29 research outputs found

    Efeito de práticas culturais diversas na safra e contra safra do olival

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    Neste trabalho, apresentam-se resultados do efeito de um conjunto de práticas culturais sobre o fenómeno da safra contra safra em olival. Os ensaios foram instalados num olival da cv. Verdeal Transmontana em Suçães, Mirandela, após pré-selecção das árvores baseada na homogeneidade da copa. Os diferentes tratamentos incidiram sobre grupos aleatórios de 8 árvores e consistiram em: duas linhas de azoto, (1) com o elemento aplicado ao solo no fim do Inverno e (2) uma modalidade testemunha (sem l’4); três Unhas de potássio, (1) com aplicação ao solo, (2) aplicação ao solo + K aplicado por via foliar no Verão e (3) testemunha (sem K) três linhas de bom, (1) aplicado ao solo, (2) aplicado por via foliar três semanas antes da floração e(3) testemunha (sem B); e poda e vareja manual, com (1) poda severa em safra, (2) vareja manual e (3) testemunha (poda ligeira e colheita mecânica). Comparam-se os valores de produção obtidos na colheita 2003/04 (ano zero) com os valores da colheita seguinte (04/05). Na colheita de 03/04, um total de 72 árvores marcadas produziram eu’ média 23.3 kg de azeitona/árvore. Em 04/05, as mesmas 72 árvores produziram 6.5 kg/árvore, evidenciando um ano de safra seguido de contra safra. A modalidade com aplicação de N filo atenuou a contra safra. A produção média foi ligeiramente inferior na modalidade fertilizada, se bem que as diferenças não apresentem significado estatístico (wCO.05). As modalidades com aplicação de potássio apresentaram valores médios ligeiramente superiores à modalidade sem K, embora as diferenças também não tenham sido significativas. A aplicação de B foliar originou um estimulo superior na produção comparativamente aos cultos elementos e à aplicação do próprio elemento ao solo, Contudo, devido a elevada variabilidade experimental as diferenças também aio foram significativas. Poda severa em ano de safra e vareja manual produziram 3.8 e 3.6 kg de azeitona/árvore, respectivamente, valores significativamente inferiores à modalidade testemunha em que se atingiram 8.2 kg/árvore. Assim, baseados apenas na produção de azeitona e um ano após a instalação dos ensaios, conclui-se que a poda e a vareja exerceram um feito mais evidente e imediato no fenómeno da safra e contra safra que a gestão de fertilidade do solo e do estado nutritivo das árvores

    Utilização de boro em olivais de sequeiro

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    Nos olivais tradicionais de sequeiro de Trás-os-Montes o boro assume papel de importância similar ou mesmo superior a qualquer dos macronutriente N, P e K. Sintomas visíveis do nutriente são usuais e carências dissimuladas, detectadas em análises foliares, são também frequentes. O boro pode ser gerido a partir de aplicações de adubos sólidos ao solo, sprays foliares ou combinando ambas as estratégias

    Teores de azoto, potássio e boro em folhas de oliveira após aplicação regular dos elementos ao solo e em sprays foliares

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    A aplicação de fertilizantes destina-se principalmente a repor as saídas de nutrientes com a exportação da fracção economicamente útil das culturas, Em culturas perenes, como o olival, a manutenção de teores foliares dos nutrientes em níveis adequados pode ser uma estratégia de fertilização racional. Neste trabalho apresentam-se resultados dos teores de azoto, potássio e boro nas folhas em função da aplicação anual dos nutrientes. Ensaios de campo com duas modalidades de azoto, três de potássio e três de boro são conduzidos em olival de sequeiro de Verdeal Transmontana em Mirandela, desde o início de 2004

