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    CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE PÊSSEGOS MACIEL EM DIFERENTES ESTÁDIOS DE MATURAÇÃO

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      INTRODUÇÃO Os danos por frio são as alterações fisiológicas que ocorrem pela exposição a baixas temperaturas em armazenamento refrigerado, de 2 a 3ºC em pêssegos, e que levam a manifestação de sintomas após os frutos serem postos a temperatura próximas a 20ºC para amadurecimento (LUCHSINGER, 2000). Os danos por frio podem ocorrer durante o armazenamento, no transporte, no atacado e varejo e na geladeira doméstica. Entre as várias alterações fisiológicas associadas ao frio estão a falta de suculência, a polpa farinhenta, o escurecimento da polpa e a falta de amadurecimento. Como os sintomas aparecem no amadurecimento à temperatura ambiente após a armazenagem refrigerada, são experimentados principalmente por consumidores, e não tanto por produtores ou vendedores. Pelo fato destes sintomas reduzirem a aceitação de frutas pelos consumidores, seu início limita o potencial de comercialização. Com estas considerações, este trabalho avaliou a qualidade de pêssegos ‘Maciel’, submetidos a diferentes períodos de armazenamento refrigerado a 1ºC, quanto a manifestação de danos por frio. METODOLOGIA O experimento foi realizado na safra 2012/2013 com pêssegos ‘Maciel’ nos estádio “DE VEZ” e maduro.  Os tratamentos consistiram de frutos no estádio “DE VEZ”, maduro e “DE VEZ” submetidos ao condicionamento térmico.  O condicionamento térmico consistiu em colocar os frutos em uma câmara de maturação a temperatura de 20ºC por 24 horas antes do armazenamento refrigerado a 1ºC, visando adiar a manifestação de danos por frio. As avaliações ocorreram sempre passados 2 dias de maturação a 20ºC, após a colheita e depois de 7, 14, 21 e 28 dias. Os frutos foram avaliados quanto à perda de massa fresca, firmeza de polpa, sólidos solúveis, conteúdo de suco extraível (INFANTE et al. 2009) e danos por frio, como escurecimento interno e retenção de firmeza. Cada tratamento em cada data de avaliação foi composto por 15 frutos. Os dados foram submetidos à análise de variância, seguida por separação de médias pelo teste de Tukey (0,05%). RESULTADOS E DISCUSSÃO A desidratação foi maior em todos os tratamentos, na maturação após 7 dias em frio. O condicionamento térmico dos frutos no estádio “DE VEZ” não aumentou a desidratação. A firmeza de polpa diminuiu em todas as avaliações na maturação até os 21 dias de armazenagem nos frutos do tratamento “DE VEZ”. Nos frutos maduros, apesar de leve diminuição da firmeza, esta foi semelhante a colheita em todas as datas de avaliações. Nos frutos do tratamento “DE VEZ”, na maturação após 28 dias em frio houve aumento da firmeza, o que pode ser indício de retenção de firmeza, principalmente nos frutos que não foram submetidos ao condicionamento. O conteúdo de suco extraível apresentou um pequeno aumento nos frutos “DE VEZ” da colheita até os 21 dias de armazenagem refrigerada, sem diferenças significativas. Após 28 dias em frio houve redução significativa no teor de suco. Nos frutos do tratamento maduro a suculência foi alta na colheita e diminuiu continuamente ao longo dos 28 dias de armazenagem, sendo significativamente inferior depois de 21 e 28 dias em frio. O condicionamento não foi efetivo no aumento da suculência dos frutos, visto que não houve diferenças na suculência ao longo da armazenagem. Os danos por frio se manifestaram na forma de escurecimento da polpa e retenção de firmeza. O escurecimento ocorreu em todos os tratamentos após os 21 dias em frio com intensidades semelhantes, sendo esta intensidade considerada de média a moderada.  Após os 28 dias em armazenamento refrigerado os tratamentos “DE VEZ” e “DE VEZ” condicionado apresentaram retenção de firmeza, observada pela mais alta firmeza dos frutos e textura corticenta da polpa junto a epiderme. CONCLUSÃO Apesar de não aumentar a desidratação e não causar efeitos negativos na aparência dos frutos, o condicionamento térmico antes da armazenagem refrigerada, não foi efetivo em aumentar a suculência de pêssegos da cultivar Maciel e não retardou a manifestação do escurecimento da polpa, causa do fim de seu período de armazenamento. Novos experimentos devem ser realizados, visto que os danos por frio podem ter manifestação diferente de acordo com as condições e manejo em pré-colheita sendo necessários mais anos de investigação para uma conclusão precisa sobre sua ocorrência. AGRADECIMENTOS Ao CNPq, pelo financiamento de bolsa de iniciação científica tecnológica no EDITAL Nº 81/2012 PIBITI/CNPq/IFC.   REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS   INFANTE R.; MENESES C.; RUBIO P.; SEIBERT E. Quantitative determination of flesh mealiness in peach [Prunus persica L. (Batch.)] through paper absorption of free juice. Postharvest Biology and Technology, v.51, p.118-121 2009. LUCHSINGER, L. Avanços na conservação de frutas de caroço. In: Simpósio Internacional de Frutas de Caroço. Pêssegos, nectarinas e ameixas, Porto Alegre, 2000. Anais... Porto Alegre, 2000. p.95-105

