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    Sífilis congênita, escolaridade materna e cuidado pré-natal no Pará entre 2010 e 2020: um estudo descritivo / Congenital syphilis, maternal schooling and prenatal care in Pará between 2010 and 2020: a descriptive study

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    A sífilis é uma doença infectocontagiosa provocada por uma espiroqueta, o Treponema pallidum, cuja transmissão ocorre por contato sexual e por via transplacentária (transmissão vertical). A sífilis congênita é a consequência da disseminação do Treponema pallidum por via hematogênica, da genitora infectada não tratada ou inadequadamente tratada durante a gestação para o feto. Ao analisar o nível educacional de uma população é possível inferir indiretamente suas condições de renda, acesso à serviços de saúde, bem como hábitos alimentares, higiênicos e comportamentais. A escolaridade apresenta as condições socioeconômicas, que podem ser vistas como determinantes de saúde e bem-estar. A atenção pré-natal de qualidade e humanizada é essencial para a saúde materna e neonatal. O cuidado à gestante deve incluir atitudes de prevenção e promoção de saúde, além do diagnóstico e tratamento adequado dos eventuais problemas que surgirem neste período. O objetivo é descrever o perfil epidemiológico de sífilis congênita no período de 2010 a 2020 no estado do Pará e relacionar às condições maternas como escolaridade, realização ou não realização do acompanhamento pré-natal e a evolução dos casos confirmados. Trata-se de um estudo transversal, com delineamento descritivo e usando abordagem quantitativa. Os dados apurados foram referentes à incidência de sífilis congênita no estado do Pará, localizado na região Norte do Brasil, no período de 2010 a 2020. O número de casos confirmados e notificados de sífilis congênita no Pará, de 2010 a 2020, totalizou 7.170 casos. Ao observar os dados sobre a escolaridade da genitora, 24,4% (1.754) não haviam completado o ensino fundamental II (quinta a oitava série). O valor de ignorado/branco para a escolaridade materna correspondeu a 26,4% (1896) da amostra. O acompanhamento pré-natal foi realizado por 84,5% (6.058) das mães e não realizado por 12,8% (920), ignorado/branco 2,7% (192). A assistência pré-natal é uma ferramenta importante para a prevenção e controle da sífilis congênita, sendo o seu controle classificado como um indicador de qualidade da atenção pré-natal, de acordo com o Ministério da Saúde (MS). No Pará, a maior parte dos casos teve a escolaridade materna ignorada (26,4%) e as mães que não haviam completado a quinta a oitava série corresponderam a 24,4%. Torna-se visível a deficiência no sistema de notificação, devido ao grau elevado de subnotificação em relação à escolaridade das mães
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