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    PERFIL DE PORTADORES DE TUBERCULOSE NO CMS DE RIO DAS OSTRAS: SUBSIDIOS PARA O CUIDAR EM ENFERMAGEM

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    INTRODUÇÃO A presente pesquisa, inserida no Núcleo de Pesquisa em Educação e Gerência de Enfermagem (NUPEGENF) da Universidade Federal Fluminense (UFF), consiste no recorte da pesquisa intitulada “ESTRATÉGIAS TEÓRICO-OPERACIONAIS PARA O CONTROLE DA CO-INFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV: TECNOLOGIAS DE AÇÃO NAS ESCOLAS E SERVIÇOS DE SAÚDE DA REGIÃO LITORÂNEA II”, coordenado pela Profª Drª Claudia de Carvalho Dantas, a qual teve por objeto de investigação o perfil de portadores de Tuberculose em acompanhamento em um Centro Municipal de Saúde do município de Rio das Ostras – Rio de Janeiro. Justifica-se a escolha deste objeto tendo em vista a escassez de literatura sobre a temática em questão, em especial no município de Rio das Ostras, outrossim pela oportunidade de conhecimento do perfil da clientela atendida e, desta forma, suscitar reflexões acerca de estratégias para a melhoria da qualidade da assistência para a clientela em questão. Outra justificativa reside nos altos índices da tuberculose ainda presentes na população brasileira. Segundo o Ministério da Saúde (2010) o Brasil ocupa o 18º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo. Vale destacar que as metas internacionais estabelecidas pela OMS e pactuadas pelo governo brasileiro são de descobrir 70% dos casos de tuberculose estimados e curá-los em 85% (BRASIL, 2010). No tocante ao cenário internacional, tuberculose foi incluída entre as prioridades da Organização Mundial de Saúde e, entre as metas do milênio, está a reduzir à metade a incidência e a mortalidade por tuberculose até 2015 e, como meta de longo prazo, eliminar a TB como problema de saúde pública até o ano 2050 (WHO, 2010). OBJETIVO Apresentar o perfil dos portadores de Tuberculose em acompanhamento ambulatorial no Centro Municipal de Saúde do Município de Rio das Ostras. METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa em andamento, de abordagem quantitativa, de natureza descritivo-exploratória. O cenário e a fonte de coleta de dados são os prontuários de pacientes em acompanhamento no programa de Tuberculose no referido Centro de Saúde. Os dados estão sendo coletados desde o primeiro semestre de 2010, através de formulários semi-estruturados. Os instrumentos coletados foram submetidos a sucessivas leituras e analisados de acordo com o processo de categorização e estatística simples. Vale ressaltar, que tendo em vista as questões ético-legais, o presente projeto encaminhado e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina/Hospital Universitário Antônio Pedro sob Protocolo nº 299/09. RESULTADOS Até o presente momento foram analisados quarenta prontuários dos quais emergiram três categorias: o perfil social dos portadores de TB de RO em acompanhamento ambulatorial, o perfil demográfico dos portadores de TB de RO em acompanhamento ambulatorial e o perfil laboratorial  dos portadores de TB de RO em acompanhamento ambulatorial. No perfil social predominam pacientes solteiros, não tabagistas e por falta de registros nos prontuários não se pode identificar outros itens sociais, tais como: etilismo, renda familiar, total de pessoas residentes no domicilio. Verificou-se que nove pacientes concluíram o Ensino Fundamental, quatro pacientes com o Ensino Fundamental incompleto, cinco pacientes com o Ensino Médio completo e três pacientes com o Ensino Médio incompleto. No que tange ao perfil demográfico houve predominância do sexo masculino, cor branca, vinte e cinco pacientes naturais do Estado do Rio de Janeiro, três pacientes naturais de Minas Gerais, dois do Espírito Santo, um da Bahia, um de Pernambuco e um paciente natural do Rio Grande do Sul. Quanto a idade, predominou a faixa de 20 a 40 anos. Em relação ao perfil laboratorial, foi identificado a solicitação de quatro exames: Raio-X de Tórax, com vinte e oito pacientes suspeitos, Teste Tuberculínico, com doze pacientes apresentando reator forte, Baciloscopia de Escarro com vinte e sete pacientes com resultado positivo e AntiHIV, onde os quarenta prontuários analisados obtiveram resultado não reativo. DISCUSSÕES: A meta do PNCT prevê que 1% da população do Município seja investigada através da baciloscopia direta de escarro (BRASIL, 2002). No CMS de RO trinta e três realizaram, sendo 27 pacientes com resultado positivo. A prevalência foi maior no sexo masculino o que condiz com panorama do Ministério da Saúde quanto ao sexo onde a tuberculose acomete mais os homens. A incidência entre o sexo masculino (cerca de 50 por 100 mil habitantes) é o dobro das mulheres. É importante destacar que, apesar de não ter sido encontrado paciente com co-infecção para o HIV, a incidência nos portadores de HIV é 30 vezes maior do que a taxa nacional.A baixa escolaridade também foi observada em estudo realizado na Espanha, entre detentos, onde 53,8% não obtiveram conclusão da educação primária (MARTIN; ALVAREZ; CAYLA, 2005). No estudo realizado em Pelotas, dos 152 infectados, 132 eram alfabetizados (COSTA et al, 1998); em outro estudo, na cidade de Piripiri, no Piauí, 68,4% dos pacientes eram analfabetos (MASCARENHAS, ARAÚJO; GOMES, 2005). Quanto a variável idade em rio das ostras os casos de tuberculose analisados apareceram entre 20 a 40 anos. não havendo diferenças significativas entre as faixas etárias. No Brasil, observou-se maior incidência no grupo etário com mais de 30 anos, com 91-97/100.000 habitantes em 1991, e 84-89/100.000 habitantes no ano de 1996 (CHAIMOWICZ, 2001). Em estudo realizado em Brasília, Distrito Federal, no período de 1985 a 1992, totalizando 2990 pacientes com tuberculose, 549 deles tinham mais de 50 anos de idade (KUSANO, 1995). Foi realizada uma progressão para os próximos 50 