7 research outputs found

    Contribuições da psicanálise de Freud e Lacan a uma Psicotherapia outra: a clínica do sujeito na saúde coletiva

    No full text
    Our main objective was to reflect on the clinic of Psychosocial Care in the light of technical-theoretical as well as ethical-political psychoanalytic and Marxian references, considering the paradigmatic analysis, postulated by Costa-Rosa, who defines the Psychosocial Paradigm as a step beyond the Brazilian Psychiatric Reform. From a clinical and institutional praxis, we have attempted to found a modality of psicotherapy in which Freud and Lacan’s psychoanalysis is applied. We specify the focus of this reflection in the field of Collective Health and in the clinic of suppression (context of “neurosis”). We start from the Intercessor Device as a new Mode of Production of subjectivity and “knowledge”. Of transdisciplinary nature, the Intercessor Device originates mainly from psychoanalysis and Historical Materialism - as well as from inspirations of the french Institutional Analysis and Philosophy of Difference - to define two radically different moments of production: that of clinical praxis together with the “subjects of treatment” and of institutional praxis with the “collective of work”; and the moment of theoretical reflection, produced a posteriori, on the production process carried out along the first moment. If Freud envisioned the possibility of inclusion of psychoanalysis in public institutions, our reflections intend to demonstrate that this endeavor is both possible and ethically necessary. For such, we also resort to theoretical-technical and ethical unfoldings also carried out by Lacan. In this perspective, we consider that if psychotherapies in general, from an active “healer”, produce grafts of imaginary-tautological sense in trying to suture the slit opened up by anxiety, producing readaptation in favor of the socially-instituted, anOther psychotherapy sets itself out from the psychoanalytic ethical guidance of suspending Knowledge-Power-cure, having as effect the ...Nosso objetivo principal foi pensar a clínica da Atenção Psicossocial à luz dos referenciais teórico-técnicos e ético-políticos psicanalítico e marxiano, considerando a análise paradigmática, postulada por Costa-Rosa, que define o Paradigma Psicossocial como um passo além da Reforma Psiquiátrica brasileira. A partir da práxis clínica e institucional, tentamos fundamentar uma modalidade de psicotherapia na qual a psicanálise do campo de Freud e Lacan é aplicada. Especificamos o enfoque desta reflexão no campo da Saúde Coletiva e na clínica do recalcamento (contexto das “neuroses”). Partimos do Dispositivo Intercessor, como um novo Modo de Produção de subjetividade e “conhecimento”. De natureza transdisciplinar, o Dispositivo Intercessor parte, principalmente, da psicanálise e do Materialismo Histórico – bem como de inspirações da Análise Institucional francesa e da Filosofia da Diferença – para definir dois momentos de produção radicalmente diferentes: o momento da práxis clínica junto aos “sujeitos do tratamento” e da práxis institucional junto ao “coletivo de trabalho”; e o momento da reflexão teórica, produzida a posteriori, sobre o processo de produção realizado no primeiro momento. Se Freud idealizou a possibilidade de inserção da psicanálise nas instituições públicas, nossas reflexões pretendem demonstrar que essa empreitada é tão possível quanto eticamente necessária. Para tal, recorremos também aos desdobramentos teórico-técnicos e éticos realizados por Lacan. Nessa perspectiva, consideramos que, se as psicoterapias em geral, partindo de “um cura” ativo, fazem enxertos de sentido imaginário-tautológico na tentativa de suturar a fenda aberta pela angústia, produzindo readaptação a favor do instituído social, uma psicotherapia Outra parte da orientação ética psicanalítica de suspensão do Saber-Poder-curar, tendo como ..

    Contribuições da psicanálise de Freud e Lacan a uma Psicotherapia outra: a clínica do sujeito na saúde coletiva

    No full text
    Our main objective was to reflect on the clinic of Psychosocial Care in the light of technical-theoretical as well as ethical-political psychoanalytic and Marxian references, considering the paradigmatic analysis, postulated by Costa-Rosa, who defines the Psychosocial Paradigm as a step beyond the Brazilian Psychiatric Reform. From a clinical and institutional praxis, we have attempted to found a modality of psicotherapy in which Freud and Lacan's psychoanalysis is applied. We specify the focus of this reflection in the field of Collective Health and in the clinic of suppression (context of neurosis). We start from the Intercessor Device as a new Mode of Production of subjectivity and knowledge. Of transdisciplinary nature, the Intercessor Device originates mainly from psychoanalysis and Historical Materialism - as well as from inspirations of the french Institutional Analysis and Philosophy of Difference - to define two radically different moments of production: that of clinical praxis together with the subjects of treatment and of institutional praxis with the collective of work; and the moment of theoretical reflection, produced a posteriori, on the production process carried out along the first moment. If Freud envisioned the possibility of inclusion of psychoanalysis in public institutions, our reflections intend to demonstrate that this endeavor is both possible and ethically necessary. For such, we also resort to theoretical-technical and ethical unfoldings also carried out by Lacan. In this perspective, we consider that if psychotherapies in general, from an active healer, produce grafts of imaginary-tautological sense in trying to suture the slit opened up by anxiety, producing readaptation in favor of the socially-instituted, anOther psychotherapy sets itself out from the psychoanalytic ethical guidance of suspending Knowledge-Power-cure, having as effect the ...Nosso objetivo principal foi pensar a clínica da Atenção Psicossocial à luz dos referenciais teórico-técnicos e ético-políticos psicanalítico e marxiano, considerando a análise paradigmática, postulada por Costa-Rosa, que define o Paradigma Psicossocial como um passo além da Reforma Psiquiátrica brasileira. A partir da práxis clínica e institucional, tentamos fundamentar uma modalidade de psicotherapia na qual a psicanálise do campo de Freud e Lacan é aplicada. Especificamos o enfoque desta reflexão no campo da Saúde Coletiva e na clínica do recalcamento (contexto das neuroses). Partimos do Dispositivo Intercessor, como um novo Modo de Produção de subjetividade e conhecimento. De natureza transdisciplinar, o Dispositivo Intercessor parte, principalmente, da psicanálise e do Materialismo Histórico - bem como de inspirações da Análise Institucional francesa e da Filosofia da Diferença - para definir dois momentos de produção radicalmente diferentes: o momento da práxis clínica junto aos sujeitos do tratamento e da práxis institucional junto ao coletivo de trabalho; e o momento da reflexão teórica, produzida a posteriori, sobre o processo de produção realizado no primeiro momento. Se Freud idealizou a possibilidade de inserção da psicanálise nas instituições públicas, nossas reflexões pretendem demonstrar que essa empreitada é tão possível quanto eticamente necessária. Para tal, recorremos também aos desdobramentos teórico-técnicos e éticos realizados por Lacan. Nessa perspectiva, consideramos que, se as psicoterapias em geral, partindo de um cura ativo, fazem enxertos de sentido imaginário-tautológico na tentativa de suturar a fenda aberta pela angústia, produzindo readaptação a favor do instituído social, uma psicotherapia Outra parte da orientação ética psicanalítica de suspensão do Saber-Poder-curar, tendo como ..

