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Análise epidemiológica da meningite no estado de Goiás
Objective:To describe the incidence, prevalence and epidemiological profile of meningitis cases in the Stateof Goiás, Brazil, from 2014 to 2018. Methods: A descriptive observational study with a temporal trend design. Data were collected from the DATASUS Notification of Injury Information System. Results:There were a total of 1,427 cases of meningitis reported in Goiás between 2014 and 2018, of which 393 (27.54%) corresponded to the age of 20-39 years, representing the highest relative percentage for the ages scored .There wasalso a prevalence of meningitis cases in males (844), while females (583). When the analysis refers to the IBGE micro-region, there were 686 reported cases in Goiânia, representing the highest values, while the lowest values are found in Iporá and Vão do Paranã (9 reported cases). Ofallthe cases presented, 164 diedwithmeningitis. Conclusion:Althoughthereis a vaccineagainst some typesofmeningitis, the rates of the disease in the State are still worrying, since it is a disease with high lethal power.Objetivo: Descrever a incidência, prevalência e o perfil epidemiológico dos casos de meningite no Estado de Goiás, Brasil, no período de 2014 a 2018. Métodos: Estudo observacional descritivo com delineamento de tendência temporal. Os dados foram coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação- DATASUS. Resultados: Verificou-se um total de 1.427 casos notificados de meningite em Goiás, no período de 2014 a 2018, dos quais 393 (27,54%) correspondem à idade de 20-39 anos, representando a maior porcentagem relativa para as idades pontuadas. Observou-se, ainda, uma prevalência de casos de meningite, no sexo masculino (844), enquanto que, femininos (583). Quando a análise se refere à microrregião do IBGE, tem-se 686 casos notificados em Goiânia, representando os maiores valores, enquanto que os menores valores são encontrados em Iporá e Vão do Paranã (9 casos notificados). De todos os casos apresentados, 164 cursaram com óbito por meningite. Conclusão: Embora haja vacina contra alguns tipos de meningite, ainda é preocupante os índices da doença no Estado, uma vez que se trata de uma doença com elevado poder letal
Doenças inflamatórias intestinais no Brasil: perfil das internações, entre os anos de 2009 a 2019
Objective:Describe the epidemiological profile of hospital admissions of patients with Crohn's Disease and Ulcerative Colitis, also known as Inflammatory Bowel Diseases, in Brazil, from January 2009 to November 2019.Methods:Descriptive observational study with time trend design. Data were collected from the Ministry of Health - SUS Hospital Information System (SIH / SUS) platform. Results:There was a total of 46,546 hospitalizations for Crohn's Disease and Ulcerative Colitis in Brazil, from January 2009 to December 2019, of which 7,141 correspond to the age of 30-39 years, representing the highest relative percentage for the ages analyzed . In addition, it was observed that there is a prevalence in females, accounting for 24,929 hospitalizations (53.55%). With regard to the Region, the largest number is found in the Southeast Region with 21,100 hospitalizations and, of these 61.51% corresponds to the State of São Paulo. Of all hospitalizations, 9,302 were elective and 37,244 were urgent. In addition, 1,169 resulted in death and, of these, the sum was higher in the Southeast (525 patients). Conclusion:Inflammatory Bowel Diseases have increased their incidence in Brazil and do not have very different profiles from those found in other countries. There is still not much research on the profile of the disease in Brazil and, worldwide, its genesis is not well understood. As they are chronic and progressive diseases, further studies are needed to better explain their behavior so that there are effective measures for the prophylaxis and treatment of affected patients.Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico das internações hospitalares de pacientes acometidos por Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa, também denominadas Doenças Inflamatórias Intestinais, no Brasil,no período de janeiro de 2009 a novembro de 2019. Métodos: Estudo observacional descritivo com delineamento de tendência temporal. Os dados foram coletados da plataforma do Ministério da Saúde – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Resultados: Verificou-se um total de 46.546 internações por Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa no Brasil, no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2019, dos quais 7.141 correspondem à idade de 30-39 anos, representando a maior porcentagem relativa para as idades analisadas. Além disso, observou-se que há uma prevalência no sexo feminino, contabilizando 24.929 internações (53,55%). Com relação à Região, o maior número encontra-se na Região Sudeste com 21.100 internações e, dessas61,51% corresponde ao Estado de São Paulo. De todas as internações, 9.302 foram eletivas e 37.244 com caráter de urgência. Ademais, 1.169 resultaram em óbito e, desses, o somatório foi maior na região Sudeste (525 pacientes). Conclusão:As Doenças Inflamatórias Intestinais têm aumentado sua incidência no Brasil e não apresenta perfis muito diferentes dos encontrados em outros países. Ainda não existem muitas pesquisas sobre o perfil da doença no Brasil e, no mundo sua gênese não é bem compreendida. Por serem doenças crônicas e progressivas, são necessários mais estudos para explicar melhor o seu comportamento para que haja medidas eficazes de profilaxia e tratamento dos pacientes acometidos
