380 research outputs found

    Os Amantes Magníficos (1670): uma comédia-bailado para nos subtrair ao mundo

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    "Les Amants Magnifiques" é integrada nos Grand Divertissement Royal pelo Carnaval, em St.-German-en-Laye, 4 de Fevereiro de 1670. Aqui, a mistura entre verdade e ilusão está sobremaneira exposta. Põe-se em foco a confusão de valores, tanto na arte como na vida, pela via da hiperbolização do artifício. São questionados vários binómios: o embuste contra a verdade artística; a verdade moral contra a falsidade social; a ciência ou a verdadeira competência contra o charlatanismo. Assim, e a vários níveis, assistimos a um confronto entre diferentes níveis de ilusão. O jogo social usa dos mesmos mecanismos que a ilusão teatral, esbatendo-se mais uma vez a já ténue barreira entre o que é de facto real e o que é ilusório ou fabricado

    Henrik Ibsen em Portugal: figuras, fascínios e renovações

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    A presença do teatro de Ibsen no teatro em Portugal

    Salvar o paĂ­s: o repertĂłrio nacional no FATAL de 2006 a 2010

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    Reflexão sobre o teatro universitário em Portugal

    Narradores, actores e contadores de histĂłrias

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    Ensaio sobre as contaminações entre teatro, representação e narração oral.ABSTRACT - Essay on the contamination of theatre, performance and storytelling

    O estranho caso do romancista e dos livros pretos que ele escreveu: a propósito da obra de Gonçalo M. Tavares e dos espectáculos "Sobreviver" e "Jerusalém"

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    Trazer a matéria romanesca para o palco tem sido uma das mais dilectas tentações do drama contemporâneo. Em Portugal, há um universo de um romancista em particular que tem despertado o interesse de alguns criadores teatrais: Gonçalo M. Tavares (n.1970). Sendo também um dramaturgo, é no romance que a excelência superlativa da sua escrita se tem afirmado e tem sido reconhecida. Neste artigo abordo dois espectáculos que partiram de romances de Gonçalo M. Tavares que fazem parte do ciclo “O Reino-Livros Pretos”: Sobreviver, encenado por Lúcia Sigalho /Sensurround, apresentado no S. Luiz Teatro Municipal (Lisboa), em Fevereiro de 2006; e Jerusalém, encenado por João Brites / Teatro o bando, apresentado no Centro Cultural de Belém (Lisboa), em Outubro de 2008. Sobreviver, de Sigalho, foi o resultado de um trabalho de escrita cénica, realizado pela encenadora e pelo colectivo de actores, sobre os livros pretos de Gonçalo M. Tavares Um homem: Klaus Klump, A máquina de Joseph Walser e Jerusalém (e também um excerto de O senhor Brecht). Jerusalém, de Brites partia da obra homónima de M. Tavares, estando a sua matriz performativa mais próxima da narrativa original. A dramaturgia do espectáculo construía-se sobre a mesma cartografia de horror e mal que o romance habitava. Havia, contudo, um ímpeto no sentido de poder expandir os significados do texto e encontrar ecos de guerra e violência noutras latitudes.ABSTRACT - Adapting novels to the stage has been one of the favourite sites of contemporary performance. In Portugal, there is one particular writer who has inspired several performances: Gonçalo M. Tavares (b.1970). Although he is also a playwright, it has been his work as a novelist that has won him superlative recognition. In this article I will analyse two performances that are adaptations of M. Tavares’ novels. They belong to the cycle “O Reino-Livros Pretos”/ “The Kingdom-Black Books”. Sobreviver (Surviving), was directed by Lúcia Sigalho and premiered in S. Luiz Teatro Municipal (Lisbon), in February 2006; and Jerusalém (Jerusalem), was directed by João Brites / Teatro o bando, and premiered in Centro Cultural de Belém (Lisbon), in October 2008. The first performance, directed by Sigalho, was the outcome of a scenic writing carried out by the director and the actors, concerning the novels Um homem: Klaus Klump, A máquina de Joseph Walser and Jerusalém (and also an excerpt of O senhor Brecht). The second, directed by Brites, was based on the homonymous novel by M. Tavares and its performative matrix was closer to the original narrative. Its dramaturgy was built around the same map of horror and evil already present in the novel. There was, however, and attempt to expand the meanings of the text, disclosing echoes of war and violence in other latitudes