anos, prevendo que a tuberculose terá aumento entre os idosos, e que seus índices passariam de 5 para 14 % no cenário nacional (BRAGA et al, 2005; WHO (2004). CONCLUSÃO Com base na análise dos dados, conclui-se que o perfil de pacientes em atendimento no Centro Municipal de Rio das Ostras encontra-se dentro das especificidades quando comparado ao perfil da patologia no cenário nacional. Cabe ressaltar que possíveis limitações, no tocante a especificidades do perfil encontrado, atribue-se a dificuldade do registro de informações buscadas nos prontuários apreciados. Cabe a enfermagem buscar estratégias para sensibilização da equipe de saúde quanto ao registro completo da assistência prestada ao paciente nos prontuários. Desta forma será possível a utilização do prontuário como documento legal, como fonte de pesquisa e base para auditoria em saúde, outrossim reflexões sobre a qualidade da assistência prestada visando a melhoria dos serviços e investimentos na saúde da população atendida. Como estratégias para o atendimento da população investigada, conforme perfil emergido da análise dos prontuários estão a construção de material didático para ser entregue a população, quando das consultas de enfermagem, durante período de tratamento e salas de espera visando a educação em saúde conforme faixa etária e nível de escolaridade encontrado. REFERENCIAS BRAGA, EC et al. Tuberculosis, reemerging pathology: Incidence and associated factors. Rev Soc Bra Clin Med, São Paulo, n2, v1, p.1-5, 2005. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual técnico para o controle da tuberculose. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_basica.pdf. Acesso em: 01 ago 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT). Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=31101.  Acesso em: 01 ago. 2010. CHAIMOWICZ, F. Age transition of tuberculosis incidence and mortality in Brazil. Rev Saude Publica, São Paulo, n 35, v1, p.81-7, 2001. COSTA, JSD et al. Controle Epidemiológico da Tuberculose na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil: adesão ao tratamento. Cad Saúde Pública, São Paulo, n14, v2, p. 409-15, 1998. KUSANO, MSE. Estudo comparativo entre tuberculosos não infectados e infectados pelo HIV, no Distrito Federal. Rev Bras Enferm, Rio de Janeiro, n19, v1, p41-54, 1995. MARTIN,  S.V; ALVAREZ, GF; CAYLA, JA. Predictive factors of Mycobacterium tuberculosis infection and pulmonary tuberculosis in prisoners. Int J Epidemiol, sineloco, n24, v3, p630-637, 2005. MASCARENHAS, MDM; ARAÚJO, LM; GOMES, KRO. Perfil epidemiológico da tuberculose entre casos notificados no Município de Piripiri, Estado do Piauí, Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Piauí, n14, v1, p. 7-14, 2005. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). A world free off TB. Disponível em: http://www.who.int/tb/en/index.html. Acesso em: 01 aug. 2010. WORLD HEALTH ORGANIZATION (who). Global tuberculosis control - surveillance, planning, financing. Geneva: WHO; 2004.

    PERFIL DE PORTADORES DE TUBERCULOSE NO CMS DE RIO DAS OSTRAS: SUBSIDIOS PARA O CUIDAR EM ENFERMAGEM

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    INTRODUÇÃOA presente pesquisa, inserida no Núcleo de Pesquisa em Educação e Gerência de Enfermagem (NUPEGENF) da Universidade Federal Fluminense (UFF), consiste no recorte da pesquisa intitulada “ESTRATÉGIAS TEÓRICO-OPERACIONAIS PARA O CONTROLE DA CO-INFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV: TECNOLOGIAS DE AÇÃO NAS ESCOLAS E SERVIÇOS DE SAÚDE DA REGIÃO LITORÂNEA II”, coordenado pela Profª Drª Claudia de Carvalho Dantas, a qual teve por objeto de investigação o perfil de portadores de Tuberculose em acompanhamento em um Centro Municipal de Saúde do município de Rio das Ostras – Rio de Janeiro. Justifica-se a escolha deste objeto tendo em vista a escassez de literatura sobre a temática em questão, em especial no município de Rio das Ostras, outrossim pela oportunidade de conhecimento do perfil da clientela atendida e, desta forma, suscitar reflexões acerca de estratégias para a melhoria da qualidade da assistência para a clientela em questão. Outra justificativa reside nos altos índices da tuberculose ainda presentes na população brasileira. Segundo o Ministério da Saúde (2010) o Brasil ocupa o 18º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo. Vale destacar que as metas internacionais estabelecidas pela OMS e pactuadas pelo governo brasileiro são de descobrir 70% dos casos de tuberculose estimados e curá-los em 85% (BRASIL, 2010). No tocante ao cenário internacional, tuberculose foi incluída entre as prioridades da Organização Mundial de Saúde e, entre as metas do milênio, está a reduzir à metade a incidência e a mortalidade por tuberculose até 2015 e, como meta de longo prazo, eliminar a TB como problema de saúde pública até o ano 2050 (WHO, 2010).OBJETIVOApresentar o perfil dos portadores de Tuberculose em acompanhamento ambulatorial no Centro Municipal de Saúde do Município de Rio das Ostras.METODOLOGIATrata-se de uma pesquisa em andamento, de abordagem quantitativa, de natureza descritivo-exploratória. O cenário e a fonte de coleta de dados são os prontuários de pacientes em acompanhamento no programa de Tuberculose no referido Centro de Saúde. Os dados estão sendo coletados desde o primeiro semestre de 2010, através de formulários semi-estruturados. Os instrumentos coletados foram submetidos a sucessivas leituras e analisados de acordo com o processo de categorização e estatística simples. Vale ressaltar, que tendo em vista as questões ético-legais, o presente projeto encaminhado e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina/Hospital Universitário Antônio Pedro sob Protocolo nº 299/09.RESULTADOSAté o presente momento foram analisados quarenta prontuários dos quais emergiram três categorias: o perfil social dos portadores de TB de RO em acompanhamento ambulatorial, o