Repercussões da pandemia da covid-19 nos pacientes em tratamento oncológico: uma revisão de literatura
Está bem estabelecido que pacientes oncológicos são mais suscetíveis à infecção do que indivíduos saudáveis, uma vez que tanto a malignidade quanto a terapia antineoplásica resultam em um estado imunossupressor aos agentes infeciosos. Além disso, estudos recentes mostraram que o risco de desenvolver eventos graves em caso de COVID-19 é significativamente maior entre esses pacientes. Associado a isso, a pandemia do novo coronavírus esconde ameaças sutis como o efeito de distração, ou seja, desviar toda a atenção para a COVID-19 e negligenciar a prática clínica diária pode ter implicações substancialmente negativas, especialmente para os pacientes em tratamento contra câncer. Elucidar as repercussões da pandemia pelo SARS-CoV-2 em pacientes em tratamento oncológico. Trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo integrativa de caráter observacional retrospectivo com abordagem qualitativa, realizada por meio da pesquisa de artigos científicos, nas bases de dados BVS e SciELO. Para isso, associaram-se os operadores booleanos com os descritores selecionados por meio da base Descritores em Ciência da Saúde (DeCS), sendo eles: “neoplasias”, “oncologia”, “infecções por coronavirus” e “SARS-CoV-2”. Incluíram-se artigos disponíveis na íntegra, publicados no último ano e nos idiomas inglês e português. Selecionaram-se treze artigos para análise de dados concomitantes com os objetivos da pesquisa. Apesar da orientação para que haja o postergamento da quimioterapia adjuvante e de cirurgias eletivas para cânceres menos agressivos durante a atual situação de enfrentamento da COVID-19, é bem consolidado na literatura moderna que atrasar as cirurgias oncológicas pode levar à progressão da doença e a piores prognósticos. O mesmo vale para regimes de quimioterapia adjuvante ou neoadjuvante administrados em momento não adequado. Dessa maneira, evidencia-se que pacientes com doença avançada e sem sintomas sugestivos de COVID-19 deveriam continuar recebendo quimioterapia ou radioterapia planejadas, sem atrasos desnecessários. É valido ressaltar, ainda, que a incapacidade de oferecer tratamento paliativo para pacientes que não conseguem sair de casa e o manejo dos efeitos colaterais do tratamento são outras preocupações importantes de uma quarentena forçada e que devem ser discutidas pelos médicos responsáveis. Diante desse cenário, resultados de estudos europeus garantem que qualquer adiamento desses procedimentos terapêuticos ou de rastreamento deve ser evitado e que os pacientes devem ser aconselhados a manter seus compromissos, se os procedimentos foram viáveis e seguros. Portanto, a necessidade de qualquer procedimento intervencionista deve ser ponderada, devido ao aumento dos riscos durante uma pandemia, e individualizada, afim de verificar a urgência do procedimento e os efeitos de um possível adiamento
Comparative analysis between cytomorphology and flow cytometry methods in central nervous system infiltration assessment in oncohematological patients
ABSTRACT: Introduction: Oncohematological patients require the evaluation for possible infiltration of the central nervous system (CNS) by neoplastic cells at diagnosis and/or during the monitoring of the chemotherapeutic treatment. Morphological analysis using conventional microscopy is considered the method of choice to evaluate the cerebrospinal fluid (CSF) samples, despite technical limitations. Objective: This study aimed to compare the performance of the cytomorphology and flow cytometric immunophenotyping (FC) in the detection of CNS infiltration. Method: We evaluated 520 CSF samples collected from 287 oncohematological patients for whom the detection of neoplastic cells was simultaneously requested by cytomorphology and FC. Results: Laboratory analyses revealed 435/520 (83.7%) conclusive results by the two methods evaluated, among which 385 (88.5%) were concordant. Discordance between the methods was observed in 50/435 (11.5%) samples, 45 (90%) being positive by FC. Furthermore, the FC defined the results in 69/72 (95.8%) inconclusive samples by cytomorphology. The positivity of FC was particularly higher among hypocellular samples. Among 431 samples with a cell count of < 5/μL, the FC identified neoplastic cells in 75 (17.4%), while the cytomorphology reported positive results in 26 (6%). Among the samples that presented adequate cell recovery for evaluation by both methods (506/520), the comparative analysis between FC and cytomorphology revealed a Kappa coefficient of 0.45 (CI: 0.37–0.52), interpreted as a moderate agreement. Conclusion: The data showed that the CSF analysis by FC helps in the definition of CNS infiltration by neoplastic cells, particularly in the cases with dubious morphological analysis or in the evaluation of samples with low cellularity