gallani MCBJ. Insuficiência Cardíaca: antiga síndrome, novos conceitos e a atuação do enfermeiro. Rev. bras. enferm;58(1):70-73.20057 Rezende LK; Mendes IJM; Santos BMO. Suporte social para idosos portadores de insuficiência cardíaca. Rev. ciênc. farm. básica apl;28(1):107-111. 20078 Soares DA; Toledo JAS; Santos LFa dos; Lima RMB; Galdeano LE. Qualidade de vida dos portadores de Insuficiência Cardíaca. Acta paul. enferm;21(2):243-248. 20089 Silva JG; Gurgel AA; Frota MA; Vieira LJES; Valdés MTM. Promoção da saúde: possibilidade de superação das desigualdades. Rev. enferm. UERJ;16(3):421-425.200810 Rocha LA, Silva LF: Adaptação psicossocial de pessoas portadoras de insuficiência cardíaca: diagnósticos e intervenções de enfermagem. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2009;11(3):484-93.200911 Bochi EA e col. Sociedade Brasileira de Cardiologia. III Diretriz Brasileira de Insuficiencia Cardíaca Crônica. Arq Bras Cardiol 2009, 93 (1 supl 1) :1~71.12 Bennet, SJ. Reliability and validity of the compliance belief Seales among patients with hearth failure. Hearth & Lung 2001;30(3):177-85 Colucci WS, Braunwald E, Zipes DP, Libby P. Tratado de medicina Cardiovascular. 6ª ed. São Paulo: Roca;2003. p. 539-6813 Seidl EMF, Zannon CMLC. Qualidade de vida e saúde: Aspectos conceituais e metodológicos. Cad Saúde Publica; Rep Public Health. 2004;20(2):580-814 Dantas RAS, Sawada NO, Malerbo MB. Pesquisas sobre qualidade de vida: revisão da produção cientifica das universidades do estado de são Paulo. Ver Latinoam Enfem 2003; 11(4):532-815 The World health organization quality of life assessment (WHOQOL): position paper from the world health organization. Soc Sci Med. 1995; 41(10): 1403-916 Leite SMS. Equipe de enfermagem: percepções sobre o paciente psiquiátrico, a doença mental e a assistência de enfermagem. Ribeirão Preto; s.n; dez 200217 Castro AP de. Saúde mental: manifestações de estresse no cotidiano do hipertenso. Ribeirão Preto; s.n; dez 200318 Rosa WAG; Labate RC. A contribuição da saúde mental para o desenvolvimento do PSF. Rev. bras. enferm;56(3):230-235. 200319 Macêdo VD de; Monteiro ARM. Enfermagem e promoção da Saúde Mental na família: uma reflexão teórica. Texto & contexto enferm;13(4):585-592. 200420 Araújo TM de; Carmo Júnior JJ; Almeida MMG; Pinho PS. Prática de atividades de lazer e morbidade psíquica em residentes de áreas urbanas. Rev. baiana saúde pública;31(2):294-310. 200721 Vilela SC; Moraes MC. A prática de enfermagem em serviços abertos de saúde mental. Rev. enferm. UERJ;16(4):501-506. 200822 Fonseca AF. (1985). Psiquiatria e Psicopatologia. Lisboa: Fundação CalousteGoulbenkian.23 Binik Y. (1985). Psychosocial Predictors of Sudden Death: A Review andCritique. Social Science and Medicine (7): pp. 667-680.24 Barreto AC, Bocchi EA. (org) Insuficiência Cardíaca. São Paulo: Editora Segmento; 2003.25 Galdeano LE. Diagnóstico de enfermagem de pacientes no período perioperatório de cirurgia cardíaca [Dissertação]. Ribeirão preto: Escola de enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo;2002.26 Johansson P, Agnebrink M, Dahlstron U, Brostom A. Measurement of health-related quality of live in chronic heart failure, from a nursing perspective-a review of the literature. Euro L Cardiovascular Nurs 2004;3:7-20
PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL DO PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: UM FATOR DIFERENCIADOR DO TRATAMENTO.
Autores: Pâmela de Paula Vicente, Fabiana de Abreu, Ana Carla Cavalcanti, Elaine Cortez.
