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    UTILIZAÇÃO TERAPÊUTICA DO CANABIDIOL NO TRATAMENTO DA ESQUIZOFRENIA

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    Dentre os vários compostos identificados na planta Cannabis sativa L. (maconha), destacam-se o Δ9-tetrahidrocanabinol (Δ9-THC) e o canabidiol (CBD). O Δ9-THC é o responsável pelos efeitos psicoativos, incluindo disforia, alucinações e sonolência. Quanto ao CBD, já foi observado que é capaz de antagonizar os efeitos farmacológicos do Δ9-THC, levando à hipótese de que apresentaria uma ação antipsicótica, sugerindo sua utilização no tratamento da esquizofrenia. Deste modo, o presente trabalho teve por objetivo revisar a literatura científica acerca da potencialidade farmacológica do canabidiol no tratamento esquizofrenia através da avaliação dos estudos pré-clínicos e clínicos. Para tanto, realizou-se uma busca nas bases de dados Science Direct, PubMed e Medline, utilizando como descritores de busca: “Cannabis sativa”, “cannabidiol” e “cannabidiol and schizophrenia”. Estudos sugerem que o CBD atua principalmente no sistema endocanabinóide, por agonismo inverso nos receptores CB2, minimizando a ação dos endocanabinóides que, possivelmente, estão em altos níveis nos esquizofrênicos. A administração aguda do CBD não apresentou toxicidade significativa em animais e em humanos e sua administração crônica por um mês não demonstrou nenhuma anormalidade neurológica, psicológica ou clínica em voluntários sadios. Entretanto, os mecanismos pelos quais o CBD apresenta efeitos antipsicóticos ainda precisam ser bem elucidados

    VANTAGENS E LIMITAÇÕES DE SOLUÇÕES ANTISSÉPTICAS NA HIGIENIZAÇÃO E PREVENÇÃO FRENTE AO NOVO CORONAVÍRUS

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    Desde que o vírus causador da COVID-19 foi descoberto, os órgãos sanitários e de saúde vêm buscando maneiras de conter de forma eficiente a disseminação do SARS-CoV-2. Atualmente, a principal forma de prevenção contra o vírus consiste principalmente em isolamento social e a higienização de modo geral. Desta forma, este trabalho teve por objetivo avaliar o estado da arte das principais substâncias e produtos antissépticos utilizadas para desinfecção, demonstrando as limitações e vantagens contra o SARS-CoV-2. Para isso, foi realizada uma busca de artigos científicos publicados principalmente em diferentes bancos de dados, utilizando como descritores “COVID-19”, “coronavírus” e “soluções antissépticas”. Embora as soluções hidroalcoólicas ainda sejam as mais utilizada para higienização, observou-se que várias soluções alternativas e de baixo custo podem ser utilizadas para a higienização geral na prevenção do coronavírus, inclusive, em substituição do álcool em gel. Todavia, para serem igualmente eficientes, tais soluções devem estar nas concentrações indicadas pelos órgãos reguladores de saúde. Também se observou que ainda não existem estudos comprovando a eficácia da maioria dos desinfetantes diretamente contra o SARS-CoV-2, sendo essas conclusões baseadas em estudos realizados com outros vírus da família Coronavidae. Portanto, para maiores comprovações da eficácia de desinfetantes contra o novo coronavírus, mais ensaios devem ser realizados

    UTILIZAÇÃO DO ENSAIO HET-CAM COMO ALTERNATIVA PARA AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA DE PRODUTOS OFTÁLMICOS

