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O Arquivo LdoD e a Biblioteca Digital
O arquivo digital dedicado ao Livro do Desassossego (LdoD) de Bernardo Soares/Fernando Pessoa agregará fac-símiles de documentos autógrafos e transcrições textuais correspondentes a diferentes edições impressas da obra, propondo um modelo dinâmico de interação entre os leitores e o conjunto de remediações textuais. Enquanto meta-edição de um conjunto de documentos autorais e de livros que editam e organizam esses documentos, o Arquivo LdoD possibilita reconfigurações variáveis
dos elementos textuais e bibliográficos de modo a tirar partido da processabilidade do meio digital. Uma breve análise da natureza dinâmica deste arquivo (ao nível das funcionalidades de edição e escrita) é usada para interrogar o conceito de biblioteca digital.Financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), e cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Eixo I do Programa Operacional Fatores de Competitividade (POFC) do QREN—União Europeia (COMPETE: FCOMP-01-0124-FEDER-019715)
Scripts para Leituras Infinitas
Ao tratar a Internet como a base de dados para textos programados, a série de obras intitulada The Readers Project (2009‑2015), de John Cayley e Daniel C. Howe, chama a atenção para a política da linguagem contida na infraestrutura eletrónica e no conjunto dos processos algorítmicos de
dadificação dos usos quotidianos da linguagem. Explora as propriedades gerativas da linguagem e a processabilidade em rede do meio digital para interrogar as condições discursivas e materiais de produção de sentido numa cultura medial algorítmica ubíqua. Enquanto exemplo da poética de base de dados, The Readers Project constitui uma poderosa reflexão sobre a linguagem como modo de ação social e sobre a política de processamento linguístico na era da recolha massiva de dados
Embodying Bookness: Reading as Material Act
Despite containing many highly original creative investigations into the relations between narrative language, typography, and book form, Johanna Drucker’s artist’s books have received little critical attention. With the help of her own statements about books represented, annotated, and mapped in Artists’ Books Online, I will look at her work as an outstanding aesthetic experiment in linking narrativity in language to narrativity in codex forms. Her poetic exploration of the materiality of the printed codex is based upon a large set of self-reflexive operations. As material investigations of the possibilities of print layout and narrativity, they show an impressive cultural and technical mastery. She has assimilated many print traditions, from modernist and postmodernist poetics to the popular press and the history of printing. Mostly self-produced in limited editions, her works cover a wide range of production techniques, including letterpress, off-set, etching, and digital printing. In her stylistic and technical repertoire, one finds collage, drawing, illustration, calligraphy, poetry, fictional prose, and different styles of experimental typography. Typographical design is usually work-specific (and sometimes even page-specific), from typeface choice and paper selection to page layout and binding format
Uma Reinvenção Visual da Leitura: A Poesia Gráfica de Ana Hatherly
Neste artigo analiso a poesia gráfica de Ana Hatherly como um género intermédia que explora a relação entre a visualidade na escrita e a legibilidade no desenho. Ao devolver o traço da letra à performatividade corporal da mão, os seus textos visuais mostram a função gramatológica do traço enquanto mecanismo diferencial que sustenta actos de leitura verbal e visual através do reconhecimento de formas e padrões materiais. Os atos de ver e de ler funcionam gestalticamente segundo movimentos reiterados do olhar entre o fundo e a figura, entre o branco e o preto, e entre as partes e o todo. A expressividade caligráfica e gestual da escrita visual depende ainda da retroalimentação entre graficalidade verbal e graficalidade visual, que permite ler o desenho a partir da palavra e ver a palavra a partir do desenho.‘PO.EX’70-80 - Arquivo Digital da Literatura Experimental Portuguesa’, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia com fundos da União Europeia com a Referência PTDC/CLE-LLI/098270/2008
A Simulação da Performatividade Literária no Arquivo LdoD
