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    Intensificação da queda da cobertura vacinal brasileira em consequência da pandemia de COVID-19

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    RESUMO: O Programa Nacional de Imunizações (PNI), reconhecido mundialmente pelo seu êxito e eficácia, está vivenciando um momento de crise e as causas são multifatoriais. Além dos movimentos antivacinas, a pandemia da Covid-19 intensificou a queda da cobertura vacinal, sendo risco para surtos de doenças imunopreveníveis, aumento de morbidade e mortalidade e crescimento da demanda hospitalar. O objetivo do trabalho é analisar a situação atual da cobertura vacinal no Brasil e compreender o risco de abandono da vacinação durante a pandemia da Covid-19. Foi realizado um estudo epidemiológico descritivo sobre a cobertura vacinal do Brasil através do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) entre o período de 2015 a 2018. Além disso, foi feita análise de estudos publicados a partir de 2017 nas línguas portuguesa e inglesa, utilizando as bases de dados Google Scholar, LILACS, PubMed e SciELO, e os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “COVID-19”, “cobertura vacinal”, “Programas de Imunização”. Foi evidenciado que, de modo geral, a cobertura para maioria das vacinas oferecidas pelo PNI é inferior à meta proposta, sendo mais evidente para as vacinas tetra viral SRC+VZ (77,37% em 2015 e 32,46% em 2018), tríplice bacteriana DTP (85,78% em 2015 e 67,49% em 2018), contra poliomielite (98,29% em 2015 e 88,17% em 2018),  febre amarela (46,31% em 2015 e 58,4% em 2018), Meningococo C 1º reforço (87,85% em 2015 e 79, 72% em 2018). A redução da cobertura vacinal nos últimos anos é atribuída principalmente a um aumento de movimentos antivacina, à disseminação de fake news e ao enfraquecimento das campanhas do SUS. Com a pandemia da Covid-19, o Ministério da Saúde alerta uma intensificação da baixa de imunizações, especialmente, por receio da população de ir aos postos de saúde, sendo que, durante o primeiro semestre do ano, apenas a vacina BCG atingiu o nível esperado.  A interrupção da vacinação pode aumentar a probabilidade de surtos e de indivíduos suscetíveis a doenças imunopreveníveis, a exemplo do ressurgimento do sarampo no último ano. Conclui-se que a cobertura vacinal brasileira já estava em crise, como evidenciado pelos dados de 2015 a 2018, e que o medo da contaminação pela Covid-19 diminuiu ainda mais a procura por vacinação. Assim, mesmo durante a pandemia, o governo e a população devem se mobilizar para retorno do êxito do programa de imunizações, seguindo os protocolos de segurança, de distanciamento social e de higiene. A disseminação de informações seguras e o combate às fake news por meio de campanhas do SUS são necessários para evitar maiores consequências

    Dietoterapia como alternativa clínica e seus efeitos

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    As terapias dietéticas remodelam os padrões de consumo de alimentos e podem ser usadas como única alternativa para tratamento de determinadas doenças ou para potencializar o tratamento de outras. Objetiva-se compreender a dietoterapia como intervenção clínica para transtornos neurológicos, metabólicos, cardiovasculares e gastrointestinais. Realizou-se pesquisa bibliográfica através dos bancos de dados PUBMED, GOOGLE ACADÊMICO, Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME) e Scientific Electronic Library Online (SCIELO), com os descritores: dietoterapia, dieta, terapia nutricional e diet theraphy. Foram selecionados artigos científicos do período de 2014 a 2019 que contemplavam a temática dessa revisão integrativa de literatura. Dessa forma, observa-se que no tratamento de epilepsia, a dieta cetogênica é a alternativa clínica de maior repercussão, sendo composta, principalmente, por muita gordura e pouco carboidrato e proteínas. Nas doenças hepáticas não-alcoólicas, o melhor tratamento é a perda de peso por exercícios físicos associados à dieta, principalmente a Dieta Mediterrânea e chá verde, pela importante ação antioxidante. Essa dieta, assim como a Dietary Aproaches to Stop Hipertension (DASH) também é recomendada como estratégia segura para portadores de Síndrome Metabólica e outros distúrbios circulatórios, por intensa atividade anti-inflamatória. Ademais, a dietoterapia é o único de tratamento efetivo para doença celíaca, com restrição ao glúten. Conclui-se, portanto, que a dietoterapia pode ser utilizada, muitas vezes, como única e efetiva intervenção clínica em algumas doenças, considerando a influência de fatores externos que podem interferir na adesão

    A adesão e a satisfação dos estudantes de medicina do internato da UniEvangélica com os cursos preparatórios para residência médica

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    RESUMO: A residência médica surgiu na finalidade de complementar a formação médica, permitindo que o profissional se especialize em determinada área de escolha, entretanto a concorrência cresce gradativamente, limitando a entrada de grande quantidade de médicos que desejam o título de especialista. Portanto, a procura pelos cursinhos preparatórios para residência médica tem aumentado consideravelmente, tendo em vista que os alunos do internato almejam uma vaga, a qual é extremamente concorrida, na especialidade que deseja, logo ao final da sua graduação. Assim as consequências se elevaram, concomitantemente, haja vista o desenvolvimento de distúrbios emocionais e psicológicos, além da diminuição do rendimento nas atividades curriculares próprias do curso. Sendo assim, o objetivo do trabalho é avaliar a adesão e a satisfação dos estudantes do internato da UniEVANGÉLICA com os cursinhos preparatórios para residência médica. Esse estudo, observacional e analítico, utilizará de questionários compostos de questões de múltipla escolha e discursivas, sendo aplicados aos alunos do décimo período de medicina do Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA, Anápolis-GO. Espera-se com esse pré-projeto é contribuir para a decisão do graduando de medicina questionando a eficiência desses cursinhos na preparação para residência médica. &nbsp

    Novo modelo curricular processual do morfofuncional: relato de experiência

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    RESUMO: A Educação Médica tem passado por diversas mudanças, nos últimos anos, envolvendo vários aspectos. Logo, para que uma Instituição de Ensino Superior se mantenha no mercado, é necessário investimento e desenvolvimento contínuo de todas suas áreas, inclusive de suas matrizes curriculares e metodologias de ensino e avaliação. Objetiva-se relatar a experiência da implantação do novo modelo curricular processual, na subárea de Morfofuncional, no 5º e 6º períodos do curso de Medicina do Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA. A partir do segundo semestre de 2019, foi adotado um novo modelo didático-pedagógico no Morfofuncional, motivado por reclamações discentes constantes. A estrutura baseada em três módulos semestrais foi mantida e as principais mudanças foram nos processos de ensino-aprendizagem (criação de eixos temáticos) e de avaliação (adoção de um modelo processual, com metodologias avaliativas diversificadas e com menor sobrecarga de temas e dois momentos distintos de Recuperação). O novo modelo encontra-se em aplicação e algumas inferências subjetivas podem ser percebidas, através de relatos dos estudantes. Dentre os pontos positivos, destaca-se maior integração entre Tutoria e Morfofuncional, reorganização dos momentos dedicados para estudos dos discentes, maior retenção de conteúdos, avaliação de múltiplas habilidades (além do conhecimento). Dentre os pontos negativos, a sobrecarga do trabalho docente e a resistência apresentada na adoção de um novo método, principalmente por alguns alunos. Percebe-se que o novo modelo curricular apresenta potencialidades, mas também trouxe consigo alguns desafios na implantação e, portanto, estudos melhor desenhados deverão ser aplicados para averiguar a real eficácia desse novo modelo, em relação ao anterior
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