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    A avaliação toxicológica a nível ocular é uma etapa extremamente importante visando a segurança dos produtos oftálmicos. Estes ensaios tiveram início com o teste Draize em coelhos. Com os avanços da ciência, novos ensaios visando reduzir o uso de animais e/ou seu sofrimento vem sendo cada vez mais requisitado. Um destes testes é o chamado HET-CAM (avaliação in vitro do potencial irritante utilizando ensaios na membrana cório-alantóide), que utiliza ovos férteis de galinhas incubados. Este trabalho tem por objetivo apresentar as principais características do teste e sua aplicabilidade dentro dos ensaios toxicológicos de produtos oftálmicos. Para tanto, um levantamento foi realizado em bases de dados como o Science Direct, Pubmed e a plataforma de periódicos da CAPES, utilizando como descritores “HET-CAM”, “produtos oftálmicos in vitro”, “toxicidade ocular” e “toxicidade de produtos oftálmicos”. Foram selecionados artigos em língua inglesa, portuguesa e espanhol, publicados principalmente entre os últimos dez anos, sendo excluídos os duplicados e os não compatíveis com a temática. Como resultados, observou-se que HET-CAM é usado para fornecer dados sobre os possíveis efeitos na conjuntiva humana ou animal, sendo um sistema de pontuação com maior repetibilidade e a mesma subjetividade do Draize. O HET-CAM obteve sucesso em diversas formas farmacêuticas destinado para uso oftálmico, como microemulsão, emulsão, niossomas, gel cristal líquido, e mais atualmente, películas/inserções de gelificação in situ. Entretanto, apresenta algumas limitações, como resultado falso-positivo e discordância na avaliação do grau irritante, principalmente quando comparado ao padrão-ouro (teste de Draize). Embora ainda não existam testes que atuem de forma isolada para substituir completamente os ensaios in vivo, o HET-CAM é um teste que não apresenta conflitos éticos, barato, de fácil procedimento, que permite a simulação de uma irritação conjuntival em humanos. É válido ressaltar que o mesmo deve ser realizado juntamente com outros testes e que as limitações mencionadas sejam levadas em consideração por parte do pesquisador, visando a obtenção de resultados mais confiáveis

    APLICAÇÃO DO MÉTODO CHECKERBOARD PARA AVALIAÇÃO DE SINERGISMO ANTIBACTERIANO EM ÓLEOS ESSENCIAIS:: UMA REVISÃO

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    O aumento contínuo do número de cepas bacterianas resistentes à antibióticos tem se tornado um grande problema de saúde pública em nível mundial. Cada vez mais se torna necessária a busca por novas estratégias e alternativas para lidar com as infecções causadas por bactérias resistentes. Uma alternativa é a combinação de antibióticos com outras substâncias naturais ou sintéticas bioativas, como por exemplo os óleos essenciais (OE). O método Checkerboard (CKB) avalia/quantifica o efeito dessas interações sobre o crescimento bacteriano in vitro. Desta forma, este estudo teve por objetivo destacar a aplicação do ensaio CKB na avaliação do sinergismo antibacteriano entre óleos essenciais e antibióticos convencionais, apresentando resultados promissores disponíveis na literatura. Foi realizada uma busca de artigos científicos publicados em bases de dados como o Science Direct e Pubmed, utilizando como descritores “checkerboard” e “essential oil”, com o intervalo de tempo limitado aos últimos dez anos. No total, foram encontradas 111 publicações e destes foram selecionados 19 trabalhos. Por conseguinte, encontramos vinte e cinco OEs diferentes. Observamos que 48% desses OEs fazem parte da família botânica Lamiaceae, seguido da Myrtaceae (16%) e Lauraceae (12%). Notou-se também que os microrganismos mais selecionados para os estudos foram Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii. Os resultados mais significativos de sinergismos ocorreram quando foi feita a associação do OE de Cinnamomum zeylanicum (Lauraceae)/amicacina e Citrus limon (Rutaceae)/amicacina, contra cepas de A. baumannii, onde cada associação obteve um índice de concentração inibitória fracionada (ICIF) de 0.04. Entretanto, a associação do OE de Ocimum basilicum (Lamiaceae) com o ciprofloxacino, contra a cepa de S. aureus, resultou em antagonismo (ICIF = 4.25). No geral, muitos OEs apresentaram interações sinérgicas e, uma boa parte desses óleos são da família Lamiaceae e possuem terpenóides em sua composição, como por exemplo Mentha piperita, Ocimum basilicum e Thymus maroccanus. Pode-se dizer que os terpenos são os compostos com atividade biológica contra bactérias, fungos e protozoários. Portanto, com a aplicação do método CKB, foi possível identificar resultados promissores com relação a novas opções de tratamentos contra algumas doenças infecciosas. Contudo, é essencial uma compreensão maior dos mecanismos sinérgicos dos OEs para que possam ser colocados em uso na prática clínica em combinação com antibióticos
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