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    Sexualidade na terceira idade - tabus e realidade

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    O envelhecimento populacional tem se tornado cada vez mais comum no Brasil. A longevidade e a melhor condição de saúde estão diretamente associadas a políticas de atenção ao envelhecimento feitas pelo Estado. É indiscutível que ainda hoje a sociedade relaciona a velhice com a incapacitação. Relacionado ao âmbito sexual, temos o tabu concretizado que com o passar dos anos, a satisfação sexual do homem e da mulher são reduzidas. A realidade é que existe uma grande dificuldade da aceitação da sexualidade no processo de envelhecimento do ser humano, essa dificuldade é gerada pela falta de educação sexual adequada, vergonha do próprio corpo, repressões que ocorreram na fase do descobrimento, entre outros diversos motivos. Sendo assim, todas essas dificuldades atuam na forma constrangedora de vivenciar a sexualidade na fase do envelhecimento. Portanto, a presença da sexualidade acaba contribuindo em uma boa qualidade de vida para os idosos, melhora os inter-relacionamentos e exerce um papel muito significativo de demonstração de afeto. O objetivo do trabalho é esclarecer os tabus e a realidade presente na sexualidade da pessoa idosa. Trata-se de uma revisão de literatura feita a partir de 5 artigos obtidos das plataformas de pesquisa PubMed e Scielo, utilizando os descritores em saúde (DeSC) “Sexuality” e “old age”, com datas de publicação entre 2015 e 2019.De acordo com os estudos analisados, grande parte dos idosos que participaram dos estudos afirmaram o constrangimento sobre a discussão sobre a sexualidade, em que o assunto não era habitualmente abordado. Além disso, a posição religiosa foi importante para as avaliações dos pacientes, devido a influência cristã-religiosa que é um forte fator presente na geração idosa. O fato de a religião pregar que o ato sexual deve ser associado ao casamento monogâmico, moralidades e principalmente ao da prática sexual para procriação, articulando a sexualidade com normatização e culpa, promovendo a redução da sexualidade, causando também repugnância sexual por parte das mulheres. Outro parâmetro foi uma presença muito grande, cerca de 45,1% de 1.345 idosos referiu que era inativo quanto a prática do sexo e que estava satisfeito com a situação. Há uma associação significativa sobre a relação entre situação de saúde e atividade sexual, onde as maiores taxas de insatisfação foram em idosos que apresentam sintomas depressivos, acidente vascular encefálico (AVE) e multimorbidades. A sexualidade na terceira idade é rodeada de tabus, relacionando assim a prática sexual dessa faixa etária a pecado e algo desnecessário. Portanto, é necessário que os idosos quebrem barreiras impostas por religião, sociedade e a vergonha do próprio corpo. Diante disso, recomenda-se que seja um tema mais abordado entre médicos e pacientes

    Prolactinoma e a disfunção sexual – um relato de caso

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    RESUMO: Prolactinomas são os adenomas de hipófise mais comuns que aumentam o nível de prolactina circulante (hormônio responsável pelo desenvolvimento da glândula mamária e a produção de leite em mulheres, e estimular a função testicular em homens) e diminui o nível de Hormônio Folículo Estimulante (FSH) e Hormônio Luteinizante (LH) no hipotálamo. Essa alteração leva a consequências, como o hipogonadismo e a disfunção sexual. Dessa forma, o presente relato teve como objetivo relatar o caso de um paciente do sexo masculino de 55 anos de idade, com história de disfunção erétil total e exames sugestivos de prolactinoma.Foi solicitada uma ressonância magnética que mostrou nódulo de 7mm lateralmente à esquerda da adeno-hipófise, acompanhado de um microadenoma hipofisário. Exames de sangue apresentaram testosterona total de 113 mg/dl e testosterona livre de 2,2 mg/dl. Apresentava ainda cefaleia, roncos durante a noite e astenia. Além disso, o paciente apresentava obesidade grau II. Após esses achados,iniciou-se o tratamento com o uso de Cabergolina associado a um ansiolítico e Topiramato, bem como a recomendação para a realização de exercícios físicos. Posteriormente foi iniciado o tratamento com Loderafina. Atualmente o paciente encontra-se com as atividades sexuais retomadas normalmente e exames dentro dopadrão, tendo demonstrado uma boa evolução com o tratamento indicado. Diante disso, o caso relatado e publicações levantadas trazem à luz a discussão da terapêutica de reestabelecimento da função sexual e da normalidade de níveis hormonais. No caso em questão, a abordagem clínica adotada obteve grande sucesso tendo em vista a eficácia para reversão do quadro do paciente. Assim, é notório que os prolactinomas estão diretamente ligados com a disfunção sexual devido à alteração dos níveis hormonais dependentes da parte afetada pelo tumor hipofisário, e por esse motivo é importante fomentar a discussão dessa patologia, a fim de aumentar o bom prognóstico dessa situação