    MONITORAMENTO DA FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE MARIPOSA ORIENTAL E MOSCA DAS FRUTAS EM POMARES DO CAMPUS SOMBRIO

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    O objetivo deste trabalho foi monitorar a flutuação da população da grafolita e mosca das frutas em pomares do Campus Sombrio do Instituto Federal Catarinense. O monitoramento mostrou-se eficaz em indicar as áreas com maior infestação de mosca das frutas e grafolita, nos pomares do Campus Sombrio. O pomar de nêsperas apresentou maior intensidade de danos por grafolita, enquanto que a mosca das frutas ocorreu com maior intensidade nos citros

    DANOS MECÂNICOS POR IMPACTO, COMPRESSÃO E CORTE E SEUS EFEITOS NA QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE MAÇÃS

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    Palavras-Chave: Pomos, armazenamento refrigerado, firmeza, suculência, fungos.  INTRODUÇÃO Os danos mecânicos são definidos como deformações plásticas, rupturas superficiais e destruição dos tecidos vegetais provocados por forças externas. Estes levam a modificações físicas e/ou alterações fisiológicas, químicas e bioquímicas que modificam a cor, o aroma, o sabor e a textura dos vegetais. Os danos mecânicos podem ser agrupados em danos por impacto, compressão e corte. Estes danos mecânicos podem alterar as reações bioquímicas do produto, modificando-lhe a coloração, o sabor e sua vida útil. Tais danos ocasionam lesões irreparáveis nos produtos, reduzindo sua vida útil e provocando sua desvalorização comercial. Frutos murchos, amassados, sem a cor característica e com aparência desagradável sobram nas prateleiras dos supermercados, computando para as perdas de produtos agrícolas. Com estas considerações, este trabalho avaliou o efeito da aplicação de danos mecânicos por impacto, compressão e corte e seus efeitos na conservação e qualidade pós-colheita de maçãs ‘Fuji Suprema’, ‘Fuji Mishima’ e ‘Gala’.     METODOLOGIA O experimento foi realizado na safra 2012 com maçãs ‘Fuji Suprema’, ‘Fuji Mishima’ e ‘Gala’ colhidas no município de São José dos Ausentes, RS. Após colhidas as maçãs foram transportadas ao Laboratório de Pós-colheita do Câmpus Sombrio do IFCatarinense onde foram selecionadas e aplicados os tratamentos. O impacto foi aplicado em dois lados deixando-se os frutos caírem, em queda livre, de uma altura de 1,0 m. A compressão foi realizada colocando-se os frutos entre duas placas de madeira e aplicando uma força de 80 Newtons constante por 15 segundos sobre a placa superior com auxílio de um penetrômetro de bancada. O corte foi realizado em uma das faces, na região equatorial dos frutos, somente na maçã ‘Fuji Suprema’, aplicando-se um corte de 3 cm de comprimento e 2 mm de profundidade. Os efeitos dos danos foram avaliados nos frutos na colheita e após diferentes períodos de armazenagem refrigerada de 30, 60, 90 e 120 dias de armazenagem a 1oC quanto a sua desidratação, à tamanho de lesão, firmeza, conteúdo de suco, acidez titulável, sólidos solúveis, incidência de fungos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, num esquema fatorial 4 x 5 na ‘Fuji Suprema’ (4 danos mecânicos e 5 datas de avaliação) e 3 x 5 na ‘Fuji Mishima’ e ‘Gala’ (3 danos mecânicos e 5 datas de avaliação). Cada tratamento em cada data de avaliação foi compostos por 20 maçãs. Os dados foram submetidos à análise de variância, seguida por separação de médias pelo teste de Tukey (0,05%).     RESULTADOS E DISCUSSÃO A desidratação aumentou ao longo da armazenagem em todos os tratamentos, mas frutos submetidos a impacto em todas as cultivares e a corte na ‘Suprema’ apresentaram maior desidratação. A firmeza de polpa diminui ao longo da armazenagem em todos os tratamentos e cultivares, sem diferenças significativas. Os danos não tiveram influência sobre a suculência na ‘Fuji Suprema’ e na ‘Gala’, mas as maçãs ‘Fuji Mishima’ com danos por impacto e compressão apresentaram menor suculência. Ao longo da armazenagem não houve diferenças nos teores de sólidos solúveis entre os tratamentos. A acidez diminuiu ao longo da armazenagem nas três cultivares, sem diferenças entre os tratamentos. A grande diminuição na acidez observada aos 120 dias de armazenagem indica um grande consumo deste substrato na respiração e que possivelmente os frutos chegaram ao seu limite de tempo em armazenagem refrigerada em atmosfera normal. Os danos mecânicos não induziram a ocorrência de danos por fungos em maçãs.   CONCLUSÃO Os danos mecânicos por impacto influenciam na desidratação de maçãs, o que causa má aparência aos frutos com o aumento do tempo em armazenagem refrigerada. Os danos mecânicos não causam diminuição na firmeza de polpa e suculência de maçãs ‘Fuji Suprema’, ‘Fuji Mishsima’ e ‘Gala’.     AGRADECIMENTOS Ao CNPq, pelo financiamento de bolsa de iniciação científica tecnológica no EDITAL Nº 39/2011 PIBITI/CNPq/IFC.

    CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE CARAMBOLAS EM DIFERENTES ESTÁDIOS DE MATURAÇÃO

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    INTRODUÇÃO A caramboleira, árvore de pequeno porte cujo fruto é a carambola, é originária da Índia e nos últimos anos vem apresentando expansão em seu cultivo devido ao seu sabor diferenciado e grandes propriedades nutricionais contendo baixa caloria. O fruto pode ser consumido tanto in natura quanto na forma industrializada, na forma de sucos e geleias. Esta árvore ainda apresenta um pequeno contingente na área plantada e, consequentemente, em produção, mas em contrapartida mostra-se como alternativa para complemento de renda em pequenas propriedades. Seu cultivo não é feito em grande escala, na maioria das vezes é em pequenos pomares ou jardins de fazendas. Depois de plantada a árvore leva de três a quatro anos para começar a produzir, podendo durar de 50 a 70 anos se bem manejada e chegar até 15 metros de altura, tendo maior adaptação em regiões quentes e úmidas. A fruta traz alguns benefícios para a saúde, ajuda no combate a febre, é um estimulador de apetite, e suas sementes trituradas servem como sedativos a asma e a cólica. A escassez de trabalhos sobre a caramboleira no Brasil, a crescente demanda de informações, o apelo mercadológico quanto ao formato e sabor exóticos leva a necessidade de gerar informações para dar suporte aos produtores. Com estas considerações, este trabalho avaliou a qualidade de carambolas em três estádios de maturação, submetidas a diferentes períodos de armazenamento refrigerado a 2ºC.   METODOLOGIA O experimento foi realizado com carambolas em diferentes estádios de maturação.  Os tratamentos consistiram de carambolas colhidas nos estádio “de vez” (frutos totalmente verdes no estádio), maduros (totalmente amarelos) e verdoengos (50% verdes e 50% amarelos). Os frutos foram acondicionados em bandejas de isopor envoltos por bolsas plásticas. As avaliações ocorreram sempre na maturação a 20ºC, após a colheita e depois de 12, 21, 28 e 35 dias a 2ºC. Os frutos foram avaliados quanto à perda de massa fresca, número de gomos, firmeza de polpa, sólidos solúveis, acidez titulável e incidência de podridões. Cada tratamento em cada data de avaliação foi composto por 06 frutos. Os dados foram submetidos à análise de variância, com separação de médias pelo teste de Tukey (0,05%). RESULTADOS E DISCUSSÃO A desidratação foi baixa e não apresentou diferenças entre os estádios de maturação de carambolas ao longo dos 35 dias de armazenagem. Houve oscilação nos valores de desidratação entre os tratamentos e datas de avaliação que levaram a falta de diferenças significativas. O número de gomos dos frutos foi de 5, havendo poucas frutas com 6 gomos. A firmeza da polpa apresentou valores atípicos, com os frutos de todos os tratamentos apresentando aumento de firmeza da polpa ao longo da armazenagem. Em todos os tratamentos os frutos avaliados na maturação após 35 dias em frio, apresentaram significativamente os maiores valores de firmeza, mas não ocorreram diferenças de firmeza entre os tratamentos ao longo da armazenagem. Os sólidos solúveis foram baixos, mas coincidiram com os valores obtidos para carambolas por ARAÚJO e MINAMI (2001). Os frutos “maduros” apresentaram sólidos solúveis levemente superiores aos demais tratamentos.      