Descritores: Insuficiência cardíaca; Saúde mental; Enfermagem
INTRODUÇÃO
A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma doença crônica que acomete cerca de 2% da população mundial, e em 2007 no Brasil, foi responsável pelo maior número de casos de internação no Sistema Único de Saúde (SUS) no total de internados por doença cardiovascular. Assim, a IC é hoje um dos maiores problemas em saúde pública, e um dos seus principais desafios é o de reduzir o número de pacientes portadores de IC que são internados sucessivas vezes por descompensação da doença, o que tem gerado elevados custos financeiros ao Sistema de Saúde, visto que o alto índice de reinternações pode ser causado por uma dificuldade do paciente em aderir corretamente à terapêutica implementada. Em vista disso, além do tratamento farmacológico, que a cada dia tem evoluído, o tratamento não-farmacológico tem demonstrado possuir uma importância cada vez maior, sendo comprovada a necessidade do enfermeiro atuando nesse cenário, já que o mesmo é quem detém o manejo das intervenções não-farmacológicas. Partindo do ponto de que o perfeito bem estar físico e mental de qualquer indivíduo depende de uma manutenção eficaz de sua saúde mental, esta última é um aspecto importante a ser considerado nos pacientes com IC, pois em muitos casos nos pacientes, está debilitada, desgastada e precisando de um suporte, pelo fato de serem pessoas que devem adquir hábitos novos, os quais muitas vezes são indesejáveis. Destaca-se que, a promoção da saúde mental tem como objetivo reestruturar uma condição mental e pessoal visando uma composição íntegra do paciente em entender o que se passa e o porquê, transpondo mais calma, tranqüilidade e segurança a quem se encontra em condições que não gostaria.
OBJETIVO
Sabendo que a promoção à saúde mental dos portadores de Insuficiência cardíaca crônica ainda é um aspecto do tratamento que tem sido negligenciado, percebendo a importância e um papel diferenciador desta promoção, este trabalho tem o objetivo de discutir a saúde mental do paciente com IC e refletir sobre a formação e o cuidado de enfermagem na perspectiva da promoção da saúde mental.
METODOLOGIA
A pesquisa foi exploratória, com abordagem qualitativa e realizada na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) nas bases de dados do BDENF e do LILACS. Realizou-se após a coleta dos dados a pré-leitura e a leitura seletiva seguindo os critérios estabelecidos de inclusão que foram: publicações nacionais, publicadas entre os anos 2000 e 2010 e que e que expressassem em seu conteúdo o tema abordado no objetivo deste trabalho. Desta feita, elegeu-se como bibliografia potencial dez(10) produções científicas. Após a seleção, realizou-se a análise temática, e emergiram duas categorias, são elas: o impacto biopsicossocial das mudanças no estilo de vida do paciente com insuficiência cardíaca; e reflexão sobre a formação e o cuidado de enfermagem tendo como foco a promoção da saúde mental.
RESULTADOS
Pode-se observar através dos resultados que a saúde mental tem um papel relevante na qualidade de vida das pessoas durante o processo saúde-doença, além de ser um fator crucial na avaliação do prognóstico do paciente, sendo um impacto importante que deve ser considerado. Constituem um desafio real não só para a formação, mas para a implementação do cuidado de enfermagem, a melhor compreensão e avaliação não só da qualidade de vida, como também, das variáveis psicossociais, como por exemplo, nos transtornos mentais que acometem esses pacientes e na indicação de um suporte social que tem se tornado um significativo determinante na evolução dos portadores de IC.
CONCLUSÃO
Conclui-se que há necessidade de mais estudos e medidas onde se possa avaliar no paciente com IC, o nível de sua saúde mental no qual abrange diversas variáveis tais como, qualidade de vida, ansiedade, depressão, medo, insegurança, dentre outros e incorporá-los na avaliação do paciente, na definição de tratamento, no cuidado prestado, e na avaliação da eficácia da terapêutica, a fim de interferir de forma positiva e eficaz na adaptação do paciente a sua nova condição de vida, e contribuir para a sua saúde de forma humanizada e integral, de forma a considerar a saúde mental como aspecto imprescindível para o sucesso do cuidado interal ao paciente com IC.
