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    Fator V plasmático como biomarcador de disfunção do enxerto e preditor de perda precoce de enxerto após transplante hepático

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    Introdução: A disparidade entre o número de candidatos a transplante hepático e de enxertos disponíveis, gera o fenômeno de escassez de enxertos. Para enfrentar esse problema, uma das estratégias possíveis é a expansão dos critérios para aceitação de enxertos. Todavia o uso de enxertos não-ideais aumento o risco de disfunção primaria do enxerto (DPE). O diagnostico precoce da DPE pode potencialmente levar a uma mais rápida intervenção. Diversos biomarcadores foram estudados para o diagnóstico da DPE, porem ainda não há um consenso sobre o tema. Objetivo: Revisar a literatura sobre o tema da disfunção do enxerto e validar o Fator V plasmático no primeiro dia pós-operatório (1ºPO) como um biomarcador de DPE e perda precoce do enxerto após transplante hepático. Métodos: Análise retrospectiva dos níveis de Fator V no 1ºPO de transplante hepático. Pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com os níveis de Fator V: ≤36.1U/mL e >36.1U/mL. O desfecho primário foi DPE como definido por Olthoff et al. Preditores dos desfechos foram identificados por regressão logística. Resultados: 227 pacientes foram incluídos no estudo: 74 com Fator V ≤36.1U/mL e 153 com Fator V >36.1U/mL. Dentre os pacientes com Fator V ≤36.1U/mL, 41 (55.4%) tiveram DPE, enquanto 20 (13.1%) pacientes com Fator V >36.1U/mL tiveram DPE, p36.1U/mL tiveram sobrevida do enxerto de 98%, 95% e 95%, respectivamente (p=0.001). Fator V foi um preditor contínuo para perda do enxerto em 3 e 6 meses [(OR=0.96 (95%CI 0.94-0.99) e OR=0.97 (95%CI 0.94-0.99) per U/mL], enquanto a definição de DPE não foi significante quanto ajustada para os níveis de Fator V. Conclusão: Fator V é um biomarcador precoce de EAD e pode ser aplicado de forma contínua como preditor de perda precoce do depois de transplante hepático.Background: The imbalance between the number of patients waiting for a liver transplantation and the number of available grafts generates a scarcity of grafts. To face this problem, on possible strategy is to expand the criteria for acceptance of grafts. However, the use of non-ideal grafts increases the risk of early allograft dysfunction (EAD). The early diagnosis of EAD potentially could led to faster intervention. Several biomarkers have been studied for the diagnosis of EAD, however, there is no consensus on this matter. Aims: To review the literature on graft dysfunction and to assess Factor V as a biomarker of EAD and a predictor of graft loss after liver transplantation (LT). Methods: We retrospectively assessed the serum Factor V on postoperative day 1 after LT. Patients were divided according to Factor V level: ≤36.1U/mL and >36.1U/mL. The primary outcome was graft loss within 1-, 3- and 6-months. The secondary outcome was EAD as defined by Olthoff et al. Predictors of outcomes were identified by multivariable logistic regression. Results: 227 patients have been included in the study: 74 with Factor V ≤36.1U/mL and 153 with Factor V >36.1U/mL. Among the patients with Factor V ≤36.1U/mL, 41 (55.4%) had EAD whereas 20 (13.1%) patients with Factor V >36.1U/mL had EAD, p36.1U/mL had 98%, 95% and 95%, respectively (p=0.001). Factor V was a continuous predictor for 3- and 6-month graft loss [(OR=0.96 (95%CI 0.94-0.99) and OR=0.97 (95%CI 0.94-0.99) per U/mL] whereas EAD was not significant when adjusted for Factor V. Conclusion: Factor V is an early biomarker for EAD and is continuous predictor of shortterm graft loss and after LT. Factor V is a promisor biomarker for short-term outcomes after LT

    Fator V plasmático como biomarcador de disfunção do enxerto e preditor de perda precoce de enxerto após transplante hepático

