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    Mercúrio total em músculo de cação Prionace glauca (Linnaeus, 1758) e de espadarte Xiphias gladius Linnaeus, 1758, na costa sul-sudeste do Brasil e suas implicações para a saúde pública Total mercury in muscle of the shark Prionace glauca (Linnaeus, 1758) and swordfish Xiphias gladius Linnaeus, 1758, from the South-Southeast coast of Brazil and the implications for public health

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    Foram analisadas as concentrações de mercúrio total (THg) em tecido muscular do tubarão azul Prionace glauca e do teleósteo Xiphias gladius, vulgarmente conhecido como espadarte, provenientes das regiões sul e sudeste da costa brasileira, para verificar se estas se encontram dentro dos padrões legais para consumo humano. As amostras foram obtidas utilizando-se o programa REVIZEE, de agosto a setembro de 2001, e por intermédio de uma empresa de pesca em Itajaí, Santa Catarina. Foi analisado um total de 95 espécimes, testando-se as correlações entre THg, comprimento (cm) e peso (kg). As concentrações de mercúrio total em todas as amostras variaram de 0,13 a 2,26µgg-1 (peso úmido). A média de mercúrio total em P. glauca foi de 0,76 ± 0,48µgg-1 (p.u.), e em X. gladius foi de 0,62 ± 0,31µgg-1 (p.u.) com diferença não significativa (teste Mann-Whitney, p < 0,05). Em cerca de 16% das amostras, o THg excedeu o limite de 1µgg-1 (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e em 62% excedeu o limite de 0,5µgg-1 (Organização Mundial da Saúde - OMS). O consumo regular (100 g.dia-1) de P. glauca e de X. gladius resultaria em uma ingestão diária de THg que excederia em mais de duas vezes o limite diário de ingestão recomendado pela OMS.<br>Total mercury (THg) was analyzed in muscle tissue from the blue shark Prionace glauca and the swordfish Xiphias gladius, obtained from the South and Southeast coast of Brazil, to verify compliance with current limits for human consumption. Samples were obtained through the REVIZEE Program and a commercial fishery in Itajaí, Santa Catarina State. A total of 95 specimens were analyzed (48 X. gladius and 47 P. glauca), and correlations were checked between THg and fish length and weight. THg ranged from 0.13 to 2.26µgg-1 (fresh weight), and there was no significant difference between the means for P. glauca, 0.76 ± 0.48µgg-1 (f.w.) and X. gladius, 0.62 ± 0.31 (Mann-Whitney test, p < 0.05). In 16% of samples, THg was above the limits set by the National Health Surveillance Agency (ANVISA), namely 1µgg-1, and 62% exceeded the World Health Organization (WHO) limit of 0.5µgg-1. The ingestion of 100g/ day-1 of P. glauca or X. gladius would result in a daily THg intake of more than twice the WHO (1990) suggested limit
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