REFERÊNCIAS
1 Rocha LA, Silva LF: Adaptação psicossocial de pessoas portadoras de insuficiência cardíaca: diagnósticos e intervenções de enfermagem. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2009;11(3):484-93.2009
2 Figueiredo NMA, (org). Método e metodologia na pesquisa científica. São Caetano do Sul (SP); Yendis; 2007
3 Figueiredo NMA, (org). Método e metodologia na pesquisa científica. 2ª edição São Paulo: Difusão; 2007
4 Polit DF, Beck CT, HUngler BP, Fundamentos de pesquisa em enfermagem: Métodos, avaliação e utilização. Porto Alegre: Artmed; 2004
5 Costa MAF, Costa MFB. Metodologia da pesquisa: conceitos e técnicas. Rio de Janeiro (RJ): Interciência; 2001
6 Ferreira MCS; Gallani MCBJ. Insuficiência Cardíaca: antiga síndrome,
novos conceitos e a atuação do enfermeiro. Rev. bras. enferm;58(1):70-73.2005
7 Rezende LK; Mendes IJM; Santos BMO. Suporte social para idosos portadores de insuficiência cardíaca. Rev. ciênc. farm. básica apl;28(1):107-111. 2007
8 Soares DA; Toledo JAS; Santos LFa dos; Lima RMB; Galdeano LE. Qualidade de vida dos portadores de Insuficiência Cardíaca. Acta paul. enferm;21(2):243-248. 2008
9 Silva JG; Gurgel AA; Frota MA; Vieira LJES; Valdés MTM. Promoção da saúde: possibilidade de superação das desigualdades. Rev. enferm. UERJ;16(3):421-425.2008
10 Rocha LA, Silva LF: Adaptação psicossocial de pessoas portadoras de insuficiência cardíaca: diagnósticos e intervenções de enfermagem. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2009;11(3):484-93.2009
11 Bochi EA e col. Sociedade Brasileira de Cardiologia. III Diretriz Brasileira de Insuficiencia Cardíaca Crônica. Arq Bras Cardiol 2009, 93 (1 supl 1) :1~71.
12 Bennet, SJ. Reliability and validity of the compliance belief Seales among patients with hearth failure. Hearth & Lung 2001;30(3):177-85 Colucci WS, Braunwald E, Zipes DP, Libby P. Tratado de medicina Cardiovascular. 6ª ed. São Paulo: Roca;2003. p. 539-68
13 Seidl EMF, Zannon CMLC. Qualidade de vida e saúde: Aspectos conceituais e metodológicos. Cad Saúde Publica; Rep Public Health. 2004;20(2):580-8
14 Dantas RAS, Sawada NO, Malerbo MB. Pesquisas sobre qualidade de vida: revisão da produção cientifica das universidades do estado de são Paulo. Ver Latinoam Enfem 2003; 11(4):532-8
15 The World health organization quality of life assessment (WHOQOL): position paper from the world health organization. Soc Sci Med. 1995; 41(10): 1403-9
16 Leite SMS. Equipe de enfermagem: percepções sobre o paciente psiquiátrico, a doença mental e a assistência de enfermagem. Ribeirão Preto; s.n; dez 2002
17 Castro AP de. Saúde mental: manifestações de estresse no cotidiano do hipertenso. Ribeirão Preto; s.n; dez 2003
18 Rosa WAG; Labate RC. A contribuição da saúde mental para o desenvolvimento do PSF. Rev. bras. enferm;56(3):230-235. 2003
19 Macêdo VD de; Monteiro ARM. Enfermagem e promoção da Saúde Mental na família: uma reflexão teórica. Texto & contexto enferm;13(4):585-592. 2004
20 Araújo TM de; Carmo Júnior JJ; Almeida MMG; Pinho PS. Prática de atividades de lazer e morbidade psíquica em residentes de áreas urbanas. Rev. baiana saúde pública;31(2):294-310. 2007
21 Vilela SC; Moraes MC. A prática de enfermagem em serviços abertos de saúde mental. Rev. enferm. UERJ;16(4):501-506. 2008
22 Fonseca AF. (1985). Psiquiatria e Psicopatologia. Lisboa: Fundação Calouste
Goulbenkian.
23 Binik Y. (1985). Psychosocial Predictors of Sudden Death: A Review and
Critique. Social Science and Medicine (7): pp. 667-680.
24 Barreto AC, Bocchi EA. (org) Insuficiência Cardíaca. São Paulo: Editora Segmento; 2003.
25 Galdeano LE. Diagnóstico de enfermagem de pacientes no período perioperatório de cirurgia cardíaca [Dissertação]. Ribeirão preto: Escola de enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo;2002.