perfil demográfico dos portadores de TB de RO em acompanhamento ambulatorial e o perfil laboratorial  dos portadores de TB de RO em acompanhamento ambulatorial. No perfil social predominam pacientes solteiros, não tabagistas e por falta de registros nos prontuários não se pode identificar outros itens sociais, tais como: etilismo, renda familiar, total de pessoas residentes no domicilio. Verificou-se que nove pacientes concluíram o Ensino Fundamental, quatro pacientes com o Ensino Fundamental incompleto, cinco pacientes com o Ensino Médio completo e três pacientes com o Ensino Médio incompleto. No que tange ao perfil demográfico houve predominância do sexo masculino, cor branca, vinte e cinco pacientes naturais do Estado do Rio de Janeiro, três pacientes naturais de Minas Gerais, dois do Espírito Santo, um da Bahia, um de Pernambuco e um paciente natural do Rio Grande do Sul. Quanto a idade, predominou a faixa de 20 a 40 anos. Em relação ao perfil laboratorial, foi identificado a solicitação de quatro exames: Raio-X de Tórax, com vinte e oito pacientes suspeitos, Teste Tuberculínico, com doze pacientes apresentando reator forte, Baciloscopia de Escarro com vinte e sete pacientes com resultado positivo e AntiHIV, onde os quarenta prontuários analisados obtiveram resultado não reativo.DISCUSSÕES: A meta do PNCT prevê que 1% da população do Município seja investigada através da baciloscopia direta de escarro (BRASIL, 2002). No CMS de RO trinta e três realizaram, sendo 27 pacientes com resultado positivo. A prevalência foi maior no sexo masculino o que condiz com panorama do Ministério da Saúde quanto ao sexo onde a tuberculose acomete mais os homens. A incidência entre o sexo masculino (cerca de 50 por 100 mil habitantes) é o dobro das mulheres. É importante destacar que, apesar de não ter sido encontrado paciente com co-infecção para o HIV, a incidência nos portadores de HIV é 30 vezes maior do que a taxa nacional.A baixa escolaridade também foi observada em estudo realizado na Espanha, entre detentos, onde 53,8% não obtiveram conclusão da educação primária (MARTIN; ALVAREZ; CAYLA, 2005). No estudo realizado em Pelotas, dos 152 infectados, 132 eram alfabetizados (COSTA et al, 1998); em outro estudo, na cidade de Piripiri, no Piauí, 68,4% dos pacientes eram analfabetos (MASCARENHAS, ARAÚJO; GOMES, 2005). Quanto a variável idade em rio das ostras os casos de tuberculose analisados apareceram entre 20 a 40 anos. não havendo diferenças significativas entre as faixas etárias. No Brasil, observou-se maior incidência no grupo etário com mais de 30 anos, com 91-97/100.000 habitantes em 1991, e 84-89/100.000 habitantes no ano de 1996 (CHAIMOWICZ, 2001). Em estudo realizado em Brasília, Distrito Federal, no período de 1985 a 1992, totalizando 2990 pacientes com tuberculose, 549 deles tinham mais de 50 anos de idade (KUSANO, 1995). Foi realizada uma progressão para os próximos 50 anos, prevendo que a tuberculose terá aumento entre os idosos, e que seus índices passariam de 5 para 14 % no cenário nacional (BRAGA et al, 2005; WHO (2004). CONCLUSÃOCom base na análise dos dados, conclui-se que o perfil de pacientes em atendimento no Centro Municipal de Rio das Ostras encontra-se dentro das especificidades quando comparado ao perfil da patologia no cenário nacional. Cabe ressaltar que possíveis limitações, no tocante a especificidades do perfil encontrado, atribue-se a dificuldade do registro de informações buscadas nos prontuários apreciados. Cabe a enfermagem buscar estratégias para sensibilização da equipe de saúde quanto ao registro completo da assistência prestada ao paciente nos prontuários. Desta forma será possível a utilização do prontuário como documento legal, como fonte de pesquisa e base para auditoria em saúde, outrossim reflexões sobre a qualidade da assistência prestada visando a melhoria dos serviços e investimentos na saúde da população atendida. Como estratégias para o atendimento da população investigada, conforme perfil emergido da análise dos prontuários estão a construção de material didático para ser entregue a população, quando das consultas de enfermagem, durante período de tratamento e salas de espera visando a educação em saúde conforme faixa etária e nível de escolaridade encontrado.REFERENCIASBRAGA, EC et al. Tuberculosis, reemerging pathology: Incidence and associated factors. Rev Soc Bra Clin Med, São Paulo, n2, v1, p.1-5, 2005. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual técnico para o controle da tuberculose. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_basica.pdf. Acesso em: 01 ago 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT). Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=31101.  Acesso em: 01 ago. 2010.CHAIMOWICZ, F. Age transition of tuberculosis incidence and mortality in Brazil. Rev Saude Publica, São Paulo, n 35, v1, p.81-7, 2001.COSTA, JSD et al. Controle Epidemiológico da Tuberculose na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil: adesão ao tratamento. Cad Saúde Pública, São Paulo, n14, v2, p. 409-15, 1998. KUSANO, MSE. Estudo comparativo entre tuberculosos não infectados e infectados pelo HIV, no Distrito Federal. Rev Bras Enferm, Rio de Janeiro, n19, v1, p41-54, 1995. MARTIN,  S.V; ALVAREZ, GF; CAYLA, JA. Predictive factors of Mycobacterium tuberculosis infection and pulmonary tuberculosis in prisoners. Int J Epidemiol, sineloco, n24, v3, p630-637, 2005.MASCARENHAS, MDM; ARAÚJO, LM; GOMES, KRO. Perfil epidemiológico da tuberculose entre casos notificados no Município de Piripiri, Estado do Piauí, Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Piauí, n14, v1, p. 7-14, 2005.WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). A world free off TB. Disponível em: http://www.who.int/tb/en/index.html. Acesso em: 01 aug. 2010.WORLD HEALTH ORGANIZATION (who). Global tuberculosis control - surveillance, planning, financing. Geneva: WHO; 2004.

