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As faculdades de medicina na I República
Corpo, Estado, Sociedade, Medicina na 1ª República : Catálogo Exposição Centenário da República, 2010A reforma do Ensino Superior, na qual foi incluÃda a reforma do ensino médico na qual foi incluÃda a reforma do ensino médico, foi considerada pelo regime implantado a 5 de Outubbro de 1910 comouma prioridade e um investimento nacional, numa diligência bem marcada no texto do Decreto de 22 de fevereiro de 1911
A lenda de Apolo e Mársias : Representações artÃsticas e estudos de anatomia de superfÃcie
Acta Medica Portuguesa 2005; 18: 371-376No âmbito do Primeiro Curso Livre de História Universal e de História da Arte, organizado
pelo Departamento de História da Medicina na Faculdade de Ciências Médicas de
Lisboa, foi interessante analisar e fotografar o conjunto de esculturas do século XVII
expostas no terraço de acesso aos jardins do Palácio dos Marqueses de Fronteira, em
Benfica, representando figuras da mitologia grega. O conjunto situado no topo do
terraço representa a lenda de Apolo e Mársias, tal como apresentada nas Metáforas de
OvÃdeo, tendo-nos suscitado particular atenção a perfeição representativa da escultura
do fauno esfolado, em termos de Anatomia de superfÃcie. Por análise de estudos
anatómicos prévios, como os de Leonardo da Vinci (cc.1510-1530) ou de Vesalius
(cc.1543), detectam-se diversas semelhanças representativas entre alguns dos
pormenores fotografados da escultura e os esboços desses primeiros grandes mestres
da Anatomia.
Aprofundámos o nosso trabalho analÃtico, procurando outras representações artÃsticas
de esfolados e verificando que se trata de um exercÃcio frequente na arte renascentista
e neoclássica em geral, uma vez que os estudos de anatomia de superfÃcie são
fundamentais à perfeição representativa do corpo humano. Outros textos, para além
das Metáforas de OvÃdeo, têm servido de mote a estes trabalhos, como por exemplo as
descrições do martÃrio de S.Bartolomeu que terão inspirado o auto-retrato com que
Michelangelo Buonarroti assinou os frescos da Capela Sistin
Espaços e Actores da Ciência em Portugal (XVIII-XX)
Reunir um conjunto de estudos interdisciplinares e internacionais que possam construir um arco de inteligibilidade transnacional entre a prática da ciência em Portugal - Europa - América, numa perspectiva de analisar o eixo do Atlântico como plataforma de trocas de saberes cientÃficos, espaço de comunicabilidade cientÃfica e institucional nos séculos XVIII, XIX e XX
A Atividade da Junta de Educação Nacional
A agenda de investigação do atual projeto sobre a Junta de Educação Nacional (1929-1936), foi sendo construÃda no Centro de Estudos de História e Filosofia da Ciência (CEHFCi) – há cerca de uma década. Em 2003 publicaram-se os textos apresentados ao 6.º Encontro de Évora de História e Filosofia da Ciência (realizado em 2001): Ciência em Portugal na primeira metade do século XX, uma primeira incur¬são pela história da ciência do século passado, que contou com a participação de vários historiadores da ciência nacionais e do colega espanhol José Luiz Sanchez Ron1. Este momento inaugural permitiu cartografar cientificamente instituições, personalidades e práticas cientÃficas numa perspetiva de um tempo histórico mar¬cado pelas múltiplas alterações do final do século XIX e de uma Europa cultural e cientÃfica que se firmou entre duas Guerras Mundiais. E logo daqui saiu a ideia de apresentar um projeto de investigação que inaugurasse um olhar histórico sobre esta primeira instituição organizadora da vida cientÃfica nacional, o que se veio a materia¬lizar no projeto financiado pela FCT (HC/0077/2009), «A Investigação cientÃfica em Portugal no perÃodo entre as duas guerras mundiais e a JEN» de que o colóquio relatado neste livro é a primeira expressão pública da sua atividade.
Graças à comparabilidade com o caso espanhol, por via da «Junta para Ampliación de Estúdios e Investigaciones CientÃficas (1907-1936)», foi emergindo da documentação e da literatura, na época disponÃvel, uma nebulosa institucional designada de «JEN: 1929-1936», surgida no âmago do golpe militar de 28 de Maio de 1926, com referências para o tempo final da República de António Sérgio e da sua proposta de criar em Portugal uma «Junta de Orientação dos Estudos», em 1923, no âmbito de debate efervescente sobre o papel da Educação e da Investigação no Ensino Superior em Portugal.
