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    Diabetes mellitus tipo 2 - uma revisão de literatura

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    A diabetes mellitus tipo 2 (DM2), uma condição crônica caracterizada pela resistência à insulina e pela deficiência relativa de insulina, representa um desafio significativo para a saúde pública em todo o mundo. A fisiopatologia do DM2 está intimamente ligada à resistência insulínica, na qual as células do corpo não respondem adequadamente à insulina produzida pelo pâncreas, resultando em níveis elevados de glicose no sangue. Entre os fatores de risco para o desenvolvimento do DM2, destacam-se a obesidade, a falta de atividade física, a dieta pouco saudável e a predisposição genética. O diagnóstico da DM2 geralmente é feito por meio da avaliação dos níveis de glicose no sangue em jejum e do teste de tolerância à glicose oral. Uma vez diagnosticado, o tratamento farmacológico visa principalmente controlar os níveis de glicose no sangue, muitas vezes incluindo medicamentos como metformina, sulfonilureias, inibidores da dipeptidil peptidase-4 (DPP-4) e agonistas do receptor de GLP-1. No entanto, o tratamento não farmacológico desempenha um papel crucial e pode incluir mudanças no estilo de vida, como dieta saudável, exercícios físicos regulares e perda de peso. Embora a DM2 seja historicamente associada a adultos mais velhos, seu aumento está sendo observado em crianças, principalmente devido ao aumento da obesidade infantil. Isso requer uma abordagem especializada no diagnóstico e tratamento, levando em consideração as necessidades específicas dessa população. Além disso, a DM2 em crianças pode acarretar complicações a longo prazo, incluindo doenças cardiovasculares, neuropatias, retinopatias e disfunção renal. Por fim, a DM2 representa um desafio multifacetado para os sistemas de saúde em todo o mundo, exigindo uma abordagem holística que inclua não apenas o tratamento farmacológico para controlar a glicemia, mas também intervenções não farmacológicas para abordar os fatores de risco modificáveis, bem como uma atenção especial ao diagnóstico e tratamento em populações vulneráveis, como crianças

    Sarcoma ósseo secundário da Doença de Paget: Secondary bone sarcoma of Paget's disease

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    Resumo INTRODUÇÃO: A Doença de Paget é uma doença crônica inflamatória do osso. A degeneração sarcomatosa dessa doença é rara, chegando a 1% e o tipo histológico mais comum é o osteossarcoma. APRESENTAÇÃO DO CASO: Paciente com 66 anos, masculino, com diagnóstico de Doença de Paget há 20 anos, apresenta deformidade em fêmur direito, relata piora da dor há 5 meses. Radiografia com sinais de malignidade confirmados na RNM, na qual havia expansão das partes moles, ruptura da cortical óssea com osteólise agressiva. Histopatológico confirmando osteossarcoma. DISCUSSÃO: A Doença de Paget é um distúrbio ósseo crônico que resulta na renovação óssea acelerada e desordenada, acomete, principalmente, o esqueleto axial, o crânio, os fêmures e as tíbias. A maioria dos pacientes com Doença de Paget é assintomática, sendo o diagnóstico, muitas vezes, tardio e acidental. É a segunda doença osteometabólica mais comum, ficando atrás da osteoporose. A doença de Paget afeta cerca de 3-4% da população acima dos 40 anos de idade, sendo que sua prevalência aumenta com a idade. O osteossarcoma secundário à doença de Paget é raro, estima-se que ocorra em menos de 1% das pessoas com doença óssea de Paget. Dor, edema e fratura são manifestações iniciais. Achados radiográficos iniciais geralmente mostram uma lesão lítica em expansão no osso. O tratamento do osteossarcoma secundário à Doença de Paget é principalmente cirúrgico que pode envolver a combinação de quimioterapia. A presença de comorbidades em idosos limita o uso da quimioterapia. Quando indicada, a quimioterapia geralmente é neoadjuvante e em terapia adjuvante CONCLUSÃO: Compreende-se que a Doença de Paget acomete principalmente idosos e que o prognóstico é ruim tanto em pacientes sintomáticos como em assintomáticos, devido a inflamação óssea e risco de evolução para osteossarcoma, porém o diagnóstico precoce pode trazer benefícios aos pacientes no controle da dor e com tratamentos mais conservadores, evitando a necessidade de amputações, com melhoria na qualidade de vida

    Síndrome de fraser : Fraser syndrome

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    Introdução: a Síndrome de Fraser é caracterizada por presença de criptoftalmo, sindactilia, anormalidades da genitália e outras malformações congênitas do nariz, ouvido ou laringe, defeitos esqueléticos, hérnia umbilical, agenesia renal e retardo mental. É uma expressão fenotípica que depende da consanguinidade dos pais. Apresentação do caso: paciente do sexo feminino, três meses de idade, em acompanhamento no centro de referência oftalmológica da Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo. Na ultrassonografia de abdome total, foi apenas evidenciada presença de hérnia umbilical simples. Discussão: a prevalência é igual entre os sexos e a doença pode ser diagnosticada à ultrassonografia pré-natal e fetoscopia ou no momento do nascimento frente às alterações apresentadas pelo paciente, por critérios maiores e menores. O tratamento é multidisciplinar e dependente das malformações presentes, assim como o prognóstico, que é pior em casos de malformações urogenitais e laríngeas graves. Conclusão: os médicos devem estar atentos, para as manifestações clínicas e o diagnóstico preciso, oferecendo tratamento adequado e aconselhamento genético aos casais
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