Depois de descrever o contexto editorial híbrido que carateriza os atuais modelos de edição crítica digital, o artigo teoriza a simulação da performatividade literária no Arquivo LdoD (https://ldod.uc.pt/). A um conjunto de funcionalidades de simulação representacional – que reconstituem quer a genética autoral do Livro do Desassossego, quer a sua socialização editorial entre 1982 e 2012 –, o Arquivo LdoD acrescenta um conjunto de funcionalidades de simulação performativa, que permitem aos interatores reconcetualizar e rematerializar a obra a nível editorial e autoral. Esta camada dinâmica e social do Arquivo LdoD permite reeditar o texto – selecionando, organizando e anotando os fragmentos – e reescrever o texto – criando variações ancoradas em passos específicos dos fragmentos.Financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), e cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Eixo I do Programa Operacional Fatores de Competitividade (POFC) do QREN—União Europeia (COMPETE: FCOMP-01-0124-FEDER-019715)
Árvore, Rede e Labirinto: O Hipertexto Electrónico na Aprendizagem e no Ensino
O objetivo deste artigo é refletir sobre o potencial da Internet enquanto arquivo aberto de materiais e ferramentas suscetíveis de serem incorporados em processos formais de aprendizagem. O modelo de reflexão aqui proposto usa a própria Internet como espaço de reconcetualização da natureza da aprendizagem e do ensino, sem estabelecer modelos educativos a priori como critérios de avaliação do universo hipertextual. Propõe-se explorar formas de utilização do hipertexto eletrónico que possam torná-lo mais produtivo num contexto formal de aprendizagem e de ensino, pensando a Internet como meio e como modelo de aprendizagem. Serão descritas algumas práticas e atividades que ensaiam uma compreensão mais profunda da lógica hipertextual e dos seus usos em processos cognitivos. Espera-se deste modo contribuir para uma mudança concetual no modo de encarar o hipertexto eletrónico e para uma maior integração dos recursos eletrónicos em rede no processo educativo
A Portrait of the Author as an Author
The growth of the literary market in the eighteenth century changed concepts of authorship. Portrait conventions were also used to frame authorial personality. By looking at pictorial representations of men and women authors, in paintings and prints, I identify conflicting images of authorship. Idealised representations of the author as gentleman or lady are contrasted with images of the violence of market forces. Polite restraint of the self-conscious individual genius has to face the unruly passions and interests that characterise the new social relations of literary production
Atos de Escrita no Livro do Desassossego
No Arquivo LdoD (https://ldod.uc.pt/), o Livro do Desassossego foi transformado numa máquina literária. A codificação e programação do Arquivo permitem combinar funcionalidades de representação genética e crítica com funcionalidades de simulação da performatividade literária, isto é, do campo de relações dinâmicas entre escrita, leitura, edição e livro. Ao fazer do Livro do Desassossego um objeto legível e manipulável computacionalmente, em múltiplas escalas e a partir de diferentes posições, o Arquivo LdoD torna possível experimentar com a natureza da escrita, da leitura, da edição e do livro. Usarei algumas das funcionalidades do Arquivo para interrogar os atos de escrita no Livro do Desassossego. Por outras palavras: que forma é possível dar à pergunta o que é um ato de escrita quando a pergunta é formulada através desta máquina?Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT
The Book as Computer: A Numerical and Topological Analysis of Only Revolutions
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/3The novel Only Revolutions: The Democracy of Two Set Out & Chronologically Arranged (2006), by Mark Z. Danielewski, establishes a relationship between its bibliographic coding (i.e., its graphical and material form as a book made of letters, pages and openings with a specific typographic design), its linguistic coding (i.e., its phonetic, syntactic, semantic, and pragmatic form), and its narrative coding (i.e., its form as story). Only Revolutions uses the Möbius strip and the circle, in their multiple material and symbolic manifestations – including letter and number shapes – as the organizing principle of this triple universe of signs. Circularity and mirror symmetry function simultaneously as the structure of the book, the structure of language, and the structure of narrative. This article describes the book’s numerical and topological form as a mechanism for creating feedback loops between those structures
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