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    Introdução: A disparidade entre o número de candidatos a transplante hepático e de enxertos disponíveis, gera o fenômeno de escassez de enxertos. Para enfrentar esse problema, uma das estratégias possíveis é a expansão dos critérios para aceitação de enxertos. Todavia o uso de enxertos não-ideais aumento o risco de disfunção primaria do enxerto (DPE). O diagnostico precoce da DPE pode potencialmente levar a uma mais rápida intervenção. Diversos biomarcadores foram estudados para o diagnóstico da DPE, porem ainda não há um consenso sobre o tema. Objetivo: Revisar a literatura sobre o tema da disfunção do enxerto e validar o Fator V plasmático no primeiro dia pós-operatório (1ºPO) como um biomarcador de DPE e perda precoce do enxerto após transplante hepático. Métodos: Análise retrospectiva dos níveis de Fator V no 1ºPO de transplante hepático. Pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com os níveis de Fator V: ≤36.1U/mL e >36.1U/mL. O desfecho primário foi DPE como definido por Olthoff et al. Preditores dos desfechos foram identificados por regressão logística. Resultados: 227 pacientes foram incluídos no estudo: 74 com Fator V ≤36.1U/mL e 153 com Fator V >36.1U/mL. Dentre os pacientes com Fator V ≤36.1U/mL, 41 (55.4%) tiveram DPE, enquanto 20 (13.1%) pacientes com Fator V >36.1U/mL tiveram DPE, p36.1U/mL tiveram sobrevida do enxerto de 98%, 95% e 95%, respectivamente (p=0.001). Fator V foi um preditor contínuo para perda do enxerto em 3 e 6 meses [(OR=0.96 (95%CI 0.94-0.99) e OR=0.97 (95%CI 0.94-0.99) per U/mL], enquanto a definição de DPE não foi significante quanto ajustada para os níveis de Fator V. Conclusão: Fator V é um biomarcador precoce de EAD e pode ser aplicado de forma contínua como preditor de perda precoce do depois de transplante hepático.Background: The imbalance between the number of patients waiting for a liver transplantation and the number of available grafts generates a scarcity of grafts. To face this problem, on possible strategy is to expand the criteria for acceptance of grafts. However, the use of non-ideal grafts increases the risk of early allograft dysfunction (EAD). The early diagnosis of EAD potentially could led to faster intervention. Several biomarkers have been studied for the diagnosis of EAD, however, there is no consensus on this matter. Aims: To review the literature on graft dysfunction and to assess Factor V as a biomarker of EAD and a predictor of graft loss after liver transplantation (LT). Methods: We retrospectively assessed the serum Factor V on postoperative day 1 after LT. Patients were divided according to Factor V level: ≤36.1U/mL and >36.1U/mL. The primary outcome was graft loss within 1-, 3- and 6-months. The secondary outcome was EAD as defined by Olthoff et al. Predictors of outcomes were identified by multivariable logistic regression. Results: 227 patients have been included in the study: 74 with Factor V ≤36.1U/mL and 153 with Factor V >36.1U/mL. Among the patients with Factor V ≤36.1U/mL, 41 (55.4%) had EAD whereas 20 (13.1%) patients with Factor V >36.1U/mL had EAD, p36.1U/mL had 98%, 95% and 95%, respectively (p=0.001). Factor V was a continuous predictor for 3- and 6-month graft loss [(OR=0.96 (95%CI 0.94-0.99) and OR=0.97 (95%CI 0.94-0.99) per U/mL] whereas EAD was not significant when adjusted for Factor V. Conclusion: Factor V is an early biomarker for EAD and is continuous predictor of shortterm graft loss and after LT. Factor V is a promisor biomarker for short-term outcomes after LT