    Introdução de cobertos de leguminosas anuais em olival

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    Em olivais regados, intensivos, superintensivos ou tradicionais em que tenha sido introduzida a rega, bem como em pomares de outras fruteiras regadas ou cultivadas em regiões sem ou com reduzido défice hídrico estival, a manutenção do solo com cobertos vegetais não é, hoje em dia, um tópico tecnicamente muito relevante. Nos contextos agronómicos referidos podemos e devemos ser tolerantes com a vegetação herbácea. O desenvolvimento vegetativo dos cobertos, sejam naturais ou semeados, é controlado com destroçadores da vegetação. Exceptua-se a linha de rega onde habitualmente se aplicam herbicidas com um componente de acção residual, devendo aquela ser a mais estreita possível

    Ground-cover systems in non-irrigated olive orchards

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    Currently, in NE Portugal, we are advising farmers to adopt ground-cover systems in olive orchards instead of tillage. Most of soils are on steep slopes and have very low organic matter content (Arrobas and Rodrigues, 2002). This consequently creates huge problems for soil conservation. However, we need strong arguments to convince the farmers. Tillage in a very old and ingrained practice; it is easy, pleasant and in some ways it works. Alternative management systems, such as the use of herbicides or cover crops, need a high degree of technical expertise. Ground-cover systems affect crop growth and yields by influencing weed competition, water use efficiency, nutrient uptake, soil fertility and soil conservation. In order to evaluate the multiple aspects of soil management systems in olive groves two field experiments have been conducted since October 2001 in NE Portugal. In this abstract olive yields and the increase in trunk circumference are presented

    Produção de azeitona e estado nutritivo das árvores após quatro anos sem fertilização com azoto e boro

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    Azoto e boro podem ser lixiviados dos solos por acção da água das chuvas de inverno. Por conseguinte, a aplicação destes elementos é feita anualmente numa dose única ou, eventualmente, de forma fraccionada, no caso do azoto. Contudo, literatura controversa sugere que no olival não haverá necessidade de se aplicar azoto anualmente se os teores foliares estiverem na zona de concentrações adequadas. Neste trabalho, o efeito da aplicação de N e B na produção, na concentração dos elementos nas folhas e na disponibilidade de N e B no solo foram investigados num ensaio de campo localizado em Trás-os-Montes, no qual estes dois elementos não foram aplicados durante quatro estações de crescimento consecutivas. Os tratamentos consistiram em: testemunha, no qual foi aplicado um plano de fertilizante completo (N+B); -N, em que o N foi excluído do plano de fertilização e -B em que foi excluído o B

    Green manure legumes affect seasonal soil and leaf CO2 exchange rates in an olive rainfed orchard

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    Management methods that decrease requirement for agricultural chemicals are needed to reduce adverse environmental impacts. Moreover, they can play an important role in atmospheric C02 emission and fixation. We propose green manure legumes to reduce erosion, soil compaction and nitrate pollution, to improve biodiversity, soil carbon sink and fertility, to save fossil fuels and to increase yield and the nutritional value of food products. The research was carried out near Mirandela, Northeast Portugal, on a 15- year commercial olive orchard (Olea europaea L. cv. Cobrançosa), grown under rainfed conditions

    Managing soils for mitigation and adaptation of rainfed olive trees to climate change

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    The olive sector has an important economic, social, cultural and ecological relevance in the Mediterranean region, where tillage still is a generalized practice, although the recommendations of UE policy for a more sustainable agriculture. In fact, tillage has negative side-effects, including increased soil erosion and high labor and fuel requirements, and relevant changes on soil quality indicators, as bulk density, porosity, water-holding capacity, organic matter content and microbial activity. The study conducted in two different rainfed orchards (cv. Cobrançosa) of Northeast Portugal revealed that cover crops with self-reseeding legumes of short-cycle, with mulch of dead vegetation during the dry season, and a permanent sward grazed with a flock of sheep, are better options for soil management in olive tree rainfed orchards. Both practices influence positively the olive tree water status during the drought season, as well the nutritional status, contributing to greater physiological performance during the summer, as evidenced by higher net photosynthetic rate, mainly due to inferior stomatal limitations, and enhanced yield. Moreover, these less disruptive agronomic practices increased the levels of total and easily extractable glomalin, a thermostable hydrophobic glycoprotein produced by arbuscular mycorrhizal fungi, that play an important role in the stability of soil aggregates and in the sequestration of nitrogen and carbon. These results indicate that these practices should be included in the portfolio of management strategies against climate change, contributing to the sustainability of rainfed orchards under a changing environment.This work was funded by the INTERACT project – “Integrative Research in Environment, Agro-Chains and Technology”, no. NORTE-01-0145-FEDER-000017, in its lines of research entitled ISAC, co-financed by the European Regional Development Fund (ERDF) through NORTE 2020 (North Regional Operational Program 2014/2020).info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Sustainable management of olive rainfed orchards by the introduction of leguminous cover crops

