6 research outputs found

    Associação entre proporção de massa cardíaca predita doador-receptor e acoplamento ventrículo direito-artéria pulmonar após transplante cardíaco

    Get PDF
    A disfunção do ventrículo direito após transplante cardíaco é frequente e associada a pior prognóstico. O acoplamento ventrículo direito-artéria pulmonar (VD-AP) é um método emergente na avaliação de disfunção do ventrículo direito; entretanto, seu comportamento no contexto de transplante cardíaco e sua relação com desproporções de tamanho doador-receptor ainda não foram estudados. No presente trabalho, tivemos por objetivo avaliar o acoplamento VD-AP em 7 e 30 dias pós-transplante, bem como examinar suas associações com variáveis de proporção de tamanho doador-receptor. Para isto, foram revisados dados clínicos, ecocardiográficos e hemodinâmicos de uma coorte retrospectiva de pacientes submetidos a transplante cardíaco e seus respectivos doadores. O acoplamento VD-AP foi avaliado através da razão entre a mudança da área fracional do ventrículo direito e pressão sistólica na artéria pulmonar ( right ventricular fractional area change , RVFAC/PSAP). Foram incluídos 34 pacientes transplantados (48 ±15 anos, 50% masculinos) entre 2015 a 2018. O acoplamento VD-AP pós-operatório melhorou quando comparados 7 e 30 dias (RVFAC/PSAP 0.98 ±0.24 vs. 1.26 ±0.27; IC 95%; p<0.001). Houve associação positiva entre a proporção de massa cardíaca predita doador-receptor adequada e o perfil evolutivo favorável da relação RVFAC/PSAP aos 30 dias, independente do tempo de isquemia do enxerto e da hipertensão pulmonar pré-existente ( B 0,51; IC 95% 0.13-0.9; p=0.01; R 2 ajustado=0.29). Estes achados conferem destaque ao uso da massa cardíaca predita como ferramenta para auxiliar na seleção de doadores e sugerem seu impacto em mecanismos de acoplamento VD-AP e disfunção do ventrículo direito após transplante cardíaco.Right ventricular dysfunction after heart transplantation is a frequent complication and is associated with a worse prognosis. The right ventricular-pulmonary arterial (RV-PA) coupling is an emerging method in the assessment of right ventricular dysfunction; however, its evolution in the context of heart transplantation and their relationship with donor-recipient size mismatches are unknown. Our study aims to assess RV-PA coupling at seven and 30 days post-transplant and evaluate their association with donor-recipient size matching variables. To this end, clinical, echocardiographic and hemodynamic data from a retrospective cohort of heart transplant recipients and their respective donors were reviewed. Coupling interaction between RV-PA was examined by right ventricular fractional area change (RVFAC) and pulmonary artery systolic pressure (PASP) ratio (RVFAC/PASP). Thirty-four subjects (48 ± 15 years, 50% male gender) transplanted between 2015 and 2018 were included. Post-operative RV-PA coupling improved comparing seven to 30 days (RVFAC/PASP 0.98 ± 0.24 vs. 1.26 ± 0.27; CI 95%; p<0.001). There was a positive association between adequate donor-recipient predicted heart mass ratio and improvement of RVFAC/PASP ratio at 30 days, independent of graft ischemic time and pre-existent pulmonary hypertension (B 0,51; 95% CI 0.13-0.9; p = 0.01; adjusted R 2 =0.29). These findings highlight the role of predicted heart mass as a metric to help donor selection and suggest its impact in RV-PA coupling interactions and subsequent right ventricular dysfunction post heart transplantation

    Disfunção ventricular direita e rejeição em transplante cardíaco

    Get PDF
    Background: The practice of screening for complications has provided high survival rates among heart transplantation (HTx) recipients. Objectives: Our aim was to assess whether changes in left ventricular (LV) and right ventricular (RV) global longitudinal strain (GLS) are associated with cellular rejection. Methods: Patients who underwent HTx in a single center (2015 – 2016; n = 19) were included in this retrospective analysis. A total of 170 biopsies and corresponding echocardiograms were evaluated. Comparisons were made among biopsy/echocardiogram pairs with no or mild (0R/1R) evidence of cellular rejection (n = 130 and n = 25, respectively) and those with moderate (2R) rejection episodes (n=15). P-values < 0.05 were considered statistically significant Results: Most patients were women (58%) with 48 ± 12.4 years of age. Compared with echocardiograms from patients with 0R/1R rejection, those of patients with 2R biopsies showed greater LV posterior wall thickness, E/e’ ratio, and E/A ratio compared to the other group. LV systolic function did not differ between groups. On the other hand, RV systolic function was more reduced in the 2R group than in the other group, when evaluated by TAPSE, S wave, and RV fractional area change (all p < 0.05). Furthermore, RV GLS (−23.0 ± 4.4% in the 0R/1R group vs. −20.6 ± 4.9% in the 2R group, p = 0.038) was more reduced in the 2R group than in the 0R/1R group. Conclusion: In HTx recipients, moderate acute cellular rejection is associated with RV systolic dysfunction as evaluated by RV strain, as well as by conventional echocardiographic parameters. Several echocardiographic parameters may be used to screen for cellular rejection.Fundamento: A prática de triagem para complicações tem proporcionado altas taxas de sobrevida entre pacientes que receberam transplante cardíaco (TC). Objetivos: Visamos avaliar se alterações no strain longitudinal global (SLG) do ventrículo esquerdo (VE) e do ventrículo direito (VD) estão associadas à rejeição celular. Métodos: Pacientes que foram submetidos à TC em um único centro (2015 – 2016; n = 19) foram incluídos nesta análise retrospectiva. Foram avaliados um total de 170 biópsias com ecocardiogramas correspondentes. Foram realizadas comparações entre pares de biópsia/ecocardiograma com nenhuma ou leve (0R/1R) evidência de rejeição celular (n = 130 e n = 25, respectivamente) e aqueles com episódios de rejeição moderada (2R) (n = 15). Foram considerados estatisticamente significativos os valores de p < 0,05. Resultados: A maioria dos pacientes eram mulheres (58%) com idade média de 48 ± 12,4 anos. Em comparação com os ecocardiogramas dos pacientes com rejeição 0R/1R, os pacientes com biópsias 2R apresentaram maior espessura da parede posterior do VE, relação E/e’ e relação E/A, em comparação com o outro grupo. A função sistólica do VE não diferiu entre os grupos. Por outro lado, a função sistólica do VD foi reduzida no grupo 2R em comparação ao outro grupo, quando avaliada por TAPSE, onda S e variação fracional da área do VD. Adicionalmente, SLG VD (−22,97 ± 4,4% no grupo 0R/1R vs. −20,6 ± 4,9% no grupo 2R, p = 0,038) foi reduzido no grupo 2R, em comparação com o grupo 0R/1R. Conclusão: Em pacientes de TC, rejeição celular aguda moderada está associada à disfunção sistólica do VD, avaliado pelo strain do VD, bem como por parâmetros ecocardiográficos convencionais. Vários parâmetros ecocardiográficos podem ser utilizados para realizar triagem para rejeição celular
    corecore