    O mal-estar no trabalho: a culpa como mal-estar e a culpa do mal-estar

    Get PDF
    Trata-se de uma pesquisa teórico-reflexiva que pretende, à luz das teorias Psicanalítica e Freudo-Marxista, pensar o mal-estar no trabalho – efeito de uma civilização repressiva –, bem como suas possibilidades sublimatórias, no contexto das discussões sobre o conflito indivíduo-civilização. O trabalho propicia ao homem o essencial para a sua representação de si e do mundo. Pesquisas atuais indicam a importância de se pensar o trabalho no entendimento do processo saúde/doença física e mental, bem como da subjetividade do homem na atualidade. Entretanto, as organizações de trabalho, usando de entendimentos reducionistas, tendo como cúmplice o Saber/Poder médico-psiquiátrico, tendem a desconsiderar sua parcela de responsabilização na “produção” das enfermidades nos trabalhadores, principalmente as que se referem ao psíquico. Freud, partindo da compreensão das neuroses, destacou que, no conflito indivíduo-civilização, o primeiro paga um alto preço: o mal-estar constante (a culpa como malestar). Ao passo que quem detém a culpa, no sentido social da palavra (a culpa do mal-estar), é a cultura humana, intermediada pelas organizações, sendo estas defensoras dos interesses da minoria detentora dos meios de produção/exploração. Para Freud, o crescimento do sentimento de culpa é inevitável, dada a necessidade da repressão das pulsões para o progresso cultural por meio do trabalho desprazeroso. Entretanto, Reich e Marcuse teorizam uma saída para o pessimismo freudiano acerca do conflito entre o indivíduo e a civilização. Freud não teria ponderado devidamente a natureza sócio-histórica do Princípio de Realidade, considerando este universal. Portanto, o nível de repressão possuiria classe socioeconômica específica: mais-valia para uma minoria e mais-repressão para a grande massa. Um Princípio de Realidade menos repressivo poderia proporcionar um progresso cultural mais justo e humanizador. Continua, como nunca, na pauta de discussão, a possibilidade do trabalho em condições sociais e psicológicas que permitam a redução do mal-estar das massas de trabalhadores no seio da civilização

    Sujeito, Subjetividade e “Ciência” em Freud e Lacan: Algumas Considerações Teóricas Prévias a uma Intercessão-pesquisa no Campo da Saúde Mental Coletiva

    No full text
    Tendo a psicanálise de Freud e Lacan como referência, buscamos tecer considerações teóricas prévias a uma Intercessão-Pesquisa no contexto da Saúde Mental Coletiva. Para tal, esboçamos as teorizações de sujeito e subjetividade, bem como a visão de “ciência” e de produção de saber que se faz possível a partir destes conceitos. A psicanálise elucida um sujeito além do eu, na medida em que a fala deflagra o furo no discurso. Sujeito este que, por não se esgotar em um significante, sempre emerge do movimento simbólico ao ser representado por um significante para outros significantes. É por ser produzido a partir da cascata de significantes, como enxame de sentido, estando esta em constante movimento, que enunciamos a hipótese do processamento subjetivo. Falamos de subjetividade ativa, que não cessa de produzir novos significantes: produção de sentidos novos a partir dos efeitossujeito. Com a psicanálise, vemos uma revolução paradigmática no campo epistemológico, que coloca em relevo a produção subjetiva sempre pela via do sujeito. Possibilita uma práxis que se coloca em condição de tratar o Real pelo Simbólico; tratamento sempre parcial, uma vez que o Simbólico não tem o último significante capaz de dizer por completo o Real do sujeito. De tal modo, é a partir da perspectiva da castração simbólica que se pode conceber o que podemos denominar um campo “científico” psicanalítico: uma “ciência” não-toda. No Dispositivo Intercessor, a produção do saber na práxis está inevitavelmente atrelada a um saber-se por parte do sujeito, capaz de operar equacionamentos nos impasses de subjetivação vivenciados. Quanto ao saber da pesquisa, esse é produzido a posteriori e corresponde a uma reflexão de estatuto epistemológico sobre o processo de produção do saber na práxis clínica
    corecore