    APLICAÇÃO DE DANOS MECÂNICOS E SEUS EFEITOS NA QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE FRUTAS CÍTRICAS

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    Palavras-Chave: Lima da Pérsia, Ponkan, armazenamento refrigerado, firmeza, suculência, fungos.   INTRODUÇÃO Os danos mecânicos são definidos como deformações plásticas, rupturas superficiais e destruição dos tecidos vegetais provocados por forças externas. Os danos mecânicos mais comuns são agrupados em por impacto, compressão e corte. O dano por impacto é geralmente causado pela colisão do fruto contra superfícies sólidas durante as etapas de colheita, de manuseio e de transporte. O dano por compressão pode ser causado pela aplicação de pressão variável contra a superfície externa do fruto. O dano por corte ocorre pela colisão do fruto contra uma superfície irregular, entre outros. Estes danos mecânicos podem alterar as reações bioquímicas do produto, modificando-lhe a coloração, o sabor e a textura dos vegetais.  Tais danos ocasionam lesões irreparáveis nos produtos, reduzindo sua vida útil e provocando sua desvalorização comercial. Frutos murchos, amassados, sem a cor característica e com aparência desagradável sobram nas prateleiras dos supermercados, computando para as perdas de produtos agrícolas. A redução das perdas pós-colheita de produtos hortícolas é importante do ponto de vista econômico e científico, sendo mais vantajoso buscar melhorias nas técnicas de conservação pós-colheita do que perseguir um incremento na produção. Com estas considerações, este trabalho avaliou a aplicação de danos mecânicos por impacto, compressão e corte e seus efeitos na conservação e qualidade pós-colheita de bergamotas ‘Ponkan’ e ‘Lima da Pérsia’.  METODOLOGIA O experimento foi realizado na safra 2012 com bergamotas ‘Ponkan’ e com ‘Lima da Pérsia’ colhidas no pomar experimental do Câmpus Sombrio do IFC, localizado no município de Santa Rosa do Sul, SC. Após colhidas as frutas foram transportadas ao Laboratório de Pós-colheita onde foram selecionadas e aplicados os tratamentos. O impacto foi aplicado em dois lados deixando-se os frutos caírem, em queda livre, de uma altura de 1,0 m. A compressão foi realizada colocando-se os frutos entre duas placas de madeira e aplicando uma força de 80 Newtons constante por 15 segundos sobre a placa superior com auxílio de um penetrômetro de bancada. O corte foi realizado em uma das faces, na região equatorial dos frutos, aplicando-se um corte de 3 cm de comprimento e 2 mm de profundidade. Os efeitos dos danos foram avaliados nos frutos na colheita e após diferentes períodos de armazenagem refrigerada de 15, 30, 45 e 60 dias de armazenagem a 1oC quanto a sua desidratação, à tamanho de lesão, conteúdo de suco, acidez titulável, sólidos solúveis, incidência de fungos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, num esquema fatorial 4 x 5  (4 danos mecânicos e 5 datas de avaliação). Cada tratamento em cada data de avaliação foi compostos por 15 frutos. Os dados foram submetidos à análise de variância, seguida por separação de médias pelo teste de Tukey (0,05%).  RESULTADOS E DISCUSSÃO O danos por corte e impacto apresentaram lesões visíveis após 45 e 60 dias de armazenagem, mas os frutos submetidos a compressão não mostraram danos. A desidratação aumentou ao longo da armazenagem em todos os tratamentos, mas sem diferenças significativas entre os tratamentos. No entanto, apesar da falta de diferenças, os frutos submetidos a compressão apresentaram uma porcentagem maior de desidratação. A suculência de bergamotas ‘Ponkan’ e de ‘Limas da Pérsia’ não foi afetada pelos danos mecânicos, mas, mesmo sem diferenças, os furtos submetidos a compressão apresentaram uma porcentagem de suco levemente mais alta. Ao longo da armazenagem não houve diferenças nos teores de sólidos solúveis entre os tratamentos nas bergamotas e nas limas. A acidez oscilou entre os tratamentos ao longo dos períodos de armazenagem. No tratamento por compressão na ‘Ponkan’ a acidez diminuiu constantemente ao longo da indicando o consumo deste substrato na respiração. Na ‘Ponkan’ passados 45 e 60 dias houve desenvolvimento de fungos, identificados como Penicillium, nos tratamentos de corte e impacto.   CONCLUSÃO Os danos mecânicos aplicados em bergamotas ´Ponkan’ e ‘Limas da Pérsia’ não afetaram os parâmetros de maturação. Os danos por corte e impacto causaram má aparência com o decorrer da armazenagem e levaram ao desenvolvimento de fungos nos frutos.   AGRADECIMENTOS Ao Campus Sombrio do Instituto Federal Catarinense pelo financiamento de bolsa de iniciação científica de graduação no Edital no022/2011/IFCCampus Sombrio

    EFEITO DE DANOS MECÂNICOS POR COMPRESSÃO, QUEDA E CORTE SOBRE A QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE LIMÕES ‘TAHITI’