    Métodos e técnicas de ensino utilizados por docentes de enfermagem do ensino superior

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    MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO UTLIZADOS POR DOCENTE DE ENFERMAGEM DO ENSINO SUPERIOR   Juliane de Andrade Rocha Kênia Silva Pereira Fabiana Divina de Brito Amorim Mônica Vanessa Miguel de Andrade Claudia de Carvalho Dantas (orientadora) CNPq/PIBIC e Universidade Federal Fluminense   Descritores: Enfermagem; Gerência; Educação   INTRODUÇÃO A presente pesquisa, inserida no Núcleo de Pesquisa em Educação e Gerência de Enfermagem (NUPEGENF) da Universidade Federal Fluminense (UFF), consiste no recorte da pesquisa intitulada “A GERÊNCIA DOCENTE EM SALA DE AULA: DISCUTINDO AS TECNICAS E TECNOLOGIAS UTILIZADAS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM”, coordenado pela Profª Drª Claudia de Carvalho Dantas, a qual teve por objeto de investigação as técnicas utilizadas pelo corpo docente do curso de graduação de uma universidade pública federal. O interesse em perquirir tal objeto decorre de observações críticas sobre comentários do corpo discente, onde alguns referem ser um professor mais qualificado do que o outro no tocante a facilidade de assimilação de assuntos ministrados. Justifica-se a realização dessa pesquisa tendo em vista a escassez de literatura sobre o tema em questão, em especial no tocante às publicações de enfermagem, outrossim a possibilidade de conhecer as técnicas de ensino utilizadas por professores no tocante ao processo de ensino-aprendizagem. OBJETIVO Conhecer e analisar as técnicas de ensino utilizadas pelo corpo docente do curso de graduação em enfermagem de uma universidade publica federal. METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa em andamento, de abordagem qualitativa, de natureza descritivo-exploratória. Os sujeitos/cenário foram docentes do curso de graduação em enfermagem do Polo Universitário de Rio das Ostras da Universidade Federal Fluminense. Os dados estão sendo coletados desde o segundo semestre de 2009, através de entrevista semi-estruturada, gravada em sistema digital por Moving Picture Experts Group (MPEG). Vale ressaltar que, atendendo as questões ético-legais da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de saúde, foi fornecido aos participantes da pesquisa um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido como forma de adquirir respaldo para utilização dos depoimentos no âmbito científico, bem como resguardar, dentre outros, o sigilo e o anonimato dos sujeitos participantes. A pesquisa foi aprovada no Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina/Hospital Universitário Antônio Pedro sob protocolo nº 300/09. As entrevistas coletadas foram prontamente transcritas e submetidas a sucessivas leituras e analisadas de acordo com o processo de categorização. RESULTADOS Foram realizadas 10 entrevistas, das quais emergiram duas categorias: Métodos e Técnicas Didáticas Interativas e Métodos e Técnicas Didáticas Individuais. No tocante aos métodos e técnicas didáticas interativas foram citados: debate, estudo em grupo, seminário e dramatização. No tocante ao individual foram apontados o estudo de caso, a aula expositiva e a leitura dirigida. Um ponto a se destacar é que alguns professores citaram recursos de ensino (datashow, fotos, filme, retroprojetor) como técnicas de ensino. DISCUSSÕES: As estratégias de ensino se articulam em torno de técnicas de ensino que, segundo Anastasiou e Alves (2004) podem ser compreendidas como o conjunto de processo de uma arte, jeito ou habilidade de executar algo. A aprendizagem ocorre quando o aluno participa ativamente do processo de reconstrução do conhecimento, aplicando seus esquemas operatórios de pensamento aos conteúdos estudados. Por isso a aprendizagem supõe atividade mental, pois aprender é agir e operar mentalmente, é pensar, refletir (HERNANDES, 2000). É importante destacar que o docente deve primar pela busca ativa na atualização de seus conhecimentos didáticos, em especial dos métodos e técnicas de ensino de modo a promover a eficácia do processo de ensino. Dentre as técnicas e métodos disponíveis, segundo Gil (2005), Ramsden (2000) e Scarpato (2004) são possibilidades de métodos e técnicas didáticas interativas: Discussão, Debate, Estudo em Grupo, Diálogo, Simpósio, Painel, Phillipps 66 ou 22, Mesa Redonda, Fórum, Seminário, Apresentação de Soluções, Dramatização, Comissão e a Entrevista. No tocante a individual, os referidos autores citam: Aulas práticas de laboratório, Aulas práticas de oficina, Aulas práticas de campo-estudo do meio, Trabalho Individual, Demonstração de Teorias, Aulas Expositiva, Argüição, Leitura Dirigida, Solução de Problemas, Estudo de Casos, Pesquisa, Estudo/Tarefa Dirigida. As possibilidades de uso de A escolha mais adequada reside no auxilio ao aluno a incorporar os novos conhecimentos de forma ativa, compreensiva e construtiva. De acordo com HAIDT (2002) para que a aprendizagem se torne mais efetiva, é preciso substituir, nas aulas, as tarefas mecânicas que apelam para a repetição e a memorização, por tarefas que exijam dos alunos a execução de operações mentais. Neste contexto, tendo em vista a realidade investigada verificou-se que os docentes se utilizam de técnicas as quais possibilitam o despertar do aluno para a para uma aprendizagem mais efetiva. Entretanto, destaca-se que as mais utilizadas são as de caráter individual em detrimento das interativas. Apesar da escolha das técnicas serem realizadas de acordo com as especificidades quanto a natureza do aluno, conteúdo, infra-estrutura, as técnicas que possibilitam a interação e troca mutua de conhecimentos são destacadas como uma das mais eficazes para o processo de ensino no despertar para construção do conhecimento e aplicação do mesmo na sociedade que se encontra (SILVA et al, 2007). CONCLUSÃO Conclui-se que os docentes investigados, no tocante ao desenvolvimento de suas aulas, se utilizam dos métodos e técnicas de caráter individualizante, com destaque para a aula expositiva. O enfermeiro e qualquer outro profissional que atue na docência deve conhecer o universo da didática, se apropriando dos métodos e técnicas de ensino e aplicá-los em sua realidade. Normalmente o docente apenas se utiliza da aula expositiva e deixa de utilizar outros meios que talvez fossem mais apropriados para trabalhar o conteúdos de suas disciplinas. Sugere-se a realização de estudos acerca da percepção discente no tocante a eficácia das práticas pedagógicas utilizadas pelo corpo docente para suscitar reflexões que otimizem os processos educativos. REFERENCIAS ANASTASIOU, LGC; ALVES, LP  (orgs.). Processos de Ensinagem na Universidade: Pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. Joinville: Univille, 2004. HAIDT, RCC.  Curso de Didática Geral. Rio de Janeiro: Ática, 2002. HERNANDES, F. et al. Aprendendo com as inovações nas Escolas. Porto Alegre: Artmed, 2000. LUCKESI, C. Avaliação e Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995 SILVA, ADR et al. Técnicas e métodos de ensino. Uberaba: LGT, 2007. GIL, Antonio Carlos. Metodologia do ensino superior. 3ª ed. São Paul Atlas, 2005. RAMSDEN, P. Learning to teach in higher education. New York: Palmer, 2000. SCARPATO, Marta. Os procedimentos de ensino fazem a aula acontecer. São Paulo: Avercamp, 2004.  

