3 research outputs found

    Desdobramentos da Inserção do Brasil Redemocratizado na Agenda Ambiental Internacional

    Get PDF
    Artigo apresentado como trabalho de conclusão do curso de Especialização em Relações Internacionais Contemporâneas.Meio século se passou desde a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em 1972. Após duas décadas, ocorreu a histórica Rio-92, cujo contexto modificaria a inserção do Brasil recém-redemocratizado na agenda ambiental internacional. Responsável pelos discursos iniciais na Assembleia Geral das Nações Unidas (AG/NU), o país ocupa um espaço de ampla visibilidade no exercício da diplomacia. Considerando, o recorte temporal de 1985 a 2021, o presente trabalho tem o propósito de analisar as mudanças de posicionamentos sobre meio ambiente nos discursos presidenciais na tribuna da AG/NU, desde José Sarney de Araújo Costa, o primeiro presidente no período pós-Ditadura Civil-Militar, à Jair Messias Bolsonaro. Descreveram-se os cenários de cada momento entorno das falas presidenciais e, oportunamente, as informações apresentadas foram complementadas ou refutadas. Por conseguinte, houve a convergência entre produções científicas e jornalísticas acerca dos fenômenos abarcados nesta investigação. Sem possuir um instrumento legal que estabeleça as instruções para a política externa, o Estado brasileiro defendeu diversas perspectivas no tocante à pauta ambiental, buscando uma projeção imagética com finalidade de trocas no plano internacional. Frente à promulgação da vigente Constituição em 1988 e ao advento da Rio-92, o Governo Federal assumiu o protagonismo nesta agenda, implementando e fomentando políticas públicas e cooperando com as demais nações. Observou-se que, por vezes, a justiça social e econômica superabundou nos discursos, enquanto a conservação da biodiversidade foi predominantemente ofuscada. Sem embargo, imerso na crise da democracia liberal desde 2013, o país atualmente vivencia desmontes nas institucionalidades ambientais e demais políticas frutificadas durante décadas de reivindicações da sociedade. Na contramão das diplomacias anteriores, a gestão presidencial de Bolsonaro optou pelo confronto e negacionismo científico, em detrimento de manter a consolidada reputação frente aos demais chefes de Estado. Geraram-se, portanto, diversos retrocessos no âmbito interno e perdas nas relações diplomáticas

    Capilarização enraizamento da educação ambiental em território iguaçuense: o percurso de formulação da política pública local

    Get PDF
    Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Desenvolvimento da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Mestra em Políticas Públicas e Desenvolvimento.Integrante das políticas públicas de gestão ambiental, de desenvolvimento territorial e de planejamento urbano e regional, a Educação Ambiental institucionalizada é estruturante na manutenção dos processos de melhoria da qualidade de vida da população humana e demais formas de existência, considerando-se o meio ambiente em sua integralidade. Escalonadamente, desde a década de 1970, o Estado brasileiro vem capilarizando e enraizando práticas educativas ambientais em todos os níveis e modalidades de ensino. Após a instituição da Política Nacional de Educação Ambiental, via “Lei Nº 9.795, de 27 de Abril de 1999”, os governos estaduais e locais passaram a implementar institucionalidades educativas ambientais próprias, conforme as diretrizes estabelecidas pelo Governo Federal. Foz do Iguaçu, município da região Oeste do Paraná, institucionalizou o campo de natureza transversal por meio da “Lei N° 4.954, de 18 de Dezembro de 2020” – a qual foi formulada de forma multicêntrica por iniciativa do Coletivo Educador Municipal de Foz do Iguaçu, a partir de um diagnóstico colaborativo e participativo. Destarte, a operacionalização da referida política pública segue a perspectiva bottom-up, haja vista o envolvimento da sociedade civil e dos burocratas de nível de rua desde o princípio. Por essa legislação ser um instrumento permanente para o planejamento e gestão do território iguaçuense, a pesquisa em tela se propôs a investigar quais as condições favorecedoras de sua construção – iniciada e conduzida pela confluência de atores institucionais e setoriais. Buscou-se, ainda, conhecer, sob a perspectiva dos munícipes, as latentes problemáticas relacionadas à questão socioambiental e as respectivas soluções apontadas. Nesta direção, o estudo de caso analisou dados provenientes da investigação que embasou a política pública. Tratando-se de pesquisa qualitativa, coletaram-se e triangularam-se analiticamente dados advindos de quatro fontes de evidência: registros em arquivo, dados do diagnóstico de percepção ambiental, documentos jurídicos e questionários estruturados. No Brasil, foram as práticas vivas e articulações em rede que, historicamente, têm elaborado e sustentado a materialidade das institucionalidades educativas ambientais, formando coalizões de defesa. Quanto ao espaço geográfico analisado, observou-se que a Itaipu Binacional, o Parque Nacional do Iguaçu e, subsequentemente, o Governo do Município catalisaram a Educação Ambiental, cuja concretização, legitimada pelo poder público, se deu pelo comprometimento e envolvimento genuíno dos agentes do território. Representando instituições públicas e privadas e a sociedade civil, estes protagonistas tornaram possível perpetuar e expandir o legado de três décadas de trajetória. Mais do que tratar prementes problemas, como despejo e destinação incorreta de resíduos e queimadas, a operacionalização da legislação deve ser orientada ao despertamento da lucidez do tecido social para a corresponsabilidade na gestão territorial e o exercício da cidadania

    Educomunicação, Transformação Social e Desenvolvimento Sustentável

    Get PDF
    Esta publicação apresenta os principais trabalhos dos GTs do II Congresso Internacional de Comunicação e Educação nos temas Transformação social, com os artigos que abordam principalmente Educomunicação e/ou Mídia-Educação, no contexto de políticas de diversidade, inclusão e equidade; e, em Desenvolvimento Sustentável os artigos que abordam os avanços da relação comunicação/educação no contexto da educação ambiental e desenvolvimento sustentável
    corecore