26 Johansson P, Agnebrink M, Dahlstron U, Brostom A. Measurement of health-related quality of live in chronic heart failure, from a nursing perspective-a review of the literature. Euro L Cardiovascular Nurs 2004;3:7-20
Manutenção da perviedade do cateter venoso central de longa permanência em pacientes com neoplasias hematológicas: evidências pela revisão de literatura
A tomada de decisão do enfermeiro em sua prática diária necessita ser fundamentada em conhecimentos científicos. A prática baseada em evidências é uma abordagem que preconiza a utilização de resultados de pesquisas na prática clínica. Este estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com o objetivo de mapear estudos que abordassem a efetividade do uso de heparina quando comparada a outros tipos de soluções na prevenção de obstrução do CVC-LP em pacientes hospitalizados com neoplasias hematológicas. A seleção dos estudos deu-se através da utilização da estratégia PICO. Foram pesquisadas as bases eletrônicas PubMed/MEDLINE, CINAHL, COCHRANE e LILACS. A amostra constituiu-se de cinco artigos primários, sendo quatro ensaios clínicos randomizados e um estudo de coorte. As soluções utilizadas além da heparina foram o etanol, a nadroparina, leperudina, uroquinase e a solução salina. Um estudo não obteve uma avaliação de qualidade sobre o desfecho obstrução trombótica, os outros estudos publicados recomendaram a heparina para flushings de CVC-LP no paciente em questão. Devido a heterogeneidade dos estudos analisados e as diferentes soluções testadas com a heparina não foi possível estabelecer um consenso sobre a dosagem e frequência ideal desta solução. A totalidade dos estudos tratou apenas das intervenções medicamentosas, sem abordar os aspectos não medicamentosos, como, por exemplo, volume e frequência do flush com solução fisiológica, descrição da técnica com pressão positiva, tamanho ideal da seringa, pressão exercida durante a infusão de medicamentos e dispositivos para vedação dos lumens do cateter com pressão positiva. Nota-se que a evolução da pesquisa referente à perviedade do CVC foi restrita, não acompanhando a evolução da terapia em questão nos pacientes hematológicos e que há uma carência de estudos conduzidos por enfermeiros. Tais resultados apontam a necessidade da realização de mais estudos controlados, para testar as intervenções na manutenção da perviedade do cateter venoso central de longa permanência.Nursing decision making in daily practice needs to be based on scientific knowledge. The evidence-based practice is an approach that advocates the use of research findings in clinical practice. This study deals with an integrative review of literature, with the goal of mapping studies that addressed the effectiveness of heparin when compared to other solutions in the prevention of obstruction of CVC-LP in hospitalized patients with hematological malignancies. The selection of studies was given by using the PICO strategy. Electronic databases were searched PubMed / MEDLINE, CINAHL, Cochrane Library, and LILACS. The sample consisted of five primary articles, including four randomized controlled trials and one cohort study. The addition of heparin solutions used was ethanol, nadroparin, leperudina, urokinase and saline. One study did not obtain a quality assessment on the outcome thrombotic obstruction other published studies recommend heparin for flushing CVC-LP in our patient. Due to the heterogeneity of the studies analyzed and tested different solutions with heparin was not possible to establish a consensus on the ideal dosage and frequency of this solution. The totalities of studies of pharmacological just tried without addressing aspects not medicated, for example, volume and frequency of saline flush, description of the technique with positive pressure, optimal size of the syringe pressure during infusion of drugs and devices for sealing the lumens of the catheter positive pressure. Note that the development of research on the patency of CVC was restricted, not following the evolution of therapy in hematological patients in question and that there is a lack of studies conducted by nurses. These results point to the need for more controlled studies to test interventions to maintain central venous catheter permeability of long stay
Promoção da saúde mental do paciente com insuficiência cardíaca: Um fator diferenciador do tratamento.