    Métodos e técnicas de ensino utilizados por docentes de enfermagem do ensino superior

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    MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO UTLIZADOS POR DOCENTE DE ENFERMAGEM DO ENSINO SUPERIOR Juliane de Andrade RochaKênia Silva PereiraFabiana Divina de Brito AmorimMônica Vanessa Miguel de AndradeClaudia de Carvalho Dantas (orientadora)CNPq/PIBIC e Universidade Federal Fluminense Descritores: Enfermagem; Gerência; Educação INTRODUÇÃOA presente pesquisa, inserida no Núcleo de Pesquisa em Educação e Gerência de Enfermagem (NUPEGENF) da Universidade Federal Fluminense (UFF), consiste no recorte da pesquisa intitulada “A GERÊNCIA DOCENTE EM SALA DE AULA: DISCUTINDO AS TECNICAS E TECNOLOGIAS UTILIZADAS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM”, coordenado pela Profª Drª Claudia de Carvalho Dantas, a qual teve por objeto de investigação as técnicas utilizadas pelo corpo docente do curso de graduação de uma universidade pública federal. O interesse em perquirir tal objeto decorre de observações críticas sobre comentários do corpo discente, onde alguns referem ser um professor mais qualificado do que o outro no tocante a facilidade de assimilação de assuntos ministrados. Justifica-se a realização dessa pesquisa tendo em vista a escassez de literatura sobre o tema em questão, em especial no tocante às publicações de enfermagem, outrossim a possibilidade de conhecer as técnicas de ensino utilizadas por professores no tocante ao processo de ensino-aprendizagem. OBJETIVOConhecer e analisar as técnicas de ensino utilizadas pelo corpo docente do curso de graduação em enfermagem de uma universidade publica federal.METODOLOGIATrata-se de uma pesquisa em andamento, de abordagem qualitativa, de natureza descritivo-exploratória. Os sujeitos/cenário foram docentes do curso de graduação em enfermagem do Polo Universitário de Rio das Ostras da Universidade Federal Fluminense. Os dados estão sendo coletados desde o segundo semestre de 2009, através de entrevista semi-estruturada, gravada em sistema digital por Moving Picture Experts Group (MPEG). Vale ressaltar que, atendendo as questões ético-legais da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de saúde, foi fornecido aos participantes da pesquisa um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido como forma de adquirir respaldo para utilização dos depoimentos no âmbito científico, bem como resguardar, dentre outros, o sigilo e o anonimato dos sujeitos participantes. A pesquisa foi aprovada no Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina/Hospital Universitário Antônio Pedro sob protocolo nº 300/09. As entrevistas coletadas foram prontamente transcritas e submetidas a sucessivas leituras e analisadas de acordo com o processo de categorização. RESULTADOSForam realizadas 10 entrevistas, das quais emergiram duas categorias: Métodos e Técnicas Didáticas Interativas e Métodos e Técnicas Didáticas Individuais. No tocante aos métodos e técnicas didáticas interativas foram citados: debate, estudo em grupo, seminário e dramatização. No tocante ao individual foram apontados o estudo de caso, a aula expositiva e a leitura dirigida. Um ponto a se destacar é que alguns professores citaram recursos de ensino (datashow, fotos, filme, retroprojetor) como técnicas de ensino.DISCUSSÕES:As estratégias de ensino se articulam em torno de técnicas de ensino que, segundo Anastasiou e Alves (2004) podem ser compreendidas como o conjunto de processo de uma arte, jeito ou habilidade de executar algo. A aprendizagem ocorre quando o aluno participa ativamente do processo de reconstrução do conhecimento, aplicando seus esquemas operatórios de pensamento aos conteúdos estudados. Por isso a aprendizagem supõe atividade mental, pois aprender é agir e operar mentalmente, é pensar, refletir (HERNANDES, 2000). É importante destacar que o docente deve primar pela busca ativa na atualização de seus conhecimentos didáticos, em especial dos métodos e técnicas de ensino de modo a promover a eficácia do processo de ensino. Dentre as técnicas e métodos disponíveis, segundo Gil (2005), Ramsden (2000) e Scarpato (2004) são possibilidades de métodos e técnicas didáticas interativas: Discussão, Debate, Estudo em Grupo, Diálogo, Simpósio, Painel, Phillipps 66 ou 22, Mesa Redonda, Fórum, Seminário, Apresentação de Soluções, Dramatização, Comissão e a Entrevista. No tocante a individual, os referidos autores citam: Aulas práticas de laboratório, Aulas práticas de oficina, Aulas práticas de campo-estudo do meio, Trabalho Individual, Demonstração de Teorias, Aulas Expositiva, Argüição, Leitura Dirigida, Solução de Problemas, Estudo de Casos, Pesquisa, Estudo/Tarefa Dirigida. As possibilidades de uso de A escolha mais adequada reside no auxilio ao aluno a incorporar os novos conhecimentos de forma ativa, compreensiva e construtiva. De acordo com HAIDT (2002) para que a aprendizagem se torne mais efetiva, é preciso substituir, nas aulas, as tarefas mecânicas que apelam para a repetição e a memorização, por tarefas que exijam dos alunos a execução de operações mentais. Neste contexto, tendo em vista a realidade investigada verificou-se que os docentes se utilizam de técnicas as quais possibilitam o despertar do aluno para a para uma aprendizagem mais efetiva. Entretanto, destaca-se que as mais utilizadas são as de caráter individual em detrimento das interativas. Apesar da escolha das técnicas serem realizadas de acordo com as especificidades quanto a natureza do aluno, conteúdo, infra-estrutura, as técnicas que possibilitam a interação e troca mutua de conhecimentos são destacadas como uma das mais eficazes para o processo de ensino no despertar para construção do conhecimento e aplicação do mesmo na sociedade que se encontra (SILVA et al, 2007). CONCLUSÃOConclui-se que os docentes investigados, no