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    Uso de pessários como alternativa ao tratamento cirúrgico de prolapsos genitais

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    As distopias genitais são uma importante entidade e geralmente se manifestam acompanhadas de queixas urinárias, anorretais e disfunções sexuais, conferindo alta morbidade. Apesar da cirurgia ser considerada padrão-ouro, possui altas taxas de recidiva. O pessário se insere nesse cenário, portanto, como uma alternativa simples e barata para essas pacientes. O objetivo principal do estudo foi avaliar o impacto do uso de pessários na qualidade de vida de mulheres com distopia genital por meio de questionário. Trata-se de um estudo longitudinal prospectivo que teve como critérios de inclusão mulheres com prolapsos genitais graus III e IV com desejo de utilizar o pessário, que estavam na fila de cirurgia, com contraindicação ao procedimento cirúrgico ou sem desejo de realizá-lo. A avaliação da qualidade de vida foi feita por meio de aplicação de questionário validado de qualidade de vida em prolapso, aplicado antes e 3 meses após a inserção do pessário. Ao final, foi obtida uma amostra de 12 mulheres por conveniência. Os valores do questionário antes e depois foram avaliados pelo método de Wilcoxon com p<0,05. Dentre os dados gerais da amostra, tem-se uma média de 78,42 anos e 5,83 partos. A maioria das mulheres apresentaram mais de um fator de risco, sendo menopausa (100%), multiparidade (83%) e parto vaginal (83%) os mais importantes, confirmando uma etiologia multifatorial do prolapso genital. Foi observada uma redução significativa do impacto do prolapso na qualidade de vida dessas mulheres, principalmente nos domínios relacionados ao impacto do prolapso de 87%, emoções de 90%, limitações físicas de 54%, limitações de atividades de 90% e medidas de severidade 88%. A percepção geral de saúde também apresentou melhora significativa do score geral, mesmo na vigência de complicações, como corrimento aumentado (25%), expulsão do dispositivo (16,67%), desconforto (25%) e úlcera (25%), tratadas ambulatorialmente. Os relacionamentos pessoais foram pouco afetados, contraditoriamente à literatura, por conta do viés da maioria ser viúva ou não ter comunicado sobre o prolapso para familiares. Junto a ele, os domínios de sono e energia e limitações sociais, apesar de apresentarem melhora, não houve significância estatística devido à limitação do tamanho da amostra, exigindo estudos adicionais. O uso de pessário vaginal como alternativa ao tratamento cirúrgico de prolapso genital graus III e IV apresentou resultados positivos na qualidade de vida das pacientes portadoras, sendo realidade em outros países. Adicionado a isso, foi constatada a importância da relação médico-paciente para a adesão ao tratamento
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