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    Pandemia COVID-19 na percepção das mulheres no processo de parto e nascimento : uma revisão de escopo

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    Orientador: Prof (a). Dr (a). Silvana Regina Rossi Kissula SouzaCoorientador: Mda. Jhovana Trejos SerratoMonografia (graduação) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Curso de Graduação em EnfermagemInclui referênciasResumo : A mulher no processo de parto e nascimento tem vivido por muitos anos uma medicalização crescente que afeta a sua autonomia e, portanto, sua experiência. A busca por uma atenção humanizada tem sido realizada desde o século anterior, para garantir qualidade e o respeito aos direitos das mulheres. Não obstante, na atualidade a pandemia pelo COVID 19 tem impactado à atenção à saúde da mulher, considerando as gestante e puérperas grupos vulneráveis para o desenvolvimento de formas graves da doença de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), gerando uma série de mudanças e restrições durante a assistência do trabalho de parto, parto e pós-parto, além dos sentimentos de preocupação, medo e incerteza oriundos da situação de pandemia. Assim, o objetivo foi identificar o estado da arte sobre a percepção das mulheres em relação ao processo de parto e nascimento durante a pandemia de COVID 19. Trata-se de uma scoping review, conforme as diretrizes do Manual do Joanna Briggs Institute (JBI) versão 2020. A busca dos estudos foi realizada de forma eletrônica nos bancos de dados da Pubmed/Medline, BVS e Scopus, orientada pela estratégia PCC, sendo "P" a população (parturiente), "C" o conceito (percepção no processo de parto e nascimento) e "C" o contexto (pandemia pelo COVID-19). Os estudos envolveram parturientes e/ou puérperas, disponíveis gratuitamente publicados em português, inglês ou espanhol, entre janeiro de 2020 e outubro de 2021, que permitiram obter evidências claras sobre o tema. A leitura dos títulos e resumos foi realizada por dois revisores independentes e nas discordâncias, um terceiro revisor fez a análise para obter um consenso. Foram identificados 355 estudos, 11 foram pré-selecionados e lidos na íntegra, sendo incluídos 8 estudos. Os resultados são apresentados de forma descritiva, por meio de tabelas e narrativas. Entre as práticas que estão sendo desenvolvidas com as parturientes e puérperas, estão, a restrição do acompanhante, separação do binômio mãe-bebê, não amamentação na primeira hora após o nascimento, pouca orientação fornecida por profissionais, demonstrando, ao fazer a comparação dos períodos antes e durante a pandemia, menor satisfação com o parto, além de maiores níveis de estresse e ansiedade pós-parto. No entanto, outros estudos evidenciaram que as parturientes alcançaram níveis de satisfação adequados ou superiores aos esperados, encontrando uma heterogeneidade nas percepções das puérperas frente a sua vivência no parto e pós-parto imediato no momento atual, pois depende de fatores como o apoio e atendimento respeitoso dos profissionais de saúde, o envolvimento da mulher na tomada de decisões, além das expectativas pessoais que cada uma delas tem, sendo fundamental o papel dos profissionais e que as práticas estejam alinhadas com políticas baseadas em evidências, com o intuito de favorecer uma experiência positiva no parto, como recomenda a OMS, ainda em situação de pandemia.Abstract : Women in the process of delivery and birth have been experiencing for many years a growing medicalization that affects their autonomy and, therefore, their experience. The search for humanized care has been carried out since the previous century, to guarantee quality and respect for women's rights. However, currently the COVID 19 pandemic has impacted women's health care, considering that pregnant and postpartum women are vulnerable groups for the development of severe forms of the disease, according to the World Health Organization (WHO), generating a series of changes and restrictions during labor, delivery and postpartum care, in addition to feelings of worry, fear and uncertainty arising from the pandemic situation. Thus, the objective was to identify the state of the art on the perception of women in relation to the process of labor and birth during the COVID 19 pandemic. This is a scoping review, in accordance with the guidelines of the Joanna Briggs Institute (JBI) Manual 2020 version. The search for studies was performed electronically in the Pubmed/Medline, BVS and Scopus databases, guided by the PCC strategy, with "P" being the population (parturient), "C" the concept (perception in the process of labor and birth) and "C" the context (COVID-19 pandemic). The studies involved parturients and/or postpartum women, freely available and published in Portuguese, English or Spanish, between January 2020 and October 2021, which allowed for clear evidence on the subject. The reading of titles and abstracts was performed by two independent reviewers and, in disagreements, a third reviewer performed the analysis to obtain a consensus. A total of 355 studies were identified, 11 were pre-selected and read in full, and 8 studies were included. The results are presented descriptively, through tables and narratives. Among the practices that are being developed with parturient and postpartum women are, the restriction of the companion, separation of the mother-infant binomial, not breastfeeding in the first hour after birth, little guidance provided by professionals, demonstrating, when comparing the periods before and during the pandemic, less satisfaction with childbirth, in addition to higher levels of postpartum stress and anxiety. However, other studies have shown that parturients achieved adequate or higher than expected levels of satisfaction, finding heterogeneity in the perceptions of postpartum women regarding their experience in childbirth and immediate postpartum at the present time, as it depends on factors such as support and care respectful of health professionals, the involvement of women in decision-making, in addition to the personal expectations that each of them has, the role of professionals being fundamental and that practices are aligned with evidence-based policies, in order to favor an experience positive in childbirth, as recommended by the WHO, still in a pandemic situation