tocante ao desenvolvimento de suas aulas, se utilizam dos métodos e técnicas de caráter individualizante, com destaque para a aula expositiva. O enfermeiro e qualquer outro profissional que atue na docência deve conhecer o universo da didática, se apropriando dos métodos e técnicas de ensino e aplicá-los em sua realidade. Normalmente o docente apenas se utiliza da aula expositiva e deixa de utilizar outros meios que talvez fossem mais apropriados para trabalhar o conteúdos de suas disciplinas. Sugere-se a realização de estudos acerca da percepção discente no tocante a eficácia das práticas pedagógicas utilizadas pelo corpo docente para suscitar reflexões que otimizem os processos educativos.REFERENCIASANASTASIOU, LGC; ALVES, LP  (orgs.). Processos de Ensinagem na Universidade: Pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. Joinville: Univille, 2004. HAIDT, RCC.  Curso de Didática Geral. Rio de Janeiro: Ática, 2002.HERNANDES, F. et al. Aprendendo com as inovações nas Escolas. Porto Alegre: Artmed, 2000.LUCKESI, C. Avaliação e Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995 SILVA, ADR et al. Técnicas e métodos de ensino. Uberaba: LGT, 2007.GIL, Antonio Carlos. Metodologia do ensino superior. 3ª ed. São Paul Atlas, 2005.RAMSDEN, P. Learning to teach in higher education. New York: Palmer, 2000. SCARPATO, Marta. Os procedimentos de ensino fazem a aula acontecer. São Paulo: Avercamp, 2004. 

    Métodos e técnicas de ensino utilizados por docentes de enfermagem do ensino superior

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    MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO UTLIZADOS POR DOCENTE DE ENFERMAGEM DO ENSINO SUPERIOR Juliane de Andrade RochaKênia Silva PereiraFabiana Divina de Brito AmorimMônica Vanessa Miguel de AndradeClaudia de Carvalho Dantas (orientadora)CNPq/PIBIC e Universidade Federal Fluminense Descritores: Enfermagem; Gerência; Educação INTRODUÇÃOA presente pesquisa, inserida no Núcleo de Pesquisa em Educação e Gerência de Enfermagem (NUPEGENF) da Universidade Federal Fluminense (UFF), consiste no recorte da pesquisa intitulada “A GERÊNCIA DOCENTE EM SALA DE AULA: DISCUTINDO AS TECNICAS E TECNOLOGIAS UTILIZADAS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM”, coordenado pela Profª Drª Claudia de Carvalho Dantas, a qual teve por objeto de investigação as técnicas utilizadas pelo corpo docente do curso de graduação de uma universidade pública federal. O interesse em perquirir tal objeto decorre de observações críticas sobre comentários do corpo discente, onde alguns referem ser um professor mais qualificado do que o outro no tocante a facilidade de assimilação de assuntos ministrados. Justifica-se a realização dessa pesquisa tendo em vista a escassez de literatura sobre o tema em questão, em especial no tocante às publicações de enfermagem, outrossim a possibilidade de conhecer as técnicas de ensino utilizadas por professores no tocante ao processo de ensino-aprendizagem. OBJETIVOConhecer e analisar as técnicas de ensino utilizadas pelo corpo docente do curso de graduação em enfermagem de uma universidade publica federal.METODOLOGIATrata-se de uma pesquisa em andamento, de abordagem qualitativa, de natureza descritivo-exploratória. Os sujeitos/cenário foram docentes do curso de graduação em enfermagem do Polo Universitário de Rio das Ostras da Universidade Federal Fluminense. Os dados estão sendo coletados desde o segundo semestre de 2009, através de entrevista semi-estruturada, gravada em sistema digital por Moving Picture Experts Group (MPEG). Vale ressaltar que, atendendo as questões ético-legais da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de saúde, foi fornecido aos participantes da pesquisa um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido como forma de adquirir respaldo para utilização dos depoimentos no âmbito científico, bem como resguardar, dentre outros, o sigilo e o anonimato dos sujeitos participantes. A pesquisa foi aprovada no Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina/Hospital Universitário Antônio Pedro sob protocolo nº 300/09. As entrevistas coletadas foram prontamente transcritas e submetidas a sucessivas leituras e analisadas de acordo com o processo de categorização. RESULTADOSForam realizadas 10 entrevistas, das quais emergiram duas categorias: Métodos e Técnicas Didáticas Interativas e Métodos e Técnicas Didáticas Individuais. No tocante aos métodos e técnicas didáticas interativas foram citados: debate, estudo em grupo, seminário e dramatização. No tocante ao individual foram apontados o estudo de caso, a aula expositiva e a leitura dirigida. Um ponto a se destacar é que alguns professores citaram recursos de ensino (datashow, fotos, filme, retroprojetor) como técnicas de ensino.DISCUSSÕES:As estratégias de ensino se articulam em torno de técnicas de ensino que, segundo Anastasiou e Alves (2004) podem ser compreendidas como o conjunto de processo de uma arte, jeito ou habilidade de executar algo. A aprendizagem ocorre quando o aluno participa ativamente do processo de reconstrução do conhecimento, aplicando seus esquemas operatórios de pensamento aos conteúdos estudados. Por isso a aprendizagem supõe atividade mental, pois aprender é agir e operar mentalmente, é pensar, refletir (HERNANDES, 2000). É importante destacar que o docente deve primar pela busca ativa na atualização de seus conhecimentos didáticos, em especial dos métodos e técnicas de ensino de modo a promover a eficácia do processo de ensino. Dentre as técnicas e métodos disponíveis, segundo Gil (2005), Ramsden (2000) e Scarpato (2004) são possibilidades de métodos e técnicas didáticas interativas: Discussão, Debate, Estudo em Grupo, Diálogo, Simpósio, Painel, Phillipps 66 ou 22, Mesa Redonda, Fórum, Seminário, Apresentação de Soluções, Dramatização, Comissão e a Entrevista. No tocante a