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L’alliance normando-tupi au xvie siècle : la célébration de Rouen
L’alliance normando-tupi au xvie siècle : la célébration de Rouen. En 1550, la ville de Rouen prépare une série de festivités pour la joyeuse entrée du roi Henri II et de sa cour, dont deux éléments relient les marchands du port normand aux Tupi de la côte du Brésil : une mise en scène de la vie quotidienne de ces derniers – nommée « fête brésilienne » par l’historien Ferdinand Denis, et à laquelle participent 50 indiens tupi et 250 matelots normands – et une bataille navale entre Français et Portugais. Cet article propose d’y voir non pas une exhibition d’exotisme ou une curiosité anedoctique, mais plutôt une déclaration et une célébration des alliances entre Normands et Tupi dont dépend le succès de la ville pour le commerce transatlantique et, à travers les traits caractéristiques de ces rapports, le fondement de la richesse de Rouen et de la qualité du spectacle. Il contient également une brève analyse de la gravure qui représente cette mise en scène, en la comparant à l’iconographie de l’époque publiée dans les principales sources sur les Tupi.La alianza normando-tupi en el siglo xvi : la celebración de Rouen.En 1550, la ciudad de Rouen prepara una serie de festividades para la regia entrada de Enrique II con su corte, en la cual dos elementos evocan los lazos entre comerciantes del puerto normando y tupi de la costa brasileña : una presentación teatral de la vida cotidiana de los indígenas – llamada « fiesta brasileña » por el historiador Ferdinand Denis, en la cual participan 50 tupi y 250 marineros normandos – y un combate naval entre franceses y portugueses. El presente artículo propone ver ahí no una exhibición de exotismo amerindio o una anécdota, pero una declaración, una celebración, de la sólida alianza entre normandos y tupi en la cual se basa el éxito de la ciudad en el comercio transatlántico y, a través de los rasgos característicos de tales relaciones, los cimientos de la opulencia de la ciudad y de la calidad de la presentación. Este estudio contiene además un breve análisis de algunos elementos de la ilustración que existe de la representación, comparándolos con la iconografia tupi de la época.The Norman-Tupi alliance in the 16th century: the celebration at Rouen.In 1550, the city of Rouen prepares a series of festivities for the royal entry of Henry II and his court, of which two elements point to the links between the Norman harbour merchants and the Brazilian coastal Tupi: a performance of the Indians’ daily life – called « Brazilian festival » by the historian Ferdinand Denis, involving 50 Tupi and 250 Norman sailors – and a staged naval battle between French and Portuguese. This article proposes to consider these festivities not so much as a display of exoticism or an anecdotal curiosity, but rather as a statement and celebration of alliances between the Normans and the Tupi, on which depend the success of the city’s transatlantic trade and, through the characteristic traits of these relations, the foundation of the wealth of the city and the quality of the performance. It also briefly considers some elements of the illustration of this performance, comparing it with the Tupi iconography of the same epoch
Terras indígenas na legislação colonial
Este artigo analisa algumas questões envolvidas no reconhecimento legal dos direitos territoriais dos índios, a partir da legislação indigenista colonial. Busca refletir especialmente acerca do modo como o avanço da colonização significou, na prática, a perda por parte dos índios dos direitos às suas terras, sem que estes jamais tenham sido negados pela legislação.This article analizes some of the questions implied in the legal recognition of native land rights in Colonial Brazil. It considers specially how the advance of colonization meant, in practical terms, the loss, by the Indians, of their land rights, which were never denied by the laws
Conflitos recentes, estruturas persistentes: notícias do Sudão
In March 2000, a Dinka-Nuer peace treaty was signed in southern Sudan. The civil war that had been going on for decades, as well as the resolutions adopted, described in the press and present in the documents, acquire full meaning when one considers Evans-Pritchard's deep analysis of Nuer politics. The nuer structures revealed in his works, having persisted for decades, pass the "test of history", and lead to a reconsideration of his contributions to the understanding of the inter-play between structure and historyEm março de 2000, foi assinado no Sudão meridional um tratado de paz entre os Dinka e os Nuer. As formas da guerra civil que se estendia por décadas, bem como as soluções acordadas, descritas pela imprensa e nos próprios documentos, adquirem pleno sentido quando se consideram as penetrantes análises de Evans-Pritchard acerca dos Nuer. Persistentes ao longo das décadas, as estruturas nuer reveladas em suas obras passam pelo "teste da história", permitindo inclusive retomar suas contribuições à reflexão acerca da relação entre estrutura e históri
Apresentação Dossiê Pensar com Pierre Clastres
Este dossiê nasceu do Colóquio “Pierre Clastres: pensar a política a contracorrente”, realizado em outubro de 2009 no Sesc Pinheiros, sob organização de Beatriz Perrone-Moisés, Renato Sztutman e Sérgio Cardoso. Reunindo antropólogos, politólogos e filósofos, o evento foi pensado como parte integrante e como movimento paralelo a um colóquio internacional em torno da obra deste autor – “Pierre Clastres e nós: liberdade política e Estado coercitivo” – que ocorreu em Paris, em novembro do mesmo ano, sob a coordenação de Miguel Abensour e Anne Kupiec.This dossier was born the Colloquium "Pierre Clastres: thinking politics to counter" held in October 2009 at SESC Pinheiros under organization <Beatriz Perrone-Moisés, Renato and Sergio Cardoso Sztutman. Bringing together anthropologists, political scientists and philosophers, the event was designed as an integral element and parallel movement to an international colloquium around the work of this author - "and we Pierre Clastres: political freedom and coercive state" - which took place in Paris in November same year, under the direction of Michael and Anne Kupiec Abensour
Antropologia social na versão de Evans-Pritchard: notas em torno dos textos aqui traduzidos
Introduction to the translation section on Evans-PritchardIntrodução ao conjunto de textos que compõem a seção especial de traduçã
Nossos selvagens são melhores do que os outros: Imagens de povos indígenas e projetos de colonização na história da Nova-França de Marc Lescarbot
No início do século XVII, os franceses retomaram a colonização de territórios norte-americanos que haviam sido explorados ao longo do século anterior. Em 1604, o fidalgo Pierre du Gua de Monts obtém de Henrique IV, rei de França, o monopólio do comércio da costa atlântica canadense, região denominada, ao longo do período colonial, Acádia. No século XVII, os franceses estabeleceram duas colônias na América do Norte: a Acádia, que corresponde à s atuais Províncias Atlânticas do Canadá, cedida aos ingleses por tratado, em 1713, e a Nova-França, no vale do rio São Lourenço, atual província de Québec, que se expandiu, no final do século XVII, em direção à região dos Grandes Lagos e ao vale do Mississippi-Misouri, tomada pelos ingleses em 1760. Em 1763, pelo Tratado de Paris, a França reconheceu definitivamente o domínio inglês sobre suas colônias norte-americanas