    Pandemia COVID-19 na percepção das mulheres no processo de parto e nascimento : uma revisão de escopo

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    Orientador: Prof (a). Dr (a). Silvana Regina Rossi Kissula SouzaCoorientador: Mda. Jhovana Trejos SerratoMonografia (graduação) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Curso de Graduação em EnfermagemInclui referênciasResumo : A mulher no processo de parto e nascimento tem vivido por muitos anos uma medicalização crescente que afeta a sua autonomia e, portanto, sua experiência. A busca por uma atenção humanizada tem sido realizada desde o século anterior, para garantir qualidade e o respeito aos direitos das mulheres. Não obstante, na atualidade a pandemia pelo COVID 19 tem impactado à atenção à saúde da mulher, considerando as gestante e puérperas grupos vulneráveis para o desenvolvimento de formas graves da doença de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), gerando uma série de mudanças e restrições durante a assistência do trabalho de parto, parto e pós-parto, além dos sentimentos de preocupação, medo e incerteza oriundos da situação de pandemia. Assim, o objetivo foi identificar o estado da arte sobre a percepção das mulheres em relação ao processo de parto e nascimento durante a pandemia de COVID 19. Trata-se de uma scoping review, conforme as diretrizes do Manual do Joanna Briggs Institute (JBI) versão 2020. A busca dos estudos foi realizada de forma eletrônica nos bancos de dados da Pubmed/Medline, BVS e Scopus, orientada pela estratégia PCC, sendo "P" a população (parturiente), "C" o conceito (percepção no processo de parto e nascimento) e "C" o contexto (pandemia pelo COVID-19). Os estudos envolveram parturientes e/ou puérperas, disponíveis gratuitamente publicados em português, inglês ou espanhol, entre janeiro de 2020 e outubro de 2021, que permitiram obter evidências claras sobre o tema. A leitura dos títulos e resumos foi realizada por dois revisores independentes e nas discordâncias, um terceiro revisor fez a análise para obter um consenso. Foram identificados 355 estudos, 11 foram pré-selecionados e lidos na íntegra, sendo incluídos 8 estudos. Os resultados são apresentados de forma descritiva, por meio de tabelas e narrativas. Entre as práticas que estão sendo desenvolvidas com as parturientes e puérperas, estão, a restrição do acompanhante, separação do binômio mãe-bebê, não amamentação na primeira hora após o nascimento, pouca orientação fornecida por profissionais, demonstrando, ao fazer a comparação dos períodos antes e durante a pandemia, menor satisfação com o parto, além de maiores níveis de estresse e ansiedade pós-parto. No entanto, outros estudos evidenciaram que as parturientes alcançaram níveis de satisfação adequados ou superiores aos esperados, encontrando uma heterogeneidade nas percepções das puérperas frente a sua vivência no parto e pós-parto imediato no momento atual, pois depende de fatores como o apoio e atendimento respeitoso dos profissionais de saúde, o envolvimento da mulher na tomada de decisões, além das expectativas pessoais que cada uma delas tem, sendo fundamental o papel dos profissionais e que as práticas estejam alinhadas com políticas baseadas em evidências, com o intuito de favorecer uma experiência positiva no parto, como recomenda a OMS, ainda em situação de pandemia.Abstract : Women in the process of delivery and birth have been experiencing for many years a growing medicalization that affects their autonomy and, therefore, their experience. The search for humanized care has been carried out since the previous century, to guarantee quality and respect for women's rights. However, currently the COVID 19 pandemic has impacted women's health care, considering that pregnant and postpartum women are vulnerable groups for the development of severe forms of the disease, according to the World Health Organization (WHO), generating a series of changes and restrictions during labor, delivery and postpartum care, in addition to feelings of worry, fear and uncertainty arising from the pandemic situation. Thus, the objective was to identify the state of the art on the perception of women in relation to the process of labor and birth during the COVID 19 pandemic. This is a scoping review, in accordance with the guidelines of the Joanna Briggs Institute (JBI) Manual 2020 version. The search for studies was performed electronically in the Pubmed/Medline, BVS and Scopus databases, guided by the PCC strategy, with "P" being the population (parturient), "C" the concept (perception in the process of labor and birth) and "C" the context (COVID-19 pandemic). The studies involved parturients and/or postpartum women, freely available and published in Portuguese, English or Spanish, between January 2020 and October 2021, which allowed for clear evidence on the subject. The reading of titles and abstracts was performed by two independent reviewers and, in disagreements, a third reviewer performed the analysis to obtain a consensus. A total of 355 studies were identified, 11 were pre-selected and read in full, and 8 studies were included. The results are presented descriptively, through tables and narratives. Among the practices that are being developed with parturient and postpartum women are, the restriction of the companion, separation of the mother-infant binomial, not breastfeeding in the first hour after birth, little guidance provided by professionals, demonstrating, when comparing the periods before and during the pandemic, less satisfaction with childbirth, in addition to higher levels of postpartum stress and anxiety. However, other studies have shown that parturients achieved adequate or higher than expected levels of satisfaction, finding heterogeneity in the perceptions of postpartum women regarding their experience in childbirth and immediate postpartum at the present time, as it depends on factors such as support and care respectful of health professionals, the involvement of women in decision-making, in addition to the personal expectations that each of them has, the role of professionals being fundamental and that practices are aligned with evidence-based policies, in order to favor an experience positive in childbirth, as recommended by the WHO, still in a pandemic situation
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