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    EFEITO DE DANOS MECÂNICOS POR COMPRESSÃO, QUEDA E CORTE SOBRE A QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE LIMÕES ‘TAHITI’INTRODUÇÃOOs danos mecânicos são definidos como deformações plásticas, rupturas superficiais e destruição dos tecidos vegetais provocados por forças externas. Os danos mecânicos mais comuns são agrupados em por impacto, compressão e corte. O dano por impacto é geralmente causado pela colisão do fruto contra superfícies sólidas durante as etapas de colheita, de manuseio e de transporte. O dano por compressão pode ser causado pela aplicação de pressão variável contra a superfície externa do fruto. O dano por corte ocorre pela colisão do fruto contra uma superfície irregular, entre outros. Estes danos mecânicos podem alterar as reações bioquímicas do produto, modificando-lhe a coloração, o sabor e a textura dos vegetais (Mattiuz et al., 2002). Tais danos ocasionam lesões irreparáveis nos produtos, reduzindo sua vida útil e provocando sua desvalorização comercial. Frutos murchos, amassados, com danos mecânicos, sem a cor característica e com aparência desagradável sobram nas prateleiras dos supermercados, computando para as perdas de produtos agrícolas. Com estas considerações, este trabalho avaliou a aplicação de danos mecânicos por impacto, compressão e corte e seus efeitos na qualidade pós-colheita de limões ‘Tahiti’. METODOLOGIAO experimento foi realizado na safra 2013 com limões ‘Tahiti’ colhidos no pomar experimental do Câmpus Sombrio do IFC. No Laboratório de Pós-colheita as frutas foram selecionadas e aplicados os tratamentos. O impacto foi aplicado em dois lados deixando-se os frutos caírem, em queda livre, de uma altura de 1,0 m. A compressão foi realizada colocando-se os frutos entre duas placas de madeira e aplicando uma força de 50 Newtons constante por 15 minutos sobre a placa superior. O corte foi realizado em uma das faces, na região equatorial dos frutos, aplicando-se um corte de 3 cm de comprimento e 2 mm de profundidade. Os efeitos dos danos foram avaliados nos frutos na colheita e após diferentes períodos de armazenagem refrigerada de 20, 40 e 60 dias de armazenagem a 1oC quanto a sua desidratação, à tamanho de lesão, conteúdo de suco, cor do suco, acidez titulável, sólidos solúveis, incidência de fungos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, num esquema fatorial 4 x 4  (4 danos mecânicos e 4 datas de avaliação). Cada tratamento em cada data de avaliação foi composto por 15 frutos. Os dados foram submetidos à análise de variância, seguida por separação de médias pelo teste de Tukey (0,05%). RESULTADOS E DISCUSSÃOOs danos por corte e impacto apresentaram lesões visíveis após 20, 40 e 60 dias de armazenagem. Os frutos submetidos a compressão não mostraram danos. A desidratação foi pequena e apresentou comportamento errático ao longo da armazenagem em todos os tratamentos. No entanto, apesar da falta de diferenças significativas, os frutos submetidos a compressão e impacto apresentaram uma porcentagem maior de desidratação. A suculência de limões ‘Tahiti’ diminuiu em todos os tratamentos ao longo da armazenagem. O limões submetidos ao tratamento impacto apresentaram significativamente a menor suculência. Ao longo da armazenagem não houve diferenças nos teores de sólidos solúveis entre os tratamentos. A acidez oscilou entre os tratamentos ao longo dos períodos de armazenagem. No tratamento por impacto após os 20 e 40 dias de armazenagem houve um grande desenvolvimento de fungos, identificados como Penicillium, que afetou um grande percentual dos frutos. O desenvolvimento de fungos foi responsável pela má aparência dos frutos deste tratamento, bem como, provavelmente, influenciou na suculência dos frutos. CONCLUSÃOOs danos mecânicos aplicados em limões ‘Tahiti’ não afetaram os parâmetros de maturação. Os danos por corte e impacto causaram má aparência com o decorrer da armazenagem e levaram ao desenvolvimento de fungos nos frutos do tratamento impacto. 

    QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE MANDIOCAS DE MESA ARMAZENADAS SOB DIFERENTES FORMAS DE PROCESSAMENTO

