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    Os Jesuítas nas Américas: "A República dos Guaranis"

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    Para este trabalho elegemos um estudo sobre uma "experiência jesuíta" junto dos Guaranis, que designamos de "A República dos Guaranis". Trata-se de um processo histórico complexo que teve início no século XVII, sob o impacto da Contra-Reforma, e terminou em pleno século XVIII, quando o Absolutismo, o racionalismo e a Lei Natural dominavam a Europa. Portanto, tenta-se perceber como esta realidade sociocultural se relacionou com uma das regiões do Brasil colonial

    Aspectos epidemiológicos e análise espacial dos casos de geohelmintoses nos municípios do estado de Alagoas, Brasil

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    Introdução: As enteroparasitoses são doenças causadas por parasitos que habitam o intestino do hospedeiro vertebrado e ainda representam um importante problema de saúde pública. Dentre as enteroparasitoses mais frequentes destacam-se aquelas causadas por geohelmintos. As geohelmintoses são doenças causadas por helmintos que realizam parte do ciclo biológicos no ambiente terrestre e podem causar danos em seus portadores como: obstrução intestinal, desnutrição, anemia, quadros de diarreia, retardo no desenvolvimento físico e mental, sobretudo em crianças. As espécies de geohelmintos mais prevalentes são Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura e os Ancilostomídeos. No Brasil, alguns estudos envolvendo geoprocessamento foram realizados na tentativa de esclarecer as relações entre ocorrência de geohelmintoses e fatores socioambientais. Objetivo: Este estudo objetivou analisar os aspectos epidemiológicos e a distribuição espacial dos casos de geohelmintoses nos municípios do estado de Alagoas, entre os anos de 2002 e 2012. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, do tipo série temporal, com base em dados reportados pelo Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose (SISPCE). Os dados operacionais, epidemiológicos e de intensidade de transmissão, foram obtidos na base de dados do SISPCE e correspondem às seguintes variáveis: população trabalhada, população examinada, percentual de positivos para A. lumbricoides, T. trichiura e Ancilostomídeos. Os valores do PIB e os dados populacionais de cada município do estado foram obtidos na página do IBGE. Todas as análises estatísticas foram realizadas no GraphPad Prisma. Os mapas de distribuição espacial foram construídos e analisados no programa GIS TerraView. A análise espacial foi realizada utilizando o estimador de intensidade Kernel. Os mapas temáticos foram construídos levando-se em consideração a taxa de prevalência em cada município. Resultados: Foram observadas reduções expressivas nos percentuais de positivos para geohelmintos. Para Ascaris lumbricoides houve redução de 33,37% em 2002, para 12,09% em 2012, enquanto o percentual de positivos para Trichuris trichiura caiu de 19% em 2002, para 6,76% em 2012. O percentual de positivos para Ancilostomídeos também foi reduzido de 22,17% em 2002, para 8,99% em 2012. Conclusão: Os mapas de análise espacial mostraram que as principais áreas de risco para os Ascaris e Trichuris estão localizadas na região norte do litoral e próximo à foz do Rio São Francisco. No entanto, os mapas de distribuição espacial sobre Ancilostomídeos parecem destoar dos demais geohelmintos, com maior prevalência na região central do Agreste. Embora não tenha havido registro de casos de geohelmintoses nas cidades do sertão e alto sertão do estado de Alagoas, é importante ressaltar que essas cidades não foram cobertas pelo inquérito do PCE e, portanto, essa ausência de dados deve-se à subnotificação de caso

    Tendência temporal e análise espacial dos casos de esquistossomose mansoni nos municípios do estado de Alagoas, Brasil

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    Introdução: A esquistossomose mansoni (EM) é uma doença parasitária grave, de veiculação hídrica e evolução crônica, que ocorre principalmente em áreas com precárias condições de saneamento básico e abastecimento de água. No Brasil, a doença é causada pelo Schistosoma mansoni, afeta cerca de seis milhões de pessoas e há uma estimativa de 30 milhões vivendo em áreas de risco. O Sistema de Informação Geográfica (SIG) é uma ferramenta essencial para se trabalhar informações em saúde, devido a sua capacidade de reunir grandes quantidades de dados convencionais na geração de mapas de risco. No Brasil, alguns estudos envolvendo geoprocessamento foram realizados na tentativa de evidenciar as relações entre ocorrência da Esquistossomose e alguns fatores ambientais. A maioria deles foram realizados nos estados de Pernambuco e Sergipe, entretanto não há registros de Alagoas. Objetivo: Diante disso, este estudo objetivou analisar a tendência temporal e a distribuição espacial dos casos de esquistossomose mansoni nos municípios do estado de Alagoas, entre os anos de 2002 e 2012. Material e Métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico, do tipo série temporal, com base em dados reportados pelo Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose (SISPCE). Os dados epidemiológicos correspondem às seguintes variáveis: população trabalhada, população examinada, população positiva, percentual de positividade para S. mansoni, percentual de indivíduos tratados e espécies de Biomphlaria sp. Os valores do PIB e os dados populacionais de cada município do estado foram obtidos na página do IBGE. Todas as análises estatísticas foram realizadas no GraphPad Prisma. Os mapas de distribuição espacial foram construídos e analisados no programa GIS TerraView. Resultados e Conclusão: No inquérito realizado pelo PCE nos municípios do estado de Alagoas entre os anos de 2002 e 2012, a maioria dos municípios foi classificada com prevalência moderada (5 a 15%) ou alta (>15%) para EM. A tendência linear, mostrou redução de quase 50% no percentual de positivos para EM nesse período. Contudo, essa redução também foi acompanhada pela queda no número de exames realizados. O percentual de indivíduos tratados também foi reduzido ao longo dos anos do inquérito (87,3% em 2002 e 61,1% em 2012). A principal espécie de caramujo identificada no estado foi a B. glabrata (95,89%). Os mapas de análise espacial mostraram que as principais áreas de risco para EM estão localizadas na região norte do litoral e próximo à foz do Rio São Francisco. Embora não tenha havido registro de caso de EM nas cidades do sertão e alto sertão do estado de Alagoas, é importante ressaltar que essas cidades não foram cobertas pelo inquérito do PCE e, portanto, essa ausência de dados deve-se, de fato, à subnotificação de casos
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