individual, os referidos autores citam: Aulas práticas de laboratório, Aulas práticas de oficina, Aulas práticas de campo-estudo do meio, Trabalho Individual, Demonstração de Teorias, Aulas Expositiva, Argüição, Leitura Dirigida, Solução de Problemas, Estudo de Casos, Pesquisa, Estudo/Tarefa Dirigida. As possibilidades de uso de A escolha mais adequada reside no auxilio ao aluno a incorporar os novos conhecimentos de forma ativa, compreensiva e construtiva. De acordo com HAIDT (2002) para que a aprendizagem se torne mais efetiva, é preciso substituir, nas aulas, as tarefas mecânicas que apelam para a repetição e a memorização, por tarefas que exijam dos alunos a execução de operações mentais. Neste contexto, tendo em vista a realidade investigada verificou-se que os docentes se utilizam de técnicas as quais possibilitam o despertar do aluno para a para uma aprendizagem mais efetiva. Entretanto, destaca-se que as mais utilizadas são as de caráter individual em detrimento das interativas. Apesar da escolha das técnicas serem realizadas de acordo com as especificidades quanto a natureza do aluno, conteúdo, infra-estrutura, as técnicas que possibilitam a interação e troca mutua de conhecimentos são destacadas como uma das mais eficazes para o processo de ensino no despertar para construção do conhecimento e aplicação do mesmo na sociedade que se encontra (SILVA et al, 2007). CONCLUSÃOConclui-se que os docentes investigados, no tocante ao desenvolvimento de suas aulas, se utilizam dos métodos e técnicas de caráter individualizante, com destaque para a aula expositiva. O enfermeiro e qualquer outro profissional que atue na docência deve conhecer o universo da didática, se apropriando dos métodos e técnicas de ensino e aplicá-los em sua realidade. Normalmente o docente apenas se utiliza da aula expositiva e deixa de utilizar outros meios que talvez fossem mais apropriados para trabalhar o conteúdos de suas disciplinas. Sugere-se a realização de estudos acerca da percepção discente no tocante a eficácia das práticas pedagógicas utilizadas pelo corpo docente para suscitar reflexões que otimizem os processos educativos.REFERENCIASANASTASIOU, LGC; ALVES, LP  (orgs.). Processos de Ensinagem na Universidade: Pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. Joinville: Univille, 2004. HAIDT, RCC.  Curso de Didática Geral. Rio de Janeiro: Ática, 2002.HERNANDES, F. et al. Aprendendo com as inovações nas Escolas. Porto Alegre: Artmed, 2000.LUCKESI, C. Avaliação e Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995 SILVA, ADR et al. Técnicas e métodos de ensino. Uberaba: LGT, 2007.GIL, Antonio Carlos. Metodologia do ensino superior. 3ª ed. São Paul Atlas, 2005.RAMSDEN, P. Learning to teach in higher education. New York: Palmer, 2000. SCARPATO, Marta. Os procedimentos de ensino fazem a aula acontecer. São Paulo: Avercamp, 2004. 

    Perfil de portadores de tuberculose no cms de rio das ostras: Subsidios para o cuidar em enfermagem

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    INTRODUÇÃOA presente pesquisa, inserida no Núcleo de Pesquisa em Educação e Gerência de Enfermagem (NUPEGENF) da Universidade Federal Fluminense (UFF), consiste no recorte da pesquisa intitulada “ESTRATÉGIAS TEÓRICO-OPERACIONAIS PARA O CONTROLE DA CO-INFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV: TECNOLOGIAS DE AÇÃO NAS ESCOLAS E SERVIÇOS DE SAÚDE DA REGIÃO LITORÂNEA II”, coordenado pela Profª Drª Claudia de Carvalho Dantas, a qual teve por objeto de investigação o perfil de portadores de Tuberculose em acompanhamento em um Centro Municipal de Saúde do município de Rio das Ostras – Rio de Janeiro. Justifica-se a escolha deste objeto tendo em vista a escassez de literatura sobre a temática em questão, em especial no município de Rio das Ostras, outrossim pela oportunidade de conhecimento do perfil da clientela atendida e, desta forma, suscitar reflexões acerca de estratégias para a melhoria da qualidade da assistência para a clientela em questão. Outra justificativa reside nos altos índices da tuberculose ainda presentes na população brasileira. Segundo o Ministério da Saúde (2010) o Brasil ocupa o 18º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo. Vale destacar que as metas internacionais estabelecidas pela OMS e pactuadas pelo governo brasileiro são de descobrir 70% dos casos de tuberculose estimados e curá-los em 85% (BRASIL, 2010). No tocante ao cenário internacional, tuberculose foi incluída entre as prioridades da Organização Mundial de Saúde e, entre as metas do milênio, está a reduzir à metade a incidência e a mortalidade por tuberculose até 2015 e, como meta de longo prazo, eliminar a TB como problema de saúde pública até o ano 2050 (WHO, 2010).OBJETIVOApresentar o perfil dos portadores de Tuberculose em acompanhamento ambulatorial no Centro Municipal de Saúde do Município de Rio das Ostras.METODOLOGIATrata-se de uma pesquisa em andamento, de abordagem quantitativa, de natureza descritivo-exploratória. O cenário e a fonte de coleta de dados são os prontuários de pacientes em acompanhamento no programa de Tuberculose no referido Centro de Saúde. Os dados estão sendo coletados desde o primeiro semestre de 2010, através de formulários semi-estruturados. Os instrumentos coletados foram submetidos a sucessivas leituras e analisados de acordo com o processo de categorização e estatística simples. Vale ressaltar, que tendo em vista as questões ético-legais, o presente projeto encaminhado e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina/Hospital Universitário Antônio Pedro sob Protocolo nº 299/09.RESULTADOSAté o presente momento foram analisados quarenta prontuários dos quais emergiram três categorias: o perfil social dos portadores de TB de RO em acompanhamento ambulatorial, o perfil demográfico dos portadores de TB de RO em acompanhamento ambulatorial e o perfil laboratorial  