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    Práticas corporais dos índios Tremembé de Almofala

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    O trabalho faz uma abordagem da corporeidade dos índios Tremembé, município de Itarema-Ceará, identificando os tipos de práticas corporais que relacionam-se com a cultura indígena Tremembé, e o sentido do corpo nestas atividades. Discutindo características do grupo e práticas corporais que são apontadas por eles como definidores da identidade indígena (PEREIRA, 2010. p. 20). Pode-se observar através de gráficos, que a dança do Torém, “Ritual sagrado ou Brincadeira” (Oliveira Jr,1998) obteve 28% das respostas. As danças eram as técnicas corporais mais citadas, tendo um total de 23% das respostas. Esta pesquisa etnográfica foi realizada através de 6 pesquisas de campo, entrevistando oralmente 111 indígenas, nas localidades de Almofala, Varjota, Saquinho, Urubu, Camboa da Lama, Lameirão, Panã e Mangue Alto. Foram coletados aproximadamente 1800 fotos, 200 vídeos e 200 entrevistas orais, nos quais os entrevistados responderam perguntas acerca de suas práticas corporais e como as consideravam, assim como sobre seu corpo e a identidade indígena. Objetivou investigar as relações entre cultura e corpo, traçando um perfil da particularidade destas práticas, fazendo uma análise das que estão relacionadas com a cultura tradicional e as que foram inseridas através do contato com outras culturas. Proporcionando a estudos posteriores embasamento teórico e de pesquisa de campo, principalmente para estudos que envolvem a pesquisas de sociedades indígenas cearenses. Concluiu-se que a corporeidade é fruto de fatores que tentam revalorizar a tradição e de outros que fazem um processo de aculturação. Apontando como principais resultados a diferença entre o corpo dos índios e suas características identificadoras

    O ENSINO DE ANTROPOLOGIA NOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO MUNICÍPIO DE CANINDÉ - CEARÁ

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    Desde 1980, no Brasil, cresceu a importância das bases sociais e humanas na construção do conhecimento em Educação Física. Nesta perspectiva, o objetivo geral deste trabalho é analisar o ensino de Antropologia nos cursos de Licenciatura em Educação Física do município de Canindé, no Ceará. O desenvolvimento de etnografias sobre lazer, esporte e educação física, a problematização das relações entre natureza e cultura, gênero, etnia e raça, além do avanço sobre as noções de corpo compõem a agenda brasileira em torno do assunto. A metodologia aplicada nesta pesquisa deu-se a partir de revisões bibliográficas no campo da Antropologia e da Antropologia da Educação Física. Também, fizemos levantamentos documentais nas duas instituições que oferecem tal formação pedagógica, colhendo os projetos político pedagógicos dos cursos, ementário de disciplinas e materiais didáticos disponibilizados nas aulas. Foram realizadas, ainda, observações e entrevistas com alunos e professores. O reconhecimento da educação física, do esporte e do lazer como fenômenos culturais tem oferecido resistências à supremacia técnica e biologista dos currículos. Os seminários temáticos sobre autores e teorias que permeiam o campo antropológico das práticas corporais e a realização de eventos de extensão, com os educandos se envolvendo com os saberes tradicionais e comunitários do município estão entre as atividades mais valorativas. Contudo, o reduzido acervo bibliográfico disponibilizado sobre o assunto, a falta de recursos para realização de atividades extra sala de aula, a baixa carga horária das disciplinas articuladas ao tema e a formação antropológica deficitária dos professores universitários demonstram alguns problemas encontrados
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