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    “Somos por que somos” : contribuições ancestrais para a psicologia

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    Este trabalho tem como objetivo discorrer acerca de possibilidades de modos de vida em coletividade, a partir de cosmovisões de alguns povos africanos e indígenas. Farei um diálogo entre visões que propõem que a colaboração entre as pessoas são apostas importantes para o bem viver em comunidade. De acordo com a filosofia Ubuntu, precisamos uns dos outros para otimizar nosso bem viver físico e mental. Ubuntu é conexão! Ubuntu como uma maneira de viver, uma possibilidade de existir junto com outras pessoas de forma não egoísta, uma existência comunitária antirracista e policêntrica. O intuito do trabalho é fomentar a discussão sobre outros caminhos possíveis de construção de uma agência, que de acordo com o filósofo estadunidense Molefi Kete Asante é a capacidade de dispor dos recursos psicológicos e culturais necessários para o avanço da liberdade humana. Quais são estes recursos? Quais são estes elementos que, na prática, dispomos de tecnologias ancestrais para organizarmos nossa vida, fazer a manutenção de relações, construir princípios éticos? De que forma os modos de vida, com base na coletividade contribuem para bem viver? Este trabalho não pretende responder objetivamente estas questões, mas busca colaborar no compartilhamento de mecanismos e movimentos de vida que são tão ricos, e que temos tanto a aprender e ensinar. Colaborar de certa forma para a ampliação dos saberes na prática da psicologia e a forma como ela pode ser pensada. Entendendo que ela não é estática e única, e que uma única via atribuída a todas as pessoas, poderiam promover uma despotencialização ao invés do inverso. Como é possível desconsiderar outros pontos de partida e concepções outras que não tem sintonia com as metodologias que estudamos
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