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    QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE MANDIOCAS DE MESA ARMAZENADAS SOB DIFERENTES FORMAS DE PROCESSAMENTO O cultivo da mandioca (Manihot esculenta) é de grande importância econômica e também, uma das principais fontes de carboidratos para milhões de pessoas dos países em desenvolvimento. Na região do extremo Sul de Santa Catarina, é um dos principais cultivos, da qual depende a subsistência e renda dos agricultores nas pequenas propriedades. Em relação aos vegetais, novos produtos tem sido testados e inovados a fim de proporcionar novas opções aos consumidores e suprir a demanda existente. Devido a mudança de hábitos da população, produtos comumente apresentados in natura dão lugar para os produtos pré-elaborados, ou minimamente processados. Assim, buscando identificar e propor soluções para os principais gargalos da produção da cultura na região Sul, experimentos de conservação de mandioca em pós-colheita tem sido conduzidos. Com estas considerações, este trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade de mandiocas de mesa armazenadas em frio sob diferentes formas de processamento. METODOLOGIA O experimento foi realizado na safra 2012 com mandiocas de mesa das cultivares ‘Marrom’, ‘Pêssego Branco”, ‘Vassorinha’ e ‘Nova Branca’. As mandiocas foram armazenados em frio, congeladas, a -15ºC em 3 tratamentos diferentes: 1) tolete descascado de 12cm á vácuo (TOVA); 2) tolete descascado de 12cm em bolsa plástica (TOBO); 3) raiz inteira com casca (RAICA). Cada tratamento foi composto de 3 pedaços, com 3 repetições. As mandiocas foram analisadas na colheita e após 30, 60, 90, 120 e 150 dias de armazenamento quanto a peso, comprimento, diâmetro, cor da epiderme, incidência de fungos e submetidas a painel de degustação de aceitabilidade e textura (HEINTZ & KADER, 1983). Para os painéis de degustação, as amostras foram cozidas em panela de pressão por 15 minutos. Após o cozimento os tratamentos foram servidos a 15 painelistas. Para a análise fitopatológica foram avaliadas as seguintes partes: i. com casca; ii. córtex; iii. parte interna da casca com; iv. parte interna da sem casca. As amostras avaliadas consistiram em duas repetições por placa, de aproximadamente dez gramas cada, nas quais foi realizado o procedimento de isolamento em meio de cultura Ágar-água, incubados à temperatura de 26oC±1, sem fotoperíodo. Cada placa de petri constituiu uma repetição, com três repetições por tratamento, e doze amostras por cultivar. Os dados foram submetidos à análise de variância, com separação de médias pelo teste de Tukey (0,05%).   