4 research outputs found
EXTENDED SELF 2.5
This article seeks to present a comparison between the real and virtual extended self for the same people. The concept of the extended self refers to a term originally presented by Russell Belk in 1988 and concerns the possessions seen by its consumers as representing, at some level, the identity of their owner, given such identification with them. The same consumer may have different possessions representing him, but what about something intangible? This is what happens in the virtual environment, where there may be no materialization of what is consumed and, following this thought, it is possible to question if there are differences between the extended self identified by the people in these two domains: both real and virtual. Thus, the following discussion seeks to present four interviews where these consumers reported "what" and "why" consider such consumptions as extensions of themselves. The results signal to the understanding that the relationship built refers to a trajectory, and all the reports point out that there is a history behind the mentioned possessions. That is, the relation built goes beyond financial aspects, but carries a high emotional connection load, either because it is a highly necessary utility for the routine, or because of a sense of pride for a personal achievement. In the end, a theoretical gap is shown and one exposes how future research efforts could exploit it.Este artigo busca apresentar uma comparação entre o extended self real e virtual para as mesmas pessoas. O conceito do extended self refere-se a um termo apresentado, originalmente, por Russell Belk, em 1988, e diz respeito às posses vistas por seus consumidores como representando, em algum nível, a identidade de seu proprietário, dada tamanha identificação com as mesmas. Um mesmo consumidor pode ter diferentes posses lhe representando, mas e quanto a algo intangível? Isso é o que acontece no meio virtual, onde pode não haver a materialização daquilo consumido e, seguindo nesse pensamento, é possível questionar se existem diferenças entre o extended self identificado pelas pessoas nesses dois domínios: tanto no real como no virtual. Dessa forma, a discussão que se segue busca apresentar quatro entrevistas onde esses consumidores informaram “o que” e “porque” consideram tais consumos como extensões de si. Os resultados sinalizam para o entendimento que a relação construída se refere a uma trajetória, e todos os relatos apontam que há uma história por trás das posses mencionadas. Ou seja, a relação construída vai além de aspectos financeiros, mas carregam uma alta carga de conexão emocional, seja por ser um utilitário altamente necessário para a rotina, seja por um sentimento de orgulho por uma conquista pessoal. Ao fim, se demonstra uma lacuna teórica encontrada e se expõe como futuros esforços de pesquisa poderiam explorá-la
Presentes que o público jovem masculino não gosta de ganhar
Presentear é um costume muito forte no cotidiano das pessoas, mas apesar de comum, a prática é bastante complexa, pois envolve uma série de escolhas que podem ou não levar ao ato de presentear bem sucedido. O sucesso nesta prática costuma residir no agradar o presenteado. Embora o ato de presentear seja um tema já explorado em algumas pesquisas dentre elas (BELK, 1979; DALAKAS; SHOHAM, 2010; PÉPECE, 2000; SHERRY, 1993) estudos que tratem dos desagrados ligados ao ato de presentear ainda não foram muito explorados. Neste intuito, o presente estudo teve como objetivo principal entender as situações nas quais um presente não é bem recebido pelo público jovem masculino. Para tanto, foram investigados os tipos de presentes que desagradam este público; se existe diferença na percepção de uma mesma categoria de presente quando ofertada por um presenteador de grau de relacionamento diferente e; quais as emoções emanadas dos presentes que desagradam. A coleta de dados ocorreu via formulário respondido on-line. Foi inicialmente identificado que 84% do público investigado não gosta de receber itens de decoração, porém esse desagrado pode sofrer interpretações diferentes conforme o presenteador que oferta o presente. Itens de decoração: quando dado pelos pais, provocam o embaraço no jovem, ao passo que receber o mesmo presente da(o) companheira(o), o faz se sentir desprezado. As informações aqui levantadas podem auxiliar o varejo a orientar adequadamente suas ofertas de produtos a serem comercializados em datas específicas tais como dia dos pais e Natal no intuito de satisfazerem seus consumidores evitando que presentes inadequados sejam adquiridos e ofertados podendo prejudicar futuras vendas pela insatisfação gerada
Dipping and rinsing dishes: a discussion involving cleanliness and sustainability in Brazilian and English households
This paper compares the way people wash dishes in England and in Brazil to contribute to the discussion of how practices are undertaken in different national contexts and by people with different cultural backgrounds in both places, in order to verify if there are different levels of strength in the elements of practice described by Shove et al. (2012). It is based on twelve oral histories, both from Brazilian residents (three Brazilian locals and two English migrants) and English residents (two Brazilian migrants, one English local, and two cross-national couples). This data examines different social conventions and expectations from multiple perspectives, considering procedures, interplay between partners, expected outcomes and items associated to the practice, to name a few. Different social conventions of what is expected from a practice and the culture play a significant role in this dynamic, allowing us also to think about different strategies that could be employed by companies and governments to promote sustainable behaviours. Overall, the analysis provides an original account of social practices, which offers insights in multiple domains, such as consumer behaviour, marketing, sustainability and governance strategy.This paper compares the way people wash dishes in England and in Brazil to contribute to the discussion of how practices are undertaken in different national contexts and by people with different cultural backgrounds in both places, in order to verify if there are different levels of strength in the elements of practice described by Shove et al. (2012). It is based on twelve oral histories, both from Brazilian residents (three Brazilian locals and two English migrants) and English residents (two Brazilian migrants, one English local, and two cross-national couples). This data examines different social conventions and expectations from multiple perspectives, considering procedures, interplay between partners, expected outcomes and items associated to the practice, to name a few. Different social conventions of what is expected from a practice and the culture play a significant role in this dynamic, allowing us also to think about different strategies that could be employed by companies and governments to promote sustainable behaviours. Overall, the analysis provides an original account of social practices, which offers insights in multiple domains, such as consumer behaviour, marketing, sustainability and governance strategy
Presentes que o público jovem masculino não gosta de ganhar
Presentear é um costume muito forte no cotidiano das pessoas, mas apesar de comum, a prática é bastante complexa, pois envolve uma série de escolhas que podem ou não levar ao ato de presentear bem sucedido. O sucesso nesta prática costuma residir no agradar o presenteado. Embora o ato de presentear seja um tema já explorado em algumas pesquisas dentre elas (BELK, 1979; DALAKAS; SHOHAM, 2010; PÉPECE, 2000; SHERRY, 1993) estudos que tratem dos desagrados ligados ao ato de presentear ainda não foram muito explorados. Neste intuito, o presente estudo teve como objetivo principal entender as situações nas quais um presente não é bem recebido pelo público jovem masculino. Para tanto, foram investigados os tipos de presentes que desagradam este público; se existe diferença na percepção de uma mesma categoria de presente quando ofertada por um presenteador de grau de relacionamento diferente e; quais as emoções emanadas dos presentes que desagradam. A coleta de dados ocorreu via formulário respondido on-line. Foi inicialmente identificado que 84% do público investigado não gosta de receber itens de decoração, porém esse desagrado pode sofrer interpretações diferentes conforme o presenteador que oferta o presente. Itens de decoração: quando dado pelos pais, provocam o embaraço no jovem, ao passo que receber o mesmo presente da(o) companheira(o), o faz se sentir desprezado. As informações aqui levantadas podem auxiliar o varejo a orientar adequadamente suas ofertas de produtos a serem comercializados em datas específicas tais como dia dos pais e Natal no intuito de satisfazerem seus consumidores evitando que presentes inadequados sejam adquiridos e ofertados podendo prejudicar futuras vendas pela insatisfação gerada