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    The olive sector has a crucial economic, social, cultural and ecological relevance in the Mediterranean region, where tillage and herbicides application are still generalized practices. However, these practices oppose the recommendations of UE Common Agricultural Policy and thus, management methods that decrease requirement for agricultural chemicals are needed to reduce adverse environmental impacts. Moreover, they can play an important role in atmospheric C01 emission and fixation. We propose green manure legumes to reduce erosion, soil compaction and nih·ate pollution, to improve biodiversity, soil carbon sink and fertility, to save fossil fuels and to increase yield and the safety and nutritional value of food products. The 3-yearfield study carried out in Northeast Portugal revealed that self-reseeding annual legumes is a promising strategy since increase the summer soil water content, the vegetative growth and the physiological tree pe1jormance, that was reflected in a 38% higher cumulative yield then tillage techniques.PTDC-AGR-AAM/098326/200

    Sequestro de carbono no olival: mito ou realidade?

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    O homem, através de diversas atividades econom1cas, tem contribuído para o aumento da concentração de dióxido de carbono (C02) na atmosfera. A queima de combustíveis fósseis, o fabrico de cimento a partir de carbonatos e a desflorestação com expansão da área agrícola são as principais atividades humanas associadas à emissão de C02 para a atmosfera . O C02 é um gás com efeito de estufa, capaz de reter radiação térmica, contribuindo para o aquecimento global. Para mitiga r o aquecimento global têm vindo a ser promovidos mecanismos que retirem carbono (C) da atmosfera e o fixem em formas inertes nos ecossistemas terrestres. O sequestro de carbono ocorre principalmente através da fotossíntese em que organismos fotossintéticos como as plantas fixam carbono e libertam oxigénio para a atmosfera. A vegetação terrestre e os solos podem, assim, constituir-se como importantes reservatórios de carbono e contrariar a tendência de aumento da concentração de C02 na atmosfera. Atendendo a que os apoios comunitários na nova PAC serão sobretudo concedidos em função dos serviços ecossistémicos que os diferentes setores prestarem à sociedade e que o sequestro de carbono é um dos principais serviços ecossistémicos que a agricultura pode prestar, apresenta-se uma estimativa do carbono que um olival tradicional de sequeiro (árvores mais solo) pode fixar nos primeiros 10 anos de vida a seguir à instalação. Foi tido em conta a quantidade de folhas, raminhos, casca e lenho de cada um dos diversos componentes da árvore, a percentagem de matéria orgânica e o teor de carbono na matéria orgânica de cada um daqueles componentes. No solo, foi tido em conta o potencial de acumulação de carbono no solo estimado a partir de uma situação inicial de solo mobilizado passando para uma situação em que se permite o desenvolvimento de vegetação herbácea no coberto. Assim, uma árvore bem desenvolvida com 10 anos de idade representa uma quantidade de carbono de 9, 71 kg árvore·1 [75% na parte aérea (medida) e 25% na parte radicular (estimada)], o que representa 2,0 t C _ha·1 • No solo, se durante 10 anos forem implementadas medidas que promovam o acréscimo em 1% no teor de matéria orgânica do solo (profundidade 0-20 cm) relativamente à massa total do solo, serão fixadas 14 t C ha-1
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