19 research outputs found

    Influência dos ácidos graxos na expressão gênica de peixes.

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    Sabe-se que os lipídios podem regular o metabolismo e a funcionalidade das células, ao contrário do que se pensava no começo do século passado, quando se achava que os ácidos graxos seriam apenas substratos energéticos e componentes estruturais de membranas. As funções destas moléculas no crescimento dos peixes são diversas, como: energéticas, no metabolismo de lipídios de carboidratos e produção de enzimas digestivas; estruturais; hormonais; no sistema imune, como precursores de eicosanoides, na modulação da produção de TNG-?; e bioquímicas. O uso de CLA (ácido linoléico conjugado) e TTA (ácido tetradeciltioacético) também tem chamado atenção devido aos efeitos metabólicos sobre o metabolismo de lipídios, diminuindo a lipogênese e aumentando a lipólise; atuando no perfil hormonal e em outras reações fisiológicas. Tais efeitos dos ácidos graxos na expressão gênica de peixes são cada vez mais estudados, principalmente por conta das modificações na nutrição dos mesmos, com o intuito de obter melhor desempenho e qualidade com o menor custo, fazendo com que a substituição de nutrientes de origem animal pelos de origem vegetal seja cada vez mais utilizada. Conhecer os efeitos que tal mudança na nutrição desses animais e o que as mesmas podem provocar sobre o seu metabolismo é imprescindível, visto que tal conhecimento é determinante para obtenção do sucesso desses novos manejos

    Morfometria e endocrinologia de jacaré-tinga (Caiman crocodilus) em cativeiro.

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    Os crocodilianos estão no topo da cadeia alimentar, sendo controladores ecológicos. Entretanto, apesar de sua importância, nos anos 90 todas as espécies encontravam-se sob risco de extinção, e listadas nos Apêndices 1 e 2 da CITES (Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora), devido seu valor comercial. Neste contexto, o estímulo à criação em cativeiro foi uma das alternativas vislumbradas para promover a conservação e exploração desses animais. Portanto, este estudo objetivou analisar dados morfométricos e endocrinológicos do jacaré-tinga em cativeiro, por meio da atualização à luz da literatura atual do documento base, tese da Dr.ª Maria das Dores Correia Palha defendida na Universidade Federal de Pernambuco intitulada ?Jacaré-tinga (Caiman Crocodilus Crocodilus Linnaeus, 1758) em cativeiro na Amazônia Oriental: Biologia Geral e Reprodutiva?. Foram realizadas buscas, em bases científicas, de material bibliográfico publicado entre 1998 e 2014. Por meio da análise das bibliografias, atualizaram-se as informações contidas no documento base e produziram-se três minutas de artigos científicos. Foi possível observar que o cenário da pesquisa com jacaré-tinga em cativeiro não sofreu fortes alterações, pois pesquisas com a espécie ex-situ são escassas e que o documento base apresenta dados ainda cientificamente sustentados até o momento

    Nutrição na quelonicultura - revisão.

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    Pesquisas com nutrição de quelônios têm sido cada vez mais efetuadas, como forma de tornar os sistemas de produção rentáveis, e retirando-os do nível de criação alternativa nas propriedades, tornando-o a principal fonte de renda dos quelonicultores. Esta revisão bibliográfica possui o objetivo de reunir e debater o maior número de informações disponíveis sobre o atual conhecimento da nutrição de quelônios, voltados para produção animal. Portanto, levando em consideração todas as informações reunidas, podemos enfatizar alguns aspectos, como o fato da grande diversidade de espécies de quelônios, e as diferenças entre elas, exigirem abordagem comparada e um maior esforço para o estabelecimento de exigências e protocolos nutricionais para cada espécie desse grupo de animais. O conhecimento sobre a nutrição de quelônios ainda está em uma fase inicial, portanto muitas informações ainda são necessárias, mediante esforços de pesquisa, para que possamos alimentar adequadamente estes animais em cativeiro, e assim melhor explorar seu potencial zootécnico

    Ethnoveterinary knowledge of the inhabitants of Marajó Island, Eastern Amazonia, Brazil.