Autores: Pâmela de Paula Vicente, Fabiana de Abreu, Ana Carla Cavalcanti, Elaine Cortez. Descritores: Insuficiência cardíaca; Saúde mental; Enfermagem INTRODUÇÃO A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma doença crônica que acomete cerca de 2% da população mundial, e em 2007 no Brasil, foi responsável pelo maior número de casos de internação no Sistema Único de Saúde (SUS) no total de internados por doença cardiovascular. Assim, a IC é hoje um dos maiores problemas em saúde pública, e um dos seus principais desafios é o de reduzir o número de pacientes portadores de IC que são internados sucessivas vezes por descompensação da doença, o que tem gerado elevados custos financeiros ao Sistema de Saúde, visto que o alto índice de reinternações pode ser causado por uma dificuldade do paciente em aderir corretamente à terapêutica implementada. Em vista disso, além do tratamento farmacológico, que a cada dia tem evoluído, o tratamento não-farmacológico tem demonstrado possuir uma importância cada vez maior, sendo comprovada a necessidade do enfermeiro atuando nesse cenário, já que o mesmo é quem detém o manejo das intervenções não-farmacológicas. Partindo do ponto de que o perfeito bem estar físico e mental de qualquer indivíduo depende de uma manutenção eficaz de sua saúde mental, esta última é um aspecto importante a ser considerado nos pacientes com IC, pois em muitos casos nos pacientes, está debilitada, desgastada e precisando de um suporte, pelo fato de serem pessoas que devem adquir hábitos novos, os quais muitas vezes são indesejáveis. Destaca-se que, a promoção da saúde mental tem como objetivo reestruturar uma condição mental e pessoal visando uma composição íntegra do paciente em entender o que se passa e o porquê, transpondo mais calma, tranqüilidade e segurança a quem se encontra em condições que não gostaria. OBJETIVO Sabendo que a promoção à saúde mental dos portadores de Insuficiência cardíaca crônica ainda é um aspecto do tratamento que tem sido negligenciado, percebendo a importância e um papel diferenciador desta promoção, este trabalho tem o objetivo de discutir a saúde mental do paciente com IC e refletir sobre a formação e o cuidado de enfermagem na perspectiva da promoção da saúde mental. METODOLOGIA A pesquisa foi exploratória, com abordagem qualitativa e realizada na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) nas bases de dados do BDENF e do LILACS. Realizou-se após a coleta dos dados a pré-leitura e a leitura seletiva seguindo os critérios estabelecidos de inclusão que foram: publicações nacionais, publicadas entre os anos 2000 e 2010 e que e que expressassem em seu conteúdo o tema abordado no objetivo deste trabalho. Desta feita, elegeu-se como bibliografia potencial dez(10) produções científicas. Após a seleção, realizou-se a análise temática, e emergiram duas categorias, são elas: o impacto biopsicossocial das mudanças no estilo de vida do paciente com insuficiência cardíaca; e reflexão sobre a formação e o cuidado de enfermagem tendo como foco a promoção da saúde mental. RESULTADOS Pode-se observar através dos resultados que a saúde mental tem um papel relevante na qualidade de vida das pessoas durante o processo saúde-doença, além de ser um fator crucial na avaliação do prognóstico do paciente, sendo um impacto importante que deve ser considerado. Constituem um desafio real não só para a formação, mas para a implementação do cuidado de enfermagem, a melhor compreensão e avaliação não só da qualidade de vida, como também, das variáveis psicossociais, como por exemplo, nos transtornos mentais que acometem esses pacientes e na indicação de um suporte social que tem se tornado um significativo determinante na evolução dos portadores de IC. CONCLUSÃO Conclui-se que há necessidade de mais estudos e medidas onde se possa avaliar no paciente com IC, o nível de sua saúde mental no qual abrange diversas variáveis tais como, qualidade de vida, ansiedade, depressão, medo, insegurança, dentre outros e incorporá-los na avaliação do paciente, na definição de tratamento, no cuidado prestado, e na avaliação da eficácia da terapêutica, a fim de interferir de forma positiva e eficaz na adaptação do paciente a sua nova condição de vida, e contribuir para a sua saúde de forma humanizada e integral, de forma a considerar a saúde mental como aspecto imprescindível para o sucesso do cuidado interal ao paciente com IC. REFERÊNCIAS 1 Rocha LA, Silva LF: Adaptação psicossocial de pessoas portadoras de insuficiência cardíaca: diagnósticos e intervenções de enfermagem. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2009;11(3):484-93.20092 Figueiredo NMA, (org). Método e metodologia na pesquisa científica. São Caetano do Sul (SP); Yendis; 20073 Figueiredo NMA, (org). Método e metodologia na pesquisa científica. 2ª edição São Paulo: Difusão; 20074 Polit DF, Beck CT, HUngler BP, Fundamentos de pesquisa em enfermagem: Métodos, avaliação e utilização. Porto Alegre: Artmed; 20045 Costa MAF, Costa MFB. Metodologia da pesquisa: conceitos e técnicas. Rio de Janeiro (RJ): Interciência; 20016 Ferreira MCS; Gallani MCBJ. Insuficiência Cardíaca: antiga síndrome, novos conceitos e a atuação do enfermeiro. Rev. bras. enferm;58(1):70-73.20057 Rezende LK; Mendes IJM; Santos BMO. Suporte social para idosos portadores de insuficiência cardíaca. Rev. ciênc. farm. básica apl;28(1):107-111. 20078 Soares DA; Toledo JAS; Santos LFa dos; Lima RMB; Galdeano LE. Qualidade de vida dos portadores de Insuficiência Cardíaca. Acta paul. enferm;21(2):243-248. 20089 Silva JG; Gurgel AA; Frota MA; Vieira LJES; Valdés MTM. Promoção da saúde: possibilidade de superação das desigualdades. Rev. enferm. UERJ;16(3):421-425.200810 Rocha LA, Silva LF: Adaptação psicossocial de pessoas portadoras de insuficiência cardíaca: diagnósticos e intervenções de enfermagem. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2009;11(3):484-93.200911 Bochi EA e col. Sociedade Brasileira de Cardiologia. III Diretriz Brasileira de Insuficiencia Cardíaca Crônica. Arq Bras Cardiol 2009, 93 (1 supl 1) :1~71.12 Bennet, SJ. Reliability and validity of the compliance belief Seales among patients with hearth failure. Hearth & Lung 2001;30(3):177-85 Colucci WS, Braunwald E, Zipes DP, Libby P. Tratado de medicina Cardiovascular. 6ª ed. São Paulo: Roca;2003. p. 539-6813 Seidl EMF, Zannon CMLC. Qualidade de vida e saúde: Aspectos conceituais e metodológicos. Cad Saúde Publica; Rep Public Health. 2004;20(2):580-814 Dantas RAS, Sawada NO, Malerbo MB. Pesquisas sobre qualidade de vida: revisão da produção cientifica das universidades do estado de são Paulo. Ver Latinoam Enfem 2003; 11(4):532-815 The World health organization quality of life assessment (WHOQOL): position paper from the world health organization. Soc Sci Med. 1995; 41(10): 1403-916 Leite SMS. Equipe de enfermagem: percepções sobre o paciente psiquiátrico, a doença mental e a assistência de enfermagem. Ribeirão Preto; s.n; dez 200217 Castro AP de. Saúde mental: manifestações de estresse no cotidiano do hipertenso. Ribeirão Preto; s.n; dez 200318 Rosa WAG; Labate RC. A contribuição da saúde mental para o desenvolvimento do PSF. Rev. bras. enferm;56(3):230-235. 200319 Macêdo VD de; Monteiro ARM. Enfermagem e promoção da Saúde Mental na família: uma reflexão teórica. Texto & contexto enferm;13(4):585-592. 200420 Araújo TM de; Carmo Júnior JJ; Almeida MMG; Pinho PS. Prática de atividades de lazer e morbidade psíquica em residentes de áreas urbanas. Rev. baiana saúde pública;31(2):294-310. 200721 Vilela SC; Moraes MC. A prática de enfermagem em serviços abertos de saúde mental. Rev. enferm. UERJ;16(4):501-506. 200822 Fonseca AF. (1985). Psiquiatria e Psicopatologia. Lisboa: Fundação CalousteGoulbenkian.23 Binik Y. (1985). Psychosocial Predictors of Sudden Death: A Review andCritique. Social Science and Medicine (7): pp. 667-680.24 Barreto AC, Bocchi EA. (org) Insuficiência Cardíaca. São Paulo: Editora Segmento; 2003.25 Galdeano LE. Diagnóstico de enfermagem de pacientes no período perioperatório de cirurgia cardíaca [Dissertação]. Ribeirão preto: Escola de enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo;2002.26 Johansson P, Agnebrink M, Dahlstron U, Brostom A. Measurement of health-related quality of live in chronic heart failure, from a nursing perspective-a review of the literature. Euro L Cardiovascular Nurs 2004;3:7-20