Este primeiro marco de referência desdobrou-se por vários trabalhos poste¬riores, centrados na história e filosofia da ciência em Portugal na primeira metade do século XX, através de vários artigos publicados e de diferentes participações em encontros cientÃficos internacionais e nacionais. Um balanço dos avanços sedimen¬tados, numa perspetiva de interpretação global, com especial ênfase para a impor¬tância da Europa entre Guerras, publicado em 2008. Falamos do livro Filosofia e História da Ciência em Portugal no século XX2 no qual foram rasgados novos cami¬nhos de entendimento para uma agenda de história da cultura cientÃfica, em diferen¬tes prismas, envolvendo as instituições e os rostos individuais e coletivos, como as revistas culturais, cientÃficas e filosóficas, que assumiram na sociedade portuguesa um papel de prática visÃvel de realizações. E, mais uma vez foram marcados vários encontros com a «Junta de Educação Nacional», tornando-se claro que este (então quase desconhecido organismo de Estado) representava uma bissetriz fundamental de vários eventos registados para o perÃodo em estudo, de apoios para publicação de relatórios de missões cientÃficas ou base de sustentabilidade para a perceção ténue da existência de um movimento de bolseiros cientÃficos portugueses, no estrangeiro, para realizarem estudos aprofundados, ao nÃvel do doutoramento em várias áreas cientÃficas. Alicerçando-se assim a ideia que este organismo fora determinante na organização da investigação cientÃfica em Portugal
Presença da Azulejaria em edifÃcios da Marinha Portuguesa - Lisboa e Cascais
Actas : XV Colóquio de História Militar - Portugal militar nos séculos XVII e XVIII até às vésperas das invasões francesas - 2005 - p.535-54
Traços da medicina na azulejaria de Lisboa
RESUMO: A presente abordagem procura estabelecer uma relação entre a Medicina e a
Azulejaria. Um conjunto de composições produzidas entre o século XVII e a década
de 90 do século XX, localizado na área de Lisboa e seus arredores, organiza-se em
torno de oito vectores que ilustram a presença de alusões à Medicina na Azulejaria
da referida área. São estes, aspectos relacionados com a higiene, marcos da história
da assistência, ciclos temáticos relacionados com os quatro elementos primordiais e
com os cinco sentidos, representações ligadas à ideia de morte, episódios bÃblicos,
referências hagiográficas e elementos ligados à acção médica, como objectos,
patologias, instituições ou acontecimentos, associados à Medicina, que atestam esta
relação entre Arte e Ciência, de forma geral, e entre a Azulejaria e a Medicina, de
forma particular. À análise destes vectores, antecede uma resenha histórica relativa
à ligação entre Arte e Ciência e um apontamento histórico acerca da história da
Azulejaria. Pretende-se demonstrar esta conexão interdisciplinar e reforçar a
importância da vertente humanista da Medicina, na sua história, na sua
aprendizagem e na sua prática.-------------------------------------ABSTRACT: The present approach aims at establishing a relation between Medicine and Tile Art.
A group of compositions produced between the 17th century and the 1990s, located
in the Lisbon area and its surroundings, is organized around eight vectors that
illustrate the presence of allusions to Medicine in the Tile Art in the mentioned areas.
These are related with hygiene aspects, landmarks in the history of assistance,
thematic cycles related with the four main elements and with the five senses,
representations connected to the idea of death, biblical episodes, hagiographic
references and elements connected to the medical intervention, such as objects,
pathologies, institutions or events related to Medicine that testify this relation
between Art and Science in a broad context, and between Tile Art and Medicine in a
strict sense. Prior to the analysis of these vectors there is a historic contextualization
concerning the relationship between Art and Science and a historical note about the
history of Tile Art. The aim is to demonstrate the interdisciplinary relation and
reinforce the importance of the humanistic side of Medicine, in its history, its
learning and its practice.------------------------------------RÉSUMÉ: Cet étude vise établir une relation entre la Médecine et l’Art de l’ « Azulejaria ». Un ensemble de compositions produites entre le XVII ème siècle et le dernier quart du
XX ème siècle, dans la région de Lisbonne, s’organise autour de huit axes qui
illustrent des références à la médecine. Nous avons récupéré des motifs allusifs Ã
l’hygiène, à l’histoire de l’assistance, aux cycles thématiques des quatre éléments
primordiaux et des cinq sens, à la mort, aux épisodes bibliques ou hagiographiques
mais aussi aux motifs qui reproduisent des objets, des pathologies, des institutions
ou des évènements médicaux. Tous ces exemples mettent à jour la relation entre
l’Art et la Science, en général, et entre l’ « Azulejaria» et la Médecine, en particulier.
Avant d’analyser ces huit axes, nous établirons un parcours historique pour
expliquer la relation entre Art et Science, ainsi qu’une brève histoire de l’
«azulejaria». Nous prétendons démontrer cette relation interdisciplinaire et
renforcer l’importance de la vertu humaniste des Sciences Médicales dans son
histoire, son apprentissage et sa pratique
Reresentações de S. João de Deus na Azulejaria da grande Liboa
Actas XVI Colóquio de História Militar : O serviço de saúde militar nas comemorações do IV centenário dos Irmãos Hospitaleiros de S. João de Deus em Portugal; vol. I - 2006 - p.489-49
Azulejos em edifÃcios militares de Lisboa
I Jornadas de Memória Militar; 2008 - 293-29
A Rainha D. Amélia, a Assistência e a Saúde em Portugal
O contributo da rainha D. Amélia para a evolução da saúde e da assistência em Portugal; XVIII Jornadas de História Militar, 2008 - 717-72
A Arte em entidades nosológicas no Antigo Egipto
Actas da Reunião Internacional de História da Medicina; Lisboa - 200