    Um longo fôlego: notas sobre a presença de Samuel Beckett em Portugal

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    A presença do teatro de Samuel Beckett no teatro em Portugal

    Old Europe Is (Not) Dying : Literature, Tradition and Politics in Tiago Rodrigues’ Sopro (and Other Performances)

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    Notas para o enraizamento da Utopia na imaginação da política através da performance

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    One can easily argue that since Marx and Engels demise of nineteenth century Utopian socialism, characterizing Utopianism as an “idealism deeply and structurally averse to the Political” (Jameson, 2005), utopia has migrated into fiction. With no surprise, Alain Badiou has famously declared the “passion for the real” as the twentieth century’s “major subjective trait”. The (early) twenty first century has also succumbed helplessly to the eruption of the real. But the times we live today seem to be claiming for something else. Over the past two decades utopian thinking seems to have resurfaced. The severity and monumentality of the issues that afflict the world today are inciting a central question for artists: in the face of an imminent catastrophe, what is the use of utopian imagination at the end of times? What is the purpose of artistic endeavours in a finite world. Utopian (or dystopian) fiction and has always dealt with the envisioning of a future anchored in possible or impossible scenarios, helping the world to correct its wrong doings, to improve, to transform, to threat with dreadful outcomes or to denounce present inequalities. However, if we consider that the world needs to start a new narrative, performing arts can help us to expand imagination, freeing political thinking from the constraints of the real world and wide open to “social dreaming”. In this paper, I aim to combine a speculative reflection grounded on utopian studies and in political theatre considering that performing arts are in a particularly good position to intervene in “social imaginary. This frame incites us to rethink the possibilities of political theatre today and its ontology, fighting for the rooting of (artistic) utopia in the imagination of politics, trusting that art and theatre will be able to help us to invent scenarios that today seem impossible or that we have not yet managed to conceive.Pode-se facilmente argumentar que desde o desmerecimento do socialismo utópico do século XIX por Marx e Engels, caracterizando o utopismo como um “idealismo profunda e estruturalmente avesso ao político”, a utopia migrou para a ficção. Sem surpresa, Alain Badiou declarou a famosa “paixão pelo real” como o “principal traço subjetivo” do século XX. O (início) do século XXI também sucumbiu impotentemente à erupção do real. Mas os tempos que vivemos hoje parecem exigir outra coisa. Nas últimas duas décadas, o pensamento utópico parece ter ressurgido. A gravidade e a monumentalidade das questões que afligem o mundo hoje suscitam uma questão central para os artistas: face a uma catástrofe iminente, para que serve a imaginação utópica no fim dos tempos? Qual é o propósito dos empreendimentos artísticos em um mundo finito. A ficção utópica (ou distópica) lidou sempre com visões de um futuro ancorado em cenários possíveis ou impossíveis, ajudando o mundo a corrigir os seus erros, a melhorar, a transformar, a ameaçar com resultados terríveis ou a denunciar as desigualdades actuais. No entanto, se considerarmos que o mundo precisa de iniciar uma nova narrativa, as artes performativas podem ajudar-nos a expandir a imaginação, libertando o pensamento político dos constrangimentos do mundo real e abrindo-nos ao “sonho social”. Neste texto, pretendo combinar uma reflexão especulativa baseada em estudos utópicos e no teatro político, considerando que as artes performativas estão numa posição particularmente boa para intervir no “imaginário social”. Este enquadramento incita-nos a repensar as possibilidades do teatro político hoje e a sua ontologia, lutando pelo enraizamento da utopia (artística) no imaginário da política, confiando que a arte e o teatro poderão ajudar-nos a inventar cenários que hoje parecem impossíveis ou que ainda não conseguimos conceber.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    At the End of the Day, an Actor : Interview with Tiago Rodrigues

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