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    As cartas de Parker na matemática da escola primária paranaense na primeira metade do século XX: circulação e apropriação de um dispositivo didático

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    Portela, Mariliza Simonete As cartas de Parker na matemática da escola primária paranaense na 2014 primeira metade do século XX : circulação e apropriação de um dispositivo didático pedagógico / Mariliza Simonete Portela ; orientadora, Neuza Bertoni Pinto. – 2014 189 f. ; 30 cm Tese (doutorado) – Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 2014. Bibliografia: 171-179 1. Aritmética – Estudo e ensino (Primário). 2. Matemática. 3. Material didático. 4. Ensino primário – Paraná. I. Pinto, Neuza Bertoni, 1939 -. II. Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Programa de Pós-Graduação em Educação. III. Título. CDD 20. ed. – 378A presente pesquisa trata da Aritmética na escola primária no estado do Paraná, na primeira metade do século XX. O estudo focaliza um material didático que foi amplamente utilizado nas escolas primárias brasileiras, denominado Cartas de Parker. Um material produzido pelo professor norte-americano Francis Wayland Parker, que compreendia lições apresentadas passo a passo nas Cartas ou quadros-murais. Um dispositivo que trazia uma proposta moderna para o ensino da Aritmética nos anos iniciais de escolarização, a partir do ensino intuitivo, método que se contrapunha à tradicional memorização, repetição e abstração, práticas muito em voga desde a escola de primeiras letras, dos tempos imperiais. A questão central do estudo é: Como as Cartas de Parker circularam e foram incorporadas às propostas preconizadas para a escola primária do estado do Paraná, no período de 1900 a 1950? O objetivo principal do estudo foi: Compreender a circulação e apropriação das Cartas de Parker no ensino primário paranaense no período de 1900 a 1950 e sua relação com o método intuitivo recomendado para o ensino da Aritmética. A pesquisa foi realizada a partir da perspectiva da história cultural, abordagem que contemplou conceitos históricos como a operação historiográfica (CERTEAU, 1986); apropriação (CHARTIER, 1990); história das disciplinas escolares (CHERVEL, 1990); cultura escolar (JULIA, 2001). Para a construção do objeto, foram constituídas fontes, como: Relatórios da Instrução Pública; Relatórios de Secretários de Governo; Relatórios de Diretores da Instrução Pública e Diretores de Grupos Escolares; Programas de Ensino; Revistas Pedagógicas e livros indicados para o ensino Primário. Os resultados apontaram a presença das Cartas de Parker em documentos oficiais paranaenses no período entre 1900 e 1950. Mostraram ainda que além de um método avançado para ensinar Aritmética, as Cartas de Parker traziam ao professor um direcionamento para o ensino e aos alunos instigavam a intuição e o raciocínio. A proposta de ensino era dotada de uma organização que exigia, do aluno e do professor, ordem, disciplinamento e atenção, elementos valorizados e mantidos desde a escola primária republicana, considerados essenciais para a formação da nacionalidade do povo brasileiro. A circulação, a apropriação e a inserção das Cartas de Parker aos programas de ensino das escolas primárias justificam-se na busca pelo progresso do Estado associado à modernização do ensino primário e à formação do povo paranaense

    Práticas de ensino de matemática moderna na formação de normalistas no Instituto de Educação do Paraná na década de 1970

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    Este relato originou-se da investigação acerca das práticas de ensino de matemática voltadas para a formação de normalistas, professores preparados para atuar nas séries iniciais da escolarização, na década de 1970, período no qual as reformas no ensino da matemática escolar decorreram de um movimento que ficou conhecido como Movimento da Matemática Moderna (MMM). Buscando compreender a proposta de formação na disciplina Prática de Ensino que preparava professores para o ensino da matemática na escola primária, a pesquisa teve como espaço de investigação uma Escola Pública tradicional na formação de docentes para esse nível de ensino na cidade de Curitiba, o Instituto de Educação do Paraná (IEP), criado em 1876, no Governo Provincial. As fontes utilizadas foram documentos arquivados na Instituição referentes ao Curso de Formação, registros de Plano de Aula da disciplina de Prática de Ensino de Matemática, materiais pedagógicos que orientaram as metodologias e livros de Matemática Moderna para uso nas séries iniciais. Integraram as fontes desta pesquisa, os depoimentos orais de duas professoras protagonistas do movimento de renovação do ensino de matemática integrantes do grupo constituído para aprofundamento de estudos relativos ao ensino da Matemática, Núcleo de Estudos e Difusão do Ensino de Matemática (NEDEM) e documentos de seus acervos pessoais

