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    Aspectos técnicos na esqueletização da artéria torácica interna com bisturi ultra-sônico

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    OBJETIVO: Descrever a técnica e avaliar os resultados imediatos da utilização do bisturi ultra-sônico nas esqueletizações da artéria torácica interna, na cirurgia de revascularização do miocárdio. MÉTODO: Foram operados com essa técnica 188 pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio, no período de janeiro de 2000 a outubro de 2006. Setenta e um (37,8%) pacientes eram do sexo feminino. A idade variou de 28 a 81 anos. A técnica utilizada na dissecação consistiu em expor toda artéria torácica interna, abrindo-se a fáscia endotorácica com tesoura o mais próximo possível da adventícia da artéria. Com o bisturi ultra-sônico é feita a secção dos ramos colaterais e sua respectiva hemostasia, dispensando-se o uso de "clips" metálicos na artéria torácica interna. RESULTADOS: As artérias torácicas internas esqueletizadas com bisturi ultra-sônico apresentaram fluxos excelentes, não sendo necessárias manipulações intraluminais para vasodilatação. No pós-operatório imediato, dois pacientes apresentaram paralisia temporária da hemicúpula diafragmática esquerda. Não houve infecção do esterno nesta série. O tempo de dissecação foi de aproximadamente 33 minutos, mas com o aumento da experiência esse tempo pôde ser reduzido. CONCLUSÃO: Essa técnica facilita e abrevia o procedimento da esqueletização da artéria torácica interna, não promove espasmos e a cauterização dos ramos colaterais com o bisturi ultra-sônico é eficiente, dispensando o uso de "clips" metálicos. É um procedimento de fácil reprodução, podendo ser recomendado para sua realização de maneira preferencial

    Surgical results of coronary artery bypass grafting without cardiopulmonary bypass: analysis of 3,410 patients Resultados cirúrgicos na revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea: análise de 3.410 pacientes

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    OBJECTIVES: Over the past few years, great strides have been made in off-pump coronary surgery. This progress is due to a combination of the advances in surgical techniques and the development of instruments that make it possible to perform this procedure in the most varied situations. This is a retrospective study, the purpose of which is to assess our experience with this procedure over the last eleven and a half years. The authors underscore the rapid progress of the method in recent years and report on its indications, contraindications and results. METHODS: In the period from August 1991 to December 2003, 3,410 consecutively patients suffering from angina pectoris were submitted to off-pump coronary surgery. Ages ranged from 13 to 93 years, with a mean of 63 ± 12.0 years. Males accounted for 58% of the cases. The angina was rated according to the criteria of the Canadian Cardiovascular Society, 6.1% of the patients being in Class I, 6.8% in Class II, 46.3% in Class III and 40.8% in Class IV. RESULTS: Intraoperative mortality was low (0.4%). Hospital mortality (30 postoperative days) was 2.5%. Mortality and morbidity among the octogenarian patients were extremely low compared with patients operated on with cardiopulmonary bypass (CPB) (2.2% versus 12.6%) (p<0.001). Postoperative complications regarded as nonfatal occurred in 7.6%. In the final year no difference was observed between the number of conduits in the patients operated on with and without CPB [with CPB 2.8 ± 1.2 and without 2.8 ± 0.8 (NS)]. Acute myocardial infarction was the most frequent complication, occurring in 2.7% of the patients. The mean time in the intensive care unit was 22.3 hours. CONCLUSIONS: Off-pump coronary surgery, employed as a revascularization technique in patients requiring multiple grafts, is a reproducible procedure, the results of which are similar to those obtained from conventional surgery with CPB. In the present series it was possible to perform coronary artery bypass grafting without CPB in 95% of the patients, thus making all patients with indication for grafting potential candidates for the procedure without CPB.<br>OBJETIVO: Nos últimos anos, tem-se observado um grande avanço na cirurgia de revascularização miocárdica sem circulação extracorpórea (RMSCEC). Esse desenvolvimento deveu-se à combinação dos avanços da técnica cirúrgica e ao desenvolvimento de instrumentos que possibilitam a realização deste procedimento nas mais variadas situações. Este é um estudo retrospectivo, que visa avaliar nossa experiência com este procedimento nos últimos 11,5 anos. Os autores enfatizam o rápido progresso do método nos últimos anos, suas indicações, contra-indicações e resultados. MÉTODO: No período de agosto de 1991 e dezembro de 2002, 3.410 pacientes consecutivos, portadores de angina do peito, foram submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica sem circulação extracorpórea. A idade variou de 13 a 93 anos (63 12,0 anos), sendo 58% dos pacientes do sexo masculino. A angina foi classificada segundo a Canadian Cardiovascular Society, sendo 6,1% na classe I, 6,8% na classe II, 46,3% na classe III e 40,8% na classe IV. RESULTADOS: A mortalidade intra-operatória foi baixa (0,4%). A mortalidade hospitalar (trinta dias de pós-operatório) foi de 2,58%. A mortalidade e morbidade, no grupo dos pacientes octogenários, foram extremamente baixas em relação aos pacientes operados com circulação extracorpórea (2,2% x 12,6%) (p<0,001). As complicações pós-operatórias que não resultaram em óbito foram de 7,6%. No último ano, não observamos diferença entre o número de condutos nos pacientes operados com e sem CEC [com CEC 2,81,2 e sem CEC 2,80,8 (NS)]. Infarto agudo do miocárdio foi a complicação não fatal mais freqüente, observada em 2,8% dos pacientes. O tempo médio de permanência na UTI foi de 22,3 horas. CONCLUSÕES: A RMSCEC, usada como técnica de revascularização em pacientes multiarteriais, é um procedimento reproduzível e apresenta resultados semelhantes aos obtidos com a operação convencional com CEC. Nesta série foi possível revascularizar o miocárdio sem circulação extracorpórea em mais de 95% dos pacientes, tornando assim, a princípio, todos os pacientes, com indicação de revascularização miocárdica, potenciais candidatos à operação de RMSCEC
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