    Liver surgery : 9-year experience at Hospital de Clínicas de Porto Alegre

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    Introdução: Existem poucos relatos em nosso meio do perfil dos pacientes submetidos à hepatectomia. Este fato serviu de estímulo para o presente estudo. Objetivo: Avaliar os dados demográficos dos pacientes submetidos à cirurgia de ressecção hepática, bem como mortalidade operatória, relatando a experiência do serviço. Métodos: Revisão de prontuário dos pacientes submetidos à cirurgia de ressecção hepática no Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre janeiro 2000 e dezembro de 2008. Foram excluídas da amostra as nodulectomias e as biópsias hepáticas. Resultados: Foram realizadas no serviço, por uma mesma equipe cirúrgica, 115 ressecções hepáticas: 46,9% por doenças benignas, 33,9% por metástases e 19,13% por doença maligna primária. As metástases de tumor de cólon compreenderam 26,08% dos casos, 19,13% foram hemangiomas e 11,3% carcinoma hepatocelular. Sessenta e um por cento dos pacientes eram do sexo feminino, e a média de idade foi de 44,54 anos. O tipo de ressecção mais realizada foi a segmentectomia (72,88%). A mortalidade operatória foi de 6,1%. Conclusão: A metástase de tumor de cólon foi a indicação mais frequente de ressecção hepática. A alta frequência do hemangioma, apesar da restrita indicação cirúrgica por se tratar de uma doença benigna, talvez seja decorrente do encaminhamento direcionado destes pacientes e do predomínio de mulheres. A mortalidade encontrada foi baixa, compatível com a relatada em grandes centros, mostrando que a hepatectomia pode ser realizada com segurança em centros universitários de referência.Background: There are few data on the profile of patients submitted to liver resection in our country. This fact motivated us to perform this study. Aim: To evaluate the profile of patients submitted to liver resection, operative mortality and to describe our service experience in liver resection. Methods: We studied patients who underwent liver resection at Hospital de Clínicas de Porto Alegre between January 2000 and December 2008. Patients submitted to nodulectomy and liver biopsy were excluded. Results: A hundred fifteen liver resections were analyzed. Forty seven percent of the indications were for benign disease, 33.9% for metastasis and 19.13% for primary liver tumors. Colon cancer metastasis comprehended 26.08% of the total, followed by hemangiomas (19.13%) and hepatocarcinoma (11.3%). Female patients comprised 61.1% of the total, and the mean age at surgery was 44.54 years. Segmental liver resection was the surgical approach of choice in 72.88% of the patients. Thirty day operative mortality was 6.1%. Conclusion: Colon cancer metastasis as the most frequent indication for liver resection agrees with the other published series. However, hemangiomas had greater prevalence in our series. The high prevalence of hemangioma, even with the strict surgical indications, may be due to the fact that our hospital is a reference center, and to the high female prevalence in our series. The operative mortality was low and comparable to other centers, assuring that liver resection can be a safe procedure when executed at experienced centers

    Liver surgery : 9-year experience at Hospital de Clínicas de Porto Alegre

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    Introdução: Existem poucos relatos em nosso meio do perfil dos pacientes submetidos à hepatectomia. Este fato serviu de estímulo para o presente estudo. Objetivo: Avaliar os dados demográficos dos pacientes submetidos à cirurgia de ressecção hepática, bem como mortalidade operatória, relatando a experiência do serviço. Métodos: Revisão de prontuário dos pacientes submetidos à cirurgia de ressecção hepática no Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre janeiro 2000 e dezembro de 2008. Foram excluídas da amostra as nodulectomias e as biópsias hepáticas. Resultados: Foram realizadas no serviço, por uma mesma equipe cirúrgica, 115 ressecções hepáticas: 46,9% por doenças benignas, 33,9% por metástases e 19,13% por doença maligna primária. As metástases de tumor de cólon compreenderam 26,08% dos casos, 19,13% foram hemangiomas e 11,3% carcinoma hepatocelular. Sessenta e um por cento dos pacientes eram do sexo feminino, e a média de idade foi de 44,54 anos. O tipo de ressecção mais realizada foi a segmentectomia (72,88%). A mortalidade operatória foi de 6,1%. Conclusão: A metástase de tumor de cólon foi a indicação mais frequente de ressecção hepática. A alta frequência do hemangioma, apesar da restrita indicação cirúrgica por se tratar de uma doença benigna, talvez seja decorrente do encaminhamento direcionado destes pacientes e do predomínio de mulheres. A mortalidade encontrada foi baixa, compatível com a relatada em grandes centros, mostrando que a hepatectomia pode ser realizada com segurança em centros universitários de referência.Background: There are few data on the profile of patients submitted to liver resection in our country. This fact motivated us to perform this study. Aim: To evaluate the profile of patients submitted to liver resection, operative mortality and to describe our service experience in liver resection. Methods: We studied patients who underwent liver resection at Hospital de Clínicas de Porto Alegre between January 2000 and December 2008. Patients submitted to nodulectomy and liver biopsy were excluded. Results: A hundred fifteen liver resections were analyzed. Forty seven percent of the indications were for benign disease, 33.9% for metastasis and 19.13% for primary liver tumors. Colon cancer metastasis comprehended 26.08% of the total, followed by hemangiomas (19.13%) and hepatocarcinoma (11.3%). Female patients comprised 61.1% of the total, and the mean age at surgery was 44.54 years. Segmental liver resection was the surgical approach of choice in 72.88% of the patients. Thirty day operative mortality was 6.1%. Conclusion: Colon cancer metastasis as the most frequent indication for liver resection agrees with the other published series. However, hemangiomas had greater prevalence in our series. The high prevalence of hemangioma, even with the strict surgical indications, may be due to the fact that our hospital is a reference center, and to the high female prevalence in our series. The operative mortality was low and comparable to other centers, assuring that liver resection can be a safe procedure when executed at experienced centers
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