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    Em várias partes do mundo existem relatos etnoveterinários sobre a utilização de plantas em protocolos terapêuticos, entretanto não existem informações disponíveis sobre a etnoveterinária praticada na Amazônia brasileira. Desta forma, objetivou-se documentar o conhecimento etnoveterinário de habitantes da Ilha do Marajó, Amazônia Oriental. Foram realizadas 50 entrevistas individuais com aplicação de questionários semi-estruturados que foram analisados quantitativamente através de estatística descritiva utilizando freqüência de distribuição. O valor de uso foi calculado para determinar as espécies mais importantes. Amostras de plantas com relatos de uso medicinal foram coletadas e identificadas botanicamente. Cinqüenta plantas, distribuídas em 48 gêneros e 34 famílias, foram indicadas para 21 diferentes usos medicinais. A família Asteraceae foi a que teve maior número de espécies citadas e Carapa guianensis Aubl, Crescentia cujete L., Copaifera martii Hayne, Caesalpinia ferrea Mart., Chenopodium ambrosioides L., Jatropha curcas L. e Momordica charantia L. foram as espécies com maiores valor de uso. As partes das plantas mais utilizadas para preparo dos medicamentos etnoveterinários foram folhas (56%), cascas (18%), raizes (14%), sementes (14%) e frutos (8%). Quanto à forma de uso o chá foi citado por 56% dos entrevistados e a maioria das preparações (90,9%) utiliza uma só planta. Além das plantas medicinais, os entrevistados relataram o uso de produtos de origem animal e mineral. Esse trabalho contribui para realização de um inventário das plantas utilizadas na etnoveterinária marajoara que pode servir de base de dados para futuros estudos de validação científica

    Observações e preliminares sobre o comportamento alimentar de filhotes de muçuã (Kinosternon Scorpioides) em cativeiro.

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    O muçuã quelônio semi-aquático de água doce encontrado na Amazônia brasileira, possui hábito alimentar onívoro. Visto a carência de pesquisas, este estudo possui o objetivo de avaliar a preferência alimentar de filhotes de Kinosternon scorpioides por dieta de origem animal e vegetal. O experimento foi conduzido no Projeto Bio-Fauna/ISARH/UFRA, sediado em Belém, Pará. Foram utilizados 28 filhotes da espécie K. scorpioides, e a estes foram oferecidos alimentos de origem animal (carne bovina, frango e peixe) e origem vegetal: hortaliças (jerimum, cenoura, beterraba e batata doce) e frutas (banana, mamão e manga). O comportamento alimentar dos muçuãs divide-se em cinco etapas sucessivas: forrageio, aproximação, apreensão, dilaceração e ingestão do alimento. Observou-se que existe diferença significativa na preferência alimentar por alimentos de origem animal por parte dos filhotes. Neste estudo foi observada uma variação considerável da preferência por alimentos de origem animal e vegetal, considerando a porcentagem dos alimentos consumidos. Dentre os itens testados, os de maior aceitação foram os alimentos de origem animal confirmando que estes animais apresentam hábitos predominantemente carnívoro

    Influência da temperatura no comportamento alimentar e interação de filhotes de Kinosternon scorpioides em cativeiro.

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    O muçuã (Kinosternon scorpioides) é um cágado bastante apreciado em toda a região amazônica, sendo um quelônio com características zootécnicas promissoras na aquicultura. Contudo, há poucos estudos que abordem o comportamento alimentar desta espécie em cativeiro. Portanto, objetivou-se com o presente estudo avaliar a influencia da temperatura no comportamento alimentar e a interação de filhotes de muçuã (Kinosternon scopioides), mantidos em três diferentes temperaturas (29,5ºC, 31,5ºC e 33,5ºC). O experimento foi conduzido no Projeto Bio-Fauna/ISARH/UFRA, sediado em Belém, Pará. Um total de 84 filhotes de muçuãs foram subdivididos em seis lotes-berçário, distribuídos dois a dois em estufas mantidas sob diferentes temperaturas, 29,5ºC, 31,5ºC e 33,5ºC, durante os primeiros 90 dias de vida. Os animais foram alimentados com ração para peixe, na proporção de 2% do peso vivo/dia, distribuída em ofertas semanais. Quinzenalmente foram realizadas pesagens e medições individuais, para avaliação do desenvolvimento corpóreo e ajuste de alimentação. Constatou-se efeito significativo da temperatura em todos os parâmetros analisados. Durante o experimento foi notado uma diminuição na frequência alimentar em todos os tratamentos, porém os animais da temperatura mais alta do experimento (33,5ºC) apresentaram a maior diminuição no interesse pelo alimento durante o período de oferta/observação, portanto os mesmos tiveram o pior desempenho quando comparado aos demais lotes