    A relação médico-paciente na consulta à população LGBTQIA+

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    A comunidade LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais, assexuais) apesar de enfrentar muito preconceito social e familiar, atualmente vem rompendo barreiras de desigualdade e ganhando reconhecimento, principalmente por parte do Sistema Único de Saúde (SUS), através das diretrizes e princípios que garantem atendimento universal, sem distinção de cor, raça, classe social ou gênero. Assim, tem-se como objetivo do estudo analisar a relação médicopaciente na consulta à população LGBTQIA+, visando sobretudo se há ou não preconceito por parte do profissional. O trabalho consiste em um estudo transversal e analítico que será feito com a comunidade LGBTQIA+ e médicos que tenham tido experiência ou não com esse público. A metodologia adotada baseia-se em um grupo focal, uma técnica de pesquisa qualitativa, na qual é feita uma entrevista com grupos, baseada na comunicação e na interação entre os participantes. Sua finalidade é juntar dados específicos acerca de um determinado assunto a partir de um grupo pré selecionado de indivíduos que participarão do estudo. Dessa forma, a coleta de dados ocorrerá através de um questionário elaborados pelos pesquisadores. Portanto, espera-se que a partir da aplicação do questionário, os médicos entendam a real necessidade de proporcionar um atendimento individualizado, levando em consideração a orientação sexual e a identidade de gênero de cada paciente, sendo imprescindível a ausência de preconceito

    Os desafios dos homens transgêneros no planejamento familiar

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    RESUMO: O termo transgênero refere-se a indivíduos cujas identidades de gênero diferem do sexo registrado no nascimento, que geralmente é baseado no sexo biológico. Apesar da revolução provocada na sociedade, em relação a maior participação desse grupo, ainda hoje a assistência médica encontra muitos desafios na atenção primária dessa minoria, devido a uma escassez de dados de pesquisa e protocolos clínicos de atendimento médico, especialmente no que diz respeito às necessidades de planejamento familiar do indivíduo transgênero. Diante disso, o trabalho teve por objetivo discutir sobre os desafios dos homens transgêneros no planejamento familiar. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados PubMed e Science Direct. Foram incluídos artigos publicados entre 2008 a 2019, que abordaram os métodos de contracepção em homens transgêneros, sendo selecionados 20 artigos que se adequaram aos Descritores em Ciências de Saúde (DeCS): “transgender men”, “contraception” e “family planning”. Os resultados deste trabalho sugerem que os homens trans enfrentam como principais desafios no planejamento familiar uma assistência falha no sistema de saúde, estigma social que leva a uma incongruência na percepção do próprio gênero, negligenciamento no acesso à informação correta quanto a terapia hormonal, o uso de contraceptivos e sua relação a esta e a falta de conhecimento no que tange a preservação da fertilidade e a gravidez uma vez que podem ser afetadas pelos procedimentos de transição de gênero. Dessa forma, faz-se necessária uma maior discussão sobre o tema, deixando de lado tabus e preconceitos em relação a vida sexual e reprodutiva da população transgênera, para que haja um maior acolhimento dessa minoria por parte da sociedade e do sistema de saúde e consequentemente os desafios no planejamento familiar sejam minimizados. &nbsp
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