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    EPIDEMIOLOGIA DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO NORDESTE BRASILEIRO ENTRE 2013 E 2022: UM PROBLEMA DE SUBNOTIFICAÇÃO?

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    Introdução/objetivo: A Leishmaniose Tegumentar Americana(LTA) é uma doença endêmica nas Américas que atinge camadas mais vulneráveis da sociedade e, portanto, é sistematicamente negligenciada. O Brasil é o país americano com maior número absoluto de casos de LTA, uma doença de notificação compulsória segundo a Portaria MS n. 1.271, de 6 de junho de 2014. O diagnóstico precoce, tratamento adequado, controle dos vetores e reservatórios e ações educativas são imprescindíveis para a redução dos casos dessa doença. Esse estudo tem como objetivo descrever a epidemiologia da LTA no nordeste brasileiro, entre os anos de 2013 a 2022. Métodos: Estudo quantitativo e retrospectivo de base populacional, realizado a partir de dados coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) sobre os casos notificados de LTA. Resultados: Na última década, foram notificados 44.962 casos de LTA na região nordeste, uma incidência de 81,17 casos a cada 100.000 habitantes. Dentre os estados com maior incidência da doença, destaca-se o Maranhão e Bahia com, respectivamente, 221,59 e 134,96 casos por 100.000 habitantes. Por outro lado, os estados com menor incidência foram Rio Grande do Norte e Sergipe, com 2,23 e 2,8 casos por 100.000 habitantes, respectivamente. Na região Nordeste, entre 2013 e 2022, os pacientes acometidos pela LTA foram majoritariamente homens (63,64%), pardos (73,7%), adultos (58,5% possuíam entre 20 e 59 anos), com baixa escolaridade (73,3% possuíam até ensino fundamental incompleto) e moradores da zona rural (67,1%). A forma clínica mais comum é a cutânea, com 95,9% dos casos. O critério confirmatório clínico-laboratorial foi o mais utilizado (63,3%) e 92,7% dos casos evoluíram para cura. Conclusão: O perfil clínico-epidemiológico da LTA no Nordeste brasileiro é condizente ao descrito em literatura. A LTA permanece sendo um importante problema de saúde pública no Nordeste brasileiro, e nota-se relevante discrepância entre as taxas de incidência e notificações entre alguns estados dessa região. A subnotificação dos casos de LTA prejudica ações de saúde pública e promoções em saúde direcionadas para o controle da doença, imprescindíveis para a população mais afetada

    Aneurisma de artéria esplênica corrigido por embolização com molas

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    O aneurisma da artéria esplênica é uma entidade clínica rara, embora seja o mais frequente entre os aneurismas viscerais, sendo encontrado em 0,8% da população. Apresenta-se mais frequentemente em mulheres, na proporção de 4:1, e raramente provoca sintomas ou sinais clínicos. Desenvolve-se de forma assintomática e, na maioria dos casos, é diagnosticado por meio de exames indicados para elucidar queixas clínicas decorrentes de outras doenças ou quando apresenta complicações por vezes fatais, como a rotura. A possibilidade de rotura dos aneurismas de artéria esplênica com diâmetro inferior a 2 cm é baixa; entretanto, os que apresentam diâmetro igual ou maior que 3 cm são usualmente encaminhados para tratamento cirúrgico, devido ao alto risco de rotura. O tratamento eletivo é indicado nos casos não complicados, sendo a embolização com molas um método interessante por evitar o tratamento cirúrgico convencional
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