    AS CARTAS DE PARKER E A ARITMÉTICA DA ESCOLA PRIMÁRIA NA REVISTA “A ESCOLA”, EM TEMPOS DE CÉSAR PRIETO MARTINEZ (1920-1924)

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    XII Seminário Temático Saberes Elementares Matemáticos do Ensino Primário (1890 - 1970): o que dizem as revistas pedagógicas? (1890 – 1970) Local: Auditório Tristão de Athayde, Escola de Educação e Humanidades - PUCPR Data: 8, 9 10 e 11 de abril de 2015.No período de 1920 a 1924, o educador paulista César Prieto Martinez esteve à frente da Inspetoria da Instrução Pública do estado do Paraná. Nessa função, para a qual foi convidado, investiu, sobremaneira, na escola primária do estado, seja produzindo documentos normativos, seja emitindo orientações para o cumprimento dos programas. Consultando os documentos por ele normatizados, o Programa dos Grupos Escolares do Estado do Paraná (1921) e as Instruções aos Professores Públicos do Estado do Paraná (1921), o presente estudo analisa recomendações emitidas pelo educador para a melhoria do ensino da Aritmética, referente ao uso das Cartas de Parker. Tais recomendações ganharam destaque na revista pedagógica “A Escola”, nas primeiras décadas de 1920. Conduzido na perspectiva da história cultural (Chartier, 2009), o estudo destaca não apenas as posições de Martinez sobre o como ensinar a Aritmética na escola primária, sobretudo, o espaço dado pela revista para que as ideias do educador chegassem aos professores das escolas primárias do estado. Ao divulgar formas de conduzir o ensino dos saberes elementares aritméticos com ordem, disciplina e atenção, características que se harmonizavam aos objetivos da escola primária republicana, a revista dava acolhida a um dos propósitos de Martinez, o de investir na formação dos professores em serviço para melhorar o ensino ofertado pelas escolas primárias do estado

    A inovação permeando práticas consolidadas no ensino de matemática da escola primária paranaense (1960-1970)

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    Disponível em: http://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/64Trata-se de um estudo histórico que tem por objetivo discutir o misto de conservação e inovação nas orientações de ensino, em programas oficiais, guias pedagógicos ou manuais de orientação didática e produção de materiais didáticos para o ensino de matemática na escola primária paranaense na década de 1960, período marcado pela consolidação da vaga pedagógica da escola nova, pela penetração do ideário do Movimento da Matemática Moderna, divulgação de teorias piagetianas e tecnicismo. O presente estudo mostrou que hibridismos que ocorreram nas propostas inovadoras do ensino de matemática no estado do Paraná podem ser interpretados como uma resposta às recomendações presentes nos documentos oficiais do ensino primário. Os professores primários que participaram do NEDEM possuíam filtros, eram experientes, críticos, atuavam como professores do ensino primário e formadores de normalistas. Alguns trabalhavam na secretaria de educação. Os protagonistas deram espaço para a entrada do novo, espaço que não é ocupado na sua totalidade. As práticas mesclam-se dando ao ensino outro teor. Não abandonariam por completo as práticas consolidadas vindas da escola nova, mas sim, incorporariam novos elementos dos movimentos de reforma que ocorriam na década de 1960

    Saberes para ensinar matemática em destaque no Encontro Nacional de Educação Matemática - ENEM (1987-2017)

