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    Errâncias e itinerâncias de uma pesquisa avaliativa em saúde: a construção de uma metodologia participativa

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    The study presents the construction process of research methodology "Training in SUS Humanization: effects evaluation of training processes from institutional supporters on health productionin Rio Grande do Sul, Santa Catarina and São Paulo territories." There was a search for developing an appropriate evaluative practice to the training processes, a methodology that instead of evaluating on something, assessed along with the supporters who attended the training-intervention, a participatory methodology.Therefore, the constitution of the Research Interest Group was an eminent tool. Trained supporters comprised the research team to expand participatory possibilities of a large and dispersed group, producing interferences in the investigative process conduction, described and analyzed in the study.At the same time, their experiences interfered in the understandings they had until then about the intervention-training experiences and effects on their daily lives, after almost four years.Thus, the methodological approach was intrinsically linked to the construction of a subjectivity differentiated plan and necessarily collective, which shifted the position of supporters involved from mere data suppliers to a lateralityposition in relation to other actors.The trial afforded by participatory strategies allowed researchers and supporters to interfere and compose the evaluation scenario with remarkable performances throughout the investigative process.The survey configuration was like a bet on a given methodological architecture that, in seeking to overcome evaluator-evaluated logic produced information for (retro) feedingthe intervention triggered by it. In the formative dimension, it also went through working processes analyzed by supporters rescuing the indissoluble characteristic that health activities mobilize among intervening, training and reviewing.Este texto visa apresentar o processo de construção da metodologia da pesquisa “Formação em Humanização do SUS: avaliação dos efeitos dos processos de formação de apoiadores institucionais na produção de saúde nos territórios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo”. Nesta investigação, buscou-se desenvolver uma práxis avaliativa adequada aos processos de formação em foco, uma metodologia que, em vez de avaliar sobre, avaliou com os apoiadores que participaram da formação-intervenção, uma metodologia participativa. Para tanto, a constituição do Grupo de Interesse da Pesquisa foi uma eminente ferramenta. Os apoiadores formados compuseram a equipe da pesquisa para ampliar as possibilidades participativas de um grupo amplo e disperso, produzindo interferências na condução do processo investigativo, descritas e analisadas neste artigo. Suas vivências, ao mesmo tempo, interferiam nas compreensões que tinham até então acerca do que haviam experimentado nas formações-intervenção e nos efeitos produzidos em seus cotidianos, passados quase quatro anos. Assim, o percurso metodológico esteve intrinsecamente vinculado à construção de um plano diferenciado de subjetivação, necessariamente coletivo, que buscou o deslocamento da posição dos apoiadores envolvidos de meros fornecedores de dados para uma posição de lateralidade aos demais atores. A experimentação proporcionada pelas estratégias participativas permitiu que pesquisadores e apoiadores passassem a interferir e compor o cenário avaliativo com atuações mais protagonistas ao longo do processo investigativo. A pesquisa se configurou como uma aposta numa dada arquitetura metodológica que, ao buscar a superação da lógica avaliador-avaliado, produziu informações para (retro)alimentar a intervenção por ela desencadeada. Em sua dimensão formativa, atravessou, ainda, os processos de trabalho analisados pelos apoiadores resgatando o caráter indissociável que todo fazer em saúde mobiliza entre intervir-formar-avaliar

    Práticas clínicas dos profissionais 'PSI' dos Centros de Atenção Psicossocial do Vale do Rio dos Sinos

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    Este artigo propõe-se a estudar as práticas clínicas exercidas pelos profissionais 'psi' (psicólogos e psiquiatras) junto aos Centros de Atenção Psicossocial de uma região do Rio Grande do Sul, buscando verificar em que medida tais práticas vêm contribuindo para a qualificação profissional destes atores e para a potencialização do processo da reforma psiquiátrica brasileira. Sustentado metodologicamente na pesquisa-intervenção, o trabalho explorou as possibilidades crítico-criativas das práticas operadas na rede de saúde mental, buscando desnaturalizar funcionamentos herdados do modelo hospitalocêntrico de internação e exclusão. Mapeadas as principais temáticas contidas em situações consideradas críticas do cotidiano de trabalho daquele grupo, três grandes categorias analíticas emergiram: Modelo de Gestão, Relações de Equipe e, a categoria focada em especial nesse artigo, das Práticas Clínicas. Cinco aspectos norteadores das práticas clínicas operadas nos CAPS são analisados

    A análise de implicação com ferramenta na pesquisa-intervenção The analysis of implication as a tool in intervention research

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    O artigo retoma brevemente as condições históricas que permitiram a emergência de abordagens metodológicas que problematizam a relação entre pesquisador e ato de pesquisar e propõe uma comparação entre as finalidades da pesquisa-ação e da pesquisa-intervenção. Sustentando-se em contribuições teóricas do movimento institucionalista e da filosofia da diferença, aponta a noção de análise de implicação como conceito-chave que permite nuançar as abordagens em debate. Consoante ao pensamento de Lourau, defende-se a idéia de que a consideração do conjunto de condições que circunscrevem o ato de pesquisar é o que confere estatuto de cientificidade ao trabalho de pesquisa.<br>This paper briefly re-examines the historical conditions that permitted the emergence of methodological approaches that question the relation between researcher and the act of researching. And proposes a comparison between the purposes of action research and intervention research. Sustained on theoretical contributions from the institutionalist movement and philosophy of difference, it indicates the notion of analysis of implication as the key concept that allows a more nuanced approach to the debate. In line with Lourau's thinking, it defends the idea that what confers scientific status to research work is the consideration of the whole set of conditions that encompass the act of researching
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