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Listening and auscultates it: criticizes the rationality medicates occidental person centered evidence-based medicine
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Previous issue date: 2002Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.A racionalidade médica ocidental contemporânea ou mais especificamente da Biomedicina, traz como características já apontadas por vários autores, o objetivismo, o mecanicismo e o cientificismo. Este modelo recebe influência histórica imerso num contexto político, cultural e econômico favoráveis. A Biomedicina vem reduzindo seu objetivo de estudo à doença/patologia (sob uma visão ontológica). Apesar dos esforços de algumas disciplinas, tais como a Psicologia Médica, Filosofia da Saúde, Antropologia Médica e segmentos da saúde coletiva, parece ficar em segundo plano valores éticos e subjetivos da relação médico-paciente, assim como uma visão positiva do binômio saúde/doença. Constatamos a permanência deste mesmo paradigma em algumas práticas contemporâneas. Neste trabalho, utilizamos como exemplo de iniciativa o surgimento da chamada "Medicina Baseada em Evidências"(MBE), buscando enfatizar os possíveis efeitos (positivos e negativos) dos critérios assistenciais utilizados por esta prática, sob o ponto de vista ético e de integralidade na relação médico-paciente. Em que pese seus benefícios e avanços à área da saúde, parece que muitos defensores desta prática ratificam o mesmo paradigma (no sentido Kuhniano) na Biomedicina, enfatizando o modelo cientificista, imersos no contexto da globalização. Será feita uma reflexão crítica dos aspectos apontados, mas também buscaremos apontar princípios, ações, estratégias possíveis para avançarmos em direção a valores das dimensões éticas e intersubjetivas como critérios a serem contemplados na prática médica, pondo inclusive os avanços científicos a serviço do cuidado e da atenção. Para tal, nosso estudo se baseia em pesquisa bibliográfica (livros, revistas, banco de dados da internet, artigos em geral). A estratégia metodológica principal foi a análise do discurso dos autores defensores da MBE como principal critério decisório em práticas assistenciais, sob o ponto de vista de autores da Filosofia Médica, Psicologia Médica e Saúde Coletiva/Epidemiologia.The rationality of the contemporary western medicine or specifically of Biomedicine,
inherits characteristics already stressed by many authors: excessive objectivity,
mechanicistic point of view and scientific patterns of thinking. That model acquires
historical influence immersed in a political, cultural and economical context. Biomedicine
reduces its study object in disease/patology (in an ontological perpective). Although the
efforts of some disciplines like Medical Psychology, Philosophy of Health, Medical
Anthropology and Public Health, ethics and subjective values of the doctor-patient
relationship apparently stay in second level, as well as a positive view of health/disease
process. We notice the permanency of this same paradigm in some other contemporary
practices. In this dissertation, we have focused the so-called “Evidence Based Medicine” as
an example of an actual enterprise, pointing out the possible effects (positive and negative)
of standards of care proposed by this practice, under an ethical point of view and under an
holistic vision into the context of doctor-patient relationship. In spite of the usefulnesses
and advancements into the Health field, this practice’s defenders ratify the same paradigm
(in Kuhn’s sense) as the one prevailing in Biomedicine, when they focus the scientific
model, immersed in a globalized context. The above-mentioned aspects were considered
with a critical eye. However, principles, actions and strategies fowards values of ethic’s and
intersubjective’s dimensions as criteria in the medical practice, were also approached. The
scientific advancements were regarded as positive, when they occur in terms of care and
assistance. Our study is based in a bibliographic search (books, reviews, internet, articles in
general). The principal methodologic strategy was the analysis of the discourse of EBM’s
supporters as if their criteria were of the highest rank in health care based upon the views of
authors of Medical Philosophy, Medical Psychology and Public Health/Epidemiology
Dr. Sackett & "Mr. Sacketeer"... Encanto e desencanto no reino da expertise na medicina baseada em evidências Dr. Sackett & "Mr. Sacketeer"... enchantment and disenchantment in the land expertise in evidence-based medicine
Em maio de 2000, o Prof. David L. Sackett, um dos criadores do movimento da medicina baseada em evidências (MBE), publicou no British Medical Journal um texto no qual renunciava a escrever, ministrar cursos e atuar como referee em temas relacionados a MBE. Esta atitude é justificada por sua frustração com o que considerou efeitos danosos de um alegado excesso de experts no referido campo. Esta foi a matéria prima para abordar aspectos ligados à definição e escopo das propostas da MBE assim como correspondentes críticas, enfatizando as estratégias retóricas empregadas por tal movimento. A seguir, foi discutida a noção de expertise e apresentados breves enfoques sobre o papel dos sistemas expert e da competência especializada na nossa ambiência societal, elaborados respectivamente por Anthony Giddens e Zygmunt Bauman. A intenção central deste comentário é enfatizar que ao acompanhar o progressivo movimento nas tentativas de obter controle e inteligibilidade a nossos objetos de estudo, é preciso levar em conta a possibilidade de haver dimensões inalcançáveis através do modo de pensar racionalista próprio do ocidente.In May 2000, Prof. David L. Sackett, one of the founders of the evidence-based medicine movement (EBM), published an article in the British Medical Journal in which he renounced writing, teaching, or serving as a referee for topics related to EBM. He justified his stance based on his frustration over what he considered the harmful effects of an alleged excess of experts in this field. Sackett's position was the raw material whereby we approached aspects linked to the definition and scope of EBM as well as related critiques. We also stress the movement's various rhetorical strategies. In addition, we discuss both the notion of expertise and the role of "expert systems" and "specialized competence" in our societal milieu, developed respectively by Anthony Giddens and Zygmunt Bauman. The main focus of this commentary is to emphasize that while we are dealing with a progressive trend towards acquiring control and intelligibility vis-à-vis the objects of our research, we must consider the possibility of dimensions that cannot be reached by way of the rationalistic Western mode of thought