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    Disponível em: https://aplicacoes.ifs.edu.br/periodicos/index.php/caminhos_da_educacao_matematica/article/view/723Os recentes estudos sócio-históricos, desenvolvidos na Universidade de Genebra pela equipe de pesquisa coordenada por Rita Hofstetter, têm possibilitado um novo olhar aos saberes do professor que ensina matemática nos anos iniciais de escolarização. Com o objetivo de compreender os saberes que ao longo da história foram reconhecidos como importantes para o professor ensinar matemática nos anos iniciais da escolarização, o presente estudo analisou registros localizados na produção de doze edições do Encontro Nacional de Educação Matemática – ENEM, ocorridas no período de 1987 a 2017. Foram inventariados 12 trabalhos que tratavam da formação do professor e continham discussões sobre saberes considerados de grande importância para ensinar matemática nos primeiros anos escolares. As análises da produção selecionada apontam vestígios de representações de vagas pedagógicas que marcaram presença no cenário educacional brasileiro, ao longo dos trinta anos do evento. Apesar da ausência de indícios sobre caracterização de saberes profissionais, saberes que antes de se tornarem institucionalizados e integrarem a profissão docente, passaram por complexos processos de objetivação e sistematização, as análises mostram que os saberes em destaque, ora são buscados no campo da Psicologia Cognitiva, ora, no campo da Didática, sinalizando para um movimento de ruptura em relação a saberes que, em momentos anteriores, priorizavam a memorização e a repetição

    Saberes para ensinar matemática em destaque no Encontro Nacional de Educação Matemática - ENEM (1987-2017)

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    Os recentes estudos sócio-históricos, desenvolvidos na Universidade de Genebra pela equipe de pesquisa coordenada por Rita Hofstetter, têm possibilitado um novo olhar aos saberes do professor que ensina matemática nos anos iniciais de escolarização. Com o objetivo de compreender os saberes que ao longo da história foram reconhecidos como importantes para o professor ensinar matemática nos anos iniciais da escolarização, o presente estudo analisou registros localizados na produção de doze edições do Encontro Nacional de Educação Matemática – ENEM, ocorridas no período de 1987 a 2017. Foram inventariados 12 trabalhos que tratavam da formação do professor e continham discussões sobre saberes considerados de grande importância para ensinar matemática nos primeiros anos escolares. As análises da produção selecionada apontam vestígios de representações de vagas pedagógicas que marcaram presença no cenário educacional brasileiro, ao longo dos trinta anos do evento. Apesar da ausência de indícios sobre caracterização de saberes profissionais, saberes que antes de se tornarem institucionalizados e integrarem a profissão docente, passaram por complexos processos de objetivação e sistematização, as análises mostram que os saberes em destaque, ora são buscados no campo da Psicologia Cognitiva, ora, no campo da Didática, sinalizando para um movimento de ruptura em relação a saberes que, em momentos anteriores, priorizavam a memorização e a repetição

    A experiência de um grupo de pesquisa na formação de estudantes universitários

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    Disponível em: http://ojs.univas.edu.br/index.php/argumentosproeducacao/article/view/426Este artigo busca apresentar as contribuições para a formação inicial de professores propiciadas pelo Grupo de Pesquisa em História da Educação Matemática (GPHEM), constituído por professores e alunos da Educação Básica e Superior, em 2018. O grupo tem suas pesquisas na área da Educação Matemática, com uma concepção teórica baseada na História Cultural, na Cultura Escolar e na História das Disciplinas Escolares. Seu objetivo é dar oportunidade para licenciandos, dos Cursos de Matemática e Pedagogia da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) do campus de Paranaguá, construírem saberes utilizando o GPHEM para discussão e construção de pesquisas em história da educação matemática. Com os resultados até então observados, tanto nas produções quanto no rendimento em disciplinas pedagógicas,espera-se que eles percebam o ensino da matemática não apenas em questões de domínio de conteúdo, mas como profissionais cuja prática esteja assentada no conhecimento social, político e cultural da história da disciplina
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