RESULTADOS E DISCUSSÃO Com relação a aparência, as mandiocas em todos os tratamentos e datas de avaliação apresentaram boa aparência na saída do congelamento. As mandiocas dos tratamentos TOBO e RAICA, que necessitavam ser descascadas para seu cozimento, após descascadas, por descongelarem, apresentavam consistência esponjosa.  Com relação a coloração, mandiocas da cultivar ‘Vassourinha’ apresentaram coloração mais amarelada comparada as demais cultivares que apresentaram uma coloração esbranquiçada. Ao longo da armazenagem, foi observada maior aceitabilidade das mandiocas em tolete comparada ao tratamento raiz inteira. As mandiocas dos tratamentos TOVA apresentaram textura intermediária entre pastosa e dura, sendo considerada a que mais agradou aos painelistas. As mandiocas dos tratamentos TOBO e RAICA, apresentaram textura mais pastosa e levemente aguada. Esta textura provavelmente ocorreu pelo fato de as mandiocas destes tratamentos já terem descongelado totalmente no momento do início de cozimento e, por isso, os 15 minutos de cozimento em panela de pressão levaram a um maior amaciamento. Na análise fitopatológica, em todos os tratamentos foi identificado Fusarium, fungo produtor de micotoxinas, o que o torna potencialmente perigoso para consumo.   CONCLUSÃO Mandiocas em toletes apresentam textura mais apreciável após o cozimento o que lhe confere maior aceitação. A presença de Fusarium em todos os tratamentos leva a necessidade de investigar se a contaminação ocorre no campo ou no momento do processamento.   AGRADECIMENTOS Ao CNPq, pelo financiamento do projeto no EDITAL 2010 CNPq/Repensa. Ao Câmpus Sombrio do IFC pelo suporte na realização dos experimentos.   REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HEINTZ, C.M., KADER, A.A. Procedures for the sensory evaluation of horticultural crops. HortScience, v.18, p.18-22, 1983

    FENOLOGIA, PRODUÇÃO E QUALIDADE DE VARIEDADES DE PIMENTAS

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    Atualmente a região do litoral Sul de Santa Catarina apresenta uma incerteza muito grande em relação à produção de tabaco, sendo necessárias novas alternativas aos produtores da região. Em relação a este fato a produção de pimentas se torna uma das alternativas de renda para os fumicultores. Por isso, este trabalho visou avaliar a fenologia e produção de pimentas das cultivares Jalapeno, Cheiro de Luna, Chapéu de Bispo, Malagueta e Novo Mexico. As cultivares que foram consideradas as mais precoces foi a ‘Chapéu de Bispo’ que teve seu pico de produção em março/abril e a cultivar ‘Cheiro de Luna’, com pico em abril/maio. Já a cultivar com maior produção em termos de peso é a ‘Novo México’
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