dos portadores de TB de RO em acompanhamento ambulatorial. No perfil social predominam pacientes solteiros, não tabagistas e por falta de registros nos prontuários não se pode identificar outros itens sociais, tais como: etilismo, renda familiar, total de pessoas residentes no domicilio. Verificou-se que nove pacientes concluíram o Ensino Fundamental, quatro pacientes com o Ensino Fundamental incompleto, cinco pacientes com o Ensino Médio completo e três pacientes com o Ensino Médio incompleto. No que tange ao perfil demográfico houve predominância do sexo masculino, cor branca, vinte e cinco pacientes naturais do Estado do Rio de Janeiro, três pacientes naturais de Minas Gerais, dois do Espírito Santo, um da Bahia, um de Pernambuco e um paciente natural do Rio Grande do Sul. Quanto a idade, predominou a faixa de 20 a 40 anos. Em relação ao perfil laboratorial, foi identificado a solicitação de quatro exames: Raio-X de Tórax, com vinte e oito pacientes suspeitos, Teste Tuberculínico, com doze pacientes apresentando reator forte, Baciloscopia de Escarro com vinte e sete pacientes com resultado positivo e AntiHIV, onde os quarenta prontuários analisados obtiveram resultado não reativo.DISCUSSÕES: A meta do PNCT prevê que 1% da população do Município seja investigada através da baciloscopia direta de escarro (BRASIL, 2002). No CMS de RO trinta e três realizaram, sendo 27 pacientes com resultado positivo. A prevalência foi maior no sexo masculino o que condiz com panorama do Ministério da Saúde quanto ao sexo onde a tuberculose acomete mais os homens. A incidência entre o sexo masculino (cerca de 50 por 100 mil habitantes) é o dobro das mulheres. É importante destacar que, apesar de não ter sido encontrado paciente com co-infecção para o HIV, a incidência nos portadores de HIV é 30 vezes maior do que a taxa nacional.A baixa escolaridade também foi observada em estudo realizado na Espanha, entre detentos, onde 53,8% não obtiveram conclusão da educação primária (MARTIN; ALVAREZ; CAYLA, 2005). No estudo realizado em Pelotas, dos 152 infectados, 132 eram alfabetizados (COSTA et al, 1998); em outro estudo, na cidade de Piripiri, no Piauí, 68,4% dos pacientes eram analfabetos (MASCARENHAS, ARAÚJO; GOMES, 2005). Quanto a variável idade em rio das ostras os casos de tuberculose analisados apareceram entre 20 a 40 anos. não havendo diferenças significativas entre as faixas etárias. No Brasil, observou-se maior incidência no grupo etário com mais de 30 anos, com 91-97/100.000 habitantes em 1991, e 84-89/100.000 habitantes no ano de 1996 (CHAIMOWICZ, 2001). Em estudo realizado em Brasília, Distrito Federal, no período de 1985 a 1992, totalizando 2990 pacientes com tuberculose, 549 deles tinham mais de 50 anos de idade (KUSANO, 1995). Foi realizada uma progressão para os próximos 50 anos, prevendo que a tuberculose terá aumento entre os idosos, e que seus índices passariam de 5 para 14 % no cenário nacional (BRAGA et al, 2005; WHO (2004). CONCLUSÃOCom base na análise dos dados, conclui-se que o perfil de pacientes em atendimento no Centro Municipal de Rio das Ostras encontra-se dentro das especificidades quando comparado ao perfil da patologia no cenário nacional. Cabe ressaltar que possíveis limitações, no tocante a especificidades do perfil encontrado, atribue-se a dificuldade do registro de informações buscadas nos prontuários apreciados. Cabe a enfermagem buscar estratégias para sensibilização da equipe de saúde quanto ao registro completo da assistência prestada ao paciente nos prontuários. Desta forma será possível a utilização do prontuário como documento legal, como fonte de pesquisa e base para auditoria em saúde, outrossim reflexões sobre a qualidade da assistência prestada visando a melhoria dos serviços e investimentos na saúde da população atendida. Como estratégias para o atendimento da população investigada, conforme perfil emergido da análise dos prontuários estão a construção de material didático para ser entregue a população, quando das consultas de enfermagem, durante período de tratamento e salas de espera visando a educação em saúde conforme faixa etária e nível de escolaridade encontrado.REFERENCIASBRAGA, EC et al. Tuberculosis, reemerging pathology: Incidence and associated factors. Rev Soc Bra Clin Med, São Paulo, n2, v1, p.1-5, 2005. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual técnico para o controle da tuberculose. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_basica.pdf. Acesso em: 01 ago 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT). Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=31101.  Acesso em: 01 ago. 2010.CHAIMOWICZ, F. Age transition of tuberculosis incidence and mortality in Brazil. Rev Saude Publica, São Paulo, n 35, v1, p.81-7, 2001.COSTA, JSD et al. Controle Epidemiológico da Tuberculose na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil: adesão ao tratamento. Cad Saúde Pública, São Paulo, n14, v2, p. 409-15, 1998. KUSANO, MSE. Estudo comparativo entre tuberculosos não infectados e infectados pelo HIV, no Distrito Federal. Rev Bras Enferm, Rio de Janeiro, n19, v1, p41-54, 1995. MARTIN,  S.V; ALVAREZ, GF; CAYLA, JA. Predictive factors of Mycobacterium tuberculosis infection and pulmonary tuberculosis in prisoners. Int J Epidemiol, sineloco, n24, v3, p630-637, 2005.MASCARENHAS, MDM; ARAÚJO, LM; GOMES, KRO. Perfil epidemiológico da tuberculose entre casos notificados no Município de Piripiri, Estado do Piauí, Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Piauí, n14, v1, p. 7-14, 2005.WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). A world free off TB. Disponível em: http://www.who.int/tb/en/index.html. Acesso em: 01 aug. 2010.WORLD HEALTH ORGANIZATION (who). Global tuberculosis control - surveillance, planning, financing. Geneva: WHO; 2004.
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