    Aceitação alimentar de resíduos do processamento de frutas por muçuas (Kinosternon scorpioides Linnaeus, 1766) em cativeiro.

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    A utilização de resíduos agroindustriais na dieta dos quelônios é uma alternativa para diminuir os custos de produção sem comprometer o desenvolvimento e a produção animal. Todos os dias toneladas de resíduos são produzidos, gerando grande impacto ambiental e econômico. Portanto, este trabalho tem como objetivo analisar o nível de aceitação dos alimentos alternativos utilizados (resíduos do processamento de frutas) por muçuãs em cativeiro, e fornecer embasamento para futuras pesquisas com nutrição destes animais, visando à sustentabilidade econômica e ambiental das atividades em questão. Neste experimento foram utilizados 25 animais da espécie Kinosternon scorpioides, pertencentes ao plantel experimental do Projeto Bio-Fauna da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), sediado em Belém, Pará, e avaliou-se o grau de aceitação de cinco diferentes resíduos de frutas: Coco -CC (Cocos nucifera): bagaço de coco seco; Laranja - LR (Citrus sinensis): bagaço; Abacaxi - AB (Ananás sativus): casca; Acerola - AC (Malpighia glabra): bagaço; e Manga ? MG (Mangifera indica): bagaço; os quais constituíram os tratamentos, com cinco repetições cada, totalizando 25 unidades experimentais, com um animal cada, durante 10 repetições no tempo. Foi observada diferença estatística (5%) entre a aceitabilidade do bagaço de coco e os demais tratamentos, exceto para casca de abacaxi, sendo o bagaço de coco o item de menor aceitabilidade, demonstrando a importância da coloração na aceitabilidade alimentar de produtos vegetais por muçuãs em cativeiro

    Lipoproteínas de répteis: estrutura, metabolismo e aspectos comparativos.

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    As lipoproteínas são complexos macromoleculares esféricos de lipídeos e proteínas específicas (apoproteínas), sendo as principais: quilomicrons, lipoproteína de muito baixa densidade (VLDL), lipoproteína de baixa densidade (LDL) e lipoproteína de alta densidade (HDL). Elas diferem-se na composição lipídica e proteica, no tamanho e na densidade. A separação das mesmas pode ser efetuada por meio de ultracentrifugação, onde a densidade é usada como parâmetro de separação, ou por eletroforese em gel de agarose, usando a propriedade eletroforética como parâmetro, em: α-lipoproteína (HDL), pré-β-lipoproteína (VLDL) e β?lipoproteína (LDL). Nesta revisão objetiva-se abordar a importância do metabolismo das lipoproteínas em répteis e como o mesmo se dá, além de particularidades nos diferentes grupos de animais que integram esta classe. As características das lipoproteínas em répteis variam, de acordo com a ordem e espécie animal, porém em todas as espécies observa-se certa similaridade com as lipoproteínas humanas, inclusive a presença de homólogos de várias apoproteínas humanas. Porém, as informações sobre esse complexo molecular ainda são escassas, quando se pensa na grande diversidade da classe Reptilia, necessitando assim de mais estudos, principalmente com os répteis submetidos à alimentação oferecida pelo homem, como os animais de finalidade produtiva e os abrigados em zoológicos. Lembrando que distúrbios no metabolismo dos lipídeos também podem ocorrer, resultando em diversas patologias, como obesidade, e consequentemente redução do desempenho produtivo e reprodutivo
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